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Torneio Magalhães Pinto de 1966: União Soviética foi a grande campeã!

URSS – Campeã

O Torneio Magalhães Pinto, foi realizado entre os dias 3 a 6 de fevereiro de 1966 (quinta-feira a domingo). A competição contou com a participação do Atlético Mineiro, Cruzeiro, Flamengo e a Seleção da U.R.S.S. (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), que fez uma excursão pelo continente sul-americano, visando a preparação para a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra.

Vice-campeão

O América Mineiro tentou participar, mas…

Um fato curioso, foi que o América Mineiro tentou participar do quadrangular. Para isso tentou junto a Federação Mineira de Futebol (FMF), transferir o seu jogo da Campeonato Mineiro referente ao ano de 1965, do dia 05 de fevereiro de 1966, diante do Valeriodoce para outra data. 

Inclusive, o clube enviou o representante o Sr. Lauro Gentil para uma reunião na sede da CBD (Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF), terça-feira, às 19h30min., do dia 19 de janeiro de 1966. Apesar do esforço do Coelho, a resposta definitiva foi de que seria impossível a sua inclusão no quadrangular.

Terceiro lugar

A Seleção Uruguaia foi cogitada a disputar

Sem cobrar cota, revertendo a arrecadação das partidas em benefício das vítimas das enchentes no Rio, a Seleção do Uruguai veio ao Brasil a fim de excursionar para realizar vários amistosos. Com isso foi cogitado a sua entrada no Torneio Magalhães Pinto de 1966, o que elevaria o número para cinco equipes. Porém, no final a Celeste não participou.

Quarta colocação

Os soviéticos livres, leves e soltos em Belo Horizonte

Na noite de terça-feira, do dia 1º de fevereiro de 1966, os jogadores do selecionado soviético saíram do Brasil Palace Hotel, onde estavam hospedados em Belo Horizonte/MG, informando que “iriam numa recepção”.

No entanto, foi descoberto, que na realidade os russos foram no Cine Art-Palace, assistir a um filme de strip-tease, chamado: “Noites Quentes do Oriente(filme italiano, que revela a vida noturna em países orientais), que é impróprio para menores de 18 anos.

EM PÉ (esquerda para a direita): Neco, Pedro Paulo, William, Procópio, Piazza e Raul;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Natal, Tostão, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira (Foto: Arquivo Estado de Minas)

Cruzeiro e URSS estreiam com goleada e decidem o título

O Torneio Magalhães Pinto, teve a sua jornada dupla, na quinta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1966. A diretoria do Cruzeiro que havia prometido um “bicho” de Cr$ 200 mil para cada jogador em caso de vitória, pelo visto motivou os jogadores.

Após um primeiro tempo equilibrado, com empate em dois gols, o Cruzeiro voltou para a etapa final e goleou o Flamengo pelo placar de 6 a 2, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG

CRUZEIRO E.C. (MG)        6          X         2          C.R. FLAMENGO (RJ)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERTorneio Magalhães Pinto de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1966
HORÁRIO21 horas e 15 minutos (de Brasília)
RENDACr$ 74.470.000,00 (setenta e quatro milhões e quatrocentos e setenta mil cruzeiros)
PÚBLICO36.121 pagantes
ÁRBITROJoaquim Gonçalves (CBD)
AUXILIARESJuan de La Passion Artês (FMF) e José Teixeira dos Santos (FMF)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, William (Celton), Vavá e Neco; Wilson Piazza e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Natal), Tostão, Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
FLAMENGOValdomiro; Murilo, Ditão (Jayme Valente), Luís Carlos e Paulo Henrique; Carlinhos e Jarbas (Mansilha); Neves, César Lemos (Aírton), Silva Batuta e Rodrigues (Osmar). Técnico: Armando Renganeschi.
GOLSSilva Batuta aos 20 e 27 minutos (Flamengo); Dirceu Lopes aos 24 minutos (Cruzeiro); Tostão aos 37 minutos (Cruzeiro), no 1º Tempo. Wilson Piazza, de pênalti, aos 18 minutos (Cruzeiro); Tostão aos 22 e 41 minutos (Cruzeiro); Marco Antônio aos 29 minutos (Cruzeiro), no 2º Tempo.

Na partida de fundo, a diretoria bem que tentou motivar seus jogadores com a promessa de pagar Cr$ 200 mil pela vitória diante do selecionado soviético e mais Cr$ 300 mil pelo título.

EM PÉ (esquerda para a direita): Canindé, Hélio, Grapete, Vander, Vanderlei Paiva e Warley Ornelas;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Buião, Lacy, Paulo Santana, Edgard Maia e Tião. (Foto: Arquivo Cláudio Aldecir)

Porém, o que se viu foi um Atlético Mineiro ser goleado pela União Soviética pelo placar de 6 a 1, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG. Após um primeiro tempo com cinco tentos a zero, os russos retornaram num ritmo menor assegurando o direito de decidir o título contra o Cruzeiro.    

ATLÉTICO MINEIRO (MG)           1          X         6          SELEÇÃO DA U.R.S.S.

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERTorneio Magalhães Pinto de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1966
HORÁRIO19 horas e 15 minutos (de Brasília)
RENDACr$ 74.470.000,00 (setenta e quatro milhões e quatrocentos e setenta mil cruzeiros)
PÚBLICO36.121 pagantes
ÁRBITROArmando Marques (CBD/RJ)
AUXILIARESDoraci Jerônimo (FMF) e José Alberto (FMF)
ATLÉTICO-MGOsias; Canindé, Zé Borges (Vander), Bueno e Dawson; Aírton e Bougleux; Buião (Ronaldo), Toninho, Noventa e Ronaldo. Técnico: Paulo Amaral
URSSKavazashivilli; Ponomaryov, Shesternyov, Afonin e Danilov; Malafeev (Voronin) e Jussanov (Biba); Chislenko, Slava Metreveli, Kopaev (Serebrianikov) e Meshki (Jmelnitski). Técnico: Nikolay Morozov 
GOLSKopaev a 1 e aos 16 minutos (URSS); Jussanov aos 4 minutos (URSS); Chislenko aos 19 minutos (URSS); Meshki aos 26 minutos (URSS), no 1º Tempo. Kopaev aos 12 minutos (URSS); Toninho aos 15 minutos (Atlético-MG), no 2º Tempo.

A jornada dupla, de o Torneio Magalhães Pinto de 1966, no domingo, do dia 06 de fevereiro de 1966, começou com a disputa do 3º lugar, entre Flamengo e Atlético Mineiro, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG

No final, melhor para o Rubro-negro carioca que bateu o Galo pelo placar de 1 a 0, ficando com a 3ª colocação do torneio.  

O primeiro tempo, foi fraco, com o Atlético um pouco melhor. No segundo tempo, com a entrada de Aírton na vaga de Carlinhos Violino, o Flamengo melhorou e dominou o jogo. Após perder uma série de gols, aos 37 minutos, saiu o gol.

Aírton dominou a bola na intermediária adversária e passou a César Lemos, na entrada da área. O ponta-de-lança deu um drible de corpo em Vander e, já com Luisinho batido, chutou rasteiro. A bola bateu no pé da trave e sobrou limpa para Neves que tocou alto para o gol, antes de entrar a bola resvalou na cabeça de Aírton, mas o árbitro assinalou o tento para Neves.

EM PÉ (esquerda para a direita): Murilo, Ditão, Jaime, Franz, Carlinhos e Paulo Henrique;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Carlos Alberto, Nelsinho, Almir Pernambuquinho, Silva e Osvaldo (Foto: Revista Cruzeiro)

O Galo ainda tentou o empate, mas o rubro-negro por pouco não ampliou o marcador. Fim de jogo e o Flamengo ficou com a terceira colocação, enquanto o Atlético terminou na 4ª posição.

ATLÉTICO MINEIRO (MG)           0          X         1          C.R. FLAMENGO (RJ)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERDisputa do 3º lugar do Torneio Magalhães Pinto de 1966
DATADomingo, do dia 06 de fevereiro de 1966
HORÁRIO15 horas (de Brasília)
RENDACr$ 104.704.000,00 (cento e quatro milhões e setecentos e quatro mil cruzeiros)
PÚBLICO52.422 pagantes
ÁRBITROJoaquim Gonçalves (CBD)
AUXILIARESLuís Pereira (FMF) e José Teixeira (FMF)
ATLÉTICO-MGLuisinho; Canindé, Vander, Bueno e Dawson; Aírton e Bougleux; Ronaldo, Toninho, Noventa (Henrique Frade e depois Paulista) e Noêmio (Pio). Técnico: Paulo Amaral
FLAMENGOValdomiro (Franz); Leon, Luís Carlos, Jayme Valente e Paulo Henrique; Carlinhos (Aírton) e Jarbas; Neves, César Lemos, Silva Batuta e Rodrigues. Técnico: Armando Renganeschi.
GOLNeves aos 37 minutos (Flamengo), no 2º Tempo.

Na partida de fundo, foi definido o grande campeão do Torneio Magalhães Pinto de 1966. E a Seleção da União Soviética bateu o Cruzeiro pelo placar de 1 a 0, e ficou com o título, na tarde de domingo, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG

O gol da partida saiu aos 5 minutos da etapa final. O tento foi marcado pelo veterano atacante soviético Ivanov, que, mesmo sem condições físicas, encheu o pé numa bola que lhe foi passada por Banishevski, com o goleiro fora do gol, viu a bola morrer no fundo das redes.  

EM PÉ (esquerda para a direita): Voronin, Lev Yashin, Shesternyov (capitão), Danilov, Sabo e Ponomaryov;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Chislenko, Banishevskiy, Porkuyan, Malofeyev e Khusainov. (Acervo pessoal)

A URSS ganhou cota de 24 mil dólares pelas duas exibições, correndo por conta da FMF (Federação Mineira de Futebol), as despesas com estadia, alimentação e, inclusive, diversões (cinema).

CRUZEIRO E.C. (MG)        0          X         1          SELEÇÃO DA U.R.S.S.

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERFinal do Torneio Magalhães Pinto de 1966
DATADomingo, do dia 06 de fevereiro de 1966
HORÁRIO17 horas (de Brasília)
RENDACr$ 104.404.000,00 (cento e quatro milhões e quatrocentos e quatro mil cruzeiros)
PÚBLICO52.432 pagantes
ÁRBITROArmando Marques (CBD/RJ)
AUXILIARESJuan de La Passion Artês (FMF) e Doraci Gerônimo (FMF)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, William, Vavá e Neco; Wilson Piazza e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Natal), Tostão, Marco Antônio (João José) e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
URSSLev Yashin, ‘Aranha Negra’; Ponomaryov, Shesternyov, Afonin e Guetmanov; Voronin e Jusainov (Serebrianikov); Slava Metreveli (Chislenko), Ivanov (Biba), Banishevskiy e Meshki (Kopaiev). Técnico: Nikolay Morozov 
GOLIvanov aos 5 minutos (URSS), no 2º Tempo.

FOTOS: Estado de Minas (MG) – Acervo de Cláudio Aldecir – Revista Cruzeiro – Acervo pessoal

FONTE: Dados pessoais – Jornal dos Sports (RJ)

Amistoso Internacional de 1966: Palmeiras derrotou a Seleção da União Soviética

Após estrear em solo brasileiro, com derrota para o Corinthians (3 a 1), a Seleção da União Soviética se preparava para enfrentar a Sociedade Esportiva Palmeiras, no sábado, às 21h15min., do dia 29 de janeiro de 1966, no Estádio do Pacaembu, na cidade de São Paulo/SP.

Apesar da melhora da compilação intestinal de Ivanov, o treinador Nikolay Morozov optou em poupá-lo. Já o ponta-direita Metrevelli começaria o jogo como titular.

Na antevéspera da partida, os soviéticos almoçaram às 9 horas, depois visitaram a sede do Clube Atlético Paulistano, percorrendo depois, os pontos pitorescos da cidade de São Paulo/SP, só retornando às 20 horas para jantar. Na véspera, no período da manhã, o treinador Morozov realizou um treino com bola depois um treino tático, fazendo os últimos ajustes para o jogo diante do Palmeiras.

Preços dos Ingressos

GeralCr$ 2.000,00 (dois mil cruzeiros)
ArquibancadaCr$ 2.000,00 (dois mil cruzeiros)
Cadeira NumeradaCr$ 5.000,00 (cinco mil cruzeiros)
Os sócios do PalmeirasCr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros)

Transmissão

À esquerda o capitão soviético, Voronin, troca a flâmula com o capitão palmeirense, Djalma Santos. Ao centro, o árbitro Ethel Rodrigues, da Federação Paulista de Futebol.

A Rádio Continental transmitiu o jogo, tendo Clóvis Filho na narração e Carlos Marcondes nos comentários.

EM PÉ (esquerda para a direita): Djalma Santos, Valdir de Morais, MInuca, Djalma Dias, Zequinha e Ferrari;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Gallardo, Ademir Pantera, Servílio, Ademir da Guia e Rinaldo.

Palmeiras bateu a URSS

Outra sensacional vitória obtida pelo futebol brasileiro sobre a União Soviética, na noite de sábado (29/01/1966), quando o Palmeiras derrotou a URSS pelo placar de 3 a 1, a mesma contagem que o Corinthians havia estabelecido.

Depois de um primeiro tempo sem gols, o quadro paulista abriu a contagem aos 3 minutos, Dudu chutou da intermediaria, e Lev Yashin fez golpe de vista e acabou indo buscar no fundo das redes.    

Os soviéticos empataram quatro minutos depois, quando o ponta-esquerda Meskhi driblou seguidamente Luís Carlos (substituiu Djalma Santos aos 35 minutos do 1º tempo) e Djalma Dias e tocou na saída de Valdir para deixar tudo igual.

EM PÉ (esquerda para a direita): Djalma Santos, Valdir de Moraes, Procópio, Djalma Dias, Dudu e Ferrari;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Dario, Ademar Pantera, Servílio, Ademir da Guia e Rinaldo.

O domínio e a maior capacidade técnica do Palmeiras, no entanto, voltaram a se manifestar aos 24 minutos, Rinaldo cobrou falta e soltou uma bomba. O goleiro Yashin rebateu a bola, e Ademar Pantera, demonstrando oportunismo, marcou o gol, recolocando o Palmeiras na frente do placar.  

Aos 28 minutos, Jairzinho driblou vários adversários e, na pequena área, foi derrubado por Danilov! Pênalti, que Rinaldo converteu, sem chances para Yashin, dando números finais a peleja.

S.E. Palmeiras (SP)           3          X         1          URSS

LOCALEstádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o ‘Pacaembu’, em São Paulo/SP
CARÁTERAmistoso Internacional
DATASábado, do dia 29 de Janeiro de 1966
HORÁRIO21 horas e 15 minutos (de Brasília)
RENDACr$ 29.873.000,00 (vinte e nove milhões, oitocentos e setenta e três mil cruzeiros)
PÚBLICO17.998 pagantes
ÁRBITROEthel Rodrigues (FPF) fraca atuação
AUXILIARESGerminal Alba (FPF) e Wilson A. Medeiros (FPF)
PALMEIRASValdir de Morais; Djalma Santos (Luís Carlos), Djalma Dias, Procópio e Ferrari; Dudu e Zequinha (Suingue); Jairzinho, Servílio e Dario (Ademar Pantera). Técnico: Mario Travaglini
URSSLev Yashin; Ponomarionov, Shesterniev, Afonin e Danilov; Melafeev e Khusainov; Metrevelli, Kopaiev (Chislenko), Banichveski e Meskhi. Técnico: Nikolay Morozov 
GOLSDudu aos 3 minutos (Palmeiras); Meskhi aos 7 minutos (URSS); Ademar Pantera aos 24 minutos (Palmeiras); Rinaldo aos 28 minutos (Palmeiras), no 2º Tempo.

FOTOS: Jornal dos Sports (RJ) – Revista Cruzeiro – Acervo ‘Eu Amo o Palmeiras’  

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Tribuna de Imprensa (RJ)

Amistoso Internacional de 1966: S.C. Corinthians (SP) venceu a Seleção da União Soviética

Na quarta-feira, às 10 horas e 20 minutos, do dia 19 de janeiro de 1966, num avião da Swissair Voo 200 (transitando por Gênova/ITA), a delegação da URSS desembarcou, no Aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo/SP. Ali, os soviéticos seguiram direto para o Morumbi, onde ficaram hospedados.

Vestindo roupas pesadas, rapidamente sentiram o verão brasileiro, com os termômetros marcando 35º graus. Cinco jogadores ficaram em Moscou, mas se incorporaram ao grupo no dia 26 de janeiro: Biba, Szabor, Kanielniski, Serebrianikov e Borivin. A delegação da URSS veio com os seguintes integrantes:

Chefe da delegação – Nikolai Riasshenstev (Presidente da Federação Soviética de Futebol);

Supervisor – Zolotov Sigal;

Técnico – Nicolai Petrovich Morozov;

Massagista – Morozov;

Delegado – Niskij (diretor);

Atletas (18) – Lev Yashin; Banishevski; Shuminskij; Kavazashvili; Afonin; Ponomariov; Guetmanov; Danilov; Valery Voronin; Metrevelli; Schesterniov; Hurtslava Usatorre; Kopaiev; Chilenko; Ivanov; Melofieev; Meskhi e Husainov.

EM PÉ (esquerda para a direita): Jair Marinho, Luizinho, Marcial, Ditão, Galhardo e Maciel;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Bataglia, Rivellino, Ney, Tales e Gilson Porto.

Mané Garrincha fez o 1º treino no Timão

Após empatar com o Londrina em 2 a 2, no sábado, do dia 22 de janeiro de 1966, no estádio Vitorino Gonçalves Dias, em Londrina/PR, o Sport Club Corinthians Paulista voltou para a capital paulista com uma cota livre de Cr$ 10 milhões de cruzeiros.

Na segunda-feira, às 14 horas, do dia 24 de janeiro de 1966, os jogadores se reapresentaram no Parque São Jorge,  visando o jogo diante da Seleção da União Soviética.

No treino, o técnico Osvaldo Brandão optou em sacar o atacante Flávio, que não estava em boa forma física, para a entrada de Ney. E, Mané Garrincha realizou o seu primeiro treino no Corinthians, levando cerca de 2 mil torcedores que acompanharam o treino para ver o Mané, que fora de forma, precisou de algumas semanas para ficar em condições de jogo.

Calor e comida brasileira: a preocupação dos soviéticos

O treinador Nicolai Morozov demonstrou preocupação com o forte calor, que oscilava entre 35 a 37 graus, e com o tempero da comida brasileira. Na véspera do jogo, os atletas Guetmanov e Ivanov acordaram indispostos devido ao forte calor que dificultou a noite de sono.

Por volta das 9h30min., os atletas foram tomar café da manhã, com mesa farta: ovos quentes, frango frito, purê de batatas, pão com manteiga, chá e limão. Às 14 horas, voltaram a se alimentar com sardinhas, pepino, sopa de massa, carne assada, uva e abacaxi, completando com água mineral.

À tarde alguns jogadores ficaram jogando xadrez, enquanto Yashin, Metrevelli e Afonin, ligaram a vitrola e ficaram ouvindo música, com gravações da Bossa-nova brasileira.

Às 18 horas, os jogadores jantaram, com um cardápio variado e farto, com iogurte (que eles apreciaram muito), strogonoff com fritas, água mineral e frutas diversas. Às 20 horas, foi servido um lanche com pão e manteiga, queijo e frutas.  

Preços dos Ingressos

GeralCr$ 1.000,00 (mil cruzeiros)
Cadeiras cativasCr$ 1.000,00 (mil cruzeiros)
ArquibancadaCr$ 2.000,00 (dois mil cruzeiros)
Cadeira NumeradaCr$ 5.000,00 (cinco mil cruzeiros)

Timão se impõe e bate a União Soviética

Na tarde da terça-feira, às 16 horas, do dia 25 de janeiro de 1966, o Corinthians venceu a Seleção da União Soviética pelo placar de 3 a 1, no Estádio do Morumbi, pelo Torneio João Havelange.

O Timão partiu pra cima dos soviéticos, impondo um ritmo forte de jogo. E logo aos seis minutos, abriu o placar. Rivellino recebeu na intermediaria, ultrapassou a linha divisória e fez um longo lançamento para Tales. O ponta-de-lança venceu Shesterniev na corrida, e na saída do goleiro Kavazashivilli, tocou no canto, colocando o Corinthians em vantagem.

A equipe paulista foi melhor e foi para o intervalo de baixo de chuva, tendo criado algumas chances de gols, enquanto os soviéticos pouco ameaçaram a meta do arqueiro Heitor.

No segundo tempo, apesar da URSS ter voltado melhor, o Corinthians seguiu criando chances. Com a entrada de Flávio no lugar de Ney, o time melhorou e ampliou o placar aos 20 minutos.

Flávio foi lançado em profundidade, ganhou na corrida de Shesterniev e Afonin, e, na pequena área, sofreu duplo pênalti de Kavazashivilli e Danilov. Dino Sani cobrou firme, no canto esquerdo do goleiro, e a bola foi morrer no fundo das redes.      

A partir daí, o Timão passou a cadenciar o jogo. Mesmo assim, chegou ao terceiro gol. Aos 40 minutos, Édson Cegonha dominou a bola pela esquerda, e fez um longo lançamento para Rivellino, que entrava pela esquerda, nas costas da defesa russa, e na saída de Kavazashivilli, soltou a bomba, para estufar as redes soviética.

Dois minutos depois, numa jogada sem maiores pretensões, a URSS marcou o seu gol de honra. Metrevelli, da lateral, centrou na área. Voronin se atirou na bola, testando firme, vencendo o arqueiro Heitor.

Fim de jogo, e vitória do Corinthians. Já a URSS, apesar da derrota, o selecionado recebeu, pela partida, a cota livre de impostos, no valor de 12 mil dólares.

S.C. Corinthians (SP)       3          X         1          URSS

LOCALEstádio Cícero Pompeu de Toledo, o ‘Morumbi’, em São Paulo/SP
CARÁTERAmistoso Internacional
DATATerça-feira, do dia 25 de Janeiro de 1966
HORÁRIO16 horas (de Brasília)
RENDACr$ 41.946.000,00 (quarenta e um milhões, novecentos e quarenta e seis mil cruzeiros)
PÚBLICO18.548 pagantes
ÁRBITROÓlten Aires de Abreu (FPF)
CARTÃO VERMELHO Nenhum
CORINTHIANSHeitor; Jair Marinho, Galhardo, Clóvis e Édson Cegonha; Dino Sani e Rivellino; Bataglia (Geraldo José), Ney (Flávio), Tales e Gilson Porto. Técnico: Oswaldo Brandão
URSSKavazashivilli; Ponomarionov, Shesterniev, Afonin e Danilov; Voronin e Jusainov; Chislenko, Kopaiev (Metrevelli), Melafeev (Banichveski) e Meskhi. Técnico: Nikolay Morozov 
GOLSTales aos 6 minutos (Corinthians), no 1º Tempo. Dino Sani aos 20 minutos (Corinthians); Rivellino aos 40 minutos (Corinthians); Voronin aos 42 minutos (URSS), no 2º Tempo.

FOTOS: Jornal dos Sports (RJ)

FONTES: Diário da Tarde (PR) – Jornal dos Sports (RJ)

Fotos raras: America F.C. 5 x 0 A.A. Portuguesa, pelo Campeonato Carioca de 1975

America dá goleada na Portuguesa, no toque: 5 a 0  

Com uma atuação tranquila e inteligente o America Football Club esperou que a Associação Atlética Portuguesa Carioca cansasse no segundo tempo, para chegar a uma goleada de 5 a 0, na tarde de sábado, no Estádio Mario Filo, Maracanã, válido pela 7ª rodada do segundo turno do Campeonato Carioca de 1975.

O jogo começou em ritmo lento. A primeira jogada de gol pertenceu ao America, num chute de Ivo, defendido sem maiores problemas pelo goleiro Sérgio. A Portuguesa deixou apenas Felipe na frente e a maioria das suas jogadas começava sempre nos pés do habilidoso Eraldo.

Num cruzamento de Orlando, aos 27 minutos, quase Tadeu marca. Ele subiu e cabeceou para fora. Oito minutos depois, num chute de Ivo, Sérgio mandou para escanteio.

Flecha abriu o placar

Flecha, fora da foto, bateu cruzado, acertando o canto direito do goleio Sérgio, abrindo o placar.

O primeiro gol do America ocorreu quase ao final do primeiro tempo, ou seja, aos 42 minutos. Tadeu tocou na direita para Ivo e este cruzou rasteiro, Orlando passou para Flecha, bem colocado, tocou no canto direito de Sérgio, que nada pode fazer.

Na etapa final, o treinador americano Danilo Alvim tirou Paulo César, que se mostrava inibido, e colocou Gilson Nunes. A alteração, segundo o técnico afirmou no vestiário, foi de caráter psicológico, já que Paulo César errou passes primários, porque seus companheiros reclamavam.

A Portuguesa ameaçou o gol de Ado aos 5 minutos, quando Eraldo tocou na medida para Felipe e este chutou forte à direita do arqueiro americano. Aos 17 minutos, o treinador da Lusa Luís Mariano tirou o seu melhor jogador – Eraldo – e fez entrar Oberdã.

Tadeu amplia para o Mecão

Um minuto depois, quase o America aumenta. Flecha chutou, Sérgio largou e Tadeu, na pequena área, acertou a trave. O segundo gol surgiu aos 22 minutos. Gilson Nunes cruzou da esquerda para a direita e Neco que acompanhava a jogada tocou para Flecha. Este chutou cruzado e a bola passou pelo goleiro Sérgio. Gilson Nunes caído tocou para o gol e quando a bola ia entrando, Tadeu apenas conferiu.

Logo a seguir, Renato entrou no lugar de Bráulio, no America, e Germano no de Jair, na Portuguesa. A substituição do America foi muito boa, já que Renato jogou avançado e deu mais velocidade à equipe.

Ivo Wortmann tocou para o fundo das redes, assinalando o 4º gol.

Ivo marca duas vezes em três minutos

O 3º gol foi marcado por Ivo aos 30 minutos. Orlando chutou forte no travessão e no rebote Ivo escorou de cabeça. Sérgio, fora da jogada, não poderia fazer nada. Três minutos depois, Ivo marcou novamente. Após tabelar com Tadeu, recebeu na frente, e tocou no canto esquerdo, e a bola foi morrer no fundo das redes.

Flecha, de pênalti, marcando o último gol da goleada

Flecha, de pênalti, fez o último

O quinto gol foi marcado através de um pênalti duvidoso de Fernando em Flecha. O próprio Flecha, aos 35 minutos, cobrou e encerrou o marcador. Aos 41 minutos, Flecha foi derrubado na área e o árbitro não marcou, neste sim, um pênalti claro. 

AMERICA F.C. (RJ)           5          X         0          A.A. PORTUGUESA CARIOCA (RJ)

LOCALEstádio Mario Filho, o Maracanã, no bairro do Maracanã/RJ
CARÁTER7ª rodada do 2º Turno, do Campeonato Carioca de 1975
DATASábado, do dia 24 de Maio de 1975
HORÁRIO17 horas (de Brasília)
RENDACr$ 76.504,50 (setenta e seis mil, quinhentos e quatro cruzeiros e cinquenta centavos) 
PÚBLICO7.735 pagantes
ÁRBITROLuís Carlos Félix (FCF – Federação Carioca de Futebol)
AUXILIARESIvan Balcassa de Melo (FCF) e Mauro Rui dos Santos (FCF)
AMERICAAdo; Orlando, Alex, Geraldo e Paulo Maurício; Ivo, Bráulio (Renato) e Tadeu; Neco, Flecha e Paulo César (Gilson Nunes). Técnico: Danilo Alvim
PORTUGUESASérgio; Calibé, Daniel, Fernando e Sued; Carlinhos e Carlos Magno; Jair (Germano), Felipe, Russo e Eraldo (Oberdã). Técnico: Luís Mariano
GOLSFlecha aos 42 minutos (America), no 1º Tempo. Tadeu aos 22 minutos (America); Ivo aos 30 e 33 minutos (America); Flecha, de pênalti, aos 35 minutos (America), no 2º Tempo.

FOTOS: Acervo pessoal  

FONTES: Acervo pessoal – Jornal dos Sports (RJ) – Diário de Notícias (RJ)

Olaria Esporte Clube – Humaitá (AM): disputou o Estadual de 1980

O Olaria Esporte Clube foi uma agremiação do município do Humaitá, localizado no Interior do estado do Amazonas fica a 675 km da capital (Manaus). A sua população é 57.105 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2021.

O “Tricolor Humaitaense” foi Fundado no sábado, do dia 07 de Maio de 1977, por um grupo de desportistas liderados por Ivalmir Cruz de Araújo. A sua Sede ficava situado na Rua Treze de Maio, nº 166, no Centro de Humaitá. A equipe mandava os jogos no Estádio Frederico Monteiro ‘Madeirão’ (atual: Estádio Municipal Arlindo Braz da Silva), em Humaitá/AM.

Após o imbróglio da desistência do Grêmio Esportivo Humaitá e as idas e vindas do Olaria, (matéria detalhada na postagem anterior que conta, toda essa confusão), o clube iniciou a sua preparação para disputar o Campeonato Amazonense da 1ª Divisão de 1980.

Nela, contou pela 1ª vez com duas equipes do interior do estado jogando na esfera profissional: o Olaria Esporte Clube e o Penarol Atlético Clube, de Itacoatiara.

Sob a presidência do Sr. Áureo Cid Botelho (funcionário do DER-AM e desportista conhecido do público manauara, e já tinha sido presidente da A.A. Rodoviária do Amazonas), o Olaria foi o representante do município de Humaitá.

Contratação de Carlos Xepa não vingou 

O 1º reforço seria o goleiro Carlos Xepa (dono do passe), que em 1979, defendeu as cores do Fast Club. Tudo ficou acertado entre o jogador e os dirigentes do Olaria, que foram consultados por telefone, Xepa era funcionário do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e a sua transferência para o município de Humaitá já estava sendo providenciada. No entanto, como as negociações não avançaram, o clube desistiu de contratar o arqueiro.

Treinador: entre dois candidatos, foi definido o terceiro nome

Em relação a definição de quem seria o treinador, o presidente Áureo Cid Botelho estava entre dois nomes: Edmilson Oliveira, que trabalharam juntos quando o dirigente foi o presidente no título inédito da A.A. Rodoviária do Amazonas, do Campeonato Amazonense de 1973. Na época, o treinador montou uma equipe boa, bonita e barata, surpreendendo os grandes do estado.          

Se Edmilson Oliveira não aceitar a proposta, a outra opção seria Paulo Santos (trabalhava na direção técnica do Café Manacapuru), ex-jogador do São Raimundo/AM e América/AM, que estava apalavrado com o Grêmio Esportivo de Humaitá, que acabou desistindo.

Menos de 24 horas, o ex-jogador Edson Marques, que defendeu várias equipes amazonenses, ganhou força e assumiu o comando técnico, uma vez que estava radicado em Humaitá, e, ganhou o apoio dos presidentes da Liga Humaitaense de Desportos Atlético (LHDA), Sr. Zadir Araujo da Silva e Áureo Cid Botelho, do Olaria Esporte Clube. Posteriormente, o clube contratou Abelson Camillo, ex-jogador do Rio Negro, para formar uma dupla com Edson Marques, para ambos comandar o Olaria no Estadual de 1980.

Você sabia?

O 1º jogo, como um clube profissional, aconteceu no domingo, às 16 horas, do dia 11 de Maio de 1980, o Olaria Esporte Clube empatou em 1 a 1, com o Luzitania Futebol Clube, vice-campeão do Campeonato Amadora do Amazonas de 1980, no Estádio Frederico Monteiro, o Madeirão, em Humaitá. O resultado pode ser considerado injusto, afinal, o Olaria dominou a peleja e ainda acertou seis bolas no travessão do excelente goleiro Cleudo. E quando a bola não parou no travessão ou nas defesas do arqueiro, o zagueiro Manuel salvou um gol acerto.

Gol bizarro!

O primeiro tempo terminou com vantagem para o Luzitania. O gol saiu aos 35 minutos. Num lançamento longo, Capoeira perdeu para Carlinhos, ponta veloz, e Dilton saiu para tentar interceptar, mas acabou se chocando com os dois jogadores. A bola espirrou e entrou no fundo das redes lentamente.

Na etapa final, o Olaria pressionou o tempo todo em busca do empate. Após muito atacar, o time humaitaense chegou à igualdade. Aos 25 minutos, Galvão soltou um foguete de fora da área. A bola resvalou no travessão e morreu no fundo do barbante. Insatisfeito com o gol, Manuel Cordeiro foi expulso pelo árbitro.

OLARIA E.C. (AM)  1          x          1          LUZITANIA F.C. (AM)

LOCALEstádio Frederico Monteiro, o Madeirão, em Humaitá/AM
CARÁTERAmistoso Estadual
DATADomingo, do dia 11 de Maio de 1980
HORÁRIO16 horas (De Brasília)
PÚBLICO E RENDANão divulgados
ÁRBITROVenceslau Vicente de Farias (FAF)
AUXILIARESÁureo Gilberto Scudelere (FAF) e Marcos Reinaldo da Silva (FAF)
OLARIADilton; Capoeira (Pelado), Burton, Mauro Galvão e Nonato; Theo, Flavio Vaz e Zeba; Gedeon (Chocolate), Costa e Renatinho. Técnico: Edson Marques e Abelson Camillo
LUZITANIACleudo; Moacir, Armando, Manuel e Francisco; Valdir (Barbosa), Manuel Cordeiro e Vavá (Luís); Antova, Flávio e Carlinos.
PRELIMINARCSSH  6  X  0  Rio Madeira
GOLSCarlinhos aos 35 minutos (Luzitania), no 1º Tempo. Mauro Galvão aos 25 minutos (Olaria), no 2º Tempo.

Debutante no Estadual, o Olaria terminou num honroso 7º lugar

No Campeonato Amazonense da 1ª Divisão de 1980, contou com a participação de nove clubes, distribuído em duas chaves: o Olaria Esporte Clube ficou no Grupo A, com quatro equipes: Rio Negro, Sul América e Libermorro. O Grupo B, reuniu cinco clubes: Nacional, América, Fast Clube, Peñarol (Itacoatiara) e São Raimundo.

No 1º Turno, o Olaria ficou na 3ª posição com seis pontos em oito jogos (todos foram disputados em Humaitá): três vitórias e cinco derrotas; marcando nove gols, sofrendo 21 e um saldo negativo de 12.

Primeiro Turno

DATARESULTADOS 
Domingo, 1º de JunhoOlaria2X5Sul América
Domingo, 08 de JunhoOlaria0X2Libermorro
Domingo, 15 de JunhoOlaria1X0América
Domingo, 22 de JunhoOlaria0X3Nacional
Domingo, 29 de JunhoOlaria2X1São Raimundo
Domingo, 13 de JulhoOlaria1X3Peñarol
4ª-feira, 16 de JulhoOlaria3X2Fast Clube
Domingo, 20 de JulhoOlaria0X5Rio Negro

O 2º Turno, as chaves foram alteradas: Grupo A, com quatro equipes: Nacional, América, Peñarol (Itacoatiara) e São Raimundo. O Grupo B, com cinco clubes: Olaria (Humaitá), Fast Clube, Rio Negro, Sul América e Libermorro.

No 2º Turno, o Olaria ficou em 4ºª lugar com cinco pontos em sete jogos: uma vitória, três empates e três derrotas; marcando cinco gols, sofrendo 11 e um saldo negativo de seis.

Segundo Turno

DATARESULTADOS 
Domingo, 17 de AgostoOlaria2X1América
Domingo, 24 de AgostoOlaria1X1Nacional
Domingo, 31 de AgostoOlaria0X1Sul América
Domingo, 07 de SetembroOlaria0X3Rio Negro
Domingo, 14 de SetembroPeñarol4X1Olaria
Domingo, 21 de SetembroOlaria0X0Fast Clube
4ª-feira, 1º de OutubroOlaria1X1São Raimundo
Jogo CanceladoOlariaXLibermorro

Terceiro Turno

DATARESULTADOS 
3ª-feira, 21 de OutubroRio Negro5X0Olaria
5ª-feira, 23 de OutubroNacional1X0Olaria
Domingo, 26 de OutubroFast Clube3X1Olaria
Sábado, 1º de NovembroPeñarol6X1Olaria
Domingo, 09 de NovembroAmérica1X1Olaria
Jogo CanceladoSul AméricaXOlaria

O 3º Turno, as chaves foram novamente modificadas: Grupo A, com três equipes: Fast Clube, Sul América e América. O Grupo B, com quatro clubes: Nacional, Rio Negro, Peñarol (Itacoatiara) e Olaria (Humaitá).

No 3º Turno, o Olaria ficou em 4ºª lugar com um ponto em cinco jogos: um empate e quatro derrotas; marcando três gols, sofrendo 16 e um saldo negativo de 13.

Dentre as nove equipes participantes, o Olaria Esporte Clube, do Humaitá terminou na 7ª colocação no geral: 12 pontos em 20 jogos: quatro vitórias, quatro empates e 12 derrotas; marcando 17 gols, sofrendo 48 e um saldo negativo de 31.

Time base de 1980: Dilton (Cabelo ou Nelson); Capoeira (Pelado), Burton (João), Mauro Galvão (Dom Juan) e Nonato (Alexandre); Theo (Borracha), Flavio Vaz (Dudu) e Zeba (Aderbal); Gedeon (Chocolate), Costa (Edson Marques) e Renatinho. Técnico: Edson Marques e Abelson Camillo

Olaria desiste de jogar o Estadual de 1981

Após o final do Estadual, o Olaria Esporte Clube saiu desgastado fisicamente, financeiramente e mentalmente. A viagem do time para a capital, na ida e na volta dava um deslocamento absurdo de 1.350 km. Essa questão logística, gerou um desgaste enorme, o que comprometeu o desempenho físico nos jogos.

Os entraves políticos, também foi outro fator que minou o clube. Esses foram um dos principais problemas que fizeram a diretoria do Olaria comunicar que estava se afastando de disputar o Estadual de 1981.

Para piorar o clube acabou fechando às portas, deixando o município de Humaitá, sem nenhum representante na esfera profissional no Estadual do Amazonas por muitas décadas.

FONTES: Esporte Espetacular – Jornal do Commercio (AM)

Foto Rara de 1961: Minas F.C. de São João del Rei (MG) 0 x 3 Fluminense F.C. (RJ)

A delegação do Fluminense Football Club seguiu de ônibus, às 14 horas, do sábado, no dia 08 de julho de 1961, para São João Del Rei, a fim de realizar um amistoso diante do Minas Football Club. O time misto do Tricolor ganhou os reforços de Telê Santana e Jaburu.

Na tarde de domingo, do dia 09 de julho de 1961, o misto do Fluminense venceu o Minas pelo placar de 3 a 0, realizado no Estádio João Lombardi, em São João Del Rei. Os gols foram assinalados por Manuel, duas vezes, e Telê Santana. O árbitro da peleja foi o Sr. Laudelino Rodrigues, e a partida teve uma Renda de Cr$ 320.000,00 (trezentos e vinte mil cruzeiros).

Na foto acima, vemos (da esquerda para a direita): Josemar (Minas), Telê Santana (Fluminense) e Antero (Minas).

Curiosidades

Os atletas em destaque na foto: Josemar é pai de Cacá, que foi auxiliar-técnico do treinador Roger, no Athletic Club, no Campeonato Mineiro da 1ª Divisão de 2023. Enquanto Antero (já falecido) é pai do ex-jogador André, com passagens pelo Ipatinga, Tupi de Juiz de Fora, Atlético Mineiro, e destaque no Nancy (França).

Aqui aconteceu a peleja entre Minas versus Fluminense

FOTO: Acervo de José Leôncio Carvalho

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Diário de Notícias (RJ)

Foto Rara da década de 20: Stadium da Avenida Paraopeba – Belo Horizonte (MG)

Na foto os times do América Mineiro e do grande rival: Sete de Setembro F.C.

Na Foto rara acima, é o Stadium da Avenida Paraopeba, localizado no Bairro Preto, em Belo Horizonte (MG). O campo era de propriedade do América Mineiro, no começo dos anos 20.

Nessa Praça de Esportes ocorreram algumas goleadas históricas. Um, aconteceu na tarde de domingo, do dia 24 de Junho de 1923:

AMÉRICA-MG 7 x 1 PALESTRA ITÁLIA-MG

Estádio: Avenida Paraopeba, no Bairro Preto, em Belo Horizonte/MG

Público e Renda: Não divulgados

Competição: Campeonato Mineiro de 1923.

Árbitro: não informado

AMÉRICA-MG: Fortes; Mário e Tonico; Ribeiro, Porfírio e Celso; Santinho, Sátyro, Honório, Osvaldinho e Bolivar.

PALESTRA ITÁLIA-MG: não informado

GOLS: Oswaldinho, cinco vezes; Satyro e Celso, um gol cada (América); Ciccio um tento (Palestra).

Numa outra peleja, novamente o Palestra Itália (atual Cruzeiro) sofreu mais uma estrondosa goleada:

ATLÉTICO-MG 9 x 2 PALESTRA ITÁLIA-MG

Estádio: Avenida Paraopeba, no Bairro Preto, em Belo Horizonte/MG

Público: cerca de 4 mil pessoas

Competição: Campeonato Mineiro de 1927.

Árbitro: José Avelino

ATLÉTICO-MG: Oswaldo Perigoso; Chiquinho e Brant; Hugo Jacques, Ivo Melo e Franco; Getulinho, Said, Mário de Castro, Jairo e Getúlio.

PALESTRA ITÁLIA-MG: Geraldo; Rizzo e Pararaio; Porfírio, Osti e Nininho; Piorra, Odilon, Ninão, Bengala e Armandinho.  

GOLS: Said aos 11 e 19 minutos (Atlético); Ninão aos 22 minutos (Palestra), no 1º Tempo. Said em 1 minuto (Atlético); Mário de Castro aos 12 e 16 minutos (Atlético); Jairo aos 21, 26 e 31 minutos (Atlético); Ninão aos 25 minutos (Palestra); Getúlio aos 37 minutos (Atlético), no 2º Tempo.    

FOTO: Acervo de Fabiano Rosa Campos, presidente do Sete de Setembro F.C.

FONTES: Jornal de Queluz (MG) -Almanaque do Cruzeiro, de Henrique Ribeiro – O Canto do Galo, “Galopedia”

Amistoso Nacional de 1985: ACEC Baraúnas (RN) 2 x 3 C.R. Flamengo (RJ)

O Flamengo iniciou uma excursão denominada “Senta-levanta”, que começou na terça-feira, às 21 horas, do dia 30 de julho de 1985, diante do Blumenau Esporte Clube. O time catarinense venceu por 1 a 0, no Estádio do Sesi, em Blumenau (SC).

Esse resultado fez o técnico Mario Jorge Lobo Zagallo pedir demissão do cargo. Com isso, o preparador físico, Sebastião Lazaroni assumiu a função de treinador de forma interina.

Na quinta-feira (1º/08/85), às 21 horas, enfrentou o Juventus, de Rio do Sul (SC), no Estádio João Alfredo Krieck. O Mengão se reabilitou com uma goleada de 5 a 0.

O Rubro-negro viajou sem três jogadores: Adílio (entorse no tornozelo esquerdo), Marquinho (luxação no ombro esquerdo, decorrente de um acidente de carro) e Júlio César (problemas de cálculo renal).

A delegação retornou ao Rio, na sexta-feira (02/08/1985), e no dia seguinte (sábado, do dia 03 de agosto), embarcou para o Nordeste para uma série de quatro amistosos:

Domingo (04/08), às 17 horas, goleou o CSA, de Jacozinho, pelo placar de 4 a 0, no Estádio Rei Pelé, em Maceió (AL);

Terça-feira (06/08), às 21 horas, venceu o Sergipe, por 3 a 0, no Estádio Lourival Batista, em Aracaju (SE);

Sexta-feira (09/08), às 21 horas, venceu a Seleção do Rio Grande do Norte, por 1 a 0, no Estádio Humberto Alencar, em Natal (RN);

EM PÉ (esquerda para a direita): Petinha (Técnico) Almeida Sobrinho (ex-vereador), Gelson, Railson, Leleu (Irmão de Júnior Baiano), Coimbra, Carlos Alberto (Selada) Jota Nobre, Vilberto e Júlio César (ex-vereador);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Nonato (depois jogou no Cruzeiro), Carlinhos Bacural, Sanderson, Ricardo, Rivaldo e João Carlos.

Vamos falar do último jogo da excursão, realizado no Domingo, do dia 11 de agosto de 1985. O Flamengo enfrentou a Associação Cultural Esporte Clube Baraúnas, às 17 horas, no Estádio Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, em Mossoró (RN).

A expectativa dos organizadores era de uma renda superior a Cr$ 140 milhões, o que seria o novo recorde do futebol potiguar. Uma curiosidade é que essa partida foi a primeira vez que o rubro-negro carioca jogou na cidade de Mossoró/RN.

A novidade da ACEC Baraúnas, foi a estreia do técnico Ilson Peres, o Petinha, em substituição a Júlio César. A equipe não conta com jogadores conhecidos em outros estados e será a mesma que disputa o Campeonato Potiguar de 1985.

No jogo, o Flamengo venceu o Baraúnas pelo placar de 3 a 2, todos os gols marcados na etapa inicial. Aos 17 minutos, após bela jogada de Bebeto, Zico, de fora da área, abriu o marcador.

À esquerda, Zico (Flamengo) e Nonato (Baraúnas)

Seis minutos depois, Mozer ampliou ao completar um toque de cabeça de Zico, após cobrança de escanteio cobrado por Adílio. No entanto, aos 27 minutos, o Baraúnas diminuiu, por meio do ponta Carlinhos Bacurau, de cabeça, após falha gritante da defesa rubro-negra.

E, aos 40 minutos, a equipe mossoroense chegou ao empate. Novamente Carlinhos Bacurau marcou após outra falha dos defensores do Flamengo. Um minuto depois, Bebeto recolocou o rubro-negro em vantagem, completando de cabeça, um cruzamento de Jorginho, após escanteio cobrado por Tita.

O público pagante de 18.063 é até hoje o recorde do estádio Nogueirão. A Renda de Cr$ 173.365.000,00 milhões superou a expectativa dos organizadores, se transformando no novo recorde do futebol potiguar

ACEC BARAÚNAS (RN)  2          X         3          C.R. FLAMENGO (RJ)

LOCALEstádio Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, em Mossoró (RN).
CARÁTERAmistoso Nacional de 1985
DATADomingo, do dia 11 de agosto de 1985
HORÁRIO17 horas (de Brasília)
RENDACr$ 173.365.000,00
PÚBLICO18.063 pagantes (recorde de público)
ÁRBITROFrancisco Freire (FNF)
AUXILIARESGilberto Pimenta (FNF) e Ezequiel Braga (FNF)
BARAÚNASGilberto (Parom); Leléu, Coimbra (Djavan), Railson e Nonato; Gelson, Sanderson (Zacone) e Rivaldo; Carlinhos Bacurau (Gaúcho), Ricardo (Mário) e João Carlos. Técnico: Petinha. 
FLAMENGOCantarelli; Jorginho, Ronaldo, Mozer e Adalberto (Nem); Andrade, Adílio (Ailton) e Zico; Tita, Bebeto e Élder (Paulo Henrique). Técnico: Sebastião Lazaroni.
GOLSZico aos 17 minutos (Flamengo); Mozer aos 23 minutos (Flamengo); Carlinhos aos 27 e 40 minutos (Baraúnas); Bebeto, de cabeça, aos 41 minutos (Flamengo), no 1º Tempo.
Adílio (Flamengo) e Zacone (Baraúnas)

Rubro-negro fechou com saldo positivo dentro e fora das quatro linhas

A delegação rubro-negra retornou ao Rio, na segunda-feira (12/08/85), às 4h30min., no Aeroporto do Galeão, no bairro da Ilha do Governador. 

Para cada apresentação, o Flamengo recebeu a cota de Cr$ 100 milhões, livres de despesas e hospedagens, arrecadando um total de Cr$ 600 milhões, o suficiente para o pagamento da folha salarial do grupo durante o período de inatividade.       

No final, o Flamengo encerrou a excursão com um saldo positivo. Dos seis jogos, venceu cinco e perdeu um; marcando 16 gols, sofrendo três e um saldo de 13 tentos.

Após a excursão, o Flamengo, comandado pelo técnico Jouber, fez os últimos ajustes antes da estreia no Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1985. Mas essa é uma outra história para uma outra postagem.    

O Estádio Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, em Mossoró (RN), palco do jogão entre Baraúnas e Flamengo, com recorde de público que perdura até hoje

Colaborou: Adeilton Alves

FOTOS: Página do Facebook “Relembrando Mossoró-RN”- Acervo de Jota Nobre

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Diário de Natal (RJ) – O Poti (RN)