O Operário Futebol Clubeé uma agremiação da cidade de Campo Grande (MS). A suaSede socialfica localizado na Rua Dr. Eduardo Olímpio Machado, nº 300, no bairro de Monte Castelo, em Campo Grande (MS).
O “Galo” foi Fundado no domingo, do dia 21 de agosto de 1938, por representantes da construção civil liderados pelo pintor Plínio Bittencourt. O time foi criado por cidadãos comuns que buscavam espaço na sociedade brasileira regida pelo Estado Novo.
Operário do Povo
Operários criavam um clube de origem popular, combatendo o preconceito para disseminar o esporte bretão que na época era praticado apenas pela elite. A instituição do povo, mostraria o seu valor durante o período do futebol amador da cidade com as conquistas da Liga Campo-Grandense em 1942 e 1945 e mais tarde, dando fim ao enorme jejum de 21 anos, levantando a taça de 1966 a última da era amadora.
Uma “seca” de títulos, que o Operário voltaria a enfrentar mais de 30 anos depois desse feito. Após o Bicampeonato Sul-Mato-Grossense (em 1996 e 1997) o Operário ficou 21 anos sem levantar o título do campeonato estadual e só voltou a soltar o grito de campão “entalado na garganta” em 2018, justamente no ano das comemorações dos 80 anos de existência do clube.
O atual Presidente do Conselho Deliberativo do Operário, Estevão Petrallas se lembra de uma história envolvendo a torcedora símbolo do Operário que esteve presente durante todo esse jejum.
“Eu me lembro do último episódio na cidade de Rio Brilhante, quando nós recebemos o Operário com uma dívida de 12 mil reais perante a justiça desportiva e a perda de mando de seis jogos. Estávamos jogando a Série B e eu assisti ao jogo, atrás do gol juntamente com Dona Maria Preta. E ela dizia, ‘seu Petrallas, eu vou morrer e não vou ver esse operário campeão’ e eu disse, Dona Maria não morre não, que nós vamos ser campeão”, se lembra Estevão.
A comemoração realizada no Rádio Clube Cidade, foi um verdadeiro marco para o Operário Futebol Clube, que enfim, pode reescrever a sua própria história apagando as injustiças cometidas com aqueles operários da construção civil que fundaram o clube e que foram impedidos de jogar futebol naquele mesmo lugar ainda no período do amadorismo.
O Operário nasceu de um clube social chamado Clube dos 30, que era visto como o clube para o povão bailar. Já que o Rádio Clube pertencente a elite, acabou sendo fechado por perseguição política e por conta disso, muitos dos seus integrantes, mais tarde, ajudariam a fundar o Operário Futebol Clube. Estevão se recordou desse fato inusitado durante a comemoração dos 80 anos do Galo.
“O clube surgiu na Mato Grosso onde hoje é o Sinduscon, Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e a festa foi no Rádio Clube porque era onde os operarianos não tinham espaço para que pudesse adentrar, porque era o clube da elite e o Operário era o clube do povão, então não tinha como ter acesso. E lembramos desse fato rapidamente durante a comemoração, claro sem causar nenhum constrangimento, porque não era o foco”, lembra Estevão.
Seu eterno rival, o Esporte Clube Comercial foi fundado por comerciantes e estudantes do Colégio Dom Bosco juntamente com o esportista Etheócles Ferreira tempos depois, em 15 de março de 1943.
O escritor Reginaldo Alves Araújo que escreveu o livro: Futebol Uma Fantástica Paixão, a história do futebol campo-grandense tomo 1, cita a definição da Liga Municipal de Campo Grande de 1951.
Na ocasião, o Operário perdeu o título para o Comercial e a torcida operariana atribuiu a derrota, as cores do uniforme que foram modificadas pelo então Presidente do Operário, Silvio Andrade, justamente no embate decisivo. Após o apito final, o lado “preto e branco” das arquibancadas ficou tão irritado que arrancou o conjunto vestido pelos jogadores para atear fogo, numa demonstração de enorme insatisfação com o resultado, o que de modo geral, mostra um pouco do tamanho da dimensão da rivalidade que envolve o clássico Comerário.
Na década de 70, o Colorado se profissionalizou para a disputa da Seletiva para o Campeonato Brasileiro, se tornando o primeiro clube do estado do Mato Grosso a disputar a elite do futebol brasileiro em 1973. No mesmo ano em que seu arquirrival disputou a primeira divisão do nacional, o Galo da Bandeirantes conquistou o seu primeiro torneio internacional. Operário campeão da Taça Seleção União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Foi nessa época que o Operário uniu forças para poder competir no ano seguinte.
“O clube de trabalhadores que talvez não tivesse condições nem de fazer o seu documento. E a gente tem histórias de um diretor da época em que sua mulher estava gravida, e ele aguardando o nascimento do filho, ele investiu todo esse dinheiro na Federação Mato-Grossense de Futebol”, relembra Estevão.
Em 2023 o clássico Comerário completou 50 anos de rivalidade profissional. Foi no dia 20 de janeiro de 1973 pela tradicional Taça Campo Grande, que o estádio Morenão foi palco da partida histórica entre o Operário Futebol Clube e Esporte Clube Comercial, segundo registros do jornalista Marcelo Nunes.
“Esse jogo foi num sábado à noite, começou às 21h30 e teve 6 mil e 71 pagantes para uma renda de 51 mil e 35 cruzeiros. Esse jogo foi 1 a 0 para o Operário e gol foi marcado pelo Pinho, aos 30 minutos do segundo tempo em um chute de fora da área. O árbitro foi o Mário Vinhas e os assistentes foram o Ladislau de Oliveira e Agnaldo de Barros, o trio do Rio de Janeiro”, relata Marcelo.
Marcelo Nunes é jornalista e tem mãos o maior acervo de registros da história do clássico Comerário com mais de 20 anos de pesquisa intensas computados, incluindo os jogos da era do amadorismo e partidas amistosas entre os dois clubes. Pesquisa que segundo ele próprio teve o apoio dos companheiros, Ricardo Paredes, Edna de Souza, Artur Mário, Elson Pinheiro e Marquinhos. Marcelo ainda tem o desejo de publicar o livro: “História dos Comerários”, obra na qual começou a escrever, mas que ainda não foi finalizada.
Ao todo o Operário conta com 10 participações na 1ª Divisão nacional, tendo como marcante a campanha de 1977, quando o Galo derrubou gigantes dos gramados e terminou com um honroso e inesquecível 3 º lugar.
Criação de Mato Grosso do Sul
A Lei Complementar 31, que previa a divisão do estado do Mato Grosso foi oficializada em 11 de outubro de 1977. Porém, a lei sancionada pelo então Presidente da República Ernesto Geisel, só entraria em vigor em 1979. Com isso, o Operário foi impedido de ser hexacampeão estadual, justamente por conta da criação do estado de Mato Grosso do Sul. O Operário conquistou 6 títulos consecutivos em 76,77,78 (Mato-grossense) e 79,80,81 (Sul-mato-grossense).
No polêmico ano de 1987, o Alvinegro fez história e se tornou o primeiro time do MS a vencer uma competição nacional. O Módulo Branco do Brasileiro daquele ano, ainda não é reconhecido pela CBF, mas, segue sendo motivo de orgulho para os operarianos. Até hoje, o Operário Futebol Clube é o maior do estado de Mato Grosso do Sul com 12 títulos estaduais.
A Liga Municipal de Desportos de Divinópolis (LMDD) é a entidade máxima da cidade de Divinópolis, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Localizado a 120 km da capital mineira, conta com uma população de 231.091 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) de 2022.
Fundado na sexta-feira, do dia 03 de abril de 1936, a LMDD possui a sua Sede própria situado, na Rua Sion, n° 150, no bairro Esplanada, em Divinópolis/MG.
Divinópolis no 1º Campeonato do Interior Mineiro de 1947
A Seleção de Divinópolis, organizado pela LMDD (Liga Municipal de Desportos de Divinópolis), era praticamente o time do Ferroviário Atlético Clube, que na época era octacampeão municipal. Para se ter uma ideia, o selecionado titular contava com nove jogadores do Ferroviário: Voldack, Geraldinho, Palmiro, Bico-Fino, Bacharel, Pauzinho, Valtinho, Carmelinho e Torres.
A equipe se inscreveu para disputar o no 1ºCampeonato do Interior de 1947, chancelado pela Federação Mineira de Futebol (FMF). O Selecionado Divinopolitano ficou na 3ª Região, da 10ª Zona. A competição, com jogos de ida e volta de caráter eliminatório.
Preparação para o torneio
No domingo à tarde, do dia 21 de setembro de 1947, ensaiou pela segunda vez o selecionado divinopolitano, para seus compromissos no 1ºCampeonato do Interior de 1947. Os treinos vêm agradando plenamente, não só aos técnicos, mas também à grande assistência que tem comparecido ao campo da Esplanada.
O quadro Azul, ou seja, o titular, tem se exibido bem, mostrando boa fibra, técnica e ótima disciplina, acontecendo o mesmo com os suplentes. O escore do ensaio de domingo foi de 8 a 3 para os titulares.
Fizeram os gols: Pauzinho, três vezes; Torres e Piloto, dois tentos cada, e Valter, um gol; marcando para o team Branco: Rolô, duas vezes e Carmelinho, um tento.
Quadro Azul: Voldack (Jairo e depois Albertinho); Militão e Cuim; Silvio, Osvaldo e Bacharel; Pequeno, Valter, Piloto, Pauzinho e Torres.
Quadro Branco: Orácio (Jairo e depois Albertinho); Piola e Otacílio; Ascânio, Bico-fino e Didi; Baldo, Tiãozinho, Rolô, Toninho e Carmelinho.
O Campeonato do Interior terá início no domingo, do dia 5 de outubro de 1947, com jogo Formiga x Divinópolis. Lembrando que os jogos do Campeonato de Interior eram eliminatórios.
Divinópolis arranca empate no fim
Pelo 1ª Campeonato do Interior Mineiro de 1947, na estreia, no domingo, às 15h30min., do dia 05 de outubro de 1947, o Divinópolis após ir para o intervalo perdendo por dois a zero, conseguiu o empate “no apagar das luzes”, arrancando o empate em 2 a 2 com o Selecionado de Formiga, no Estádio Benjamin de Oliveira (propriedade do Ferroviário), em Divinópolis/MG.
No primeiro tempo, Guita e Cabaça marcaram para Formiga. Na etapa final, Pauzinho e Torres (marcou aos 35 minutos) deixaram tudo igual para o Selecionado Divinopolitano. Pela primeira vez, em Divinópolis, ocorreu uma partida intermunicipal em que todos os divinopolitanos presentes torcessem para o clube de sua terra.
Crônica do Jogo
O jornalista Oliveira Neto, do Divinópolis-Jornal fez a crônica dessa partida:
“Primeira Etapa – De Orácio a Carmelo só se salva o zagueiro Geraldo que desde o início ao final, foi dinâmico mostrando muita fibra e classe. A equipe de Formiga não jogou melhor que os nossos, pois, encontraram um selecionado completamente desnorteado, não tendo em absoluto controle da bola.
Poderia o quadro de Formiga produzir mais e assinalar muitos tentos na fase inicial o que só não fizeram pela pouca produção de sua equipe que não correspondeu à expectativa.
Os locais não foram os que vimos frente ao Tupi (foi o último amistoso, uma semana antes, no qual Divinópolis goleou por 11 a 0). Não queremos com isto dizer que não encontraram resistência por parte dos cajuruenses, mas sim que tiveram mais domínio da pelota e compreendiam-se muito bem. Na partida de domingo fracassaram completamente, passando bola a torto e a direito.
Segundo tempo – Os defensores da jaqueta alvi entraram em campo para o tempo complementar, ainda um pouco descontrolados, mas firmando, à medida que o tempo passava. Com os visitantes aconteceu o contrário. Nessa fase, sua defesa jogava melhor e o ataque falhou quando era preciso, não se organizando quase nenhum a- taque de valor”.
ATUAÇÕES
DIVINÓPOLIS
Orácio,não teve culpa alguma nos dois gols, mas teve atuação falha, é fraco. Geraldo, o melhor em campo, jogando como verdadeiro mestre.
Otacílio, menos firme que seu colega, só firmando na fase final.
Silvio, fez um primeiro tempo péssimo, sobressaindo apenas um gol certo que tirou, executando uma bicicleta quando o arco estava completamente desguarnecido.
Bico-fino, fez um 1º tempo regular, melhorando sensivelmente no final. Bacharel, nas mesmas condições de Bico-fino.
Torres,teve boas jogadas.
Valter,foi dinâmico, mas nada conseguiu, pois, estava numa tarde negra. Pauzinho, mais uma vez jogou mal, não satisfazendo embora com espanto geral, pois, sendo ele um grande jogador fez duas partidas péssimas, esperando, no entanto, seus admiradores, que faça ótima partida em Formiga.
Jocaesteve irreconhecível, não sendo o mesmo insider de domingo atrasado. Carmelinho, o elemento em quem nenhum dos esportistas locais depositava confiança foi o melhor da linha atacante, o 1º tempo, mas também é fraco,
FORMIGA
Marándola, um grande arqueiro, tendo efetuado uma grande partida.
Marico, muito falho.
Busina,regular.
A linha média, formada porCarlos, Nesir e Zezé, todos jogaram bem, sobressaindo o centro médio.
No ataque,Guita,o melhor.
Machado,foi um elemento de fibra que mostrou bom padrão de jogo.
Os demais no mesmo nível.
O JUIZ – O árbitro da partida foi o sr. Alcebíades M. Dias, o popular Cidinho agiu bem tendo algumas falhas. O sr. Cidinho é árbitro de categoria, pertencente ao quadro de juízes da F. M. F.
DIVINÓPOLIS (MG) 2 X 2 FORMIGA (MG)
LOCAL
Estádio Benjamin de Oliveira, em Divinópolis (MG)
CARÁTER
1º Campeonato do Interior Mineiro de 1947
DATA
Domingo, do dia 05 de outubro de 1947
HORÁRIO
15 horas e 30 minutos (de Brasília)
RENDA
Cr$ 4.135,00
PÚBLICO
Não divulgado
ÁRBITRO
Alcebíades M. Dias, o Cidinho (FMF)
DIVINÓPOLIS
Orácio; Geraldo e Otacílio; Silvio Azevedo, Bico-fino e Bacharel; Torres, Valtinho, Pauzinho, Joca e Carmelinho. Técnico: Antenor Torres
FORMIGA
Marândola; Marico e Busina; Carlos, Nesir e Zezé; Machado, Guita, Pedro, Milton e Cabaça.
GOLS
Guita e Cabaça (Formiga), no 1º Tempo. Pauzinho e Torres aos 35 minutos (Divinópolis), no 2º Tempo.
Divinópolis sofre a virada e dá adeus ao Campeonato do Interior de 1947
Crônica do Jogo
O jornalista Oliveira Neto, do Divinópolis-Jornal fez a crônica dessa partida:
“Solenidades – Pelos 22 homens e todos os presentes foi cantado o Hino Nacional Brasileiro, sendo nesta ocasião hasteado o pavilhão Nacional pelos Drs. Edson Pinto Coelho e José Adolfo Pereira, promotores de justiça de Divinópolis e Formiga, respectivamente. O chute inicial foi dado pelo Dr. Antônio Noronha, juiz Municipal de Formiga.
Coube a Pauzinho movimentar a pelota. Logo de início, fizeram os visitantes forte pressão ao arco contrário. O marcador de 5 a 2 não refletiu bem o que foi a partida. Os divinopolitanos jogaram bem, dominando por completo o seu adversário, no 1º tempo e aos 20 minutos iniciais da fase complementar.
Não tiveram chance os azuis em assinalar maior quantidade de gols o que sobrava demasia no quadro local. Os ataques dos visitantes eram mais coordenados com passes calculados, entendendo-se as mil maravilhas, mas sempre falhavam noarremate final. Faltou ainda no time divinopolitano mais preparo físico.
É justo, no entanto, salientar a grande reação dos formiguenses, motivada pela grande influência da torcida feminina que não parou um só instante de incentivar seus craques, o que não vemos em nossos campos, isto é, quando acontece aparecer uma moça para assistir a uma partida de futebol.
ATUAÇÕES
DIVINÓPOLIS
Voldack, sem favor algum, o mais positivo de seus companheiros. Encaixou com segurança e defendeu pênalti bem colocado do direito de sua meta. Não foi culpado de nenhum dos gols, porquanto foram assinalados a menor de um metro do arco.
Geraldo, não foi o mesmo de domingo atrasado, não querendo com isto dizer que jogou mal. Aliás, jogou bem, mas não tanto como da primeira vez.
Otacílio, uma verdadeira barreira para a famosa ala Airton e Petito, não conseguindo a mesma uma atuação primorosa devido a vigilância.
Palmiro e Dô, os mais fracos, não se compreendendo o motivo do afastamento de Silvio, que, apesar de ter jogado mal, domingo atrasado, jogou bem melhor que Palmiro. Dô, completamente nulo, tomou um baile tremendo.
Bacharel, juntamente com Otacílio e Voldack, formaram uma autêntica ‘muralha da China’. Bacharel esteve soberbo. Firme na marcação e bom distribuidor. Quando este elemento quis avançar para auxiliar os atacantes nasceu o 2º tento formiguense.
Carmelo, fraco em excesso, perdendo nada menos de 3 gols um dos quais o arco de Marándola estava inteiramente desguarnecido.
Valter, Paulinho e Jocajogaram bem. Valter, mais uma vez brilhou mostrando sua invejável técnica.
Pauzinho, retificando suas péssimas exibições anteriores esteve infernal.
Joca, além do magistral gol assinalado de fora da grande área com um potente petardo que obrigou Maréndola a soltar a pelota o fundo das redes, fez uma partida de gala. O gol de Pauzinho surgiu também de um chute de Joca que o arqueiro formiguense soltou e Pauzinho finalizou marcando o 1º tento.
Torres, jogou bem e deu um tremendo bailado, sendo, desta vez, o dançarino, o famoso zagueiro Marico e depois Lulú, que não conformaram, deixando até a bola para atingi-lo.
FORMIGA
Maréndola, não jogou mal, mas deixou passar dois autênticos frangos.
Marico, teve algumas falhas, o mesmo acontecendo com seu colega de zaga. Carlos, deixou muito a desejar.
Nesir, dava ‘bolas com açúcar’, mas para os adversários. Completamente nulo.
Zezé e Niltinho, jogaram bem.
Machado, fez pivôDô, o que bem entendeu.
Guita, bem vigiado por Otacílio nada fez além do gol.
A infernal ala esquerda formada deAirton e Petito de trabalho constante para a retaguarda divinopolitana. São dois infernais.
O JUIZ – O árbitro foi o sr. Geraldo Fernandes da FMF, que teve uma atuação fraquíssima. Agiu com certo receio, prejudicando a quadro da L.M.D.D. (Liga Municipal de Desportos de Divinópolis). Vai mal o quadro de arbitragem da Federação Mineira. Dois gols foram assinalados em visíveis impedimentos.
FORMIGA (MG) 5 X 2 DIVINÓPOLIS (MG)
LOCAL
Estádio Juca Pedros, situado nas avenidas dos Viajantes e Paulo Lins, no centro de Formiga (MG)
CARÁTER
1º Campeonato do Interior Mineiro de 1947
DATA
Domingo, do dia 12 de outubro de 1947
HORÁRIO
15 horas e 30 minutos (de Brasília)
RENDA
Cr$ 4.000,00
PÚBLICO
Não divulgado
ÁRBITRO
Geraldo Fernandes (FMF)
FORMIGA
Marândola; Marico e Lulu; Carlos, Nesir e Zezé; Machado, Guita, Niltinho, Airton e Petito.
DIVINÓPOLIS
Voldack, Geraldo e Otacilio; Palmiro, Dô e Bacharel; Torres (Carmelinho), Valtinho, Pauzinho, Joca e Carmelinho (Torres). Técnico: Antenor Torres
GOLS
Pauzinho e Juca (Divinópolis); Petito (Formiga), no 1º Tempo. Petito, duas vezes; Guita e Airton, um tento (Formiga), no 2º Tempo.
Após a eliminação, o Selecionado divinopolitanoainda realizou um amistoso. Foi na quarta-feira, no dia 22 de outubro de 1947, quando enfrentou a Seleção de São João del Rei, fora de casa. A partida terminou empatada em 3 a 3. Os gols foram assinalados por Valter, duas vezes, e Pauzinho, um tento.
No final do ano de 1947, teve início a disputa do 1º Campeonato Mineiro do Interior, promovido pela Federação Mineira de Futebol (FMF). A competição na esfera amadora, foi disputada por clubes e seleções municipais, que teve a duração de 5 meses(entre o dia 05 de outubro de 1947 a 07 de março de 1948).
Esse movimento foi uma iniciativa do então presidente da Federação Mineira de Futebol, Saint-Clair Valadares, ainda no início do ano de 1944. Com isso conseguiu que várias ligas municipais fossem fundadas ou reativadas e em seguida devidamente filiadas à FMF.
A crença era de que essa competição seria o “divisor de águas” no futebol mineiro, e o número de inscritos comprovou isso: ao todo foram 42 seleções municipais(alguns foram representados por clubes da cidade) para a disputa, que só foi concluída no início do ano seguinte (1948), coroando a Seleção de Caxambu como a grande campeã. Abaixo as seleções distribuídas em quatro regiões:
1ª REGIÃO
1ª Zona:
Itabirito;
Nova Lima;
Caetés (José Brandão);
Barão de Cocais.
Domingo, do dia 05 de outubro de 1947
ITABIRITO
5
X
2
NOVA LIMA
JOSÉ BRANDÃO
3
X
2
BARÃO DE COCAIS
Domingo, do dia 12 de outubro de 1947
NOVA LIMA
1
X
1
ITABIRITO
BARÃO DE COCAIS
0
X
2
JOSÉ BRANDÃO
Domingo, do dia 19 de outubro de 1947
JOSÉ BRANDÃO
1
X
0
ITABIRITO
4ª-feira, do dia 22 de outubro de 1947
ITABIRITO
2
X
0
JOSÉ BRANDÃO
Domingo, do dia 26 de outubro de 1947
ITABIRITO
2
X
0
JOSÉ BRANDÃO
Itabirito foi o Campeão da Zona da 1ª Zona
2ª Zona:
Santa Luzia;
Pedro Leopoldo;
Sete Lagoas;
Sabará.
Domingo, do dia 05 de outubro de 1947
SANTA LUZIA
1
X
1
SABARÁ
PEDRO LEOPOLDO
0
X
2
SETE LAGOAS
Domingo, do dia 12 de outubro de 1947
SABARÁ
6
X
0
SANTA LUZIA
SETE LAGOAS
4
X
2
PEDRO LEOPOLDO
Domingo, do dia 19 de outubro de 1947
SABARÁ
0
X
1
SETE LAGOAS
4ª-feira, do dia 22 de outubro de 1947
SETE LAGOAS
7
X
0
SABARÁ
Sete Lagoas foi o Campeão da Zona da 2ª Zona
3ª Zona:
Curvelo;
Diamantina;
Pirapora;
Montes Claros.
Domingo, do dia 05 de outubro de 1947
MONTES CLAROS
2
X
2
PIRAPORA
DIAMANTINA
1
X
5
CURVELO
Domingo, do dia 12 de outubro de 1947
PIRAPORA
2
X
1
MONTES CLAROS
CURVELO
4
X
1
DIAMANTINA
Gols: Adilson, Cavaco e Caito, duas vezes.
Domingo, do dia 19 de outubro de 1947
CURVELO
5
X
2
PIRAPORA
Domingo, do dia 26 de outubro de 1947
PIRAPORA
2
X
2
CURVELO
Curvelo foi o Campeão da Zona da 3ª Zona
Pela Semifinal da 1ª Região
Domingo, do dia 30 de novembro de 1947
ITABIRITO
1
X
0
CURVELO
Domingo, do dia 07 de dezembro de 1947
CURVELO*
WO
X
–
ITABIRITO
Estádio Salvo Filho
* Apesar de ter vantagem de jogar pelo empate, a seleção de Itabirito não compareceu ao jogo, entregando a classificação para Curvelo que se sagrou campeão da 1ª Região.
2ª REGIÃO
4ª Zona:
Barbacena;
Juiz de Fora;
Santos Dumont.
Domingo, às 15h45min, do dia 05 de outubro de 1947 (Estádio Pareto)
SANTOS DUMONT
4
X
3
BARBACENA
Gols: Arinos aos 30 minutos (SD), do 1º tempo. Zizinho aos 6 minutos (Bar); Natalino aos 8 minutos (SD); Arinos aos 10 e 25 minutos (SD); . Levi, de pênalti, aos 29 minutos (Bar); Sapateiro aos 45 minutos (Bar), no 2º tempo.
Domingo, às 15h45min, do dia 12 de outubro de 1947
BARBACENA*
3
X
2
SANTOS DUMONT
* A decisão foi para a disputa de pênaltis. E Barbacena venceu por 3 a 1, avançando para a final. Como Juiz de Fora desistiu, Barbacena se sagrou campeão da 4ª Zona.
5ª Zona:
Mariana (Marianense F.C.);
Ouro Preto (E.C. Tabajaras);
Viçosa.
Domingo, do dia 05 de outubro de 1947
MARIANA
2
X
2
OURO PRETO
Domingo, do dia 12 de outubro de 1947
OURO PRETO
3
X
1
MARIANA
Domingo, do dia 19 de outubro de 1947
VIÇOSA
5
X
2
OURO PRETO
Domingo, do dia 26 de outubro de 1947
OURO PRETO
4
X
3
VIÇOSA
Domingo, do dia 02 de novembro de 1947
VIÇOSA*
0
X
0
OURO PRETO
* A decisão foi para a disputa de pênaltis. E o Viçosa venceu por 4 a 3 se sagrando campeão da 5ª Zona.
6ª Zona:
Aimorés (S.C. Comercial);
Governador Valadares (E.C. Democrata);
Itabira (Valeriodoce E.C.);
Resplendor (Nacional E.C.).
Domingo, do dia 05 de outubro de 1947
RESPLENDOR
3
X
2
GOVERNADOR VALADARES
Domingo, do dia 12 de outubro de 1947
GOVERNADOR VALADARES
3
X
4
RESPLENDOR
Domingo, do dia 05 de outubro de 1947
ITABIRA
1
X
0
AIMORÉS
Domingo, do dia 12 de outubro de 1947
AIMORÉS
3
X
1
ITABIRA
Domingo, do dia 19 de outubro de 1947
ITABIRA
1
X
0
AIMORÉS
Na final da 6ª Zona, Itabira (Valeriodoce) eliminou Resplendor (Nacional), ficando com o títuloda 6ª Zona.
VIÇOSA
2
X
3
BARBACENA
BARBACENA
4
X
2
VIÇOSA
Na primeira partida da final da 2ª Região, Barbacena e Itabira empataram em 1 a 1. No final, o Itabira ficou com o título da 2ª Região.
3ª REGIÃO
7ª Zona:
Uberaba;
Uberlândia;
Araguari;
Patos de Minas (URT – União Recreativa dos Trabalhadores).
Domingo, do dia 05 de outubro de 1947
UBERABA
4
X
2
ARAGUARI
Gols: Brandão, Anísio (2) e Helinho; Paulo Borges e Renato
PATOS DE MINAS
4
X
1
UBERLÂNDIA
Gols: Gilberto (Uberlândia)
Domingo, do dia 12 de outubro de 1947
ARAGUARI
1
X
2
UBERABA
UBERLÂNDIA
1
X
1
PATOS DE MINAS
Gols: Zé Martins (Uberlândia)
Sábado, do dia 15 de novembro de 1947
UBERABA
3
X
0
PATOS DE MINAS
Gols: Tercílio, Brandão e Helinho
Domingo, do dia 30 de novembro de 1947
PATOS DE MINAS
2
X
4
UBERABA
Gols: Helinho, Anísio e Ticrila (Uberaba)
Uberaba foi o Campeão da Zona da 7ª Zona
8ª Zona:
Bonsucesso;
Campo Belo;
São João del Rei.
Domingo, do dia 05 de outubro de 1947
BONSUCESSO *
1
X
3
CAMPO BELO
*A Seleção de Campo Belo se retirou de campo. Posteriormente acabou sendo eliminada. Com isso, o Bonsucesso avançou.
Domingo, do dia 19 de outubro de 1947
BONSUCESSO
1
X
4
SÃO JOÃO DEL REI
Domingo, do dia 26 de outubro de 1947
SÃO JOÃO DEL REI
6
X
1
BONSUCESSO
São João del Rei foi o Campeão da Zona da 8ª Zona
10ª Zona:
Formiga (Formiga F.C.);
Divinópolis;
Dores do Indaiá (Dorense F.C.);
Araxá.
Domingo, do dia 05 de outubro de 1947
DORES DO INDAIÁ
2
X
1
ARAXÁ
DIVINÓPOLIS
2
X
2
FORMIGA
Gols: Pauzinho e Torres; Guita e Cabaça
Domingo, do dia 12 de outubro de 1947
FORMIGA
5
X
2
DIVINÓPOLIS
Gols: Petito (3), Guita e Airton; Pauzinho e Joca
ARAXÁ
4
X
1
DORES DO INDAIÁ
Domingo, do dia 19 de outubro de 1947
ARAXÁ
2
X
0
DORES DO INDAIÁ
Domingo, do dia 26 de outubro de 1947
FORMIGA
2
X
4
ARAXÁ
Domingo, do dia 02 de novembro de 1947
ARAXÁ *
WO
X
–
FORMIGA
*A Seleção de Formiga(formada pelo Formiga Futebol Clube), não compareceu para o segundo jogo e acabou perdendo por W.O. Com isso, a Seleção de Araxá se sagrou Campeão da Zona da 10ª Zona.
Domingo, do dia 07 de dezembro de 1947
UBERABA
1
X
2
ARAXÁ
Gols: Anísio (Uberaba); Camarota e Nivaldo (Araxá)
Domingo, do dia 14 de dezembro de 1947
ARAXÁ
0
X
4
UBERABA**
** O jogo foi interrompido aos 32 minutos do 2º tempo, em razão das condições impraticáveis do gramado, devido à forte chuva que caiu durante toda a partida. Na data marcada para a finalização do confronto e disputa da prorrogação (11/01/1948), a seleção araxaense não compareceu ao gramado alegando não ter sido devidamente comunicada pela FMF, dando a classificação a Uberaba.
Domingo, do dia 1º de fevereiro de 1948
SÃO JOÃO DEL REI
1
X
1
UBERABA
Domingo, do dia 08 de fevereiro de 1948
UBERABA
4
X
0
SÃO JOÃO DEL REI
Gols: Anísio e Brandão, duas vezes cada um.
A Seleção de Uberaba foi a campeã da 3ª Região.
4ª REGIÃO
9ª Zona:
Caxambu;
Varginha;
Itajubá.
Domingo, do dia 05 de outubro de 1947
VARGINHA
0
X
4
CAXAMBU
Domingo, do dia 12 de outubro de 1947
CAXAMBU
7
X
2
VARGINHA
Domingo, do dia 19 de outubro de 1947
ITAJUBÁ
3
X
1
CAXAMBU
Domingo, do dia 26 de outubro de 1947
CAXAMBU
3
X
0
ITAJUBÁ
Domingo, do dia 02 de novembro de 1947
CAXAMBU
2
X
0
ITAJUBÁ
Caxambu foi o Campeão da Zona da 9ª Zona
11ª Zona:
Alfenas (Alfenense F.C.);
Cabo Verde (União F.C.);
Muzambinho.
Domingo, do dia 05 de outubro de 1947
CABO VERDE
2
X
3
ALFENAS
Domingo, do dia 05 de outubro de 1947
ALFENAS
3
X
1
CABO VERDE
Na final, o Muzambinho desistiu e, consequentemente, o Alfenas se sagrou campeão da 11ª Zona.
12ª Zona:
Machado (A.A. Machadense);
Parreiras;
Poços de Caldas (A.A. Caldense).
Domingo, do dia 05 de outubro de 1947
MACHADO
2
X
4
POÇOS DE CALDAS
Domingo, do dia 12 de outubro de 1947
POÇOS DE CALDAS
6
X
1
MACHADO
Em relação ao selecionado de Parreira não foi citado. Possivelmente tenha desistido de participar. Fato é que Poços de Caldas (Caldense) ficou com o título da 12ª Zona.
Sábado, do dia 15 de novembro de 1947
POÇOS DE CALDAS
5
X
4
CAXAMBU
Sábado, do dia 22 de novembro de 1947
CAXAMBU
3
X
2
POÇOS DE CALDAS
Domingo, do dia 30 de novembro de 1947
CAXAMBU
2
X
1
POÇOS DE CALDAS
Domingo, do dia 07 de dezembro de 1947
ALFENAS
2
X
3
CAXAMBU
Domingo, do dia 14 de dezembro de 1947
CAXAMBU *
WO
X
–
ALFENAS
* O selecionado de Alfenas não compareceu no jogo de volta e acabou eliminado. Com isso, a Seleção de Caxambu foi a campeã da4ª Região.
Com a conclusão das fases eliminatórias nas 12 Zonas, e, posteriormente, a definição dos campeões da 1ª, 2ª, 3ª e 4ªRegiões, foi definido as quatro seleções municipais que lutariam pelo inédito título do 1º Campeonato Mineiro do Interior, organizado pela FMF (Federação Mineira de Futebol). Os seis jogos da Fase Final, foram realizados no Estádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, o JK (Capacidade para 15 mil pessoas), no bairro de Barro Preto, em Belo Horizonte/MG.
Sábado, do dia 28 de fevereiro de 1948
ITABIRA
0
X
3
CAXAMBU
Gols: Januário e Gravatinha, duas vezes.
CURVELO
2
X
1
UBERABA
Gols: Coquinho e Vicente (Curvelo); Brandão (Uberaba).
Sexta-feira, do dia 05 de março de 1948
UBERABA
6
X
2
ITABIRA
Gols: Ditinho, Jorginho, Tercílio, Anísio, duas vezes (Uberaba); Helinho e Alberto (Itabira).
CAXAMBU
4
X
0
CURVELO
Gols: Celinho, Cento e Nove e Wallace (Caxambu).
Domingo, do dia 07 de março de 1948
CURVELO
4
X
2
ITABIRA
Gols: Coquinho (duas vezes), Vicente e Quirino (Curvelo); Lourinho e Zé Neves (Itabira).
CAXAMBU
2
X
1
UBERABA
Gols: Celso, duas vezes (Caxambu); Helinho (Uberaba).
Com esses resultados, a Seleção de Caxambu conquistou do 1º Campeonato Mineiro do Interior, organizado pela FMF (Federação Mineira de Futebol).
Classificação Final
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
Caxambu
6
3
3
–
–
9
1
8
2º
Curvelo
4
3
2
–
1
6
7
-1
3º
Uberaba
2
3
1
–
2
8
6
2
4º
Itabira
0
3
–
–
3
4
13
-9
Algumas formações:
Barbacena: Valkir; Domingos e Olinto; Alvaci, Carmo e Carnot; Hélio, Zizinho, Sapateiro, Levi e Oitenta.
Caxambu: Viola; Mazinho e Zé Carlos; Xatara, Januário; Ernesto, Wallace, 109, Celso, Laláu e Gravatinha (Haroldo).
Curvelo: Ulisses; Bené e Beiçola; Malé, Quirino e Cavaquinho; Bastianinha; Caito, Adilson, Cavaco e Coquinho.
Divinópolis: Orácio (Voldack); Geraldinho e Otacílio; Silvio Azevedo (Palmiro), Bico-Fino (Dô) e Bacharel; Torres, Valtinho, Pauzinho, Joca Guimarães e Carmelinho. Técnico: Antenor Torres.
Formiga: Marándola; Marico e Busina (Lulu); Carlos, Nesir e Zezé; Machado, Guita, Pedro (Niltinho), Milton (Airton) e Cabaça (Pepito).
Santos Dumont: Chico Pão (Tigre); Parafuso (Mineiro) e Walter (Social); Marcelo (Tigre), Convence (Social) e Hipólito (Mineiro); Couri (Mineiro), Anísio, Arinos, Italiano e Natalino (Social). Entre parênteses os clubes de cada jogador.
COLABOROU: Fabiano Rosa Campos
Desenho do escudo e uniforme: Sérgio Mello
FONTES: Vida Esportiva (MG) – Gazeta de Paraopeba (MG) – Sol (MG) – Divinópolis-jornal (MG) – A Manhã (RJ)
Mauá é um município da Região Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil. Pertence à região do ABC Paulista, na Zona Sudeste da Grande São Paulo, A densidade demográfica é de 6 753,01 habitantes por quilômetro quadrado. Porém a densidade urbana é bem maior, já que um terço do município é área industrial e 10% pertence à área rural e ao Parque Estadual da Serra do Mar. Em 2014, era o 20° município do estado em produto interno bruto. Com 418.261 habitantes (Censo 2022), Mauá é o 15° município mais populoso do estado de São Paulo, e o 57° município mais populoso do Brasil.
Etimologia
Ver também: Topônimos tupi-guaranis no Brasil
O tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro sugere que o topônimo “Mauá” pode provir de “Magûeá“, que era o nome de uma aldeia tamoia que se localizava na baía de Guanabara no Século XVI. Originalmente, o nome “Mauá” designava uma área onde hoje situa-se o bairro de Mauá, em Magé, onde Irineu Evangelista de Souza construiu um grande porto. O imperador dom Pedro II, reconhecendo a importância da obra, nomeou-o barão de Mauá.
Na criação do distrito de Mauá, durante o processo de emancipação, o nome “Mauá” passou a designar a estação local e o povoado que surgiu ao seu redor em substituição ao antigo “Pilar“, que fazia referência ao Caminho do Pilar (antigo nome da Avenida Barão de Mauá), que ligava a vila de São Bernardo à Capela de Nossa Senhora do Pilar, em Ribeirão Pires.
O Mocidade Futebol Clube do Jardim Zaíra, é uma agremiação da cidade de Mauá (SP). O “Tricolor do Zaíra” foi Fundado na quarta-feira, do dia 1º de abril de 1970. Em Mauá é uma das mais tradicionais equipes do futebol amador da região do ABC. Seu nome é uma homenagem à escola de samba carioca Mocidade Independente de Padre Miguel dado pelos fundadores Ademir Geremias Silva e Otaviano da Cunha.
Atualmente a equipe disputa o Campeonato Mauaense da 1ª Divisão, competição que o Mocidade FC já conquistou em três oportunidades:1977, 1979 e 2001. Em sua extensa galeria de títulos e troféus, também constam o título do Campeonato da 2º Divisão em 1989, a Copa Amizade de 1997 e os diversos títulos dos veteranos e do cinquentão, com destaque para o campeonato invicto conquistado pelos veteranos em 2008.
O primeiro jogo do Mocidade foi contra o Congregação Mariano e o placar de 2 a 0 para o cobra coral já era um indício de que nascia ali um time predestinado às vitórias. O Mocidade jogou com: Geraldinho; Cláudio Neri, Ezequiel, Pedro Luiz e Silvão; Garrinchinha, Otávio e Lula; Bilão, Natal e Geremias. O primeiro gol coube ao centroavante Natal, de cabeça.
A 1ª Diretoria da equipe, além de seus fundadores, foi composta com os seguintes nomes e cargos:
Presidente – Felício Garcia;
Vice-Presidente – Otaviano da Cunha;
Tesoureiro – Silvão;
Secretário – Nino;
Diretor Esportivo – Ademir Geremias Silva;
Presidente do Conselho – Manoel Alves;
Vice-Presidente do Conselho– Pata;
Conselheiros – Lula, Albino, Jessé e Rocão.
Outra curiosidade relacionada ao Mocidade FC é que a equipe quase tornou-se profissional e que poderia ter disputado a 2º Divisão de Profissionais do Campeonato Paulista de 1978. O então prefeitoDorival Resende da Silva havia prometido que colocaria o Mocidade na disputa, uma vez que, em 1977, a equipe vinha de conquistas tanto no principal como nos aspirantes, sendo o mais forte time de Mauá, na época. Mas tal promessa não se concretizou.
Mesmo com a negativa sobre a profissionalização da equipe, o “Tricolor do Jardim Zaíra” continuou revelando seus talentos, muitos dos quais atuaram no futebol profissional, entre os quais podemos destacar o ex-volante Valter, que jogou no Paulista de Jundiaí, o ex-lateral Dirceu, que jogou no extinto Saad, de São Caetano, o Caca, que jogou em Portugal e está na Alemanha e o zagueiro Bamba, que jogou no Grêmio Mauaense e no Oeste de Itápolis. Outro grande destaque foi o Coutinho, que foi da diretoria do Mocidade e jogou pelo União Bandeirante (PR), pelo Fluminense de Feira de Santana (BA) e encerrou carreira no Saad (SP). Outro importante atleta foi Cândido, que deu seus primeiros chutes como juvenil do Mocidade e depois brilhou com as camisas do Atlético Mineiro e do América de São José do Rio Preto.
PASSADO DE GLÓRIAS-FUTURO VENCEDOR.
A história de conquistas do Mocidade FC tem sua raiz na comunidade do jardim Zaíra, em Mauá. A relação da agremiação com o bairro vem desde sua fundação e ainda hoje é muito forte, conforme relata o presidente Evandro Fiorentini, o Picolé:
“Naquele tempo se jogava pela várzea mesmo, você defendia o time de seu bairro, da sua comunidade, jogava para representar a vila”, destaca. “Quem não lembra da famosa Maria Coquinha, a antiga torcedora-símbolo do Mocidade e das partidas em que reuníamos mais de 800, 1000 torcedores por jogo”, rememora Fiorentini.
A Sede social do Mocidade Futebol Clube está localizado na Rua Sebastião Antônio da Silva nº 51, no Jardim Zaíra, em Mauá/SP, onde a tradicional agremiação esportiva guarda suas relíquias, vivas na memória de seus simpatizantes, muitos deles ex-jogadores, como o Bilão, que conta com muita alegria como era o Zaíra do passado, na época do surgimento do Mocidade.
“O Jardim Zaíra tinha muito mato e ruas de terra, que dificultavam o acesso das pessoas para o fundo do bairro. O ponto final do ônibus ficava onde hoje está a sede do Juá Futebol Clube, no bar do Zé Pimenta”, relembrou Bilão.
A realidade do Mocidade FC é a mesma da maioria de nossos clubes amadores da região, ou seja, vivendo da abnegação de seus dirigentes e da relação com sua comunidade.
E assim segue o Mocidade FC, com sua tradição de revelar jogadores, com sua trajetória vencedora e repleta de glórias e conquistas e com sua profunda relação na comunidade do Jardim Zaíra, que continua com a mesma energia que o consagrou como uma das maiores equipes de futebol amador que a cidade de Mauá produziu.
ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello
FONTES: Acervo pessoal – danielalcarria.blogspot – Facebook – Jornal Diário do Grande ABC
O Guarany Football Club foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). Fundado na terça-feira, do dia 08 de Agosto de 1919. A Sede social do clube alvinegro ficava situado na Avenida Francisco Soucasseaux, nº 39, nobairro da Lagoinha, em Belo Horizonte/MG.
Depois se transferiu a Sede para a Rua Rútilo, nº 110,nobairro da Lagoinha, em Belo Horizonte/MG. Seu uniforme era camisa listrada em preto e branco, até abril de 1932, quando a camisa passou a ser toda branca e os calções pretos.
No Campeonato de Belo Horizonteda 1ª Divisão (atual Campeonato Mineiro), disputou nove edições: 1920 (6º lugar), 1921 (7º lugar), 1926 (6º lugar), 1927 (11º lugar), 1928 (9º lugar), 1929 (7º lugar), 1930 (6º lugar), 1931 (4º lugar) e 1932 (4º lugar). Já no Campeonatos Mineiro da 2ª Divisão participou em duas oportunidades: 1922 e 1923.
Campeão do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão de 1923
E, justamente, em 1923, o Guarany Football Club conquistou o seu mais importante título: campeão do Campeonato de Belo Horizonteda 2ª Divisão (atual Campeonato Mineiro).
Em outubro de 1932, tornou-se o 1º clube da cidade a criar o seu próprio veículo de informação, o Jornal Guarany FC, que circulava aos sábados.
Com a adoção do regime profissional no Brasil, em 1933, permaneceu no amadorismo passando a disputar os certames da Divisão de Amadores da Federação Mineira. Não se sabe ao certo a data da sua extinção, mas há registro de suas atividades ainda no final de década de 30.
FOTO: Acervo de Fabiano Rosa Campos
Desenho do escudo e uniforme: Sérgio Mello
FONTES: Estado de Minas (MG) – Rsssf Brasil – O Malho (RJ) – Henrique Ribeiro
O Retiro Sport Clubé uma agremiação Centenária da Cidade de Nova Lima (MG). Fundado no sábado, do dia 1º de Julho de 1916, possui a sua Sede e Estádio Retiro Saudoso, Colina, localizados na Rua Elogio Pimentel, s/n, Bairro do Retiro, em Nova Lima.
Vice-campeão Mineiro de 1932
Apesar de ter acabado com futebol profissional e muitos daqueles que freqüentam o clube atualmente, desconhecem a história do Retiro, o time de futebol já foi ‘figurinha carimbada’ na Elite do Futebol Mineiro, nos idos de 20 e 30. Ao todo, foram sete participações no Campeonato Mineiro da 1ª Divisão: 1927 (7º lugar), 1932 (2º lugar), 1933 (8º lugar), 1934 (4º lugar), 1935 (6º lugar), 1936 (3º lugar) e 1937 (6º lugar).
Dessas edições, duas se destacam: o vice-campeonato de 1932(só atrás do Atlético Mineiro), organizado pela Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT) e a 3ª colocação do Campeonato reunificado de 1936.
Nos dias atuais, o Retiro busca estimular a prática esportiva e a inclusão social, por meio da sua Escolinha de Futebol, onde formam atletas, mas, principalmente, cidadãos de bem.
FOTO: Acervo de Fabiano Rosa Campos
FONTES: Rsssf Brasil – Página do Clube no Facebook – Anotações pessoal
O São Cristóvão Futebol Clube, do Brás, foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). A sua Sede social ficava na Rua Lucas, nº 69; depois se transferiu para a Rua Jairo Gois, nº 95 a 99; ambos no bairro do Brás, na região Central de São Paulo/SP. O local contava com televisão, um salão de “snooker” (sinuca), mesas de xadrez, biblioteca, sala de leitura, rádio vitrola, um ótimo bar.
Os “Diabos Varzeanos” foi Fundado na terça-feira, do dia 29 de setembro de 1914, por um grupo de rapazes componentes revendedores de jornais e outro grupo de estudantes do Instituto Eduardo Prado, da escola de padres dirigida pelo mosteiro de São Bento e cuja escola localizava-se na Rua Florêncio de Abreu, no Centro da cidade.
O diretor nesse como foi D. Placido Broders, o S.B., o grande animador para a fundação do clube, que a princípio se denominou Sport Club Eduardo Prado, até 1918, quando adotou o nome São Christovam Football Club. No início e por muito tempo (até a década de 30) era conhecido pelo “Clube dos Jornaleiros”.
Da sua primeira geração de fundadores, dirigentes e futebolistas se destacaram Thomaz Mazzoni, Francisco Labate, os irmãos Scagliusi, Miguel Sirabello, Francisco Carrone, João Pellegrini, J. Oliva, J. Zuppo, depois Saverio Mastrochirico, Laselva, Carrieri, Settani, Salvador, entre outros.
Foi seu dinâmico fundador em conjunto com uma porção de nomes que não nos vem a memória, o popular Thomaz Mazzoni, também conhecido por Olympicus. Grandes foram os seus feitos, grandes vitorias e muitas derrotas também que amarguravam os seus jogadores e torcedores se bem que os simpatizantes também.
Foi um dos quadros que mais furor fizeram na várzea paulista, sendo respeitado em todo lugar onde se apresentava, sendo que em uma época levava junto a sua torcida a famosa Tarantela doSão Cristóvão F.C.
Além dofutebol, o clubetambém contava com umaequipe de tênis de mesa, que era filiada a Federação Paulista de Ping-Pong (FPPP), na década de 30.
Títulos do Alvinegro do Braz
Dentre as suas glórias, destacam-se os seguintes campeonatos: Em 1924, organizado pelo saudoso Canga Argueles, institui um campeonato varzeano cujo finalista foi o São Cristóvão F.C.
Há a lembrar-se que nesse campeonato foi cognominado de “Diabos Varzeanos“, em vista da banda que eles levavam aos jogos, e que era conhecida a Tarantela doSão Cristóvão F.C., do Mastrochirico, do Bicudo e dos Cunhadinhos, e pelo barulho que faziam os seus jogadores se entusiasmavam e pareciam uns diabos correndo em campo, daquele nome e grandes vitorias.
Em1930, um jornal instituiu um campeonato varzeano e deu-lhe o nome de Campeonato Olímpico, organizado pelo Jornal O Dia (SP), e novamente se consagrou campeão da várzea o “Alvinegro do Braz”, há a lembrar-se um caso curioso, pois a finalista foi realizada em dia de semana ou por outra de trabalho.
Daí reuniu-se uma comissão e foi as redações de jornais a fim de pedir que fosse expedida a edição da tarde um pouco mais cedo afim de que os jornaleiros pudessem ir assistir ao jogo de seu clube, se bem que muitos dos jornaleiros também eram jogadores, alguns ou a maioria dos jornais ficaram encalhados, como dizem os jornaleiros.
Com o tempo os seus dirigentes se enquadraram dentro dos bons clubes e inscreveram o “Alvinegro do Braz” na FPF (Federação Paulista de Futebol) e vindo assim a disputar os seus campeonatos amadores, campeonatos. Tornaram-se dessa forma campeões em 1944, na 1ª Divisão de Amadores. No ano seguinte (1945), campeões da Divisão principal, e vindo a ser vice-campeão da cidade.
Inúmeras viagens feitas ao Hinterland paulista de onde sempre voltou com vitórias sendo que bem poucas vezes no Interior Paulista, o São Cristóvão conheceu o amargor da derrota.
Na década de 50, o quadro de futebol só disputava partidas matutinas, mais para o divertimento de seus associados do que competições à vera. Em suma, o futebol passou a ser um entretenimento e não mais uma competição.
FONTES E FOTOS : A Gazeta Esportiva (SP) – Correio Paulistano (SP) – A Gazeta (SP) – Correio de S. Paulo (SP)
Vila Guilherme é um distrito situado na zona norte do município de São Paulo e é administrado pela subprefeitura de Vila Maria.
História do bairro
Inicialmente, as terras da hoje Vila Guilherme, denominada à época “Tapera”, pertenciam ao Capitão-mor Jerônimo Leitão, que as repassou como sesmaria (terreno inculto ou abandonado que os reis de Portugal distribuíam a colonos ou cultivadores) para o donatário Salvador Pires de Almeida e a seus descendentes.
Já no século XIX, chegaram ao Barão de Ramalho e, por herança, à sua filha, Joaquina Ramalho Pinto de Castro, que as vendeu a Guilherme Braun da Silva. Esse, por último, as loteou em sítios e chácaras, que foram vendidas principalmente a imigrantes portugueses, impulsionando o seu desenvolvimento.
Na quinta-feira, do dia 12 de setembro de 1912, o comerciante fluminense Guilherme Braun da Silva, adquiriu junto a Dona Joaquina Ramalho Pinto de Castro, herdeira do Dr. Joaquim Inácio Ramalho, o “Barão de Ramalho”, uma área de cerca de 115 alqueires de terra, que ia do rio Tietê até a estrada da Bela Vista, oficializando-se tal data como a fundação do bairro de Vila Guilherme.
Associação Atlética Aliança Paulista
A Associação Atlética Aliança Paulista é uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). O “Clube da Amizade” foi Fundado no sábado, do dia 19 de dezembro de 1925, por um grupo de amigos portugueses moradores do bairro da Vila Guilherme.
A sua 1ª sede foi no Bar do “Pedalada”, na Rua Chico Pontes com a Rua Joaquina Ramalho, na Vila Guilherme. O salão de festas (bailes) nos fundos do Armazém de Secos & Molhados, do Sr. Antônio (Campeão), na Rua Maria Cândida esquina com a Rua Joaquina Ramalho. Onde foram realizados bailes de carnaval, casamentos e lindas festas..
Depois inaugurou a sua nova Sede social (do lado do Bar do Sidônio), no sábado, do dia 20 de novembro de 1954, na Rua Maria Cândida, nº 1.142 (Fundos), em Vila Guilherme, com um baile, com a presença de familiares dos associados. Tinha seu salão de festas na Rua Amazonas da Silva(atualmente chamada: Rua Lagoa Panema, bem em frente à Escola Santa Tereza), na Vila Guilherme.
O endereço atual da Sede social fica situado na Rua Laurindo Sbampato, nº 235 – Chácara Cuoco. Bairro de Vila Guilherme, em São Paulo/SP.
Aliás, a vida social no clube era movimentada. Com a realização de bailes, shows, carnaval, festas juninas, etc. O clube também patrocinado a Corrida de Rua Noturna chamada “A.A. Aliança Paulista”, com amplo destaque nos principais jornais da cidade e com a grande número de corredores e o público compareciam em grande número. Em julho de 1957, o clube se filiou a Federação Paulista e Atletismo (FPA).
O seu campo de futebol situava-se na Rua Joaquina Ramalho (esquina com a Rua Pedra Sabão), onde há hoje um prédio de apartamentos de nome “Morada da Fonte”.
Mas o clube não vivia apenas do esporte. A cultura também tinha espaço. Em janeiro de 1958, o professor Solon Borges dos Reis (presidente do Centro do Professorado Paulista) doou 100 livros para a riquíssima Biblioteca do clube.
Curiosidades
Em Assembleia Geral ordinária realizada na quarta-feira, do dia 19 de janeiro de 1944, foi eleita e empossada a nova diretoria da Associação Atlética Aliança Paulista, para o exercício de 1944, cuja constituição é a seguinte:
Presidente: Albertino José da Costa Filho;
1º vice-presidente: Teodoro de Almeida;
2º vice-presidente: Alfredo Augusto Pires;
Secretário geral: Mario Antero Sebastião;
1º Secretário: Antônio Rueda Martins Filho;
2º Secretário: Americo Augusto Fernandes;
1º Tesoureiro: Augusto Abdias;
2º Tesoureiro: Eduardo Cordeiro;
Diretor de esportes: José Americo Sebastião;
Comissão fiscal: Batista Cucera, Tomaz Castro Andrade e Joaquim dos Reis;
Comissão de Sindicância: Alberto Simões, Manuel Pinto e Mario Gouveia Marquez.
Aliança Paulista goleou por 10 a 0 a Estrela do Tucuruvi
No domingo, do dia 14 de novembro de 1948, o esquadrão dirigido por Djalma dia a dia mais se destaca no futebol extraoficial. Jogando em seu campo, com o Estrela de Tucuruvi, “desmontou” o seu leal adversário pela expressiva contagem de 10 a 0. Na preliminar, o Aliança Paulista goleou o oponente pelo placar de 4 a 0.
Toca, o ex-ponta-direita da seleção de Sant’Ana, foi o “artilheiro” com 7 belíssimos tentos; Leopoldo, duas vezes e Pinguim, um gol, completaram a contagem.
O Aliança Paulista alinhou-se com a seguinte constituição: Hugo; Né e Alfredo II; Caldarelli, Luiz e Rodolfo; Saguí, Alfredo I, Leopoldo, Toca e Pinguim. Técnico: Djalma.
Aliança Paulista ingressou na Federação Paulista
Na quinta-feira, do dia 03 de março de 1955, a Associação Atlética Aliança Paulista solicitou filiação ao Departamento Varzeano da Federação Paulista de Futebol (FPF). Em 1942, contava com número de 40 sócios. Em 1940 a 1944, disputava as competições organizadas pela Sub-Liga Esportiva de Sant’Anna, onde fez campanhas modestas.
Aliança vice-campeão do Torneio Início Setor 27
No domingo, do dia 17 de julho de 1955, na grande final do Torneio Início do Setor 27 (Campeonato Varzeano de Santana), o Aliança Paulista acabou sendo derrotado por 2 a 1, pelo GDR Vasco da Gama, do bairro da Vila Guilherme, no campo do Vasco.
Na estreia do torneio, o Aliança venceu o Tupy por 3 a 0. O campeão ficou com a Taça Ari Silva, enquanto o Aliança recebeu a Taça João Carlos Tabeiras pelo vice. Os gols foram de Gabriel e Bodinho. Na arbitragem ficaram a cargo de Gilberto Gatto, Marcelino Arruda e Antônio de Carvalhos.
Em 1956, disputou o Campeonato Varzeano da FPF(Federação Paulista de Futebol), do Setor 12 – Tatuapé.
Aliança Paulista é campeão Invicto do Campeonato Varzeano da FPF, do Setor 10 (Vila Guilherme – Carandiru) de 1957
O Campeonato Varzeano, válido do Setor 10 (Vila Guilherme – Carandiru) de 1957, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) foi uma disputa acirrada do início ao fim. O Doze de Setembro começou liderando, mas depois o CDRVasco da Gama (Vila Guilherme) assumiu a ponta até o Aliança Paulista colar e brigar pelo título até o fim.
No final, o clube lusitano comandos por Jorge Faiad e José Maria dos Anjos superaram o rival e carimbaram o título sem sofrer nenhuma derrota. Abaixo vamos destacar alguns resultados nessa belíssima campanha do Aliança Paulista.
Participaram desse torneio as seguintes agremiações:
Grêmio Dramático Recreativo Vasco da Gama (Vila Guilherme);
Guaracininga Futebol Clube (Vila Guilherme);
Herói Brasil Futebol Clube (Vila Izolina);
Sociedade Esportiva Palmeirinha (Carandiru);
Flor da Espanha Futebol Clube(Carandiru).
No domingo, do dia 07 de julho de 1957, goleou o Herói Brasil FC (Vila Izolina) pelo placar de 7 a 0. Nos Segundos Quadro nova goleada, dessa vez por 8 a 0.
Os gols foram assinalados por Dado, Túlio e Dado, dois gols cada um; e Vermelho um tento. O Aliança Paulista jogou com: Dito; Adriano e Tico; Júlio, Vermelho e Milton; Silvio, João, Túlio, Moraes e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
No domingo, do dia 21 de julho de 1957, nova goleada. Dessa vez em cima do Guaracininga FC pelo placar de 7 a 3. Nos Segundos Quadro também venceu: 1 a 0. Os gols foram marcados por Túlio, cinco vezes; Silvio e Xim, um gol cada; enquanto Adilson, duas vezes, e Bolinha fizeram os tentos do Guaracininga.
No domingo, do dia 28 de julho de 1957, o Aliança Paulista jogou manteve a invencibilidade ao golear o Brasil FC por 5 a 0. Nos Segundos Quadro goleada de 9 a 2. Os gols foram: Dado, duas vezes; Túlio, Xim e Júlio, um tento cada.
No domingo, do dia 25 de agosto de 1957, num jogão que valia a liderança, na preliminar da Portuguesa x Ipiranga (pelo Campeonato Paulista), o Aliança Paulista venceu o CDRVasco da Gama (Vila Guilherme), por 2 a 1, no Estádio do Canindé.
O árbitro foi Remy Zangrossi, auxiliado por Álvaro André Pestana Teixeira e Bernardino José Valente. Os gols do Aliança Paulista, que alcançou a 7ª partida invicta, foram do destaque do jogo: Anibal, autor dos dois gols.
O Aliança Paulista formou: Dito; Milton e Tico; João, Zé Preto e Júlio; Silvio, Anibal, Túlio, Xim e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
No domingo, do dia 1º de setembro de 1957, o Aliança Paulista chegou a 8ª partida invicta, ao vencer o Corinthians por 2 a 0. Com isso, assumiu a liderança isolada, uma vez que o CDRVasco da Gama (Vila Guilherme) ficou no empate com o Palmeirinha.
O árbitro foi Mario Fonseca de Oliveira. Os gols foram de Anibal e Tico. O time jogou: Dito; Junqueira e Tico; Vermelho, João, Zé Preto e Milton; Lando, Anibal, Túlio, Júlio e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
No domingo, do dia 15 de setembro de 1957, pelo returno, o Aliança Paulista voltou a golear o Herói Brasil FC (Vila Izolina) pelo placar de 4 a 0. Nos Segundos Quadro outra goleada: 5 a 0.
Na manhã de domingo, do dia 13 de outubro de 1957, o Aliança Paulista derrotou o Palmeirinha FC por 3 a 0. Com esse resultado se sagrou campeão do Campeonato Varzeano, válido do Setor 10 (Vila Guilherme – Carandiru) de 1957, assegurando o seu lugar no Torneio dos Campeões (batizado como Torneio Mendonça Falcão). Ao todo foram 18 jogos sem sofrer nenhuma derrota!
O árbitro foi Luiz Diepedro. Os três gols foram assinalados pelo craque Anibal. O time jogou: Dito; Junqueira e Tico; João, Zé Preto e Cabeção; Silvio, Xim, Túlio, Anibal e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
Torneio Mendonça Falcão de 1958
Na sexta-feira dia 7 de fevereiro de 1958, teve início o Torneio Mendonça Falcão (Torneio dos Campeões), organizado pelaFPF (Federação Paulista de Futebol). Os jogos eram em caráter eliminatório. Ou seja: venceu, segue. Perdeu está eliminado.
Pela 1ª fase, em jornada dupla: às 19 horas, entre o Grêmio Esportivo XV de Novembro da Barra Funda5 x 6Associação Atlética Aliança Paulista. Depois, às 21 horas, Chavantes Futebol Clube1 x 2 Grêmio Maranhense. Os jogos foram no Estádio Rodolfo Crespi (propriedade do Clube Atlético Juventus), na da Rua Javari, na Mooca.
O adversário era “osso duro de roer”: tricampeão da Barra Funda e campeão invicto do certame, mas o Aliança Paulista não se intimidou e num jogo de 11 gols, venceu o XV de Novembro da Barra Funda por 6 a 5.
Os gols foram de Túlio e Dado, dois gols; e Moraes e Canhoteiro, um tento cada. O time jogou: Dema; Tico e Milton; Tino, Zé Preto e Júlio; Silvio, Túlio, Canhoteiro, Moraes e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
Na 2ª fase, na terça-feira, às 21 horas, dia 25 de fevereiro de 1958, no Estádio Rodolfo Crespi (propriedade do Clube Atlético Juventus), o Aliança Paulista enfrentou o Grêmio Maranhense, na da Rua Javari, na Mooca.
E, o Aliança Paulista acabou sofrendo uma goleada totalmente inesperada e acabou dando adeus ao torneio ao perder por 8 a 0. Os gols foram de Neguinho e Acácio, duas vezes cada; Clodo, Ciloca, Cação e Bolinha, um tento cada, para a equipe grená.
Jogou na preliminar entre o São Paulo F.C. (SP) x America F.C. (RJ)
No sábado, do dia 29 de março de 1958, na preliminar da vitória do São Paulo FC sobre o America Football Club (RJ), por 4 a 0, válido pelo Torneio Roberto Gomes Pedroza de 1958, no Estádio do Pacaembu, o Aliança Paulista enfrentou o Sete de Setembro de Água Rasa. A Renda foi de Cr$ 144.045,00, com um Público de 4.337 pagantes.
O Aliança Paulista derrotou pelo Sete de Setembro por 4 a 3. O árbitro foi Walter Marques, auxiliado por Manoel Alvares Sanches Filho e Ubirajara B. de Souza. Os gols foram marcados: Túlio, duas vezes; Dado e Zé Preto, um tento cada. O time formou: Dema; Tico e Tino (Adriano); João, Zé Preto e Milton; Silvio (Canhoteiro), Nelson Dadinho, Paes (Xim), Túlio, Moraes e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
Jovem promessa se transferiu para o São Paulo F.C.
Em maio de 1958, o São Paulo Futebol Clube contratou uma jovem revelação da Associação Atlética Aliança Paulista. Nelson Cordeiro, o Dadinho, de 17 anos, considerado uma das melhores pontas esquerdas do futebol varzeano. O centroavante, Túlio e o meia Zé Preto também treinaram (teste) no Tricolor Paulista.
Campeonato Varzeano da FPF de 1958
O Campeonato Varzeano, válido do Setor 10 (Vila Guilherme – Carandiru) de 1958, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF), contou com a presença das seguintes agremiações:
Associação Atlética Vila Izolina (Vila Izolina);
Grêmio Esportivo São Sebastião (Vila Guilherme);
Vila Pizotti Futebol Clube(Vila Guilherme);
Marcilio Franco Futebol Clube;
Sociedade Esportiva Vila Santa Luzia;
Flor da Espanha Futebol Clube(Vila Guilherme).
Pela 1ª rodada, do Aliança Paulista estreou com vitória, no domingo, do dia 17 de agosto de 1958, ao vencer o Flor da Espanha FC por de 4 a 2. Nos Segundos Quadro também triunfou por 4 a 0. Os gols foram de Picete, duas vezes; Cláudio e Túlio, um gol cada.
O time jogou: Dema; Milton e Tico; Anibal, Zé Preto e Júlio; Silvio, Gilberto, Túlio, Cláudio e Picete.
Pela 2ª rodada, do Aliança Paulista, fora de casa, no domingo, do dia 24 de agosto de 1958, acabou derrotado pelo São Sebastião por de 1 a 0, no campo do São Sebastião. O gol foi assinalado pelo meia Carioca.
O Aliança Paulista seguiu somando vitórias: 2 x 0Vila Pizzotti FC (1º/09/58); 5 x 2Vila Izolina (12/10/58); 6 x 0SE Vila Santa Luzia (18/10/58); 2 x 0SE Vila Santa Luzia (30/11/58). Infelizmente, com o fim da temporada de 1958, a partir da temporada de 1959, A Gazeta Esportiva não tem essa sequencia disponibilizada para pesquisa, o que impediu a conclusão desse certame. Em 1990, conquistou o Troféu Atlas.
Algumas Formações:
Time base de 1948:Hugo; Né e Alfredo II; Caldarelli, Luiz e Rodolfo; Saguí, Alfredo I, Leopoldo, Toca e Pinguim. Técnico: Djalma.
Time base de 1949:Hugo (Janela); Rodolfo (Mano) e Nezinho; Moura, Caldarelli e Bororó (Osmar); Pacheco (Saguí), Osvaldinho, Neno, Júlio e Toca (Mau).
Time base de 1952:Mario (Janela); Pox (Ditó ou Rubens) e Rueda Cordeiro (Tico); Paulo (Guerra), Valdemar (Pacheco) e Luiz (Adão); Talarico (Nelson), Zé Mau (Esquerdinha), Fausto (Olavo), Júlio (Geraldo) e Mingo (Pinheiro).
Time base de 1953:Mario (Né ou Baliza); Pox e Tico (Renato); Luiz (Dacio), Paulo (Guerra) e Rubens (Adão); Nelson (Pacheco), Talarico (João), Zé Mau (Olavo), Júlio (Wilson) e Mingo (Milton).
Time base de 1954:Wilson (Mario); Pox (Renato ou Mano) e Rueda (Noilton ou Tico); Paulo (Uberaba), João (Moacir) e Júlio; Pacheco (Dema), Talarico (Osvaldo), Fernando, Gomes (Mozart) e Carneiro (Bororó).
Time base de 1955:Mario (Dema); Renato (Bastião) e Tico; Pox (Jorge), Júlio (João ou Luiz) e Carneiro (Wette); Pacheco (Cordão), Moacir (Pacheco), Fernando (Cabide), Gomes (Talarico ou Teiga) e Mozart (Viana ou Osvaldo). Técnicos: Alfredinho e Osvaldo.
Time base de 1957:Dito (Mario); Adriano (Junqueira) e Tico; Vermelho, João (Zé Preto) e Milton (Cabeção); Silvio (Anibal), Moraes (Xim), Túlio, Olavo (Dado) e Júlio. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
Time base de 1958:Dema; Tico e Milton; Tino, Zé Preto e Júlio; Moraes (Anibal), Silvio (Tala ou Cláudio), Canhoteiro (Nelson Dadinho), Túlio (Gilberto) e Dado (Eden ou Picete). Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello
FOTOS: A Gazeta Esportiva (SP) – Acervo de Zézinho Barbeiro– blog do clube
FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – Correio Paulistano (SP) – Diário da Noite (SP) – Jornal de Notícias (SP) – Facebook – Site do clube – Edgard Martins