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Torneio Início Capixaba – Juvenil – 1960

DATA: 01 DE MAIO DE 1960

LOCAL: VITÓRIA – ES

 

1º JOGO

JABAQUARA

1-0

ATLETICO

2º JOGO

RIO BRANCO

0-0

VALERIODOCE (10-8 PEN)

3º JOGO

FERROVIÁRIO

0-0

VITÓRIA (10-8 PEN)

4º JOGO

UNIÃO

1-0

SANTO ANTÔNIO

5º JOGO

CAXIAS

2-1

AMERICANO

 

DATA: 08 DE MAIO DE 1960

LOCAL: VITÓRIA – ES

 

1º JOGO

JABAQUARA

0-0

RIO BRANCO (3-0 PEN)

2º JOGO

UNIÃO

1-0

FERROVIÁRIO

3º JOGO

CAXIAS

0-0

JABAQUARA (3-0 PEN)

4º JOGO

UNIÃO

1-0

CAXIAS

 

CAMPEÃO – UNIÃO ESPORTE CLUBE (VITÓRIA – ES)

 

Fonte: Jornal O Globo, Rio de Janeiro / RJ

CEUNES-ES

Clube Esportivo Universitário do Espírito Santo

Nome : Clube Esportivo Universitário do Espírito Santo Ceunes
Fundação: 29 de outubro de 1974
Local : Vitória-ES

 

Mais conhecido como Ceunes, ou também Universitário, a equipe foi fundada em 1974 por universitários da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo), para difundir a pratica do futebol em competições amadoras, disputando o estadual de profissionais no período em que Rômulo Vello Loureiro era o presidente, mas a equipe sempre teve extrema dificuldade para entrar em campo, Rômulo por exemplo acumulava funções no clube, era presidente roupeiro, massagista. Certa vez o Ceunes não tinha nem 11 jogadores para entrar em campo, nisso era verdadeiro cata-cata onde até o médico entrou em campo.

 

Até por isso não se esperava muito da equipe no estadual de 76 o primeiro do Ceunes, talvez por ser totalmente descompromissada com os resultados e sem pressão por resultados a equipe surpreendeu a todos, a equipe universitária foi para o Grupo A ao lado dos grandes, Rio Branco e Vitória, além de Industrial de Linhares e Guarapari.
Eram 2 grupos com 5 equipes passando os 3 melhores de cada grupo para o denominado Torneio dos Vencedores, e o Ceunes deixou Industrial e Guarapari para trás e avançou podendo se gabar de estar no Torneio dos Vencedores logo em seu primeiro ano da elite. Mas os bons resultados acabaram ali, nas 6 partidas do Hexagonal semifinal o Ceunes perdeu todos os jogos acabando com 0 pontos de 12 disputados.

 

Em 1977 no 2º ano de estadual agora o time universitário era mais “manjado”, e de quebra as dificuldades em botar o time em campo seguiam sendo um grande obstáculo. Pensando nessa dificuldade o Ceunes criou uma tática interessante aos olhos dos dirigentes, cada partida um veterano conhecido do futebol capixaba seria “convocado” para jogar e defender as cores da equipe, assim sempre na intenção de chamar mais público para ver o Ceunes jogar, oque ocorria hora no Estádio Salvador Costa do Vitória hora no Campo do Caxias.
Dentro de campo as 14 equipes jogaram em turno único todos contra todos, os oito melhores avançavam a 2ª fase, os demais disputariam uma repescagem que colocaria o líder direto no quadrangular final, ou seja de eliminado na 1ª fase a equipe teria chance até quem sabe de ser campeã estadual…
O Ceunes passou longe de classificar entre os oito, apenas uma única vitória nas 13 partidas, ela aconteceu fora de casa na 3ª rodada em Nova Venécia diante do Leão de São Marcos por 1×0 no Estádio Zenor Pedrosa Rocha em 19 de junho gol de Baiano aos 17 do 2º tempo.
Depois desta vitória o Ceunes não venceu mais, os melhores resultados foram dois empates em 0x0, um com Santos de Barra de São Francisco outro com São Mateus no Sernamby. Após o fim da 1ª fase a equipe acumulou 10 derrotas em 13 jogos, apenas 5 gols marcados e 25 gols sofridos. O Ceunes devido as dificuldades financeiras cada vez maiores abandonou a competição antes do Hexagonal da repescagem começar, depois disso nunca mais voltou a disputar o estadual outra vez.O dia 17 de julho de 1977 é marcado como a última partida do Ceunes no estadual, ela ocorreu em Barra de São Francisco contra o Santos local no Estádio Municipal Joaquim Alves de Souza com placar de 0x0.

 

Uniformes

 

Algumas partidas de 1976

Rio Branco 2×0 Ceunes
Guarapari 0x0 Ceunes
Rio Branco 3×0 Ceunes
Vitória 5×1 Ceunes
Caxias 3×0 Ceunes
Desportiva 3×0 Ceunes
Ceunes 1×2 São Mateus
Vitória 6×1 Ceunes
Rio Branco 5×2 Ceunes

 

Campanha de 1977
Industrial 2×0 Ceunes
Rio Branco 1×0 Ceunes
Guarapari 2×0 Ceunes
São Mateus 0x0 Ceunes
III de Maio 2×0 Ceunes
Veneciano 2×0 Ceunes
Santo Antônio 4×1 Ceunes
Desportiva 1×0 Ceunes
Leão de São Marcos 0x1  Ceunes
Caxias 1×0 Ceunes
Vitória 6×3 Ceunes
Estrela do Norte 4×0  Ceunes
Santos Barra de São Francisco 0x0  Ceunes

 

Rômulo Vello Loureiro

 

Rômulo não só está na história da equipe Universitária como na história da própria Universidade, ele estava presente quando a UFES se tornou realidade no Campus de Goiabeiras.

A baixo um depoimento do  próprio Rômulo no Livro O Jubileu de Ouro da universidade (2004)
“No início do ano de 1961, o Presidente da República, à época Juscelino Kubitschek, como ato derradeiro de seu mandato, federalizou a Universidade do Espírito Santo (UES). No ano subsequente, mais precisamente em 26 de janeiro de 1962, já no governo de João Goulart, o Ministro da Educação e Cultura, ciente de seus méritos como cidadão probo, cultor do Direito, educador e detentor de uma cultura que impressionava a todos, não teve dúvida em escolher e
nomear o Professor Jair Etienne Dessaune para ser o primeiro reitor da Universidade Federal do Espírito Santo.
Apesar de, com tal designação emanada do Governo Federal, haver passado a ser o detentor de tão importante cargo público, o Doutor Jair Dessaune peregrinou, batendo literalmente de porta em porta nos diversos setores da Administração Pública do nosso Estado.
Estava a recrutar servidores cuja conduta e competência funcionais, no trato da coisa pública, ele conhecia de sobejo devido a sua intensa atividade profissional, para exercerem encargos que lhe possibilitassem organizar e por em funcionamento, incontinenti, aquela incipiente Instituição.”
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Campus da UFES
O texto foi para historiar a saga que iniciava-se o ano de 1962, quando Jair Dessaune, como professor-decano da antiga Faculdade de Direito da
Universidade Estadual do Espírito Santo, foi designado pelo Ministro da Educação e Cultura para responder pela reitoria da universidade, com a incumbência de organizar e instalar a nova Instituição Federal de Ensino.
Sem dispor de recursos financeiros e humanos, no dia 7 de março de 1962, Jair Dessaune baixou a Portaria n.º 1-A da Ufes, por meio da qual instalou, a título precário e sem ônus para os cofres públicos, a sede da 1.ª reitoria e o gabinete do reitor na garagem de sua própria residência e no seu escritório, que ficava anexo, na Rua do Rosário, n.º 202, Centro de Vitória, atrás do Teatro Carlos Gomes, entre outras providências que adotou à época. 

Fontes:
https://memoriafutebolcapixaba.blogspot.com.br/ 

Santa Cruz de Vitória-ES

Santa Cruz Futebol Clube

Nome : Santa Cruz Futebol Clube
Local : Vitória
Fundação:  23 de outubro de 1928
Títulos :  Turno Campeonato Capixaba  Série B 1957, Vice Campeão da Série B 1957

O Santa Cruz do Espírito Santo foi fundado em 1928 no Bairro Santa Lúcia em Vitória.
Por vários anos participou do Campeonato Suburbano e a Série B capixaba. Chegou perto de disputar a 1ª Divisão algumas vezes mas a falta de poder financeiro sempre impedia a equipe de crescer mais, mesmo assim com muito empenho enfrentava as equipes com mais capacidade financeira, AA Vale e Ferroviário formados por ferroviários da Companhia Vale do Rio Doce que os ajudava, Atlético e Santos de Vila Velha entre outros.
Sua sede em Santa Lúcia era usada para todo tipo de eventos, bailes de carnaval, festas de formatura, concursos de Miss entre outras atividades nos primeiros anos de existência do SCFC.
O Santa Cruz participou da Série B por pelo menos oito vezes, os anos 50 foram os melhores da equipe dentro de campo, tanto que disputou quase todas as séries B nos anos 40,50 de forma ininterrupta.

Campo do Santa Cruz fundado por Julio Henriques

Entre estas participações o Santa Cruz carrega em sua história algo único, na 2ª Divisão de 1945 conseguiu o feito de derrotar o Centenário duas vezes no mesmo dia.
Antes da partida do returno as duas equipes disputaram 05 minutos referentes a partida do turno que foi paralisada antes do fim quando o placar era de 1×1. E não é que nestes 05 minutos o Santa Cruz fez um gol em venceu! O responsável pelo gol  da vitória foi Egídio!
Já na partida do returno com tempo completo o Santa voltou a vencer, e  com propriedade por 4×2, Mululo, Carlos, Julio e Egídio marcaram, enquanto que José Angelo e Getúlio marcaram para o Centenário.
O Santa Cruz foi a campo com Coca,Moacir, Hiltom, Julio, Tercio, Edson, Carlos, Levino (Nélio), Egidio, Mululo (Luiz Paulo) e José Alves (Nascimento). Ermenegildo Gave apitou a partida que acabou expulsando Egídio grande destaque do Santa Cruz com dois gols e Altamiro do Centenário.
A campanha da 1ª fase que credenciou o Santa Cruz a disputar as finais foi a seguinte.

Turno
Santa Cruz 2×1 Centenário
Santa Cruz 4×3 Jucutuquara
Santa Cruz 1×1 Recreio

Returno
Santa Cruz 4×2 Centenário
Santa Cruz 6×1 Jucutuquara
Santa Cruz 7×2 Recreio

Os anos com maior destaque foram em 1956 e 57, onde a equipe brigou pelo título até as rodadas finais da competição.
Em 57 foi o melhor ano sem dúvidas, na penúltima rodada da firmou-se na liderança da Zona Norte ao derrotar o Guarany por 4×2. A partida aconteceu no Estádio Governador Bley, João Zambelli auxiliado por Manoel Araujo e João Pereira comandaram a cancha. A primeira etapa não agradou os presentes no estádio da Avenida Albérico Torres, mas isto tem explicação, o motivo eram os temporais que assolaram a capital capixaba deixando o gramado totalmente encharcado.
O Guarany foi quem inaugurou o placar com Artur aos 26 minutos. Na segunda etapa Caboclo deu lugar a Nélio no intervalo, Genézio treinador do Santa Cruz botou o time para frente com Gazolina, Nélio, Giginho, Tércio e Barrica no ataque, deu muito certo o esquema ofensivo, Tércio empatou, depois Gidinho deu show marcando 3 gols seguidos, aos 40 Jair contra descontou para o Guarany encerrando em 4×2 a partida, detalhe que um bom público acompanhou esta partida que colocava o Santa como maior favorito ao título.

Santa Cruz F.C : Edson, Jair, Çitinho, Julio, Aloísio, Moacir, Gazlina, Caboclo (Nélio), Gidinho, Tércio e Barrica.
Guarany E.C : Gildo, Fabio, Cláudio, Aroldo, Ailton, Milton (Altino), Gildo II, Wilson, Artur, Eudócio (Adalberto) e Manoel.

A partida que valeu o título aconteceu e 14 de janeiro de 1957, pela última o Santa Cruz encarou o Bangu na partida pre-liminar de Santo Antônio  e Rio Branco que disputavam a Serie A, a partida contra o Bangu foi muito acirrada, o placar foi apertado vitória por apenas 2×1, Gidinho e Nélio marcaram os gols da vitória, o presidente Humberto Balbi que ficou mais de 16 anos a serviço do clube mesmo com a alegria do  título não iludia os torcedores e sócios, e já afirmava que mesmo conquistando o título da Série B o clube não tinha pretensões de disputar a Série A de 58 deixando a vaga para alguém com mais poder econômico, Genesio treinador estava feliz com o título e satisfeito mesmo com  o time rendendo a baixo do que podia segundo ele.

Santa Cruz F.C : Paulo (Édson), Aloísio, Litinho, Moacir, Zeli, Julio, Nélio, Caboclo, Giovani, Tercio e Barrica.
Bangu E.C : Rubens(Antônio), Pedro, Pedro Germano, Milton, Zaprogno, Reinaldo (Elozinho), Almir, Genovite, Clovis, Luiz Carlos e Adalberto.

A prova do título incontestável

A baixo a avaliação dos campeões nesta partida feita pelo Jornal Folha Capixaba.
Paulo – Não comprometeu em nenhum lance. Contundindo-se cedeu lugar para Edson que esteve bem melhor.
Aloísio – Confirmou as suas boas atuações dos jogos anteriores. Excelente marcador e muito espírito de luta.
Litinho – Desempenhou bem a missão.
Moacir – Foi um grande elemento em campo. Folego e categoria s serviço da equipe. Esteve incansável durante o tempo.
Julinho – Só na etapa final conseguiu firmar-se no terreno, constituindo-se então numa das figuras principais da equipe santa cruzense.
Nélio –  O elemento lutador de sempre, marcando o gol que garantiu a vitória santa cruzense.
Geovani – Não esteve bem o meia direita do clube de Santa Lúcia. Além de estar numa noite infeliz foi expulso de campo.
Gidinho – O melhor jogador da cancha, dominando sempre o seu marcador. Conquistou o 1º gol batendo toda a defesa banguense.
Tercio – Outro grande elemento. Embora veterano na equipe, nota-se o seu esforço, sua qualidade.
Barrica –  Apenas esforçado. Perdeu a oportunidade de conquistar  o terceiro tento da noite.
pelo brilhante feito o Santa Cruz a diretoria do clube resolveu que a festa se prolongue até amanhã. Assim sendo na parte da tarde a sede do querido suburbano, haverá uma grandiosa festa, com bebidas e etc, e culminará com um grandioso baile à noite.

Mais tarde com decorrer da competição o Santa Cruz foi para a final contra o Atlético de Aribiri Vila Velha, na melhor de três deu o Atlético que pode ser visto nesta matéria do Jornal Folha Capixaba de 1957.

Dias depois as duas equipes voltariam a se enfrentar valendo troféu, desta vez a pugna foi válida pela Taça Dilio Penedo em comemoração aos 14 anos de fundação do Atlético, a partida correu no 3º Batalhão de Caçadores em Vila Velha e com gol de Tunico que havia substituído Gidinho o Santa venceu e se sentiu vingado. O Santa Cruz foi a campo com Edson, Luiz. Moacir, Caboco, Jorge, Julinho, Nélio (Geovani), Tercio, Tunico, Gazolina (Betinho) e Barrica.Mais tarde o Santa Cruz enfrentou o Santo Antônio, forte esquadrão da primeira divisão, o Santo Antônio havia prometido uma pugna com o Santa Cruz e cumpriu os enfrentando no Estádio Governador Bley, Arli Silva auxiliado por Benedito Vieira e Ermenegildo Gave dirigiram a partida. O Santa Cruz recebeu a renda de Cr$ 4.540,00 pelo amistoso entre por Rubens Gomes dirigente antonino que foi homenageado com seu nome no Estádio do Santo Antônio anos depois.
O Santo Antônio foi a campo com Etiene., Tião, Zé Português, Leitão, Nélio, Smate, Carlços Alberto, Antîo Português, Zé Carlos, Zezé e Vasconcelos (Alcir).
Já o Santa Cruz foi a campo com Edson, Caboco, Jorge, Julinho, Tércio, Moacir (Aluizio), Joaes, Geovani (Gidinho), Lecinho (Barrica) e Castelo (Nélio).

Com o passar dos anos e o crescimento urbano os campos de futebol espalhados pela capital foram diminuindo em com isso os times também, o Santa Cruz acabou perdendo espaço no futebol e nas décadas seguintes as que teve sucesso parou de disputar as competições que antes jogava, muitos time foram extintos nesse período pós anos 60 no Espírito Santo.
Até hoje o Campo do Santa Cruz existe, localizado no Bairro Santa Lúcia atualmente pertence a União devido uma dívida por não pagamento de 650 mil entre 2004 e 2009, referentes a taxa de Marinha, com isso a Superintendência de Patrimônio da União no Espírito Santo (SPU-ES) se apropriou do local.

A Prefeitura de Vitória interviu na ação judicial em favor do Santa Cruz Futebol Clube, como assistente na reintegração de posse, impetrada pela a União. O processo iniciou em abril de 2015 mas não tem prazo para a decisão com isso cerca de 150 crianças ficam sem ter onde pois o Campo do Santa Cruz é utilizado pela escolinha do Santa Cruz e do  CTCE (Centro de Treinamento Cosme Eduardo, ex-jogador e treinador capixaba).


Uniformes

Área de campo de futebol pegou fogo, em Vitória (Foto: Dennis Adam/ Internauta)
Em 2015 os moradores do bairro tiveram um grande susto, um incêndio tomou conta o seco gramado do Campo. Foi controlado sem feridos ou mais problemas.

Abraço simbólico dos moradores de Santa Lúcia no Campo do Santa Cruz em 2014, revoltados e preocupados em perder a única área de lazer do Bairro. 

Fontes:
https://memoriafutebolcapixaba.blogspot.com.br