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Associação Esportiva e Recreativa Venturoso – Fortaleza (CE): venceu o Fortaleza, em 1951

A Associação Esportiva e Recreativa Venturoso (AERV) é uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). A sua Sede social fica localizado no bairro São João do Tauápe, em Fortaleza/CE. Fundado no sábado, do dia 15 de agosto de 1936, como o nome de Venturosos Football Club, nas cores auri-negro, como uma opção de lazer para a comunidade carente do bairro.

Riachuelo venceu

No domingo, do dia 20 de Junho de 1937, o Venturoso foi derrotado pelo Riachuelo Sport Club pelo placar de 5 a 1. No domingo, do dia 13 de fevereiro de 1938, nos seus domínios, o Venturoso perdeu para o Riachuelo Sport Club por 5 a 3.

Inauguração da Praça de Esportes

Sob a presidência Afonso Martins de Souza, na tarde de domingo, do dia 09 de Janeiro de 1938, o Venturoso inaugurou a sua Praça de Esportes, no bairro São João do Tauápe, onde enfrentou o Estrela do Mar Futebol Clube.

Nos Segundos Quadros, os “Marítimos” golearam por 4 a 1. No jogo principal, com arbitragem de “Mundola(Vingador F.C.), com grande atuação, novamente os visitantes venceram por 3 a 2.

Logo aos 2 minutos, Lauro, em cobrança de pênalti, abriu o placar para o Estrela do Mar. Apesar de ter dominado o jogo, o Venturosos foi para o intervalo em desvantagem no marcador.

Na etapa final, aos 2 minutos, Raimundo Alves ampliou para os visitantes. Minutos depois, outro pênalti, só que dessa vez para o Venturosos. Três Orelhas bateu, o goleiro rebateu e Joãosinho tocou para o fundo das redes, diminuindo o placar.

O gol animou os donos da casa, que seguiram pressionando até uma rebatida da zaga, a bola sobrou para Joãosinho, na entrada da área, soltou uma bomba para deixar tudo igual.

No entanto, aos 43 minutos, após bate-rebate na defesa, Jacaré mostrou oportunismo, marcando o gol da vitória do Estrela do Mar. A Renda do jogo foi de 303$000 mil réis.  

Venturosos: Silva; Bim e 21; Nilton, Adelino e Walfrido; Joãosinho, Pereira, V. Brasil (Cap.), Osmar e Generosa.

Estrela do Mar: João de Sousa (Cap.); Três Orelhas e Verga; Luizinho, Chico Preto e Lauro; Foguinho, Jacaré, Alves, Dandão (Raimundo Alves), Jaime (Pacífico).   

Curiosidades

O Venturoso já revelou jogadores que brilharam no Campeonato Cearense e defenderam as principais equipes da capital. Atletas como o lateral Louro, que jogou no Fortaleza, Ceará e Corinthians.

No domingo, do dia 29 de abril de 1951, o Venturoso conquistou a sua mais importante e imponente vitória ao derrotar pelo placar de 4 a 2, o poderoso Fortaleza Sporting Club, na Praça de Esportes de São João do Tauape, em Fortaleza/CE.

AER VENTUROSO (CE)   4        X        2        FORTALEZA S.C. (CE)

LOCALPraça de Esportes de São João do Tauape, em Fortaleza/CE
CARÁTERAmistoso estadual
DATADomingo, do dia 29 de abril de 1951
PÚBLICO E RENDANão divulgados
VENTUROSOPedro I; Bim e Pedrão; Zé Facundo, Casmundo e Massaroca; Nonato, Pedro II, Segismundo, Henrique e Jonas.
FORTALEZASurubita; Saraiva e Peixoto; Sapenha, Toinho I e Pelado; Aloísio I, Perácio, Pedro Faúna, Brocho e César Moraes.
GOLSPedro Faúna, duas vezes (Fortaleza); Nonato, duas vezes, Jaime e Segismundo (Venturoso).

Time base de 1938: Silva (Neném); Bim (Pebinha) e 21 (Chico Félix); Nilton (Dindim), Adelino (João Maria) e Walfrido (Braz); Joãosinho (João Pirocaia), Pereira (Meu Tio ou Dezenove), V. Brasil (Cap.), Osmar (Jaime) e Generosa (Antônio Amâncio).

Colaborou: Roberto Feitosa

FOTOS: Página do clube no Facebook

FONTES: Página do clube no Facebook – Diário do Nordeste – Almanaque do Fortaleza – A Razão (CE)

1º Escudo: ICASA Sport Clube – Juazeiro do Norte (CE)

Por Sérgio Mello

O ICASA Sport Clube (Atual: Associação Desportiva Recreativa Cultural Icasa) é uma agremiação do município de Juazeiro do Norte, situado na Região Metropolitana do Cariri, que fica a 491 km da capital (Fortaleza) do estado do Ceará. A localidade conta com uma população de 286.120 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.   

História

Em 1947, foi criada a Indústria e Comércio de Algodão SA – ICASA. Algum tempo depois, a direção da firma fez um campo de futebol, para que os operários pudessem jogar aos domingos, como uma forma de lazer e integração.  

A partir daí nasceram dois times: Algodão (da fábrica de algodão) e o Óleo (fábrica do óleo). A implementação foi um sucesso instantâneo. Os jogos eram disputados e o assunto durante a semana era sobre o futebol entre as duas equipes.

A continuidade das partidas de futebol entre as equipes do Óleo e a do Algodão levou a direção da indústria ao sonho de criar um time forte, que a representasse na disputa do Campeonato Municipal, promovido anualmente no campo da Liga de Desporto Juazeirense (LDJ).

Quanto à determinação dos entusiastas… Não bastava só participar, se a equipe tivesse que entrar no campeonato, seria pra ser vencedora, afinal era a reputação da indústria que estava em jogo!

Nessa época, o time dos motoristas de praça (taxistas) de Juazeiro, estava desfazendo sua agremiação (Volante Atlético Clube) e, sabendo da intenção da direção da indústria em formar um time para disputar o campeonato municipal, fundiu-se ao quadro de funcionários da indústria.

Nasce o ICASA Sport Clube

Assim, às 9 horas da manhã, da quarta-feira, do dia 1º de Maio de 1963, ‘Dia Internacional do Trabalhador’, foi Fundado o ICASA Sport Clube, numa solenidade festiva nas dependências da Indústria e Comércio de Algodão Sociedade Anônima (ICASA), sob inflamado discurso e com uma forma de divulgar o nome da indústria. O industrial Teodoro de Jesus Germano, o ‘Doro Germano’ foi o 1º Presidente.

A origem das cores e distintivo

As cores escolhidas do escudo e do uniforme: O verde representando a folha do algodão e, o branco, a pluma. O pintor da indústria foi chamado para desenhar o emblema da camisa, representando a engrenagem de uma máquina de beneficiamento de algodão, contendo, em seu interior, o nome da indústria ICASA, sendo que a letra “I” seria desenhada na forma de uma chaminé.

ICASA Campeão juazeirense de 1969.
EM PÉ (esquerda para direita): Azul, Zé do Carmo, Ramos, Zé Cicero, Nena, Pirajá e Isaias (massagista); AGACHADOS (esquerda para direita): Raimundo Pio, Dote, Caçote, Joãozinho, Geraldino e Gilson.

Nove títulos Juazeirense em uma década

Logo no 1º ano, o Icasa Sport Clube surpreendeu a todos, desbancando os favoritos e se consagrando campeão juazeirense de 1963 e vice-campeão no ano seguinte. Daí pra frente, nos anos de 1965, 1966, 1967, 1968 e 1969 só deu Icasa se sagrando pentacampeão Citadino.

O futebol bonito do Icasa encantava a todos. A cada jogo, aumentava o número de pessoas vindas até das cidades circunvizinhas, que queriam ver a equipe habilidosa do Icasa em campo.

Assim o escrete da vitória foi cativando torcedores por toda região do Cariri, dando início à “era de ouro do futebol juazeirense”.

Antigo Estádio Romeirão - Capacidade para 10 mil pessoas

Estádio Romeirão e a Sede Social

Na sexta-feira, do dia 1º de Maio de 1970, dia do 7º aniversário do Icasa, a capital da fé amanheceu mais uma vez em festa, desta vez, o município inaugurava o seu estádio de futebol, carinhosamente denominado:

Estádio Romeirão, em homenagem aos fiéis romeiros do Padre Cícero. Afinal, a cidade já tinha uma grande equipe de futebol, com uma legião de torcedores a altura que justificasse tal empreendimento.

O jogo inaugural contou com a vitória do Cruzeiro (MG) sobre o Fortaleza (CE), pelo placar de 3 a 0. O 1º gol foi assinalado por Evaldo. Mais de 20 mil pagantes compareceram para prestigiar o jogo inaugural.

A sua Sede fica localizado na Rua Frei Damião, nº 1.720ª, no Bairro Lagoa Seca, em Juazeiro do Norte/CE. Já a Arena Romeirão fica localizado na Avenida Presidente Castelo Branco, nº 4.464, no bairro Pirajá, em Juazeiro do Norte/CE.

Sede social do ICASA

O porquê das estrelas no escudo

No Romeirão, o Icasa consagrou sua hegemonia, dando continuidade a uma sequência de conquistas, ganhando os títulos nos anos de: 1970, 1971 e 1972. Bordando em seu emblema oito estrelas, que representam os oito títulos seguidos, octacampeão do campeonato da Liga de Desporto Juazeirense (LDJ).

Ingressou no profissionalismo

A nova Arena Romeirão – Capacidade atual para 17.230 pessoas

Diante do grande sucesso, o ICASA resolveu alçar voos maiores e, em 1973, se profissionalizou e se filiou a Federação Cearense de Futebol (FCF). De lá pra cá foram 15 participações no Campeonato Cearense da 1ª Divisão, onde alcançou os seus melhores resultados em 2005, 2007 e 2008, quando terminou com o vice-campeonato.

Títulos e participações em âmbito nacional

Faturou três títulos do Campeonato Cearense da 2ª Divisão, em 2003, 2010 e 2020. Na esfera nacional, o ICASA debutou no Campeonato Brasileiro da Série C, de 1995. Ao todo, foram sete edições da Série C, obtendo o seu melhor resultado o vice de 2012.

No Campeonato Brasileiro da Série D, foram duas participações: 2016 e 2022, sem destaque. No Campeonato Brasileiro da Série B, foram quatro edições: 2010, 2011, 2013 e 2014. Melhor campanha foi 5º lugar, em 2013. Já na Copa do Brasil foram cinco participações, obtendo o melhor desempenho em 2009, quando avançou até as Oitavas de final.

HINO (Letra e Música: Luiz Fidélis)

O verde vale do Cariri

É a bandeira do nosso esquadrão

Desfraldada sobre a maior torcida

Numa só corrente, de mão em mão

Meu padim nos gramados do céu

É mais um craque a orar meu Verdão

A fé nos conduz à vitória

Icasa eterno campeão

Icasa

Temos forças pra lutar, Uh! Tererê!

Icasa estamos do teu lado, Uh! Tererê!

Não importa o resultado, Uh! Tererê!

O que importa é te amar

Vamos jogar para vencer, Uh! Tererê!

Não temos nada a temer, Uh! Tererê!

Icasa estamos aí És a paixão do meu Cariri.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Batista

FOTOS: Blog do Kempes – Google Maps – Acervo de Alemberg Quindins

FONTES: Livro “ICASA do Meu Coração”, de Alemberg Quindins – Feeração Cearense de Futebol (FCF)

Escudo raro de 1948: Esporte Clube Limoeiro – Limoeiro do Norte (CE)

Por Sérgio Mello

O Esporte Clube Limoeiro é uma agremiação do município de Limoeiro do Norte, localizado no Vale do Jaguaribe, no estado do Ceará. Com uma população de 59.515 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010.

Nasce o expoente do futebol limoeirense

O “Cavalo de Aço do Vale” foi Fundado no domingo, do dia 1º de novembro de 1942, por um grupo de desportistas na antiga Rua Nova (atual: Rua Cônego Climério Chaves), s/n, no Centro da cidade.

A sua Sede social e o Estádio José de Oliveira Bandeira, o “Bandeirão”, com capacidade para 5 mil pessoas, ficam localizados na Rua Coronel Alexandrino, nº 2.395, no bairro Popular, em Limoeiro do Norte/CE.

A 1ª reunião se realizou por volta das 14 horas, e sua 1ª Diretoria, após vários contatos reservados na praça capitão João Enes ao lado do obelisco comemorativo a fundação da então Vila de Limoeiro foi eleita por unanimidade ficando assim constituída: 

Presidente – Edilberto Chagas e Silva;

Vice-presidente – José Marcelino de Almeida;

1º Secretario – Meton Maia e Silva;

2º Secretario – Joaquim Rodrigues Loureiro;

1º Tesoureiro – Aniceto Carneiro;

Diretor de Esportes – Antônio Lage Maia;

Orador oficial – Rufino Maia e Silva. 

Na reunião estiveram presentes presidentes de clubes locais e grande número de desportistas que participaram das assinaturas da primeira ata, tendo como ambiente, gentilmente cedido, a sala principal da residência do Sr. Alexandre Carneiro.

Primeiro jogo

Na tarde de sábado, do dia 28 de novembro de 1942, aconteceu a primeira partida, na Praça de Esportes, do Tabajara Sport Club (imóvel de propriedade do Cel. José Jerônimo de Oliveira, que cedeu gentilmente).

O adversário foi o conjunto suburbano do Palestra Football Club de Arraial, e o jogo terminou empatado em dois golsEsporte Clube Limoeiro, que estreou envergando camisas brancas e faixa azul horizontal, além de possuir belíssima bandeira foi à seguinte: Gerardo Passarinho; Chico Tomaz e Soares; Estevam Alves, Lirio Remigio e Rufino; Raimundo Tomaz, Horácio, Farjado, Djalma Osterne e Cidinho.

No ano seguinte o clube é reorganizado

No domingo, do dia 3 de outubro de 1943, no paço municipal a Rua Cel. Malveira, no Centro, realizou-se uma reunião preparatória para reorganização da agremiação sócio esportiva, biênio 1943/44 sendo constituído após parecer do dinâmico e grande desportista Mario Braga Brasil especialmente convidado e alto funcionário do IAPC cidadão de solida formação moral e esportiva e de profundos conhecimentos, um conselho executivo o qual unanimemente aprovado, ficou com a seguinte constituição: 

Presidente – Dr. Manuel Castro Filho;

Secretario – Mario Braga Brasil;

Tesoureiro – José Rodrigues Loureiro Chaves;

Diretor de Esportes – Meton maia e Silva;

Orador oficial – José Osterne Junior

Em virtude de inúmeros afazeres, o desportista José Rodrigues Loureiro no início de 1944 deixa a tesouraria por meio de uma solicitação oficial sendo substituído pelo Sr. Raimundo Fidelis Maia que teve como adjunto o jovem estudante José Cupertino de Freitas. Como cronometrista foi convidado o Sr. Raimundo Maia de Freitas.

Clube ajuda a fundar a Liga de Limoeiro

Durante este período a diretoria do esporte promoveu interessantes jogos amistosos inclusive com clubes de municípios vizinhos como Morada Nova, oportunidade em que houve estreita cordialidade esportiva entre as duas cidades jaguaribanas, valendo ressaltar por outro lado os eventos sociais e os primeiros contatos para juntamente com outros clubes locais tratar-se da fundação na quarta-feira, do dia 02 de julho de 1947, a Liga Desportiva de Limoeiro do Norte (LDLN), que como 1º Presidente o médico Dr. Francisco de Andrade Carneiro.

Limoeiro vence o Ceará, em Fortaleza

(esquerda para a direita) Rufino e Lírio, notáveis jogadores de futebol do Esporte Clube Limoeiro e da Seleção Limoeirense. Lírio, fez o gol mais bonito da história do Esporte Clube Limoeiro, dentro do Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, na vitória sobre o Ceará, em 1948.

No domingo, a tarde, do dia 18 de abril de 1948, em pleno estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, em amistoso, o Esporte Clube Limoeiro, venceu, de virada, o poderoso Ceará Sporting Club pelo placar de 3 a 2. Os gols foram de Alfredinho, duas vezes, e Lírio Remígio, de cabeça para o Limoeiro; enquanto Mitotonio e Jurandir descontaram para o alvinegro. Alfredinho que na década de 50 jogou no Santos ao lado de Pelé.

Os primeiros títulos, entre 1944 a 1956

O Esporte Clube Limoeiro se sagrou Campeão do Campeonato Limoeirense de Futebol de 1956, ao derrotar o Paissandu. Com o arrombamento do Açude Orós ocorreu uma cheia no Vale do Jaguaribe e o clube parou as atividades.

Nesse primeiro momento o Esporte Clube Limoeiro conquistou os seguintes títulos:

Campeão do Torneio São Silvestre (realizado no Parque Duque de Caxias, no domingo, do dia 31 de dezembro de 1944);

Campeão do Torneio Relâmpago (promovido pela LDLN em 1948);

Vice-campeão limoeirense de futebol, em 1947 e 1948;

Campeão da Copa Jaguaribana de 1952;

Campeão do Torneio Quadrangular de 1956 (conquistando a Taça “Walter Sátiro” Ex-Maguari E.C de Fortaleza, representado pelo desportista Luiz Pitombeira).

Após se licenciar forçosamente, Limoeirense volta à ativa

Foram quase três décadas inativo. Na quinta-feira, do dia 1º de novembro de 1984, aconteceu a primeira reunião para retornar o Esporte Clube Limoeiro ao futebol limoeirense estiveram presentes os desportistas:

De Assis Gurgel, Rubio Vieira, Antônio Lourenço, Mazé Faheina, Wilson Ricardo, Denizar Freitas, Sargento Silva Filho, Ricardo Rodrigues, João Eudes Saraiva, Ricardo Antônio, Nilvaldo Saraiva e Dr. Tarcisio.

A primeira partida, após voltar às atividades, aconteceu na terça-feira, do dia 7 de Maio de 1985, quando o Esporte Clube Limoeiro venceu o Calouros do Ar pelo placar de 1 a 0.

Tricampeão Citadino

O “Cavalo de Aço do Vale” se sagrou Tricampeão do Campeonato Citadino de Limoeiro do Norte: 1987, 1988 e 1989. Nas 3 conquistas derrotou o Fluminense do Sítio Socorro. Voltou a ser campeão nos anos 1992 e 1994 derrotando Palmeiras do Arraial.

Limoeiro debuta na esfera profissional

Em 1994, sob a presidência de João Gadelha do Reis o Esporte Clube Limoeiro se filiou na Federação Cearense de Futebol (FCF), e ingressou no futebol profissional. Logo de cara, foi campeão do Torneio Seletivo (Equivalente ao Campeonato Cearense da 2ª Divisão). A competição contou com a participação de oito equipes:

Associação Atlética Novo Palmeiras (Pacajus);

Associação Esportiva Cearazinho (Paracuru);

Centro Esportivo Ubajarense (Ubajara);

Esporte Clube Limoeiro (Limoeiro do Norte);

Esporte Clube Vasco da Gama (Iguatu);

Maguari Esporte Clube (Capistrano);

Sociedade Esportiva União (Russas);

Uruburetama Futebol Clube (Uruburetama).

Na grande final, Esporte Clube Limoeiro e Uruburetama Futebol Clube decidiram em dois jogos (ida e volta) o título. Nos seus domínios, no sábado, do dia 24 de setembro de 1994, o Limoeiro não saiu de um empate sem gols.

Na partida de volta, no sábado, do dia 1º de outubro de 1994, novo empate, dessa vez em 1 a 1.  Com isso, o campeão foi definido na disputa de penalidades. E o Limoeiro levou a melhor, vencendo por 5 a 4, se sagrando Campeão da Segundona, e assegurando o seu lugar na 1ª Divisão Cearense.

Limoeiro jogou na Elite do Futebol Cearense por cinco temporadas

A estreia aconteceu no dia 28 de maio de 1995, vencendo o Quixadá por 3 a 0, no Estádio Bandeirão, em Limoeiro. No final, o clube terminou o Campeonato Cearense da 1º Divisão, em 8º lugar.

Em 1996, o Esporte Clube Limoeiro voltou a fazer um Estadual regular e repetiu a colocação anterior: 8ª posição. Em 1997, o “Cavalo de Aço do Vale” não repetiu as campanhas anteriores terminado na 12º colocação no Estadual.

Em 1998, o Limoeiro fez excelente campanha no Estadual, terminando em 5º lugar, e, conquistando o direito de um voo maior: disputar uma competição nacional.

Na estreia do Brasileiro da Série C, Limoeiro ficou em 7º lugar

Dessa forma, o Limoeiro estreou no Campeonato Brasileiro da Série C de 1998, chancelado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Na primeira fase o Limoeiro ficou em 1º lugar do Grupo 03 (juntamente com Icasa-CE, Potiguar de Mossoró-RN, Baraúnas-RN, Campinense-PB e Juazeiro-BA) com 16 pontos conquistados.

Vale salientar que o Cavalo de Aço foi o único cearense a passar da fase inicial da competição (Icasa foi eliminado no mesmo grupo do Esporte, enquanto Fortaleza e Ferroviário foram eliminados no grupo 02), tornando-se o time cearense de melhor campanha daquele campeonato.

Nas fases seguintes o Limoeiro eliminou o Picos (PI), com vitórias nas duas partidas do mata a mata, e o Confiança (SE), eliminando um dos maiores times do futebol sergipano em pleno estádio Batistão em Aracaju.

No primeiro jogo da 4ª fase, marcado por uma intensa chuva no local da partida, contra o Anapolina de Goiás, no estádio Jonas Duarte na cidade de Anápolis, o Limoeiro sofreu um revés de 5 a 0. No jogo de volta no Bandeirão o Limoeiro não conseguiu reverter a vantagem goiana e empatou em 1 a 1, sendo eliminado da competição nacional.

Num total de 66 clubes participantes, o Esporte Clube Limoeiro terminou na 7ª colocação no geral: foram 16 jogos com 26 pontos; foram oito vitórias, dois empates e seis derrotas; marcando 27 gols, sofrendo 29 e um saldo de menos dois.

Estadual de 1999, time acaba rebaixado

Após uma sequência de belas campanhas, o Esporte Clube Limoeiro acabou amargando um senhor revés. No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1999, terminou em 9º lugar e foi rebaixado para 2º Divisão. Em 2000, na Segundona Cearense, o “Cavalo de Aço do Vale” ficou em 9º lugar e por falta de apoio encerrou suas atividades profissionais.

Limoeiro revelou grandes craques

Durante as cinco temporadas (1995 a 99), o Esporte Clube Limoeiro revelou vários jogadores: Dude (8x Campeão Cearense pelo Fortaleza), Chiquinho (Campeão Cearense pelo Fortaleza e chegou a jogar no Vasco da Gama), Mazinho Lima (Passagens por Fortaleza, Ceará, Avaí e outros), Fabricio Ceará (Chegou a jogar em Portugal).

De volta as origens

Entre os anos de 2001 e 2012 o Limoeiro disputou o Campeonato Citadino de Limoeiro do Norte e outras competições amadoras. Em 2012, encerrou suas atividades amadoras.

Limoeiro volta a esfera profissional

Após quatro anos inativo, o Esporte Clube Limoeiro retornou a esfera profissional. Em 2016, o clube com muita dificuldade, pagou 70 mil reais a FCF. Dessa forma, retornou ao futebol profissional e foi vice-campeão cearense da 3º Divisão do Campeonato Cearense. Neste mesmo disputou a Copa Fares Lopes.

Já em 2017, o Limoeiro voltou disputar o Campeonato Cearense da 2º Divisão, onde terminou como 6º colocado. Em 2018, acabou na modesta 8ª posição.  Em 2019, o time fez uma campanha sofrível, terminado na última colocação com apenas três pontos (três empates).

Após um ano sabático, o Limoeiro retornou ao Estadual da 3ª Divisão de 2021. No entanto, a campanha foi péssima: quatro jogos e quatro derrotas. Em 2022, nova campanha pífia, ficando na lanterna no geral.

Em 2023, a história se repetiu e o Esporte Clube Limoeiro terminou na última colocação. Nesse ano (2024), enfim, “Cavalo de Aço do Vale” está galopando como um cavalo de “pura raça” e não mais como um “pangaré”. O Limoeiro realizou três jogos e conquistou o mesmo número de vitórias: 1 a 0, no Tianguá (em casa); 2 a 1, no Terra e Mar (fora); 2 a 0, no Itarema (em casa).

ARTES: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Batista

FOTO: Página do Instagram – NE Camisas

FONTES: Rsssf Brasil – Futebol Cearense – Globo Esporte – Federação Cearense de Futebo

Colégio Militar – Fortaleza (CE): Disputou o Estadual da 1ª Divisão de 1938

Por Sérgio Mello

O Colégio Militar foi uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). Fundado no domingo, do dia 1º de Junho de 1919. A sua Sede ficava no regimento, localizado na Avenida Santos Dumont, nº 485, no bairro da Aldeota, em Fortaleza/CE.

O time fez parte do Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1938, organizado pela Associação Desportiva Cearense (ADC), quando terminou na honrosa 5ª colocação, o time era formado, basicamente, por alunos do colégio.

Ao contrário do que estamos acostumados a ver, no Colégio Militar os jogadores não eram chamados pelos nomes ou mesmo pelos apelidos. Na verdade, eram chamados pelos números de matrícula dos alunos do Colégio Militar.

A competição contou com a participação de 12 clubes, divididos em dois grupos de seis equipes cada:

No Grupo A: América, Cavalaria, Ceará Sporting Club, Ginásio São João, Maguari e Penarol Sport Club.

No Grupo B: Carioca, Colégio Militar, Estrela do Mar Foot-Ball Club, Ferroviário Atlético Clube, Fortaleza Sporting Club e Iracema. Abaixo alguns resultados:

Colégio Militar de 1938

Colégio Militar 3 x 2 Ferroviário

Local: Campo do Prado – Fortaleza (CE).

Data: quinta-feira, do 21 de abril de 1938.

Árbitro: Agenor Ramos Pinto (ADC).

Colégio Militar: 110; 255 e 243; 43, 308 e 66; 295, 97, 29, 221 e 157.

Ferroviário: Gumercindo, Tomé e Baiano; Boinha, Gonzaga e Zimba; Pirão, Barroso, Procopio, 56 e Izaquiel.

Gols: 221, duas vezes, e 295 um tento (Colégio Militar). Procópio com dois gols (Ferroviário).

Colégio Militar 4 x 4 Carioca

Local: Campo do Prado – Fortaleza (CE).

Data: terça-feira, do 03 de maio de 1938.

Árbitro: Aécio de Menezes (ADC).

Renda: 1:394$500 Réis.

Colégio Militar: 110; 252 e 243; 43, 308 e 97; 295, 331, 29, 221 e 157.

Carioca: Zequinha, Cazuqué e Bidico; Gedeão, Odilon e Chico; Teixeira, Zé Dágua, Nicolau, Liberato e Clóvis.

Gols: 1º tempo terminou empatado em um gol; No 2º tempo – 221, três vezes (Colégio Militar); Nicolau, duas vezes e Teixeira um tento (Carioca).

Fortaleza 5 x 3 Colégio Militar

Local: Campo do Prado – Fortaleza (CE).

Data: domingo, do 15 de maio de 1938.

Árbitro: Agenor Ramos (ADC).

Fortaleza: Zé Augusto, Pé Duro e Cabral; Jaburu, Babau (Corado) e Carinha; Róseo, Vem-vem, Alemão, Bacurim e Sérgio.

Colégio Militar: 110; 252 e 243; 43, 308 e 97; 295, 331, 29, 221 e 157.

Gols: Fred, três vezes, Jombrega e Vem-vem, um tento cada (Fortaleza); 221, de pênalti, 295 e 97 (Colégio Militar).

No domingo, do dia 24 de julho de 1938, o Colégio Militar e o Ferroviário ficam no empate em 3 a 3, no Campo do Prado, em Fortaleza (CE). Na quinta-feira, do dia 08 de dezembro de 1938, o Colégio Militar sofreu uma sonora goleada para o Estrela do Mar pelo placar de 8 a 0, no Campo do Prado, em Fortaleza (CE). A partida teve arbitragem do Sr. José Augusto Lopes, o ‘Zé Augusto’. Os gols da peleja foram assinalados por Dandoca e Joãozinho, com dois gols cada e Masseteiro foi o destaque com quatro tentos para o Estrela do Mar.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Fotos e Colaboração: Fabiano Batista

FONTES: Instagram “Câmara de Histórias”, de Ciro Câmara – Blog do Marcão – jornal O Povo – História do Campeonato Cearense de Futebol

Escudo raro de 1956: Usina Ceará Atlético Clube – Fortaleza (CE)

Por Sérgio Mello

Usina Ceará Atlético Clube foi uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). Localizado no Bairro Otávio Bonfim, a equipe alvianil foi Fundado no dia 1º de Setembro de 1949, por funcionários da Indústria Têxtil Siqueira Gurgel Companhia Limitada, para a prática, em especial, do futebol.

Conhecido como Time Fabril, mandava seus jogos no seu Estádio Teófilo Gurgel, localizado na esquina Avenida Duque de Caxias com a José Bastos, no Centro de Fortaleza/CE.

A década de 50 é marcada pelo presença do Usina nas disputas do Campeonato Cearense de Futebol, em seu 1º ano de disputa em 1953 termina na 5ª posição. No ano seguinte fica na oitava colocação. Em 1955 repetiu a dose, terminando em quinto lugar.

Fábrica Siqueira Gurgel, onde surgiu o Usina Ceará A.C.

Os bons resultados, ajudaram para o maior investimento do Usina Ceará A.C., que veio para disputar dos estaduais e entrar na história do futebol cearense. Em 1956 fica com o vice-campeonato do estadual, que teria dois turnos, mais por ausência de datas foi disputado por um turno único e tendo o Gentilândia como campeão, o artilheiro foi Luis Martins da equipe fabril com 10 gols.

Em 1957 conquista o segundo turno e disputa a final com o vencedor do primeiro turno Ceará, perdendo a primeira partida da final, vencendo a segunda partida e perdendo a terceira e decisiva partida com o famoso gol de mão de Honorato para o alvinegro.

Usina Ceará enfrentou o Botafogo de Mané Garrincha

Na quarta-feira, do dia 16 de julho de 1958, o poderoso Botafogo (RJ) estreou no Norteste do País, derrotando o Usina do Ceará, em Fortaleza, por 3 a 1. Já no primeiro tempo os cariocas venciam por 2 a 0. ambos os tentos marcados pelo ponteiro Garrincha.

Na segunda parte, Rossi marcou o terceiro ponto dos alvinegros, enquanto Honorato assinalava o gol único do Usina do Ceará. Formou o Botafogo: Ernani; Cacá, Tome e Nilton Santos (Ney); Beto e Servilio; Mané Garrincha (Garrinchinha), Didi (Rossi), Paulinho, Quarentinha (Edson) e Neivaldo. Técnico: João Saldanha.

Terceiro lugar no Cearense

No ano seguinte fica apenas na quinta colocação e em 1959 na terceira colocação do estadual. Em 1960 em 6ª lugar do estadual. Em 1961 conquista o terceiro turno do estadual e disputa mais uma final com o Ceará, jogo único e derrota por 1 a 0.

Em 1962 conquista o segundo turno do estadual e disputa o triangular final com Ceará e Fortaleza,o Usina empata em 1 a 1 com o Ceará, 1 a 1 e com o empate de 2 a 2 com o Fortaleza, dar adeus ao título de 1962.

Com a derrota do Fortaleza no último jogo, a equipe fabril fica na segunda colocação final. Em 1963 fica na quarta colocação do estadual atrás do trio de ferro da capital, no ano seguinte repete a mesma colocação sendo o ano de seu último campeonato estadual.

Títulos

  • Campeão da Copa Suburbana: 1950;

Campeão da Torneio Companhia Johnsen: 1951;

Campeão da 2ª Divisão: 1951;

Torneio Início do Ceará: 1954;

Campeão do Torneio Quadrangular: 1955;

Vice-Campeão Cearense : 1956, 1957, 1961 e 1962;

Segundo Turno do Cearense : 1957 e 1962;

Terceiro Turno do Cearense : 1961.

ARTE: escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTO: Blog Zé Duarte Futebol Antigo

FONTES: Última Hora (RJ) – Revista do Esporte (RJ) – Blog Zé Duarte Futebol Antigo

Bangu Esporte Clube – Quixadá (CE): Revelou o craque Pacoti

O Bangu Esporte Clube foi uma agremiação de Quixadá, a maior cidade do sertão central do estado do Ceará. Situado a 187 km da capital de Fortaleza, conta com uma população de 87.728 habitantes, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2019.  

Bangu em maio de 1960
EM PÉ (esquerda para a direita): Dedé (treinador), Tião da Baladeira, Tadeu Costa, Estrampão, Santos, Dote e Fransquinho Tavares;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Nivaldo, Adão e Silva;
SENTADOS (esquerda para a direita): Macaúba, Mafia e Pneu Fino.

Foi fundado no sábado, do dia 02 de fevereiro de 1952, com o nome de Santa Cruz. O 1º Presidente foi o Sr. José Linhares da Páscoa. Alguns dias depois, o então atleta João Eudes Costa escreveu cartas aos grandes times solicitando vestimentas para os atletas.

Apenas o Bangu do Rio foi o único quem atendeu ao pedido. Com isso, em homenagem ao clube carioca alterou o nome para Bangu Esporte Clube. A estreia do novo uniforme aconteceu na terça-feira, do dia 19 de fevereiro de 1952, quando o Bangu de Quixadá derrotou o juvenil do Ceará Sport Club, pelo placar de 3 a 2. Os gols foram assinalados por Pacoti, João Eudes Costa (conhecido como Eudes II) e Nilson.

Bangu derrota Fortaleza

No domingo, do dia 25 de Julho de 1954, em amistoso, o Bangu bateu o poderoso Fortaleza pelo placar de 3 a 2, em Quixadá/CE.

No Vasco da Gama, Pacoti conseguiu o título do Super Supercampeonato Carioca de 1958

Bangu revelou o craque ‘Pacoti’

Indiscutivelmente, a maior joia do alvirrubro quixadaense foi Francisco Nunes Rodrigues, o Pacoti. Centroavante do Vasco da Gama (1958/59) e do Sporting de Lisboa (1961/62/63), morreu no dia 18 de novembro de 2021, aos 87 anos, em Fortaleza. O ex-atleta foi vítima de uma parada cardíaca.  

Pacoti vivia em Fortaleza (CE), na Praia de Iracema. Lá o “Pelé Branco do Vasco” era funcionário da AGAPE (Associação de Garantia ao Atleta Profissional do Estado do Ceará) e administrava interesses no estádio Presidente Vargas.

Pacoti nasceu na cidade de Quixadá (CE), na quinta-feira, do dia 28 de dezembro de 1933. Ele era casado, não teve filhos, mas tinha quatro adorados sobrinhos que o chamavam de avô.

Pacoti teve passagens pelos seguintes clubes: Bangu de Quixadá/CE (1952/53); Nacional de Fortaleza/CE (1954); Ferroviário de Fortaleza/CE (1955/56/57); Sport do Recife/PE (1958); Portuguesa Santista (1960); Olaria do Rio de Janeiro (1964); Valência da Venezuela (1965/66). No fim dos anos 60, voltou ao Ferroviário, onde encerrou a carreira.

Colaboraram: Fabiano Batista – Rodrigo S. Oliveira Eugênio Fonseca

FOTOS: Blog Retalhos de Quixadá – Terceiro Tempo

FONTES: Blog Amadeu Filho – Blog Retalhos de Quixadá – Tardes de Pacaembu

Sociedade Esportiva Unidos do Petróleo – Crateús (CE): enfrentou Fortaleza S.C. e Ceará S.C.

A Sociedade Esportiva Unidos do Petróleo foi uma agremiação do município de Crateús, que fica na região oeste do estado do Ceará. Localizado a 350 km da capital (Fortaleza), possui uma população de 75.394 habitantes, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2021.

Em 1974, Marcelo Dias de Carvalho adquiriu o Posto Petrobrás, na Rua Frei Vidal da Penha, no bairro São José. Cinco anos depois, por influência de amigos, Fundou na quarta-feira, do dia 09 de Maio de 1979, a Sociedade Esportiva Unidos do Petróleo, conhecido por “Puma do Sertão”, que teve existência até 2003, quando ‘fechou às portas’.

Unidos do Petroleo, de 1986 (Foto: Nicolau Matos)

No começo, o amor pelo esporte atraia grande público nos jogos, principalmente no clássico local contra o maior rival: Associação Esportiva São Vicente. Esse encontro alavancava o comercio crateopolitano, se tornando uma importante fonte de renda do município. 

Unidos do Petroleo, anos 80 (Foto: Nicolau Matos)

Confrontos contra Fortaleza e Ceará

O Unidos do Petróleo enfrentou o Fortaleza três vezes na sua história: foram duas derrotas e um empate; marcando dois gols, sofrendo cinco e um saldo negativo de três. Abaixo as fichas-técnicas:

S.E. UNIDOS DO PETRÓLEO (CE)      1        X        2        FORTALEZA S.C. (CE)

LOCALEstádio Municipal de Crateús (CE)
CARÁTERAmistoso estadual
DATADomingo, do dia 17 de maio de 1981
PÚBLICO E RENDANão divulgado
ÁRBITROAbdoral Eufrasino (FCF)
UNIDOS DO PETRÓLEOTarcísio; Pedro Hélio, Saviote, Lauro e Dercy; Pombinha, Fito e Zureta (Milton); Eleasar, Zé Raimundo (Zé Ivan) e Maranhão.
FORTALEZAWashington (Wálter); Alexandre, Totô, Pinheirense e Clésio; Dudé (Biliu), Odilon (Limão) e Tiquinho; Mazolinha, Dedé e Chico Explosão (Cesídio). Técnico: Jálber de Carvalho  
GOLSOdilon e Fito (Fortaleza); Lauro, contra, (Unidos do Petróleo)
CURIOSIDADEPombinha (Unidos do Petróleo) desperdiçou um pênalti.
Unidos do Petroleo x Fortaleza, em 1983

S.E. UNIDOS DO PETRÓLEO (CE)      1        X        1        FORTALEZA S.C. (CE)

LOCALEstádio Municipal de Crateús (CE)
CARÁTERAmistoso estadual
DATADomingo, do dia 02 de outubro de 1983
PÚBLICO E RENDANão divulgado
ÁRBITROManoel Messias (FCF)
UNIDOS DO PETRÓLEOGilberto; Chico Calunga, Valdecir, Barbosa e Mauro; Basílio, Pombinha (Carlos Alberto) e Silva; Júnior, João Lacochia (Galote) e Joãozinho.
FORTALEZASérgio Monte; Caetano (Toninho), Pedro Basílio, Tadeu (Luís Augusto) e Sabiá; Gilmar Furtado (Jaime I), Wecsley (Ribamar) e Marco Antônio (Viegas); Édson (Izoni), Luizinho das Arábias (Maurício III) e Geraldinho (Lenilson). Técnico: Paulo Emílio
GOLSViegas aos 26 minutos (Fortaleza); Joãozinho aos 31 minutos (Unidos do Petróleo), do 2º Tempo.

S.E. UNIDOS DO PETRÓLEO (CE)      0        X        2        FORTALEZA S.C. (CE)

LOCALEstádio Municipal de Crateús (CE)
CARÁTERAmistoso estadual
DATADomingo, do dia 18 de janeiro de 1987
PÚBLICO3.500 pagantes
ÁRBITROJosé Maria Silva (FCF)
UNIDOS DO PETRÓLEOOswaldo; Chico Calunga, Valdecir, Adércio (Pedro Basílio) e Catita; Basílio (Zé Antônio), Carlos Alberto e Henrique; Robervânio (Rildo), China e Silva.
FORTALEZADário I; Expedito, Pedro Basílio (Adércio), Marcelo Ivo e Jorge Henrique; Erivando, Jacinto (Marcos Durango) e Alberto III; Gilson, Marcão (Belfort) e Da Silva. Técnico: Newton Albuquerque
GOLSExpedito aos 10 minutos (Fortaleza); Alberto III aos 22 minutos (Fortaleza); do 1º Tempo.
Unidos do Petroleo x Ceará, em 1983

Há registro de um confronto contra o Ceará Sporting Club, Segunda-feira, do dia 19 de outubro de 1981. Num jogão de quatro gols, o Unidos do Petróleo acabou derrotado pelo placar de 3 a 1, no Estádio Municipal Governador Virgílio Távora, o “Mirandão“, no bairro do Mirandão, em Crato/CE. 

CEARÁ S.C. (CE)             3        X        1        S.E. UNIDOS DO PETRÓLEO (CE)

LOCALEstádio Municipal Governador Virgílio Távora, no bairro do Mirandão, em Crato/CE 
CARÁTERAmistoso Estadual
DATASegunda-feira, do dia 19 de outubro de 1981
PÚBLICO E RENDANão divulgado
ÁRBITROAbdoral Eufrásio (FCF)
CEARÁ S.C.Dário I (Dalmir); João Carlos II (Reinaldo II), Amílton Silva, Lula Pereira e Waldemir; Alves, Nicácio (Barretos) e Ademir Patrício; Getúlio, Marciano (Josué) e Ramon (Jorge Luís Cocota). Técnico: Caiçara.
UNIDOS DO PETRÓLEOMendengo; Paulinho, Valdecir, Lauro e Derci; Basílio, Pompinha e Zito (Quim); Eliseu (Piauí), Leal e Joãozinho.
GOLSWaldemir aos 4 minutos (Ceará), no 1º Tempo. Ademir Patrício aos 6 e 15 minutos (Ceará); Leal aos 31 minutos (Unidos do Petróleo), no 2º Tempo.
Crédito: Eugênio Fonseca

Nos seus 23 anos de existência, a Sociedade Esportiva Unidos do Petróleo conquistou nove títulos, entre 1980 a 2002. Destaque para o Bicampeonato da Taça Região Norte.

ARTE: desenho do escudo e uniformes – Sérgio Mello

Colaboraram: Fabiano Batista e Rodrigo Santana

FOTO: Acervo do ex-jogador Basílio Oliveira

FONTES: Blog do Júnior Bonfim – Página no Facebook “Crateús em Todos os Tempos” – Almanaque do FortalezaEugênio Fonseca

1º escudo: Nacional Atlético Clube – Fortaleza (CE): 15 participações no Estadual, entre as décadas de 50 e 60.

O Nacional Atlético Clube foi uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). O “Time dos Correios” foi Fundado na segunda-feira, do dia 08 de Junho de 1942, por funcionários dos Correios.

Além do futebol (amador, infantil e juvenil), o clube também contava com voleibol e Atletismo. A Diretoria era constituída pelos seguintes cargos: Presidente – Vice-Presidente -1° Secretario – 2° Secretario – 1º Tesoureiro – 2º Tesoureiro – Diretor de Esportes – Orador Oficial – Diretor de Propaganda – Representante.

Filiado a Federação Cearense de Futebol (FCF) entre os anos de 1950 a 1951 e depois 1953 a 1956 e por fim de 1958 a 1966. Disputou o Campeonato Cearense da 1ª Divisão em 15 oportunidades: 1950, 1951, 1953, 1954, 1955, 1956, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1966.

Breve resumo das 15 participações na Elite Cearense

Na estreia do Estadual de 1950, o Nacional terminou na 6ª e última colocação: foram três pontos em 10 jogos; uma vitória, um empate e oito derrotas; 15 gols pró, 30 tentos contra e um saldo de menos 15.

No Estadual de 1951, o “Time dos Correios” ficou na 5ª e penúltima posição: foram um ponto em cinco jogos; um empate e quatro derrotas; seis gols pró, 13 tentos contra e um saldo negativo de sete.

Após se ausentar na temporada seguinte, o Nacional retornou no Estadual de 1953, terminando na 8ª e última colocação: foram sete jogos sem nenhum ponto; sete derrotas; oito gols pró, 28 tentos contra e um saldo de menos 20.

O Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1954, que contou com a presença de oito equipes, o “Time dos Correios” ficou na 6ª posição: foram 12 pontos em 14 jogos; com quatro vitórias, quatro empates e seis derrotas; 16 gols pró, 22 tentos contra e um saldo negativo de seis.

No Estadual de 1955, o Nacional terminou na 7ª e penúltima colocação: foram três pontos em sete jogos; três empates e quatro derrotas; 10 gols pró, 26 tentos contra e um saldo de menos 16.

No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1956, o Nacional terminou na 8ª e última colocação: foram um ponto em sete jogos; um empate e seis derrotas; cinco gols pró, 32 tentos contra e um saldo de menos 27.

No Estadual de 1958, o Nacional terminou na lanterna, com o 8º lugar: foram um ponto em sete jogos; um empate e seis derrotas; quatro gols pró, 19 tentos contra e um saldo de menos 15.

No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1959, o Nacional terminou na 7ª e penúltima colocação: foram quatro pontos em sete jogos; uma vitória, dois empates e quatro derrotas; oito gols pró, 28 tentos contra e um saldo de menos 20.

No Estadual de 1960, o Nacional terminou na lanterna, com o 8º lugar: foram zero ponto em sete jogos; sete derrotas; sete gols pró, 20 tentos contra e um saldo de menos 13.

No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1961, o Nacional terminou na 6ª e antepenúltima posição: foram quatro pontos em sete jogos; duas vitórias e cinco derrotas; cinco gols pró, 22 tentos contra e um saldo de menos 17.

No Estadual de 1962, o Nacional terminou em 7º lugar: foram seis pontos em sete jogos; duas vitórias, dois empates e três derrotas; sete gols pró, 14 tentos contra e um saldo de menos sete.

Vice-campeão do 2º Turno de 1963

No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1963, o Nacional terminou na 6ª e antepenúltima posição no 1º Turno: foram três pontos em sete jogos; uma vitória, um empate e cinco derrotas; sete gols pró, 14 tentos contra e um saldo de menos sete.

No Segundo Turno, o Nacional fez a sua melhor campanha na história da competição, terminando na 2ª colocação: foram 10 pontos em sete jogos; quatro vitórias, dois empates e uma derrota; 12 gols pró, 11 tentos contra e um saldo de um. O campeão do Returno foi o Ceará que somou 11 pontos.

O “Time dos Correios” avançou para o Hexagonal Final, terminando na 4ª posição: foram cinco pontos em cinco jogos; duas vitórias, um empate e duas derrotas; oito gols pró, 10 tentos contra e um saldo negativo de dois.

No computo geral foram: foram 18 pontos em 19 jogos; sete vitórias, quatro empates e oito derrotas; 27 gols pró, 35 tentos contra e um saldo negativo de oito.

No Estadual de 1964, o Nacional terminou em 7º lugar: foram 14 pontos em 20 jogos; seis vitórias, dois empates e 12 derrotas; 19 gols pró, 44 tentos contra e um saldo de menos 25.

No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1965, o Nacional terminou na 5ª posição: foram 15 pontos em 22 jogos; cinco vitórias, cinco empates e 12 derrotas; 29 gols pró, 40 tentos contra e um saldo de menos 11.

Em 1966, na sua última participação no Estadual, o Nacional fez a melhor campanha no geral, terminando na 3ª colocação: foram 11 pontos em 10 jogos; cinco vitórias, um empate e quatro derrotas; 14 gols pró, 13 tentos contra e um saldo de um.

Triunfos em cima do “Trio de Ferro” cearense

Sábado,10 de julho de 1954Nacional2X1Ceará
Sábado, 25 de setembro de 1954Nacional3X1Fortaleza
Sábado, 29 de abril de 1961Nacional1X0Ferroviário
Sábado, 28 de abril de 1962Nacional2X1Ceará
4ª-feira, 07 de agosto de 1963Nacional4X3Fortaleza
Sábado, 17 de agosto de 1963Nacional1X0Ferroviário
Domingo, 12 de abril de 1964Nacional1X0Ferroviário
Sábado, 08 de agosto de 1964Nacional1X0Ferroviário
Sábado, 12 de dezembro de 1964Nacional3X2Ferroviário
Domingo, 08 de agosto de 1965Nacional2X1Ceará
4ª-feira, 06 de outubro de 1965Nacional2X0Ferroviário
4ª-feira, 10 de novembro de 1965Nacional3X0Ferroviário
4ª-feira, 06 de julho de 1966Nacional4X3Ferroviário
4ª-feira, 14 de setembro de 1966Nacional2X0Ferroviário
4ª-feira, 05 de outubro de 1966Nacional3X2Fortaleza
Domingo, 30 de outubro de 1966Nacional2X0Fortaleza

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Gerson Rodrigues e Fabiano Batista

FONTES: Rsssf Brasil – Federação Cearense de Futebol (FCF) – Estatuto do clube