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Fotos Raras de 1973: Despedida de Mané Garrincha!

Por que os dois uniformes possuíam o escudo da FUGAP?

A partida que marcou a despedida de Mané Garrincha tinha uma curiosidade. Afinal, os dois selecionados entraram em campo com uniformes cujo escudo era um losango com a sigla FUGAP.  

Afinal, o que era? Bom, FUGAP quer dizer: Fundação Garantia do Atleta Profissional, entidade foi criada durante o governo de Carlos Lacerda/Estado da Guanabara, por determinação do Decreto “N” nº 107, na segunda-feira, do dia 09 de dezembro de 1963.

A Fundação de Garantia ao Atleta Profissional (FUGAP) é uma das poucas entidades a dar algum tipo de auxílio aos ex-jogadores. A FUGAP está localizada em uma pequena sala no complexo Célio de Barros, e sobrevivia com 2% da renda líquida dos jogos no Maracanã.

Roteiro da Despedida de Mané

Garrincha após se despedir deu a última volta olímpica no Maracanã

O vice-presidente da FUGAP, Gilbert informou a programação da despedida de Mané Garrincha. As duas preliminares foram confirmadas:

A partir das 19h15min., artistas de telenovelas x cantores, e, logo em seguida, às 20h15min., veteranos de 1958 e 1962 (Valdir, Jair Marinho, Belini, Orlando, Nilton Santos, Zózimo, Zito, Bauer, Maurinho, Chinezinho, Servílio, Canhoteiro e outros) x time da ADEG.

A partida da “Despedida de Mané Garrincha” estava programada para começar às 22 horas, entre a Seleção Nacional x Selecionado Estrangeiro.

O Flamengo cedeu o casarão da Rua Jaime Silvado, em São Conrado, para concentrar os jogadores.

Na ocasião, a ADEG, CBD e FUGAP abriram mão de suas taxas e a única despesa que os organizadores do espetáculo terão e da ordem de apenas 15 mil cruzeiros, referente ao quadro móvel do estádio do Maracanã.

O Ponto Frio (30 mil ingressos pela bagatela de Cr$ 300 mil cruzeiros) e Banco Delfin-Rio compraram 400 mil cruzeiros de ingressos para a distribuição entre seus clientes.

Ingressos (locais e valores)

Os ingressos foram vendidos na véspera (terça-feira, do dia 18 de dezembro de 1973) e no dia do jogo, se encerrando às 20 horas. O local das vendas foi nas 16 agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no Rio Grande, nos seguintes locais:

Zona Sul

Rua Voluntários da Pátria, 254, no bairro de Botafogo;

Avenida Nossa Senhora de Copacabana, no bairro de Copacabana;

Largo Machado, 35, no bairro de Catete;

Rua Carlos Vasconcelos, 43, no bairro da Tijuca;

Centro do Rio

Rua 1º de Março, 64, no Centro;

Rua das Marrecas, 19, no bairro de Lapa;

Praça Mauá, 7, no Centro;

Subúrbio (atual Zona Norte)

Rua Padre Manso, no bairro de Madureira;

Rua Nicarágua, 517, no bairro da Penha;

Rua Teixeira Soares, 39, no bairro da Praça da Bandeira;

Campo de São Cristóvão, 378, no bairro de São Cristóvão;

Zona Rural (atual Zona Oeste)

Praça Raul Boaventura, 61, no bairro de Campo Grande;  

Baixada Fluminense

Avenida Getúlio Moura, 1.399, no município de Nilópolis;

Rua Otávio Tarquino, 87, no município de Nova Iguaçu;

Avenida Dr. Arruda Negreiros, 399, no município de São João de Meriti;

Região Serrana

Avenida 15 de Novembro, 350, no município de Petrópolis.

No 2 do jogo, os postos da ADEG também venderam os ingressos, das 9 as 19 horas:

Theatro Municipal, na Rua Treze de Maio, no Centro;

Mercadinho Azul, no bairro de Copacabana;

Posto Esso, na Av. Epitácio Pessoa;

Rua José Alvarenga, 127, no Centro de Duque de Caxias;

No estádio Mario Filho, o Maracanã, as bilheterias e os portões foram abertos a partir das 18h30min. Os ingressos estavam com os seguintes valores:

SETORESPREÇOS
Camarote nobreCr$ 1.500,00
Camarote lateralCr$ 175,00
Camarote de curvaCr$ 125,00
Cadeira lateral especialCr$ 50,00
Cadeira lateralCr$ 30,00
Cadeira de curvaCr$ 25,00
ArquibancadaCr$ 10,00
GeralCr$ 2,00
Geral (militar e/ou fardado)Cr$ 1,00

Homenagens

Uma linda homenagem na despedida de Garrincha

Pela manhã, às 10 horas da quarta-feira, do dia 19 de dezembro de 1973, a ECT homenageou Garrincha com o lançamento de um carimbo comemorativo, no Gabinete da Presidência da empresa. Às 11h30min., foi entregue no MEC o convite para o Ministro da Educação, o Sr. Jarbas Passarinho, que recebeu um autografo do “Anjo das Pernas Tortas”.  

No período da tarde, às 16h30min., Garrincha, acompanhado de toda a diretoria da FUGAP, foi recebido, em audiência especial, no Palácio Laranjeiras, para entregar ao Presidente da República, Sr. Emílio Garrastazu Médici, o convite para assistir a festa da gratidão. No jogo, Médici assistiu o jogo, em uma cabine de rádio, uma vez que a Tribuna de Honra estava passando por reformas.

O dia ainda teve o lançamento em todas as livrarias, o livro “Garrincha, o Demônio de Pernas Tortas”, de autoria de Renato Peixoto dos Santos, no qual o jogador fala de seus sonhos (terminar a carreira no Vasco da Gama), suas tristezas (perder a Copa do Mundo de 1966) e seu time de todos os tempos (no qual por modéstia escalou Julinho na ponta direita).    

EM PÉ (esquerda para a direita): Carlos Alberto Torres, Félix, Brito, Piazza, Clodoaldo e Everaldo;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Nocaute Jack (massagista), ManéGarrincha, Rivellino, Jairzinho, Pelé, Paulo César Caju e Mário Americo (massagista).

Crônica do JS

O Jornal dos Sports assim fez a crônica da partida que marcou a despedida de Mané Garrincha, na noite (22 horas) do dia 19 de dezembro de 1973, no Maracanã para um público superior a 155 mil pagantes:  

“O Estádio Mário Filho viveu ontem um dia de grande festa, fazendo com que a homenagem a Garrincha se transformasse em tudo aquilo que se esperava. O Estádio lotou para mostrar sua gratidão ao maior ponta-direita do mundo e para assistir a um desfile de grandes estrelas, tendo ainda a satisfação de ver que Pelé continua como Rei.

Numa jogada sensacional, driblando seguidamente cinco adversários, ele fez o primeiro gol da Seleção de Brasileiros na vitória de 2 a 1 sobre a de Estrangeiros.

Mas, sobretudo, houve um momento, no primeiro tempo, que todo o Estádio ficou de pé para aplaudir a jogada tão esperada: Garrincha pegou a bola, jogou por entre as pernas de Brunei, entrou na área, mas chutou mal. Para a torcida foi alegria e ao mesmo tempo tristeza, porque ela reviveu as diabruras de Mané, sabendo que foi aquela a última vez.

Mas aos 23 minutos, o maior volume de jogo dos Estrangeiros resultou em gol. Everaldo falhou ao atrasar a bola e Brindisi, de direita, chutou sem defesa para Félix.

A tristeza acabou quando Garrincha pegou na bola. Ele era o dono da festa e mais uma vez aos 26 minutos, deixou saudades na torcida: cruzou na conta para Jair, que dominou no peito e chutou, mas Andrada pós a corner.

Aos 30 minutos, antes do programado Garrincha teve que deixar o campo. O jogo foi paralisado e ele deu a volta olímpica, jogando a camisa, chuteiras e meias para a torcida.

Garrincha arrancando em direção ao gol e levando o público ao delirio!

Com a entrada de Zequinha, a partida foi reiniciada, permitindo com isso mais  pressão dos brasileiros, que empataram numa jogada sensacional de Pelé. Ele recebeu de Clodoaldo na intermediária, driblou cinco adversários e, na saída de Andrada, tocou para o gol.

No segundo tempo, o jogo caiu. Pelas inúmeras substituições e pelo cansaço dos dois times. Como os brasileiros tinham mais reservas, puderam aguentar mais e pressionar, pois o time de estrangeiros recuou. Inclusive a partida perdeu a sua grande estrela, que vinha sendo Pelé, que mostrou que ainda continua sendo o maior jogador do mundo.

Com a pressão, os brasileiros conseguiram desempatar aos 20 minutos, numa arrancada de Jairzinho pela direita. Ele passou por seu marcador e cruzou rasteiro. Luís Pereira, que acompanhava o lance, tocou de direita, quase caindo, para as redes. Depois houve mais substituições e o jogou caiu, com os jogadores procurando deixar o tempo passar”.  

Mané Garrincha concedendo entrevista ao, então repórter de campo, Washington Rodrigues, o “Apolinho” e ao jovem Luiz Orlando (filho do lendário apresentador e narrador Orlando Batista, que cobriu 14 copas do mundo).

CANTORES           3        X        1        ATORES

LOCALEstádio Mario Filho, o ‘Maracanã’
CARÁTERDespedida de Mané Garrincha – 1ª Preliminar
DATAQuarta-feira, do dia 19 de dezembro de 1973
HORÁRIO19 horas e 15 minutos (De Brasília)
RENDACr$ 1.383.121,00
PÚBLICO131.555 pagantes (155 mil presentes).
ÁRBITRONão divulgado
CANTORESZeca do Conjunto do Simonal; Simonal (Paulo Sérgio Vale), Armando Migliácio, Gato Felix dos Novos Baianos e Agnaldo Timóteo (Paulinho Tapajós, depois Erlon Chaves); Mazola e Betinho (Jorge Ben); Rui do MPB4 (Silvio César), Chico Buarque (Galvão), Tobias (Morais) e Miltinho do MPB4 (Paulinho da Viola).
ATORESJadilson Santana; Mieli (Nicolau), Pitanga, Maurício do Vale e Edson França; Arnaud Rodrigues (Ivan) e João Carlos Barroso; Petraglia, Milton Morais (Carlos Eduardo Dolabela, depois Fúlvio Stefanini, Grande Otelo e Iata Anderson), Francisco Cuoco (Dari Reis) e Adriano Stewart.    
GOL(S)Jorge Bem (Cantores); Francisco Cuoco (Atores); Jorge Bem (Cantores); Galvão (Cantores).

ADEG          1        X        1        SELEÇÃO DO BI MUNDIAL

LOCALEstádio Mario Filho, o ‘Maracanã’
CARÁTERDespedida de Mané Garrincha – 2ª Preliminar
DATAQuarta-feira, do dia 19 de dezembro de 1973
HORÁRIO20 horas e 15 minutos (De Brasília)
RENDACr$ 1.383.121,00
PÚBLICO131.555 pagantes (155 mil presentes).
ÁRBITROGeraldino César (F.C.F.)
ADEGBarbosa; Joel Martins, Djalma Dias, Altair e Pampoline; Constantino (Antoninho) e Jansen (Barbosinha); Ademir Menezes (Sabará), Airton do Flamengo, Décio Esteves e Calazans (Zé Carlos).
BI MUNDIALAdalberto; Jair Marinho, Belini, Orlando e Nilton Santos; Zito (Bauer) e Zózimo; Julinho (Maurinho), Chinesinho, Vavá (Quarentinha) e Zagallo (Bené).
GOL(S)Vavá aos 6 minutos (Bi Mundial), no 1º Tempo. Pampoline aos 2 minutos (ADEG), no 2º Tempo.  
CURIOSIDADEO 1º tempo teve a duração de 30 minutos, enquanto no segundo tempo foi de apenas 17 minutos. Um total de 47 minutos.

SELECIONADO BRASILEIRO    2        X        1        SELECIONADO ESTRANGEIRO

LOCALEstádio Mario Filho, o ‘Maracanã’
CARÁTERDespedida de Mané Garrincha
DATAQuarta-feira, do dia 19 de dezembro de 1973
HORÁRIO22 horas (De Brasília)
RENDACr$ 1.383.121,00
PÚBLICO131.555 pagantes (155 mil presentes).
ÁRBITROArmando Marques (apitou o 1º tempo) e Arnaldo César Coelho (apitou o 2º tempo)
AUXILIARESManuel Espezim Neto (FCF) e José Roberto Wright (FCF)
BRASILFélix (Leão); Carlos Alberto Torres (Zé Maria), Brito (Luís Pereira), Piazza e Everaldo (Marinho Chagas); Clodoaldo (Zé Carlos) e Rivellino (Manfrini); Garrincha (Zequinha), Jairzinho (André), Pelé (Ademir da Guia) e Paulo César Caju (Mario Sérgio). Técnico: Mario Jorge Lobo Zagallo
ESTRANGEIROSAndrada; Forlan, Alex, Reyes (Olevanski) e Brunel; Dreyer e Pedro Rocha; Houseman (Babington), Brindisi, Doval e Onishenko (Levtchev). Técnico: Mário Travaglini
GOL(S)Brindisi aos 23 minutos (Estrangeiros); Pelé aos 38 minutos (Brasil), do 1º Tempo. Luís Pereira aos 20 minutos (Brasil), do 2º Tempo.

Segundo o Jornal dos Sports, Pelé foi o grande nome da partida. Abaixo destacamos alguns dos principais nomes da partida:

Roberto Rivellino – Uma das figuras de destaque. Correu muito e criou várias boas jogadas de estilo. Deu um drible em Doval que arrancou aplausos da galera.  

Mané Garrincha – O nome da noite, quando recebeu a primeira bola, o estádio Mário Filho cheio vibrou. Era o dono da festa e só por isso já merecia a nora máxima. Mas para lembrar o demônio de duas Copas, deu um drible por baixo das pernas de Brunel, o último “João”.

Pelé – Foi o grande nome da noite. Marcou um golaço sensacional, quando passou por cinco adversários e tocou na saída desesperada de Andrada. Continua Rei.  

Os gringos do jogo

O combinado estrangeiro contava com Andrada (Vasco), Forlan e Pedro Rocha (São Paulo), Alex (América-RJ), Reyes e Doval (Flamengo) e Dreyer (Coritiba). O técnico foi Mário Travaglini.

O argentino convidado Brindisi, que jogava pelo Huracán e seleção argentina, abriu o placar. Pelé, com um golaço, em jogada individual, empatou ainda no primeiro tempo. Luís Pereira fez no segundo o gol da vitória da seleção.

Curiosidades sobre a grana que Garrincha recebeu nesse jogo  

Foram arrecadados mais de US$ 160 mil. Garrincha, então com 40 anos, comprou sete casas (para as filhas), outra na Tijuca, um carro Mercedes-Benz (usado) e uma casa de shows no bairro de Vila Isabel, onde sua companheira e cantora Elza Soares poderia se apresentar.

Infelizmente, Mané Garrincha, morreu pobre, uma década depois, aos 49 anos, em decorrência do alcoolismo. Apesar do final não sido da forma como os fãs do Gênio das Penas Tortas, a história desse craque merece ficar guardado nos corações dos brasileiros e do resto do mundo! Obrigado Mané, por tudo que fez pelo Brasil!

Vídeo do jogo: https://www.youtube.com/watch?v=_vX07RXj5dE

FOTOS: Jornal dos Sports – Acervo pessoal

FONTES: Jornal dos Sports (RJ)

Escudo raro de 1948: Tamoyo Esporte Clube – Cabo Frio (RJ)

O Tamoyo Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Cabo Frio, importante parte da rota de turismo fluminense, localizado na Região dos Lagos no estado do Rio de Janeiro. A sua distância para a capital do Rio é de 155 km, e conta com uma população de 222.161 habitantes, segundo o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022.

Sede da agremiação Tricolor (Verde, branco e vermelho) está localizada na Avenida Nilo Peçanha, nº 153, no Centro de Cabo Frio. Fundado  no sábado, do dia 13 de Novembro de 1915, sob o nome de Tamoyo Football Club, que foi uma homenagem aos bravos índios que habitaram Cabo Frio.

Na segunda-feira, do dia 31 de outubro de 1927, alterou o nome para Tamoyo Sport Club. Cerca de duas décadas depois, mais precisamente na quarta-feira, do dia 18 de setembro de 1946, o clube voltou a mudar para a nomenclatura atual: Tamoyo Esporte Clube.

No História do Futebol já apresentamos o escudo do Tamoyo Football Club, depois o distintivo Tamoyo Sport Club, e nesta postagem a transição do aportuguesamento do nome em meados dos anos 40.

Onze vezes campeão Citadino de Cabo Frio

Na esfera do futebol, o Tamoyo Esporte Clube, já disputou diversas edições do Campeonato Citadino de Cabo Frio, organizado pela Liga Cabofriense de Desportos (LCD – fundada em 1941), sendo Hendecacampeão (11 vezes): 1928, 1929, 1934, 1940, 1941, 1942, 1953, 1954, 1955, 1965 e 1970. Já pelo Torneio Início da LCD, faturou três títulos: 1931, 1932 e 1965.

Duas edições no Campeonato Fluminense de Futebol

No âmbito estadual, participou do Campeonato Fluminense de Futebol, em duas oportunidades: em 1941 (terminando na 5ª colocação, no geral) e 1942 (fechando em 10º lugar, no geral).

Três participações na Terceirona do Rio

O Tamoyo disputou o Campeonato Carioca da 3ª Divisão, organizado pela FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), em quatro oportunidades: 1982 (8º lugar, no geral) , 1983 (4º lugar, no geral) , 1985 (5º lugar, no geral)  e 1986.

Futsal

O Tamoyo também possui um histórico expressivo no Futsal (antigo Futebol de Salão), onde é considerado um dos clubes mais tradicionais do Estado do Rio. Em 2015, ano em que completou seu centenário, disputou o Campeonato Estadual Sub-20.

FOTO: Acervo de Marcelão Marcelo Santos, ex-goleiro da Cabofriense

FONTES: site do clube – Estatuto – Futebol Nacional

Escudo raro de 1970: Pavunense Futebol Clube – Rio de Janeiro (RJ)

O Pavunense Futebol Clube é uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede social e o Estádio Arnaldo de Sá Mota (Capacidade: 1.200 pessoas) ficam localizados Avenida Sargento de Milícias, nº 901, no bairro da Pavuna, na Zona Norte do Rio de Janeiro/RJ.

O “Verde Ouro Pavunense” foi fundado no domingo, do dia19 de agosto de 1923, com o nome de Pavunense Football Club. Não confundir com outro clube do bairro chamado Sport Club Pavunense, que não existe mais.

Em 1930, a Sede social ficava na Rua Maria Joaquina, nº 58, na Pavuna. Em 1931, a sede do clube passou para a Rua Judith Guerra, nº 24, na estação da Pavuna. Na década de 30, a sua Praça de Esportes ficava situado na Praça Nossa Senhora das Dores, na Pavuna.

Nasce o Rancho Carnavalesco

Ernesto dos Santos, conhecido por “Dois de Ouro” com o consentimento do presidente do clube reuniu um grupo de associados a fim de fundar no domingo, do dia 02 de dezembro de 1934, o Rancho Carnavalesco.  

Na sede social, quando o primeiro ensaio preparatório para o carnaval, o presidente do Pavunense mandou fechar a sede. Mesmo assim o grupo não se deu por vencido e realizou o ensaio do lado de fora do clube.  

Logo após ficou resolvido o desligamento da maioria dos associados, e fundado o Rancho Carnavalesco Sofres Porque Queres, idealizado por Ernesto dos Santos, conhecido por “Dois de Ouro”.

Departamento Autônomo

Em 1950, o Pavunense Futebol Clube se filiou ao Departamento Autônomo. Em 1979, foi campeão da Taça Cidade do Rio de Janeiro, competição promovida pelo Departamento Autônomo.

Foi campeão da categoria adultos da mesma competição em 1971, vencendo o Atlético Clube Nacional, de Guadalupe. Em 1977, foi vice-campeão ao capitular diante do Esporte Clube São José.

Em 1982, bateu o Oriente Atlético Clube, tendo como artilheiro o atacante Corrêa. No mesmo ano venceu a Taça Eficiência, a exemplo do ano anterior. Em 1983, sagrou-se campeão de juniores.

Período na esfera profissional

Em 1989, estreia no profissionalismo ao disputar o Campeonato Estadual da 3ª Divisão de Profissionais. Fica apenas em 6º lugar no seu grupo, não se classificando para a fase final, ao ficar atrás de Entrerriense Futebol Clube, Céres Futebol Clube, Tamoio Futebol Clube e Portela Atlético Clube.

Em 1990, volta a disputar a mesma divisão com uma campanha bem melhor. É o líder na primeira fase, classificando-se, mas na fase final fica em 4º lugar, atrás de Tupy Sport Club, Céres Futebol Clube e Esporte Clube Maricá.

Em 1991, a antiga Terceira Divisão torna-se Segunda com a criação do Módulo “B” da Primeira Divisão. O Pavunense classifica-se em primeiro em seu grupo na fase inicial do campeonato, mas fica apenas em quarto lugar na classificação final, repetindo a boa campanha do ano anterior. Na sua frente ficaram Saquarema Futebol Clube, Olympico Futebol Clube e Canto do Rio Foot-Ball Club.

Em 1992, na Segunda Divisão, é terceiro em seu grupo, ficando atrás do Serrano Foot Ball Club e Bayer Esporte Clube classificando-se para a segunda fase.

Nesta, classifica-se em segundo lugar, atrás do Heliópolis Atlético Clube e vai para a fase final do certame quando acaba eliminado em terceiro lugar, atrás de Serrano e Heliópolis na chave “A”.

Em 1993, se licencia das competições profissionais, voltando no ano seguinte na mesma Segunda Divisão. Em 1994, é eliminado na primeira fase da competição ao ficar apenas em sétimo em seu grupo.

Celeiro de Craques

Advém então um longo período de inatividade de seu departamento de futebol profissional. A agremiação revelou nomes de vulto para o futebol como Osmar Guarnelli; Manguito; Juary; Ney Conceição e João Paulo (ex-Santos Futebol Clube e Clube de Regatas do Flamengo); Luiz Henrique (ex-Palmeiras); Luís Fernando (ex-Fluminense); Serginho Filho (ex-Madureira).

Títulos

1971 e 1982 – Campeão do Departamento Autônomo;

1971 – Vice-campeão do Torneio Início do VI° Campeonato Carioca de Veteranos do jornal Luta Democrática;

1969 – Campeão da I Taça Guanabara de Futebol Amador, categoria adultos;

1970 – Campeão da II Taça Guanabara de Futebol Amador, categorias adultos e juvenil;

1977 – Vice-campeão do Departamento Autônomo;

1979 – Campeão da Taça Cidade do Rio de Janeiro (Departamento de Futebol Amador da Capital);

1980 – Vice-campeão estadual de Veteranos do Departamento de Futebol Amador da Capital;

1980 – Vice-campeão do Torneio Início (Taça Aloísio Rodrigues) de veteranos do Campeonato Estadual, promovido pelo DFAC;

1982 – Campeão da Taça Eficiência (Departamento de Futebol Amador da Capital);

1983 – Campeão de Juniores do Departamento de Futebol Amador da Capital);

2019 – Campeão da Rio Copa, categoria sub 15;

Algumas formações:

Time base de 1931: Vasconcellos; Chico (Russo) e Adolpho (Macedo); Zezinho, Candido (Pedro Aredes) e Pestana (Oswaldo Pinto); Chilão (Herminio), Luciano (Sena), Cavallaria (Roque), Lobo (Rafael) e Vavao (Vino). Reservas: Cavalcante, Carneiro, Mandinho e Curuza.  

Time base de 1942: Zeca; Wilson e Seraphim; Vicente, Luciano e Osório; Carlinho (Alfredinho), Joãozinho, Nazary, Bidoca (Alemão) e Valete.

Time base de 1946: Iate (Tote); Vicente (Djalma) e Maciel (Nico); Carlinho, Haroldo (Clovis) e Osório; Bebeto (Waldemar), Alemãozinho (Walter II), Olegário (Carlinhos), Corujinha (Zezé) e Chico.

Time base de 1947: Tote (Jorge); Djalma e Muriel (Maciel); Carlos (Alcides), Haroldo (Freitas) e Osório; Bebeto (Roberto), Valdemar (Ary), Olegário, Augusto (Zeca) e Valter (Chico).

Time base de 1948: Jorge (Tote ou Fumaça); Reny (Bória) e Djalma (Nande); Lalao (Hélio), Haroldo (Souza) e Osório (Chico); Tiago (Bias), Alfredo (Tinteiro), Diogenes (Pires), Betinho (Graveto) e Valete (Lica ou Piolho).

Time base de 1949: Tote (Luiz Borracha); Americo e Djalma; Betinho (Carlinhos), Clovis e Osório; Bias, Diogenes (Julinho), Olegário (Chimbau), Osmar e Bebeto.

Time base de 1950: Divino (Zezinho); Djalma e Guaranhos (Lindo); Betinho (Valdir), Daú (Zezé) e Osório (Clovis); Bias (Timbolô), Zeca (Zé Maria), Diogenes (Walter), Ivan (Toinho) e Bebeto (Lica ou Jorge).

Time base de 1951: Jorge (Mão de Ferro ou Divino); Osmar (Di) e Diogenes (Daú); Betinho, Carlos Viana (Valdir) e Osório; José (Bias), Julinho (Zequinha), Nilo (Valdir Garrucha), Ivan (Banga) e Toinha (Lica).

Time base de 1961: Kaiser; Taminha, Neca, Ney, Osmar e Leonel (Boy); Zelito, Laranjeira, Valter, Wilson e Ivan.

FOTO: Acervo do ex-jogador João Paulo

FONTES: Wikipédia – A Manhã (RJ) – A Noite (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – Diário da Noite (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – Jornal do Brasil (RJ)

Liga de Desportos de Nova Iguaçu (RJ): 58 clubes filiados na Primeira e Segunda Divisões, em 1975!

Em 1975, a Liga de Desportos de Nova Iguaçu (LDNI), situada na Rua Juiz Moacir Marques Filho, nº 58/4º andar, no Centro de Nova Iguaçu/RJ. Tinha a seguinte diretoria constituída:

Presidente – Mário Pereira Marques Filho (advogado);

Vice-Presidente – José Cirilo Cordeiro;

Assessor de Futebol – Gelson Freitas;

A Sede da Liga é própria e fica localizada num suntuoso edifício recém construído, de sete andares, no Centro da cidade. O expediente é das 19 às 22 horas.

Campeões de 1974

Naquele momento a Liga contava com os seguintes campeões da cidade:

Mesquita Futebol Clube – Campeão da Divisão Especial na classificação de amadores, tendo como presidente o Sr. Octacílio Tavares;

Associação Atlética Volantes – Campeã da Primeira Divisão, na classificação de amadores e juvenis, tendo como presidente o Sr. Alberto Luiz de Oliveira;

AABA – Associação Atlética Banco de Areia Campeã da Segunda Divisão, na classificação de amadores;

Atlético Clube Aliados – Campeão da classificação de juvenil, tendo como presidente o Sr. Darcílio Aires Raunheitti;

Filhos de Santa Clara – Campeão do Torneio Municipal e Star SCE, vice-campeão.

Clubes Filiados em 1975

A LDNI tem os seguintes 25 clubes filiados da Primeira Divisão:

Associação Atlética Alagoana (Mesquita);

AABA – Associação Atlética Banco de Areia (Mesquita);

Associação Atlética XV de Novembro (Nova Iguaçu);

Associação Atlética Volantes (Nova Iguaçu);

Atlético Clube Aliados (Nova Iguaçu);

Clube Municipal (Nova Iguaçu);

Coração Jardim de Iguaçu Esporte Clube (Nova Iguaçu);

Esperança Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Esporte Clube Belford Roxo (Belford Roxo);

Esporte Clube Iguaçu (Nova Iguaçu);

Esporte Clube Miguel Couto (Nova Iguaçu);

Ferroviário Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Grêmio Recreativo Ponto Chique (Nova Iguaçu);

Heliópolis Atlético Clube (Belford Roxo);

Iguaçu Basquete Clube (Nova Iguaçu);

Mesquita Futebol Clube (Mesquita);

Morro Agudo Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Nova Iguaçu Country Club (Nova Iguaçu);

Potyguar Futebol Clube (Mesquita);

Queimados Futebol Clube (Queimados);

Social Clube dos Excursionistas (Belford Roxo);

Sport Club Benfica (Belford Roxo);

Tênis Clube de Mesquita (Mesquita);

União Futebol Clube (Mesquita);

Vasquinho de Morro Agudo (Nova Iguaçu).

A Segunda Divisão é composta dos seguintes 33 clubes filiados:

Associação Atlética Tupinambás (Nova Iguaçu);

Associação Atlética Vila Iracema (Nova Iguaçu);

Associação Esportiva Edson Passos (Mesquita);

Amorim Esporte Clube (Nova Iguaçu);

Arrastão Futebol Clube (Mesquita);

Brasileirinho Futebol Clube (Mesquita);

Cajueiro Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Canarinho Futebol Clube (Japeri);

Esporte Clube Bariri (Fundado no dia 1º de Maio de 1962. Sede: Rua Miguel Couto, s/n, bairro Nossa Senhora das Graças, no distrito de Miguel Couto, em Nova Iguaçu);

Esporte Clube Brasileiro (Nova Iguaçu);

Esporte Clube Guaraciaba (Nova Iguaçu);

Esporte Clube Ponte Preta (Queimados);

Esporte Clube Primavera (Nova Iguaçu);

Esporte Clube Vila São Miguel (Nova Iguaçu);

Estrela da Posse Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Funeral Futebol Clube (Nova Iguaçu);

G.E.R.A.S. Areia Branca (Belford Roxo);

Grêmio Recreativo Esperança (Nova Iguaçu);

Grêmio Recreativo Esportivo Três Fontes (Queimados);

Grêmio Recreativo Tri Gêmeos (Nova Iguaçu);

Hinterland Futebol Clube (Belford Roxo);

Intimidade Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Oriente Futebol Clube (Mesquita);

Parque Central Futebol Clube (Mesquita);

Progresso Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Rupturita Esporte Clube (Vila de Cava – Nova Iguaçu);

Social Júnior Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Unidos de Santa Rita Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Unidos do Cacuia Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Unidos do Serrinha Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Vila Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Vila Nova Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Vila Pauline Futebol Clube (Belford Roxo).

Além destes clubes filiados, a cidade tem uma média de 200 times organizados, jogando normalmente pelos diversos campos espalhados pelo município, na maioria abertos. O futebol, principalmente, é um dos esportes mais praticados na cidade, desde a “pelada” ao futebol organizado.

FONTE: O Fluminense (RJ)

Associação Atlética Alagoana – Mesquita (RJ): Fundado em 1947

A Associação Atlética Alagoana foi uma agremiação do município de Mesquita, localizada na Baixada Fluminense do estado do Rio de Janeiro. A distância até a capital do Rio é de 24 km, contando com uma população de 177.016 habitantes, segundo o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2021.

O Tricolor foi Fundado na terça-feira, do dia 16 de Setembro de 1947, pelo Sr. José Costa, que foi o idealizador e também o 1º Presidente do clube. As suas cores eram o vermelho, branco e azul, em homenagem a bandeira do estado de Alagoas.

A sua Sede e a Praça de Esportes ficavam no Distrito de Edson Passos, em Mesquita/RJ (lembrando que naquela época, o município era um distrito de Nova Iguaçu).

Após uma série invicta de 38 jogos, na tarde de domingo, do dia 04 de Agosto de 1957, o Alagoana foi derrotado pelo Esporte Clube Nova Cidade, de Nilópolis, pelo placar de 3 a 2.

A Associação Atlética Alagoana foi filiada a Liga de Desportos de Nova Iguaçu (LDNI), onde disputou várias edições do Campeonato Citadino nos anos 60 e 70.

O clube conquistou o título, por antecipação, da chave do Quinto Distrito, ao empatar por 2 a 2 com o Brasileirinho, na da quinta rodada returno (num total de sete rodadas) do Campeonato da Segunda Divisão de Nova Iguaçu.

Algumas formações:

Time base de 1957: Nelson (Barbosinha); Walter (Toca) e Ivanildo (Erasmo ou Etacino); Toledo, Nelsinho e Marujo (Waldemar); Dalton (Careca), Tuta (Orlando), Caveirinha (Bonitinho ou Amaury), Naná (Duca ou Lô) e Eraldo (Mazinho).

Time base de 1958: Walter; Sargento (Bira) e Maceió (Teca); Nelsinho, Marujo e Júlio; Lô, Tuta, Bonitinho (Dalton), Joãozinho (Naná) e Eraldo.

Time base de 1970: Beto (Alberto); Laranja, Pretinho (Colúmbia), Cabeção (Jorge) e Macacão (Giovane); Gilson (Ildebrando) e Moacir (Baiano); Caim, Olímpio (Pione), Moa (Bené) e Deny.

Time base de 1972: Beto; Carlinhos, Gilvan, Deni e Tuca; Jorge e Edmur; Flamínio, Niterói, Moacir e Carlinhos II.

Time base de 1973: Beto; João, Orlando, Jorge e Manoel; Tuca e Alcenir; Jairo (Vanderlei), Dinar (Hélio), Silva (Costa) e Dennis (Pimenta).

Time base de 1974: Vitamina (Beto); Beck (Gilson ou Pelé), Gilvan (João ou Toninho), Colúmbia (Jorge) e Giovani (Brivaldo ou Deni); Deneval (Tuca ou Miguel) e Nelson (Alcenir ou Milton); Paulinho (Chupeta), Antônio (Niterói), Walter (Francisquinho) e Carlinhos (Nilo ou Nilton).

FONTES E FOTOS: A Luta Democrática (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – O Fluminense (RJ)

Fotos Raras de 1962: Campo Grande Atlético Clube – Rio de Janeiro (RJ)

O Campo Grande Atlético Clube debutou no Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1962. A competição reuniu 13 equipes, e o Campusca terminou na 9ª colocação: ao todo foram 24 jogos e 17 pontos; com cinco vitórias, sete empates e 12 derrotas; marcando 28 gols, sofrendo 48 tentos e um saldo negativo de 20.

O Galo da Zona Rural (atual Zona Oeste), investiu para não fazer feio! Contratou o goleiro Barbosa, que jogou no Vasco da Gama e Seleção Brasileira; o meia Dequinha, com passagens pelo Flamengo, Botafogo e Seleção Brasileira; Décio Esteves, jogou no Bangu, Olaria e Seleção Brasileira; Viana e Russo, ex-São Critóvão.

Campusca debuta no Torneio Início

A primeira competição foi o Torneio Início, realizado no dia 24 de junho de 1962, no Estádio do Maracanã, e o Campo Grande estreou vencendo o Madureira por 1 a 0, gol de Adilson no segundo tempo.

Na fase seguinte, o Campusca caiu diante do Vasco da Gama pelo placar de 1 a 0. O gol vascaíno foi assinalado por Joãozinho no fim do jogo. Nos dois jogos, o time formou assim: Barbosa; Atila, Harlei, Guilherme e Darci Santos; Russo e Dequinha; Jarbas, Décio Esteves, Adilson e Roberto Peniche. Técnico: Plácido Monsores.

Na estreia do Carioca, Campo Grande surpreende e vence o Botafogo

O campeão Carioca de 1961 foi Botafogo. Base da Seleção Brasileira, o clube da Estrela Solitária vivia um momento de euforia.  Afinal, na sexta-feira, do dia 29 de junho de 1962, o Brasil conquistava o Bicampeonato Mundial, ao golear a Suécia pelo placar de 5 a 2.

E, 48 horas depois, o Botafogo estrearia no Campeonato Carioca de 1962. A viagem da Suécia até o Brasil e mais os festejos pelo título mundial foi demais para os cinco jogadores do clube: Amarildo, Nilton Santos, Zagallo, Garrincha e Didi. Do quinteto, apenas Amarildo foi a campo. Além dos quatro desfalques o time também não pode contar com Airton.

Diante de tantos desfalques o Campo Grande aproveitou para causar a primeira zebra do Estadual, ao vencer por 1 a 0, debutando com o “pé direito”.

CAMPO GRANDE A.C. (RJ)       1        X        0        BOTAFOGO F.R. (RJ)

LOCALEstádio Mario Filho, o Maracanã
CARÁTER1ª rodada da Taça Guanabara de 1962
DATADomingo, do dia 1º de Julho de 1962
HORÁRIO16 horas
RENDACr$ 1.441.222,00
ÁRBITROEunápio de Queiroz (FCF)
CAMPO GRANDEBarbosa; Atila, Viana, Guilherme e Darci Santos; Dequinha e Adilson; Nelsinho, Domingos, Décio Esteves e RobertoPeniche. Técnico: Plácido Monsores
BOTAFOGOManga; Joel, Zé Maria, Paulistinha e Rildo; Pampolini e Edson; Luiz Carlos, Amoroso, Amarildo e Neivaldo. Técnico: Marinho Rodrigues
GOLNelsinho aos 28 minutos (Campo Grande), no 1º Tempo.
PRELIMINARBotafogo 4 x 1 Campo Grande, pelo Campeonato Carioca de Aspirantes
EM PÉ (esquerda para a direita): Edmar, Átila, Viana, Guilherme, Décio Esteves e Brandãozinho;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Nelsinho, Bezerra, Adilson, Dequinha e Paulinho.

A Campanha do Campo Grande na Taça Guanabara (Primeiro turno) e no returno.

TAÇA GUANABARA

Domingo, 1º de julhoCampo Grande1X0BotafogoMaracanã
Domingo, 08 de julhoMadureira1X1Campo GrandeConselheiro Galvão
Domingo, 15 de julhoCanto do Rio1X1Campo GrandeCaio Martins
Domingo, 22 de julhoCampo Grande3X1São CristóvãoÍtalo Del Cima
Sábado, 28 de julhoAmerica1X1Campo GrandeMaracanã
Domingo, 05 de agostoFluminense1X0Campo GrandeMaracanã
Domingo, 12 de agostoFlamengo2X0Campo GrandeMaracanã
Domingo, 26 de agostoBonsucesso3X2Campo GrandeFigueira de Melo
Domingo, 02 de setembroCampo Grande0X1PortuguesaÍtalo Del Cima
Domingo, 09 de setembroCampo Grande2X0OlariaÍtalo Del Cima
Domingo, 16 de setembroBangu3X2Campo GrandeMoça Bonita
Sexta-feira, 21 de setembroVasco da Gama7X0Campo GrandeMaracanã
O Estadio Italo Del Cima ganhando formato em 1962

SEGUNDO TURNO

Sexta-feira, 28 de setembroBotafogo2X0Campo GrandeMaracanã
Sábado, 06 de outubroCampo Grande0X1MadureiraÍtalo Del Cima
Domingo, 14 de outubroCampo Grande2X0Canto do RioÍtalo Del Cima
Domingo, 21 de outubroSão Cristóvão3X2Campo GrandeFigueira de Melo
Domingo, 28 de outubroCampo Grande2X2AmericaÍtalo Del Cima
Domingo, 03 de novembroCampo Grande0X4FluminenseMaracanã
Sexta-feira, 08 de novembroCampo Grande0X5FlamengoMaracanã
Quinta-feira, 15 de novembroCampo Grande0X2BonsucessoÍtalo Del Cima
Domingo, 25 de novembroPortuguesa1X2Campo GrandeTeixeira de Castro
Domingo, 02 de dezembroOlaria2X2Campo GrandeRua Bariri
Domingo, 09 de dezembroCampo Grande2X2BanguÍtalo Del Cima
Sexta-feira, 14 de dezembroCampo Grande3X3Vasco da GamaMaracanã

FOTOS: Revista do Esporte (RJ)

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – Diário de Notícias (RJ)

Esporte Clube Delamare – Japeri (RJ): Fundado em 1961

O Esporte Clube Delamare é uma agremiação do município de Japeri, localizado na Baixada Fluminense do estado do Rio de Janeiro. Com uma população de 106.296 habitantes, segundo o censo do IBGE/2021, fica a 70 km de distância da capital fluminense.

A sua Sede social fica situado na Rua Irati, s/n, no bairro Jardim Delamare, em Japeri/RJ. Lembrando que entre 28 de abril de 1952 a 30 de junho de 1991, a localidade era distrito de Nova Iguaçu.

Breve história do Delamare

No feriado da ‘Proclamação da República’, foi Fundado na quarta-feira, do dia 15 de Novembro de 1961, por um grupo de desportistas formado pelos senhores José Carroceiro, Manoel Antônio, Paulo Filadelfo, Manoel Gordinho, Waldemar, Eraldo, Carlinhos, Milião, entre outros.

O grupo se reuniu em um campinho localizado próximo ao atual Campo do Belo Horizonte Futebol Clube e criaram o Esporte Clube Delamare, no início eram apenas um quadro, suas cores vermelhas e pretas no padrão igual à camisa do Clube de Regatas Flamengo, já que seus fundadores eram na maioria torcedores rubro-negros.

Os principais atletas na época, foram Juraci, Milião, Waldemar, Manoel Antônio, Bigode, Zé Carroceiro, Jair, Manoel Gordinho, Paulo Filadelfo, Carlinhos e Eraldo.

Praça de Esportes

Alguns anos após a constituição a Imobiliária Delamare S.A. doou uma Praça de Esporte, localizada na Av. Delamare para construção do Campo de Futebol, o que foi realizado com muito esforço e trabalho por parte de todos que participavam na época.

Com o campo próprio o Delamare passou a ter jogos amistosos todos os domingos com a participação do primeiro e segundos quadros, comparecendo um grande contingente de torcedores para assistir aos jogos.

Nesse período, os principais adversários foram: Santa Terezinha, Vila Nova, Mucajá, São Jorge, Senhor do Bonfim, Lusitano, Citropolis, Delmar, Floresta, Algezur, Santo Antônio, Diamante Negro, Vale Ouro, Paesleme, Chave de Ouro e Vila Central.

Na década de 60, o principal time do Delamare era: Maquinista; Bigode, Jair, Careca e Tião; Zé Carroceiro, Oselas e Tião Medonha; Hamilton, Ageu e Fernando.

Nos anos 70 e 80, o Delamare disputou o Campeonato Iguaçuano da 2ª Divisão, organizado pela LDNI (Liga de Desportos de Nova Iguaçu). Na quarta-feira, do dia 13 abril de 1983, o Conselho Regional de Desportos determinou junto a LDNI o afastamento de 36 clubes em virtude de não terem requerido o alvará em tempo hábil.  

O Delamare estava nessa lista, o que resultou não poder disputar nenhuma competição oficial até que o problema fosse solucionado. Nos anos 90, foi convidado para ingressar na Liga de Desportos de Queimados (LDQ). Atualmente é filiado na Liga Desportiva Japeriense (LDJ), criada no dia 13 de Março de 1993.

FONTES: O Fluminense (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – André Luiz Pereira Nunes – Página do clube no Facebook

Escudos raros dos anos 50 e 70: Atlético Clube Paranavaí (ACP) – Paranavaí (PR)

Escudo de 1971

O Atlético Clube Paranavaí (ACP) é uma agremiação da cidade de Paranavaí, localizado no Noroeste do estado do Paraná. O município fica a 504 km da capital Curitiba, contando com uma população de 91.950 habitantes, segundo o censo do IBGE/2019.

A sua Sede está situada na Rua Carlos Faber, s/n/ Sala 1, Subsl, Estadio Mun. W. W., no bairro Santa Cecília, em Paranavaí/PR. A equipe manda os seus jogos no Estádio Municipal Dr. Waldemiro Wagner, o “Felipão”, com capacidade para 25 mil pessoas.

O “Vermelhinho do Fim da Linha” foi Fundado na quinta-feira, do dia 14 de março de 1946, com o nome de Paranavaí Futebol Clube. A sua primeira participação no Campeonato Paranaense, aconteceu em 1960.

EM PÉ (esquerda para a direita): Zé Carlos, Clarindo, Mota, Café, Silva, Tatú e Manecão (presidente);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Arcanjo, Noriva, Tutu, Luiz Carlos e Scarpini.

Tricampeão Estadual da Segundona

Em 1967, 1983 e 1992 foi campeão Estadual da Segunda Divisão. Na Elite do Futebol Paranaense, a sua melhor colocação foi o vice-campeonato em 2003, perdendo a final apenas para o Coritiba, tendo empatado na ida por 2 a 2, e perdendo na volta por 2 a 0.

Escudo da década de 50

Duas finais e um título inédito na Primeira Divisão Estadual

Em 2007, conquistou o seu 1º título Campeonato Paranaense da Primeira Divisão, ganhando em cima do Paraná Clube, vencendo o primeiro jogo por 1 a 0, e empatando por 0 a 0 na Vila Capanema. O “Vermelhinho do Fim da Linha” disputou no mesmo ano o Campeonato Brasileiro da Série C, sendo eliminado na primeira fase.

Declínio

Em 2013, o ACP entrou no Estadual justamente com a meta de se manter na Primeira Divisão. No primeiro turno o time conseguiu bons resultados e chegou a ocupar a 5ª colocação na tabela.

Na reta final do turno começaram os problemas da equipe. Foram quatro derrotas seguidas junto coma a saída do técnico Ney César. Depois, o Paranavaí acumulou maus resultados e passou a brigar com os times que estavam ameaçados do rebaixamento.

A fase ruim ficou evidente com a saída de vários atletas nos últimos jogos e a greve dos jogadores por conta dos salários atrasados desde a metade de fevereiro. Foi rebaixado após derrota de 3 a 0 para o Paraná Clube.

Em 2019 o clube foi rebaixado para a Terceira Divisão Paranaense após derrota de 4 a 2 para o Rolândia. O Vermelhinho já estava em situação complicada pelos quatro pontos perdidos por colocar em campo 16 jogadores não inscritos na Confederação Brasileira de Futebol nas partidas.

FOTO: “Acervo Futebol do Interior Paranaense – Profissionais”

FONTES: Wikipédia – Páginas do clube nas redes sociais