Arquivo da categoria: 24. Vicente H. Baroffaldi

Vaguinho

Ivagner Ferreira (Vaguinho) nasceu em Cachoeiro de Itapemirim (ES), no dia 12 de junho de 1924. Iniciou a carreira no futebol muito cedo, e como goleiro, o que aconteceu por bom tempo. Depois, seria um centroavante de muitos gols. Foi reserva de Dias III na seleção do estado capixaba. Começou sua vida esportiva profissional no Flamengo do Rio. De lá para o Madureira, com o qual excursionou a primeira vez pelo estrangeiro, jogando na Colômbia. Passou para o América de Belo Horizonte, sendo depois cedido por empréstimo ao Atlético Mineiro. Com o grande clube de Minas, conquistou legítimas glórias para o futebol brasileiro, sendo que das várias excursões de quadros brasileiros só foi superado pelo Paulistano, em 1926. Nessa época de galo mineiro foi que Vaguinho granjeou mais nome.

Passou depois pela Portuguesa Santista, pelo Palmeiras e por fim chegou à Ferroviária de Araraquara, onde se integrou de maneira brilhante. Pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista, Vaguinho assinalou, em defesa das cores avinhadas, 14 gols no certame de 1952 (já em 53) e 7 no de 1953. Vaguinho defendeu a Ferroviária em 1953 e 1954.

Sua estreia na AFE deu-se no dia 4 de janeiro de 1953, em jogo oficial válido pela Segundona bandeirante, assinalando um dos tentos grenás na vitória por 5 a 0 sobre o Olímpia, na Fonte Luminosa, em jogo arbitrado por José Cortezia. Luiz Rosa (2), Dirceu e Omar completaram o placar. Formação da AFE: Sandro; Sarvas e Espanador; Tiana, Gaspar e Pierre; Omar, Luiz Rosa, Vaguinho, Zé Amaro e Dirceu.

Ferroviária 1953

O último registro que apuramos de Vaguinho defendendo a Ferroviária data de 11.07.1954, um domingo, na Fonte Luminosa, no jogo amistoso entre Ferroviária e Palmeiras, vencido pelo Verdão por 2 a 1, gols de Tec para a AFE e de Manoelito e Elzo para o Palmeiras. João Etzel foi o árbitro e a renda somou Cr$ 61.590,00. Formações: Ferroviária – Basílio; Pierre (Elcias) e Pixo; Dirceu, Gaspar e Henrique (Izan); Afonso (Omar), Tec, Vaguinho, Zé Amaro (Toledinho) e Boquita. Técnico: Armando Renganeschi. Palmeiras – Cavani; Manoelito e Cardoso (Cação); Valdemar Fiúme (Gérsio), Tocafundo e Dema; Ney (Moacir), Moacir (Berto), Mattos, Jair e Elzo.

“Vai, vai… Vaguinho!”

Conforme relata, em crônica, Wilson Silveira Luiz (destaque da mídia esportiva de Araraquara, locutor que narrou número incontável de gols da Ferrinha, hoje assessor de imprensa da Secretaria de Esportes e Lazer de Araraquara e da Fundesport), havia, naquela época (década de 1950), uma senhora, torcedora grená, que ficou na história pelo que proporcionou de inusitado.

Diz Wilson Luiz:

“Nas antigas arquibancadas sociais, havia uma senhora (residia na Rua Três, em frente ao Parque Infantil) que tinha um grito de guerra inconfundível e que ecoava não só pelo estádio, mas nas esquinas, nos bate-papos sobre futebol.

Dentre tantos craques que por aqui passaram, estava o centroavante Vaguinho. Ele em campo era sinônimo de gol. E aquela senhora gritava a todo instante: “Vai, vai… Vaguinho!”. E a torcida acompanhava. E o melhor de tudo: o Vaguinho ia mesmo… e fazia os gols tão aguardados pela exigente, mas feliz torcida da Associação Ferroviária de Esportes.”

Fontes:

O Imparcial, 08.03.1954 (artigo de Jacintho Simões, da Associação dos Cronistas Esportivos de Araraquara-ACEA);
Arquivo do Prof. Antônio Jorge Moreira (cópia do Museu do Futebol e Esportes de Araraquara);
Site: www.ferroviariadeararaquara.com.br (coluna Wilson Silveira Luiz)
Texto:  Vicente Henrique Baroffaldi
Edição:  Paulo Luís Micali
Foto: O Imparcial

Bazzani: o maior jogador da Ferroviária de todos os tempos

Quem chega à Arena Fonte Luminosa, em Araraquara, vê, logo na entrada principal, o busto em bronze do maior jogador da Ferroviária de todos os tempos: Olivério Bazzani Filho, o meia-esquerda que detém o primeiro lugar em número de títulos conquistados, jogos disputados e gols assinalados em benefício das cores grenás.

Ainda na entrada da Arena, à esquerda, situa-se o Museu do Futebol e Esportes de Araraquara, onde se instalou um grande e destacado banner em homenagem ao Rabi, apelido de Bazzani. Nesse banner, lê-se:

“BAZZANI

O maior ídolo da Ferroviária

Olivério Bazzani Filho, o BAZZANI, também era conhecido como “Rabi”, e foi o maior artilheiro da Associação Ferroviária de Esportes, com 244 gols. Atuou em 758 jogos, entre 1954 e 1976.

Jogou também no Corinthians nos anos de 1963 e 1964.

Foi o jogador que mais vezes vestiu a camisa do time araraquarense e o seu maior detentor de títulos.

Campeão dos acessos de 1955 e 1966, e tri-campeão do Interior em 1967, 1968 e 1969.”

Quando a Ferroviária conseguiu o primeiro acesso à Primeira Divisão do Campeonato Paulista, o jornal O Imparcial, de Araraquara (edição extra de 16.04.1956) assim se pronunciava sobre um dos heróis da conquista:

Bazani - 1955

“BAZZANI

Meia-esquerda, chegou a ser o ‘homem-gol’ do ataque grená. O ‘rosadinho’, como é conhecido pela torcida, a cada prélio mais se adapta ao trabalho de construir para seus companheiros, num verdadeiro milagre de Capilé (treinador da AFE, Clóvis Van-Dick).

Nome – Olivério Bazzani Filho

Naturalidade – Mirassol, SP

Idade – 20 anos. Nascido a 3 de junho de 1936

Estado civil – Solteiro

Peso – 67 quilos

Altura – 1,72

Clubes – O grande atacante grená iniciou no juvenil do Mirassol, indo mais tarde para o Mogiana, de Campinas. Daí para o Rio Preto E.C., depois no GEMA e finalmente na AFE.

Bazani - Time Juvenil do Mirassol

Títulos – O meia Bazzani possuía até aqui o título de campeão amador pelo GEMA.

Maior emoção – Todos lembramos como foi dramática a partida que a Ferroviária disputou em Ribeirão Preto, contra o Comercial. Já final, o empate de três tentos parecia permanecer quando Bazzani foi chamado para cobrar uma falta da altura da linha média. Bazzani cobrou a infração com um tremendo pelotaço, marcando o gol da vitória, que foi para ele a maior emoção de sua vida esportiva.”

 

BAZZANI EM TRÊS TEMPOS

1-    Estreia em jogos oficiais: Paulista de Araraquara 0 x 3 Ferroviária – 06.02.1955, domingo; Estádio Municipal de Araraquara (SP); Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Árbitro: Abílio Ramos. Gols: Antoninho, Bazzani e Paulinho; Expulsões (Paulista); Rafael e Binho; Paulista: Mingão; Ibaté e Binho; Bruno, Braga e Rafael; Ferraz, Lourenço, Desastre, Gonçalves e Tom Mix; Ferroviária: Fia; Pierre e Ferraciolli; Antoninho, Pixo e Itamar; Paulinho, Tec, Lambari, Jonas e Bazzani. Técnico: Armando Renganeschi. Obs.: Estreia oficial de Bazzani, autor de um dos tentos da Locomotiva.

06.02.1955 -Estreia de Bazzani a AFE venceu o Paulista 3x0, de pé :Fia, Pixo, Pierre, Antoninho, Ferraciolli e Itamar; agachados: Paulinho, Tec, Lambari, Jonas e Bazzani.

2-    Despedida: Ferroviária 0 x 1 Guarani – 28.03.1973, quarta-feira; Fonte Luminosa, Araraquara (SP); Amistoso Estadual. Árbitro: Almir Ricci Peixoto Laguna; Gol: Clayton, 40 do 2º; Ferroviária: Sérgio; Batalhão, Fernando, Ticão e Zé Carlos; Muri e Bazzani (Ademir); Tonho, Mário Augusto, João Marques e Guará (Vagner). Técnico: Carlos Alberto Silva; Guarani: Tobias; Alberto, Amaral, Wilson e Bezerra; Alfredo e Flamarion; Jader, Washington, Clayton e Mingo. Obs.: Despedida de Bazzani, que atuou na Ferroviária de 1954 a 1973, exceto em 1963 e 1964, quando defendeu o Corinthians.

3-    Homenagem: Ferroviária 3 x 0 Corinthians B – 18.04.2007, quarta-feira, 20h30; Fonte Luminosa, Araraquara; Gols: Leandro Donizete, 33 do 1º; Marcelo, 23, e Ramon, 44 do 2º; Ferroviária: Cristiano; Leandro (Augusto), Wesley (André), Mauro (Thiago Costa) e Fernando Luís (Renato Peixe); Vagner (Guilherme Alves), Leônico (Da Silva), Leandro Donizete (Ramon) e Renato (Jaílton); Jó (Bruno Bastelli) e Douglas Richard (Marcelo); Técnico: Edison Só; Corinthians B: Rafael; Lewis, Renato Santos (Henrique); Diego e Vanderson (Renato Ribeiro); Marcelo, Milton, Araújo (Leandro) e Fabrício (Alex); Igor (Robson) e Johny (Alisson); Técnico: Jorge Saram. Obs.: Amistoso estadual entre as duas equipes defendidas pelo Rabi, em sua homenagem, com a inauguração do busto de bronze instalado na entrada do estádio.

Bazani - Gazeta Esportiva Ilustrada

O MAIOR ARTILHEIRO DA FERROVIÁRIA CONTRA OS GRANDES

Bazani com Pelé

Bazzani foi o maior e mais expressivo jogador da história da Ferroviária, justificando plenamente o busto de bronze colocado na entrada da Arena Fonte Luminosa. Não só estabeleceu o mais alto número de jogos em defesa da Ferrinha, como foi o seu artilheiro principal, além de exemplo dentro e fora de campo. Contra Santos, Palmeiras, São Paulo e Corinthians, Bazzani também lidera a relação dos goleadores grenás.

Contra o Palmeiras: 1º – Bazzani, 9 gols; 2º – Peixinho, 7; 3º – Tales, 6; 4º – Téia, 4

Contra o Corinthians: 1º – Bazzani, 7 gols; 2º – Peixinho, 5; 3º – Parada e Paulo Bim, 3

Contra o Santos: 1º – Bazzani e Peixinho, 6 gols; 3º – Baiano, Cardoso e Tales, 3

Contra o São Paulo: 1º – Bazzani e Douglas Onça, 5; 3º – Parada e Téia, 4; 5º – Dudu, 3

No cômputo geral contra os grandes paulistas:

1º – Bazzani, 27 gols;

2º – Peixinho, 19 gols

Também em matéria de permanência na agremiação avinhada, Bazzani é imbatível,  pois além de atleta  defendeu a AFE como treinador (em inúmeras oportunidades) e foi também seu funcionário.

Bazani - Como técnico da AFE

Fontes:

Museu do Futebol e Esportes de Araraquara;
O Imparcial (Araraquara);
Tópicos do Passado da AFE (Prof. Antônio Jorge Moreira)
Ferroviária em campo, Vicente Henrique Baroffaldi, Pontes/2010
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição e fotos: Paulo Luís Micali / Divulgação (internet)

Palmeiras 5 x 3 Paulista de Araraquara, em 1950

Nos velhos e bons tempos em que os grandes clubes de São Paulo encontravam espaço no calendário para exibições no Interior, e eram uma atração excepcional, as cidades engalanadas recepcionavam com muita festa e alegria os esquadrões e seus craques.

Foi assim, por exemplo, no dia 23 de julho de 1950, um domingo à tarde, quando a Sociedade Esportiva Palmeiras exibiu-se na cidade de Araraquara, a Morada do Sol, contra a representação do Paulista F.C. local.

Com o Estádio Municipal de Araraquara lotado e renda de Cr$ 60.000,00, o encontro foi dirigido por Cireno Pereira de Andrade.

No primeiro tempo, o quadro da capital paulista assinalou três gols por meio de Manoelito e Dino (2); ainda na primeira etapa, Maurinho marcou para o Paulista.

Na etapa complementar, Montanholi fez dois, o mesmo conseguindo o avante Maurinho, que acabou sendo o artilheiro do jogo com três gols (todos os do time vermelho, preto e branco de Araraquara).

Formou o Palmeiras com: Oberdan; Turcão (Palante) e Sarno; Salvador, Túlio e Waldemar Fiúme; Nestor, Manoelito (Montanholi), Aquiles, Dino e Brandãozinho (Rodrigues). Técnico: Jim Lopes.

O Paulista de Araraquara apresentou-se com: Madalena (Monteiro); Laxixa e Monte I; Tiana, Humaitá e Rafael; Xerito, Maurinho, Élvio, Galisé e Monte II.

Fontes:

Almanaque do Palmeiras – Celso Dario Unzelte e Mário Sérgio Venditti, Placar/Abril
Araraquara Futebol e Política – Luís Marcelo Inaco Cirino – SJS Gráfica e Editora, 2008
Foto: O Imparcial (Araraquara), 28/02/1998
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

Locomotiva, Ano VI (1956)

E a Ferroviária alcança a elite…

Nº de ordem – Data – Jogo/Resultado – Finalidade – Goleadores Grenás

1 – 08.01.56 – Internacional de Bebedouro 3 x 3 Ferroviária – Amistoso – Paulinho, Boquita e Bazzani

2 – 15.01.56 – ADA 2 x 4 Ferroviária – Campeonato Paulista/2ª Divisão – Pixo, Gomes (pênalti), Cardoso e Dirceu

3 – 22.01.56 – Ferroviária 2 x 1 Comercial-RP – C.P., 2ª – Gomes (2)

4 – 29.01.56 – Marília 2 x 2 Ferroviária – C.P., 2ª – Paulinho e Gomes

5 – 05.02.56 – Ferroviária 2 x 1 América – C.P., 2ª – Cardoso (2)

6 – 19.02.56 – Ferroviária 5 x 2 Juventus – C.P., 2ª – Paulinho (2), Gomes (2) e Cardoso

7 – 26.02.56 – Botafogo-RP 2 x 2 Ferroviária – C.P., 2ª – Cardoso e Gomes

8 – 04.03.56 – Ferroviária 1 x 1 Portuguesa Santista – C.P., 2ª – Gomes

9 – 11.03.56 – Ferroviária 4 x 1 ADA – C.P., 2ª – Cardoso, Boquita (2) e Bazzani

10 – 18.03.56 – Comercial-RP 3 x 4 Ferroviária – C.P., 2ª – Paulinho (2), Gomes e Bazzani

11 – 25.03.56 – Ferroviária 2 x 2 Marília – C.P., 2ª – Atílio (contra) e Cardoso

12 – 01.04.56 – América 2 x 3 Ferroviária – C.P., 2ª – Gomes (2) e Cardoso

13 – 08.04.56 – Juventus 1 x 2 Ferroviária – C.P., 2ª – Cardoso e Boquita

14 – 15.04.56 – Ferroviária 6 x 3 Botafogo-RP – C.P., 2ª – Bazzani (2), Gomes (2) e Cardoso (2)

Obs.: Com esse resultado, a Ferroviária sagrou-se campeã da Segunda Divisão, certame de 1955, adquirindo o direito de disputar, ainda em 1956, o Campeonato Paulista da Primeira Divisão.

15 – 22.04.56 – Portuguesa Santista 4 x 5 Ferroviária – C.P., 2ª – Cardoso (2), Gomes, Bazzani e Pixo

16 – 29.04.56 – Ferroviária 3 x 2 ADA – Amistoso em comemoração à subida para a Primeira Divisão – Gomes (2) e Paulinho

17 – 01.05.56 – Estrela da Bela Vista (São Carlos) 0 x 1 Ferroviária – Amistoso – Marinho

18 – 09.05.56 – Palmeiras 4 x 2 Ferroviária – Amistoso – Gomes (2)

19 – 13.05.56 – Rio Preto 2 x 3 Ferroviária – Amistoso – Gomes, Bazzani e Cardoso

20 – 27.05.56 – A.A. Joaquinense (S.J. da Barra) 1 x 11 Ferroviária – Amistoso (Inauguração do Estádio Ferraciolli) – Zeca (3), Cardoso (2), Gomes (2), Bazzani, Boquita, Didié e Tiana

  – 03.06.56 – Ferroviária 0 x 0 Noroeste – Torneio-Início do Campeonato Paulista da Primeira Divisão – Nos escanteios, Noroeste, 1 a 0.

21 – 10.06.56 – Ferroviária 3 x 2 XV de Jaú – Amistoso – Cardoso, Paulinho e Bazzani

22 – 17.06.56 – Nacional-SP 3 x 3 Ferroviária – Campeonato Paulista, Turno Classificatório – Boquita e Bazzani (2)

23 – 24.06.56 – Ferroviária 1 x 1 São Bento (São Caetano do Sul) – C.P., Turno Classificatório – Paulinho

24 – 01.07.56 – Ferroviária 4 x 0 São Bento (Sorocaba) – Amistoso – Gomes, Paulinho, Cardoso e Boquita

25 – 08.07.56 – São Bento (Sorocaba) 7 x 0 Ferroviária – Amistoso

26 – 15.07.56 – Palmeiras 4 x 3 Ferroviária – C.P., Turno Classific. – Cardoso, Gomes e Bazzani

27 – 18.07.56 – Santos 4 x 2 Ferroviária – C.P., Turno Classif. – Bazzani e Cardoso

28 – 21.07.56 – Jabaquara 4 x 1 Ferroviária – C.P., Turno Classif. – Boquita

29 – 25.07.56 – Rio Claro 1 x 6 Ferroviária – Amistoso – Cabelo (2), Gomes (2) e Lopes (2)

30 – 29.07.56 – Ferroviária 5 x 3 XV de Jaú – C.P., Turno Classif. – Paulinho (3), Cardoso e Gomes

31 – 05.08.56 – Ferroviária 2 x 1 Ponte Preta – C.P., Turno Classif. – Gomes e Paulinho

32 – 12.08.56 – Noroeste 1 x 0 Ferroviária – C.P., Turno Classificatório

33 – 19.08.56 – Ferroviária 4 x 3 Linense – C.P., Turno Classif. – Cardoso (3) e Gomes

34 – 23.08.56 – Portuguesa 2 x 4 Ferroviária – C.P., Turno Classif. – Gomes (2), Bazzani e Paulinho

35 – 26.08.56 – Juventus 2 x 0 Ferroviária – C.P., Turno Classificatório

36 – 02.09.56 – XV de Piracicaba 3 x 2 Ferroviária – C.P., Turno Classif. – Bazzani (2)

37 – 09.09.56 – Ferroviária 1 x 2 Taubaté – C.P., Turno Classific. – Gomes

38 – 16.09.56 – Portuguesa Santista 2 x 0 Ferroviária – C.P., Turno Classif.

39 – 19.09.56 – São Paulo 3 x 1 Ferroviária – C.P., Turno Classif. – Gomes

40 – 23.09.56 – Corinthians 6 x 2 Ferroviária – C.P., Turno Classif. – Gomes e Cardoso

41 – 30.09.56 – Ferroviária 4 x 1 Guarani – C.P., Turno Classif. – Lopes (2), Bazzani e Boquita

42 – 28.10.56 – Ferroviária 2 x 0 Jabaquara – C.P., Torneio Rebaixamento – Gomes e Paulo Reis

43 – 04.11.56 – Ponte Preta 0 x 3 Ferroviária – C.P., Torneio Rebaixamento – Paulinho (2) e Gomes

44 – 11.11.56 – Linense 2 x 2 Ferroviária – C.P., Torneio Rebaixamento – Gomes (2)

45 – 15.11.56 – Bandeirantes (São Carlos) 3 x 4 Ferroviária – Amistoso – Lopes (3) e Gomes

46 – 18.11.56 – Ferroviária 6 x 1 Nacional-SP – C.P., Torneio Rebaixamento – Lopes (2), Gomes (2) e Boquita (2)

47 – 25.11.56 – Ferroviária 4 x 0 Guarani – C.P., Torneio Rebaixamento – Gomes (2), Cardarelli e Boquita

48 – 01.12.56 – Ferroviária 3 x 4 Portuguesa Santista – C.P., Torneio Rebaixamento – Gomes, Paulinho e Boquita

49 – 09.12.56 – Noroeste 2 x 1 Ferroviária – C.P., Torneio Rebaixamento – Lopes

50 – 16.12.56 – Portuguesa Santista 2 x 3 Ferroviária – C.P., Torneio Rebaixamento – Bazzani (2) e Gomes

51 – 23.12.56 – Ferroviária 4 x 1 Linense – C.P., Torneio Rebaixamento – Bazzani, Paulinho e Gomes (2)

Resumo do ano de 1956

J

V

E

D

GP

GC

SG

51

29

8

14

147

109

38

 

Fontes:

Tópicos do Passado da AFE – Prof. Antônio Jorge Moreira

O Caminho da Bola – Rubens Ribeiro, F.P.F.

Elaboração: Vicente Henrique Baroffaldi

Edição: Paulo Luís Micali

O Verdão inaugurou mais estádios em São Paulo

Embora não tendo o universo todo de inaugurações dos estádios do estado de São Paulo, dá para afirmar, com o disponível, que o maior inaugurador de estádios de futebol da terra bandeirante é o Palmeiras, o que comprova a força da colônia italiana neste espaço do solo brasileiro.

Assim é que são encontrados estes registros de inaugurações com a presença do Verdão:

  .10.1928 – Estádio Municipal Tenente Carriço, em Penápolis – Penápolis 7 x 0 Palmeiras

Estádio Municipal Tenente Carriço

27.04.1940 – Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu), em São Paulo – Palmeiras 6 x 2 Coritiba

Inauguração – Pacaembu

31.05.1953 – Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas – Guarani 3 x 1 Palmeiras

Inauguração – Brinco de Ouro

13.06.1954 – Estádio Dr. Osvaldo Scatena, em Batatais – Batatais 2 x 4 Palmeiras

Inauguração: Estádio Dr. Osvaldo Scatena

05.06.1955 – Estádio Breno Ribeiro do Val, em Osvaldo Cruz – Osvaldo Cruz 1 x 8 Palmeiras

Estádio Breno Ribeiro do Val

11.11.1956 – Estádio Dr. Osvaldo Teixeira Duarte (Canindé), em São Paulo – Portuguesa 3 x 2 Combinado Palmeiras/São Paulo

Estádio Dr. Osvaldo Teixeira Duarte

30.05.1957 – Estádio Jayme Cintra, em Jundiaí – Paulista 3 x 1 Palmeiras

Estádio Jayme Cintra

04.09.1965 – Estádio Barão de Serra Negra, em Piracicaba – XV de Piracicaba 0 x 0 Palmeiras

Inauguração – Estádio Barão de Serra Negra

03.11.1968 – Estádio Luís Augusto de Oliveira, em São Carlos – Palmeiras 2 x 3 São Paulo

Estádio Luís Augusto de Oliveira

14.12.1969 – Estádio Bruno José Daniel, em Santo André – Santo André 0 x 4 Palmeiras

07.09.1972 – Estádio Benito Agnelo Castellano, em Rio Claro – Velo Clube 1 x 4 Palmeiras

Estádio Benito Agnelo Castellano

07.07.1991 – Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira, em Mogi Mirim – Mogi Mirim 4 x 2 Palmeiras

Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira

Fonte:

Wikipédia
Fotos: Internet (divulgação)
Elaboração: Vicente Henrique Baroffaldi

Edição: Paulo Luís Micali

Dirceu – “Maravilha Negra” da Ferroviária

O Imparcial Esportivo -08/03/1954

Antes de Dudu (Olegário Tolói de Oliveira), a Ferroviária de Araraquara contou com o futebol vistoso, clássico e eficiente de Dirceu, um dos artífices da conquista da Segunda Divisão do certame paulista, versão 1955.

Dirceu - Equipe da AFE 1955

Naquela ocasião, a mídia esportiva traçava este perfil de Dirceu:

Médio direito, a mola propulsora do time grená, fazendo de maneira clássica e bela a ligação da defesa com o ataque. A torcida apelidou-o de “Maravilha Negra” pelo seu excelente controle de bola.

Nome – Dirceu Siqueira

Naturalidade – São Paulo, Capital

Idade – 27 anos. Nascido a 29 de setembro de 1929

Estado civil – Solteiro

Peso – 68 quilos

Altura – 1,75

Clubes – O famoso “Maravilha Negra” iniciou no Mocidade Glicério, da várzea paulistana. Ainda na Capital, Dirceu jogou pelo Iguape, Pelotas, Rádio Panamericana, Boca Juniors, Iuracan. Transferiu-se depois para o quadro amador do Corinthians Paulista de onde foi descoberto pelo Rio Pardo, tornando-se estrela de “primeira grandeza” segundo expressão de Pereira Lima que o trouxe para a Associação Desportiva Araraquara (ADA). Finalmente Dirceu ingressou na Ferroviária, onde atua com enorme desenvoltura, sendo um dos ídolos da torcida grená.

Dirceu - ADA

Títulos – Dirceu foi campeão pelo amador do Corinthians e campeão de série pelo Rio Pardo.

Maior emoção – O grande médio “colored” da Ferroviária tem duas grandes emoções em sua carreira esportiva. A primeira foi no Pacaembu, quando ainda defendia o amador do Corinthians, num lance em cima da risca fatal de seu gol que ele tirou de “bicicleta” empolgando a torcida presente ao jogo. A segunda maior emoção de Dirceu foi descrita por ele próprio: “O gol que fiz contra a Sanjoanense. Roque encobriu espetacularmente o famoso Zé Amaro e, conforme a bola desceu eu chutei para o gol de “sem pulo” marcando um tento sensacional.”

Dirceu - Atlas do México

Dirceu Careca – assim chamado porque jogava com a cabeça raspada – transferiu-se para o México, onde atuou com muito êxito até o encerramento de sua brilhante carreira. Lá seguiu residindo, até que em 1999 veio a falecer, vítima de infarto.

Fontes:
Jornal O Imparcial (Araraquara)
Que fim Levou? Milton Neves (Fotos)
Edição: Paulo Luís Micali

Paulista F.C. de Araraquara

Paulista F. C. - Araraquara

 O jornal Araraquara Esportiva, edição nº 7, de 23 a 30 de janeiro de 1963, apresentou artigo assinado por Renato Rizzo, falando a respeito do Paulista Futebol Clube (o Paulista de Araraquara), agremiação que congregou elevado número de seguidores e que, além de militar no futebol amador, transitou também no profissionalismo, sendo, nesse particular, o mais antigo dos clubes araraquarenses.  O Paulista era tricolor, portando as cores vermelha, preta e branca.

09.01.1955 – Ferroviária 4×0 Paulista F.C.

Segue o texto do artigo aludido:

AQUI ESTÁ O SEU CLUBE

Uma das mais simpáticas agremiações da “Morada do Sol” é sem dúvida o Paulista F.C.

Sua fundação deu-se no dia 3 de dezembro de 1930, tendo como fundador o Sr. Carlos Bersanetti.

Uma de suas principais formações naquele ano foi: Tucci; Monte, Cocodé e Armando; Romana e Zico; Ministro, Aderico, Laerte, Turqueta e Loló.

Considerado o “Galo da Cidade” pelos campeonatos consecutivos de 1930 a 1944, e também possuidor de um grande patrimônio, conforme consta no livro nº 59, folhas 33 e 35 no Registro de Imóveis de Araraquara, um terreno medindo 183 m  de frente por 145 m de fundo.

Muitos jogadores que defenderam o Paulista F.C. sobressaíram no cenário futebolístico atual, dentre os quais destacam-se: Dudu, Galhardo, Baiano, Jarbas, Cachimbo e Orlando.

A atual diretoria do Paulista F.C. está assim formada, tendo como Presidente o Dr. Alonso Martinez.

Vice-Presidente – Geraldo Gonzaga da Silva

Secretário – Omar de Souza e Silva

 Tesoureiro – Celso Ferreira da Silva

Diretor Esportivo – Bento Dias de Souza

Não podemos esquecer aqui a figura notável de Carlos Bersanetti Filho, o qual foi um dos mais notáveis orientadores do Paulista F.C., e que seu desaparecimento trouxe uma perda ao futebol local, principalmente no Paulista F.C.

Em virtude da falta de orientação da Liga Araraquarense de Futebol, o Paulista F.C. afastou-se do Campeonato Amador em 1962, esperando o apoio de todos os esportistas locais, quando então ressurgirá neste próximo campeonato de 1963.

Fontes:
Araraquara Esportiva (jornal)
Elaboração /Transcrição: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali
Fotos: Internet (divulgação)

Títulos internacionais em competições oficiais

Conquistas dos quatro maiores clubes paulistas:

1º – São Paulo Futebol Clube, 11 títulos

2º – Santos Futebol Clube, 8 títulos

3º – Sociedade Esportiva Palmeiras, 2 títulos

4º – Sport Club Corinthians Paulista, 1 título

 

OS 11 TÍTULOS DO SÃO PAULO:

Intercontinental (1992)

Intercontinental (1993)

Mundial da FIFA (2005)

Libertadores (1992)

Libertadores (1993)

Libertadores (2005)

Supercopa Libertadores (1993)

Copa Conmebol (1994)

Recopa Sul-Americana (1993)

Recopa Sul-Americana (1994)

Copa Master Conmebol (1996)

 

OS 8 TÍTULOS DO SANTOS:

Intercontinental (1962)

Intercontinental (1963)

Libertadores (1962)

Libertadores (1963)

Libertadores (2011)

Copa Conmebol (1998)

Recopa Mundial (1968)

Supercopa Sul-Americana (1968)

 

OS 2 TÍTULOS DO PALMEIRAS:

Libertadores (1999)

Copa Mercosul (1998)

 

O ÚNICO TÍTULO DO CORINTHIANS:

Mundial da FIFA (2000)

 

TOTAL DE TÍTULOS INTERNACIONAIS CONQUISTADOS POR CLUBES DO BRASIL  (até o final de 2011)

1º – São Paulo, 11;

2º – Santos, 8;

3º – Cruzeiro e Internacional, 7;

 5º – Flamengo e Grêmio, 4;

7º – Vasco, 3;

8º – Palmeiras e Atlético Mineiro, 2;

10º – Botafogo e Corinthians, 1.

 

Fonte:

São Paulo Internacional – Vicente Henrique Baroffaldi – Pontes, 2012


Edição: Paulo Luís Micali