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História passo a passo: pela 1ª vez, Didi, o ‘Folha Seca’ jogou pelo Botafogo (RJ)

TEXTO e PESQUISA: Sérgio Mello

Após o acerto entre o Fluminense Football e o Botafogo Futebol e Regatas, Waldir Pereira, o Didi procurou se adaptar ao seu no clube. E o craque ‘tirou de letra‘. Além de ter recebido o apoio incondicional da torcida alvinegra, o jogador também foi recebido de ‘braços abertos‘ pela diretoria e o elenco do Glorioso.

Primeiros treinos no Glorioso

Sob o comando do O técnico Zezé Moreira, na quinta-feira, do dia 08 de Março de 1956, Didi realizou o seu 1º coletivo como titular, no Estádio de General Severiano, no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro (RJ).

O treino durou 40 minutos, com vitória dos titulares por 3 a 0, sobre os suplentes. Os gols foram marcados por Neivaldo, Alarcon e Pampolini. Os titulares foram com: Edgard; Orlando Maia, Domício e Nilton Santos; Bob e Pampolini; Garrincha (Neivaldo), João Carlos, Alarcon, Didi e Rodrigues.

No mesmo dia, após o noticiário cogitar que Didi vestiria pela 1ª vez a camisa do clube, nos jogos dois jogos em Itabuna/BA (5 a 0, no Janozaros e 2 a 1, em cima da Seleção de Itabuna), porém a informação não se confirmou.

Modesto, utilizava o transporte público

Apesar de ter sido a maior contratação do futebol brasileiro naquela época, Didi matinha uma rotina simples. Após os treinos, o craque ia para o vestiário, tomava banho, se arrumava e pega o ônibus para retornar para casa, mesmo com dinheiro para comprar um carro 0km, Didi parecia mais um na multidão, mesmo que não fosse o caso.

Estreia do ‘Folha Seca’ foi em Campos (RJ)

Finalmente a data foi marcada: domingo à tarde, do dia 11 de Março de 1956. O jogo amistoso diante do Americano (onde jogou em 1946), na cidade de Campos dos Goytacazes, local onde nasceu Waldir Pereira, o Didi, na segunda-feira, do dia 08 de Outubro de 1928. Foi uma forma de prestar uma homenagem ao jogador e também a sua cidade natal.

Na sexta-feira, do dia 09 de Março de 1956, novo coletivo, e novamente vitória dos titulares pelo mesmo placar (3 a 0). Dessa vez, Didi marcou um dos gols. Os outros foram assinalados por Alarcon e João Carlos.

Na tarde de sábado, do dia 10 de Março de 1956, a delegação do Botafogo, chefiada por João Saldanha, saíram de General Severiano, em direção ao Aeroporto Santos Dumont, onde embarcaram, às 16h30min, no avião “Real-Aerovias“, rumo à Campos dos Goytacazes.

A delegação do Glorioso estava assim constituída: João Saldanha (Chefe da delegação); Zezé Moreira (técnico); Reinaldo Serra (árbitro); Jorge Coutinho (massagista); e o elenco (18 jogadores)Pereyra Natero, Amauri, Orlando Maia, Domício, Nilton Santos, Rubens, Bob, Pampolini, Juvenal, Garrincha, Neivaldo, João Carlos, Alarcon, Didi, Mario, Rodrigues, Quarentinha e Gato.

A estreia não poderia ter sido melhor. Justificando o prestigio, o craque correspondeu inteiramente, jogando como se fosse um dos seus velhos integrantes, marcando gol espetacular, que acabou sendo o da vitória e a expectativa de que Didi iria brilhar (e brilhou!), no Botafogo.

O Americano se exibiu bem, exigindo muito do poderoso rival, mas teve de se curvar. Aos 33 minutos do 1º tempo, João Carlos abriu o placar para o Glorioso. Na etapa final, logo aos sete minutos, Didi marcou o seu 1º gol pelo Botafogo, ampliando o placar. Aos 35 minutos, Fubá fez o tento de honra para o Alvinegro Campista

AMERICANO F.C. (RJ) 1 X 2 BOTAFOGO F.R. (RJ)
LOCALEstádio Godofredo Cruz, em Campos (RJ)
CARÁTERAmistoso estadual
DATADomingo, do dia 11 de Março de 1956
RENDACr$ 40.000,00 (quarenta mil cruzeiros)
ÁRBITROReinaldo Senra (RJ) – Atuação Regular
AMERICANOLuís Fernando; Jorge Ramos e Naime; Marreca, Cicinho e Nilton; Fubá, Chiquinho, China, Zuza e Arturzinho.
BOTAFOGOPereyra Natero; Orlando Maia, Domício e Nilton Santos; Bob e Pampolini; Garrincha, Didi, Alarcon, João Carlos e Rodrigues. Técnico: Zezé Moreira
GOLSJoão Carlos aos 33 minutos (Botafogo), no 1º Tempo; Didi aos sete minutos (Botafogo); Fubá aos 35 minutos (Americano); no 2º Tempo.

  FONTES: Diversos jornais cariocas

IMAGENS VETORIZADAS: Sérgio Mello

História passo a passo: saída, contratação e as estreias de Didi, o ‘Folha Seca’, no Botafogo

TEXTO e PESQUISA: Sérgio Mello

A partir de agora, em cinco postagens, vamos contar de como o meia Didi saiu do Fluminense, se transferindo para o Botafogo. Depois as suas estreias pelo Glorioso em quatro partes: 1ª vez vestindo a camisa do Botafogo, no estado do Rio de Janeiro; depois jogando fora do RJ; em território estrangeiro e finalizando, atuando diante do seu torcedor, no Maracanã!

Você sabia contra quem Didi estreou nessas partidas? Não? Então venha conhecer cada história, todas as quatro partidas com ficha-técnica e outras curiosidades! Vamos viajar no tempo e relembrar cada história!  

O início de 1956, o Fluminense e o craque Didi, demonstraram que a relação estava desgastada e o fim estava próximo. Desde que Benício Ferreira Filho (ex-vice-presidente do Fluminense), a pedido de Didi, atuou como mediador para a renovação de contrato, uma série de versões circulou.

No entanto, as negociações com o presidente do clube, Jorge Amaro de Freitas não avançaram e a diretoria decretou que o jogador não jogaria mais pelo Fluminense. Então, na terça-feira, do dia 28 de Fevereiro de 1956, o então vice-presidente do Fluminense, Adolfo Marques, em entrevista para o Jornal dos Sports, afirmou, categoricamente, que o meia Didi estava fora dos planos do clube.

“Ficou assentado que Didi assinará com o Fluminense pelos 18 mil cruzeiros mensais. Logo após, entretanto, o passe dele será colocado à venda. Porque já havíamos decidido, em definitivo, que Didi não mais vestirá a camisa tricolor”, revelou Adolfo Marques.

Em menos de 24 horas, o Botafogo entrou na disputa

No dia seguinte, na quarta-feira, do dia 29 de Fevereiro de 1956, membros da diretoria do Botafogo, Roberto Estelita e João Saldanha, já tinham entrado em contato com o Fluminense, abrindo as negociações para contratar o meia Didi.

A diretoria do Fluminense pediu 2 milhões de cruzeiros, para vender o craque. Já o Botafogo fez uma contra-proposta de 1 milhão e meio. Alguns veículos informaram que a proposta ainda incluíam dois jogadores: Ruarinho e João Carlos. Informação essa negada de forma peremptória pelo alvinegro.    

Didi reforça o Botafogo pela “bagatela” de Cr$ 1.757.000,00

Sem perder tempo, na madrugada de sexta-feira, do dia 02 de Março de 1956, as duas diretorias chegaram a um acordo e o craque Didi trocou as Laranjeiras pelo bairro vizinho: Botafogo. Na reunião que decidiu o futuro do craque, estiveram presentes: Roberto Estelita e João Saldanha, pelo Botafogo, enquanto o vice Adolfo Marques e o presidente Jorge Amaro de Freitas representaram o Fluminense.

Na noite de quinta-feira, do dia 1º de Março de 1956, começou agitado. Por volta das 20 horas, Waldir Pereira, o ‘Didi’, então aos 27 anos e cinco meses, esteve na Sede de General Severiano, para acertar as bases salariais: 20 mil cruzeiros mensais. Mas ainda recebeu por fora, a título de luvas, esse valor não foi revelado. 

Às 22h10min, Roberto Estelita e João Saldanha, chegaram para uma reunião nas Laranjeiras, onde foram recebidos pelo vice tricolor, Adolfo Marques. Em seguida seguiram para a sala da presidência, e lá foi iniciado a reunião com Jorge Amaro de Freitas. A reunião durou cerca de duas horas até que houve o desfecho final.

Assim, ficou o valor das cifras: 1 milhão e 757 mil cruzeiros. Essa importância refere-se respectivamente  a 1 milhão e 600 mil cruzeiros pelo passe e 157 mil cruzeiros para liquidar a dívida que o jogador havia contraído com os tricolores.

FONTES: Diversos jornais cariocas

IMAGEM VETORIZADA: Sérgio Mello

Aparecida Esporte Clube – Aparecida (SP): Fundado em 1965

O Aparecida Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Aparecida (SP). O “Furacão do Vale” foi Fundado no domingo, do dia 31 de Janeiro de 1965. A Sede do clube Alviceleste ficava na Rua Professor José Borges, s/n, no Centro de Aparecida.

Breve História

Em 1955, surgia o Esporte Clube Aparecida, que disputou o Campeonato Paulista de Futebol a partir de 1956 e encerrou sua participação em 1959, na Divisão de Acesso (Segunda Divisão, atual A2). Atualmente é um clube extinto, e na época veio a ceder seu lugar ao Aparecida Esporte Clube, que o ocupou seis anos após.

O AEC iniciou sua jornada pela Quarta Divisão (atual Série B), subindo para a Terceira Divisão (atual A3), em 1967. Sua permanência na disputa dos campeonatos profissionais é instável e permanece assim até 1981, quando se firma. Em 1982, sobe para a Segunda Divisão e permanece até 1987, caindo para a divisão inferior em 1988.

Ainda tenta por mais duas vezes, em 1995 e 1996, mas pára, não mais retornando. No total, o clube teve 15 participações no futebol profissional. Márcio Heleno foi o principal jogador da curta história do Aparecida Esporte Clube.

O “Furacão do Vale” mandava os seus jogos no no Estádio Municipal 17 de Dezembro (com capacidade para 2.500 mil pessoas), situado na Rua Benedito Macedo, nº 163, no município de Aparecida (SP). Atualmente o campo mudou de nome (Vicente de Paula Penido, o “Penidão”) e teve a sua capacidade aumenta para 5 mil pessoas.

Curiosidades

O escudo e uniforme desta postagem foi utilizado pela Aparecida Esporte Clube, no amistoso estadual, diante do São Paulo Futebol Clube, no sábado, do dia 16 de Junho de 1984, no Estádio Municipal 17 de Dezembro, no município de Aparecida (SP).

Apesar do placar ter terminado em 0 a 0, a partida teve outro fato: Otacílio Pires de Camargo, ou simplesmente Cilinho (falecido em 28/11/2019), estreou como técnico do São Paulo Futebol Clube, diante do Aparecida.

FONTES: Wikipédia – Revista Placar – Blog Aparecida Antiga

Atheneu Valenciano Football Club: A 1ª força de Valença (RJ), nos anos 10

O Atheneu Valenciano Football Club foi uma agremiação do Município de Valença (RJ). Localizado na região Sul Fluminense a 148 km da capital, a “Cidade dos Marqueses” conta atualmente com uma população de 76.523 habitantes (segundo o censo do IBGE/2019).

Fundado na década de 10, por alunos do “colégio Ateneu Valenciano”, esse time foi o 1ª força da cidade. Nesse período era temida e respeitada, onde ficou por um bom tempo invicto.

Em 1914, ano em que o futebol alcançou sua maior animação, a vida esportiva de Marquês de Valença teve pleno êxito, quando da memorável partida amistosa entre o Atheneu Valenciano com o  Sport Club Valenciano.

A partida amistosa foi em comemoração a visita oficial do então presidente da RepúblicaMarechal Hermes da Fonseca, e Dr. Paulo de Frontin(então diretor da Central do Brasil), que, em Marquês de Valença, presidiram a inauguração da nova estação ferroviária, depósito e oficinas daquela estrada, bem como do busto do Dr. Paulo de Frontin, na praça homônima, em homenagem e gratidão aquele ilustre e saudoso engenheiro que tanto trabalhou pela encampação da antiga estrada de ferro “União Valenciana” à Central do Brasil.

Após o jogo, presentes aquelas autoridades e todas as classes sociais valencianas, foi Benjamin de Morais alvo de significativos aplausos, tendo recebido, pessoalmente, daquelas altas personalidades, expressivos cumprimentos, pela sua atuação na partida.

FONTES: O “Jornal das Moças” em Valença – Valença de Ontem e de Hoje, Capítulo 7, Aspetos Sociais – Acervo de Eloy Teixeira Coelho   

Inédito!! Vitória do Morro do Castro: título inédito Gonçalense e pela 1ª vez jogou no Maracanã, ambos em 1975

O Vitória Atlético Clube (Vitória do Morro do Castro), foi uma agremiação da cidade de São Gonçalo (RJ). A sua Sede ficava localizado na Rua Doutor Marche, nº 105 (casa), no Morro do Castro, em São Gonçalo. As suas cores: vermelho, branco e azul.

Fundado em 1942, como Veterano Atlético Clube, alterou o nome para Vitória Atlético Clube, em Assembléia Geral, realizada na segunda-feira, do dia 27 de Agosto de 1975. O presidente Jair José Lopes, na mesma semana, comunicou a Liga Gonçalense de Desportos (LGD), a mudança do nome.

Campeão Gonçalense de 1975

A maior conquista foi o Campeonato Citadino de São Gonçalo de 1975, organizado pela Liga Gonçalense de Desportos (LGD). Sob o comando do treinador Affonso Celso Bath (depois treinou o Olaria AC, nos anos 70), o título aconteceu no domingo, do dia 18 de janeiro de 1976.

O Vitória do Morro do Castro venceu o Clube Recreativo 29 de Junho por 2 a 1, no Estádio Assad Abdala. Os gols foram assinalados por Ricardo e Bebeto.

Vitória: Almir; Carango, Petisco, Augustinho e Israel; Geir, Ricardo e Thamir; Celso, Bebeto e Paulinho. Técnico: Affonso Celso Bath.

29 de Junho: Paulinho, Zé Carlos, Zenildo e Jordan; Cláudio e Jair; Alex, Jair II, Chico e Serginho.   

Porém, para ser campeão, era necessário que o jogo, em Santa Isabel, entre o Villa Três e Nacional terminasse empatado. E foi, justamente, o que aconteceu com a partida terminando em 1 a 1, o Vitória se sagrou campeão! Os destaques do Vitória foi o craque Ricardo e o meia-atacante Thamir, artilheiro isolado do certamente.      

Presidido pelo Sr. Jair José Lopes no começo do ano e depois entrou Ivaldo de Abreu, o seu diretor do Departamento de Futebol era o Tinho, enquanto o Supervisor estava ao cargo de Haroldo e o tesoureiro era Ruzimar. O técnico foi Afonso Celso Bath, e os preparadores físicos: Pedro de Alcântara e João Régis. Em geral, os treinos físicos eram feitos nas terças e quintas, enquanto aos sábados ocorriam os treinos táticos. 

No dia que o time jogou no Maracanã

Cartão Postal de 1975

No sábado dia 04 de Outubro de 1975, válido pela penúltima rodada da fase preliminar da Copa Brasil, o América enfrentou o Guarani, de Campinas/SP, às 21 horas, no Estádio Mario Filho, o Maracanã. Na preliminar, o Vitória do Morro do Castro enfrentou o Castelo, bicampeão de Rio Bonito.

O Vitória seguiu para o Maracanã às 16 horas, num ônibus especial para jogar pela 1ª vez no maior estádio do mundo! Essa partida teve arbitragem de João Alex Pinheiro, auxiliado por José Carlos de Moura e Cláudio Garcia. O jogo terminou empatado em 1 a 1.

No final do jogo de fundo, com gols de Aílton aos 11 minutos e Manoel aos 25 minutos, ambos no segundo tempo, o América bateu o Guarani por 2 a 0. A Renda foi de Cr$ 45.407,50, para um público de 3.526 pagantes.

Assim descreveu O Fluminense sobre a reação dos moradores no dia em que o clube jogou pela 1ª e única vez no Maracanã: “Quando o time vai jogar, o morro desce atrás, com sua torcida frenética, esquecida dos problemas de infra-estrutura que enfrenta diariamente. Quando o time pisou no Maracanã, o morro festejou. Não houve quem deixasse de, pelo menos, beber um gole de cerveja ou provar um trago da calorosa cachaça. O entusiasmo domina qualquer um quando se fala do Vitória Atlético Clube. Foi uma partida histórica“, disse o presidente do clube, Ivaldo Abreu.   

Diretoria prometeu implantar futebol profissional em 1977

Time posado de 1978

No final do mês de setembro de 1976, a diretoria do Vitória do Morro do Castro prometeu montar um elenco profissional. Sob a presidência de Evaldo de Abreu; Jair José Lopes (Vice); Darci (Diretor de Futebol); Almir Pinheiro (patrimônio); o 1º passo foi a contratação do técnico Juarez Bandeira para armar o elenco da temporada de 1977.

O treinador foi Tricampeão Niteroiense pelo Centro Recreativo Espanhol, em 1971, 1972 e 1973. A intenção era contar com um grupo de 20 atletas, sendo 14 profissionais, entre eles o retorno meio-campista Ricardinho, Geir, Bicas e Thamir, todos do Tupan, do Maranhão; o zagueiro Petisco, que estava no futebol acreano. Todos com passagem pelo próprio Vitória.

No Campeonato Gonçalense de 1977, que só terminou em 1978, o Vitória bateu o CROL, na última rodada, por 2 a 1, no campo do Metalúrgico, em Neves, avançando para o Quadrangular final, juntamente com o Clube Esportivo Mauá, Vila Guedes Futebol Clube e Unidos do Porto da Pedra Sport Club.  

No primeiro tempo, Jorge Luís abriu o placar e Toninho ampliou. Na etapa final, Ivanzinho fez o tento de honra para o CROL.

No Quadrangular final, o Vitória venceu o Vila Guedes (1 a 0), empatou com o Porto da Pedra, e na rodada final acabou derrotado pelo Mauá (3 a 0), que venceu os três jogos (Porto da Pedra, por 1 a 0 e o Vila Guedes), e, dentro de campo, foi o campeão!   

Foto da Sede do Vitória do Morro do Castro

No entanto, antes da última rodada, o presidente do Porto da Pedra, José Prado, levou as provas à Federação Fluminense de Desportos (FFD), sobre o jogador do Mauá: Helvécio, que estaria em situação irregular: “O Mauá foi o campeão dentro das quatro linhas, mas no tapetão o título será mesmo do Unidos“, afirmou José Prado, que após meses em batalhas judiciais, o Porto da Pedra ficou com o título.   

O Campeonato Gonçalense de 1979, contou com as participações das seguintes equipes, lembrando que o CROL, Mauá e Metalúrgico: Girassol, que fez fusão com o 22 de Setembro; DDZAC (Desvio de Dona Zizinha Atlético Clube); Bandeirantes Futebol Clube; Associação Atlética Brasilândia; Cordeiros Futebol Clube; Grêmio; Unidos do Porto da Pedra Sport Club; Vila Três Futebol Clube; Vitória Atlético Clube.

Time de 1975: Almir; Carango, Petisco, Augustinho e Israel; Geir, Ricardo e Thamir; Celso, Bebeto e Paulinho. Técnico: Affonso Celso Bath.

Time de 1978: Telezinho; Geir (Luizinho), Jordão, Carango e Israel; Gimbo, Zano e Ricardo (Paulinho); Marquinhos (Celso), Toninho e Delmo. Técnico: Tinho.

Agradecimentos: Raramente as descobertas não dependemos de ninguém. Na maioria das vezes contamos com a ajuda de pessoas. Nesse caso, duas pessoas foram fundamentais para descobrirmos as cores do clube: os ex-jogadores Julio Cesar, o ‘Dida’ e Jorge da Silva Pereira, ‘Jeremias’ (com passagens pelo América, Fluminense, Vitória/BA, Vitória de Setubal/POR, Vitória de Guimarães/PORT e Espanyol/ESP). Muito obrigado pela colaboração, ajudando em mais um resgate do futebol gonçalense!  

FONTES: Acervo pessoal – O Fluminense – Jornal dos Sports – A Luta Democrática – Julio Cesar, o ‘Dida’ – Jeremias (ex-América e Fluminense)

Sociedade Esportiva Vila Aurora – Rondonópolis (MT): Campeão Estadual de 2005

A Sociedade Esportiva Vila Aurora é uma agremiação da cidade de Rondonópolis (MT). O “Tigrão da Vila” foi Fundado na quarta-feira, do dia 05 de Maio de 1964. A sua Sede fica localizada na Rodovia MT 270 – km 5 (saída para a Guiratinga), no bairro Sagrada Família – Rondonópolis (MT).

A equipe manda os seus jogos no Estádio Municipal Engenheiro Luthero Lopes, o “Caldeirão“, com Capacidade para 19 mil pessoas, situado em Rondonópolis. O seu maior rival é o União Esporte Clube, também de Rondonópolis, com quem faz o “Clássico Unigrão“.

Duas vezes Tetracampeão Citadino

Em 1978 foi campeão da Copa Sul do Estado. No Campeonato Citadino de Rondonópolis possui Oito títulos, sendo dois tetracampeonatos: 1981, 1982, 1983 e 1984; 1987, 1988, 1989 e 1990.

Diversos Títulos

A primeira conquista na esfera profissional, aconteceu em 1979, quando faturou o Campeonato Matogrossense da 3ª Divisão. Uma década depois, faturou o título do Campeonato Matogrossense da 2ª Divisão de 1989.

Foi campeão pela 1ª vez do Campeonato Matogrossense da 1ª Divisão de 2005, em sua história. Quatro anos depois levantou a taça da Copa Governador de Mato Grosso de Futebol de 2009. Todas as competições organizadas pela Federação Matogrossense de Futebol (FMF).

Em 2006, decidiu o título da Copa Governador de Mato Grosso de Futebol, diante do Cacerense Esporte Clube, da cidade de Cáceres. No entanto, após um empate em 1 a 1, no jogo de ida, acabou derrotado na partida decisiva, pelo placar de 2 a 1.

Vila Aurora se afasta do futebol profissional

Alegando dificuldades financeiras, o clube pediu afastamento dos gramados junto à Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), na quinta-feira, do dia 09 de Janeiro de 2014.

Atualmente a única atividade desenvolvida pelo Tigrão da Vila é o projetoClube Escola”, porém a partir do próximo dia 13 a agremiação retomará com os trabalhos de base no sub-15 e no sub-17.

Inclusive, cada categoria vai disputar no segundo semestre de 2019 o seu respectivo estadual, cujas parcerias para a disputa dos campeonatos já estão concretizadas. E nessa mesma data serão apresentados ainda o treinador e o preparador físico de ambas as categorias.

FONTES: Página do clube, no Facebook: “Sociedade Esportiva Vila Aurora – Tigrão da Vila” – Wikipédia – A Tribuna de Mato Grosso

Bandeirante Futebol Clube campeão Gonçalense de 1972

O Bandeirante Futebol Clube é uma agremiação da cidade de São Gonçalo (RJ). A sua Sede social ficava na Rua Joaquim Laranjeiras, s/n (do lado do nº 845), Bairro Alcântara, em São Gonçalo.

FOTO de 2011 – Sede Rua Joaquim Laranjeiras, no Bairro Alcântara, em São Gonçalo.

Já a sua Praça de Esportes (ainda existe), está localizado na Rua Luís Motta, s/n (próximo ao nº 635), no Bairro da Amendoeira, em São Gonçalo. O “Alvianil do bairro da Amendoeira” foi Fundado em Janeiro de 1940.

Foto posada do time Campeão Gonçalense de 1972

Presidente Mário Vasconcelos conta um pouco da história

Contando com a preciosa ajuda do ex-jogador do Bandeirante, Paulo Roberto de Castro, conseguimos entrevistar o presidente do clube, Sr. Mário Vasconcelos. Ele relembrou que a ideia de fundar um clube foi do irmão, Ernesto Vasconcelos. A reunião aconteceu no armazém do Ernesto, que ficava localizado em Lagoinha. Numa casa onde hoje tem um Consultório médico próximo as freiras.

Um fato curioso foi a origem do nome. Segundo, Mário Vasconcelos o nome e as cores (azul e branco) foi inspirado num clube Alvianil de São Paulo, chamado Bandeirantes.     

Foto de 1971

1º Campo

Primeiro campo foi entre a linha do trem e a estrada, onde hoje está edificado o colégio de Décio. Depois mudou para um terreno onde é a fornecedora Carvi e demais casas ao lado, na Estrada Raul Veiga, no Bairro Amendoeira. Dali saiu para o campo para o terreno onde hoje e a garagem do ABC, na Rua Francisco Neto, 136, na Raul Veiga. Por último o prefeito lavora cedeu o terreno onde hoje e o campo atual.

Ao longo das décadas, Mário Vasconcelos revelou que os momentos mais marcantes eram os jogos contra a Eletroquímica. Também os jogos contra o Pachecos que normalmente acabavam em brigas.

Carteirinha do Presidente Mario Vasconcelos

Na memória, a base de 1972, reuniu a nata de jogadores revelados pelo Bandeirantes, como Deir, seu irmão, Toninho centroavante, entre outras feras. Nesse período, o Bandeirante chegou a ficar 80 jogos invictos.

Bandeirante campeão invicto de 1972

O Campeonato Gonçalense de 1972, aconteceu a lá Raimundo Nonato: “Vapt vupt”. Geralmente, a Liga Gonçalense de Desportos atrasava o início da competição e naquele ano não foi diferente. Já no mês de dezembro e com um planejamento do Campeonato Gonçalense de 1973, com 14 clubes, a entidade comandada pelo Sr. Antônio Di Batista decidiu realizar a competição de 1972 com apenas três rodadas e com quatro clubes inscritos:

Bandeirante Futebol Clube (Alvianil);

Cordeiros Futebol Clube (Alvinegro);

Nazaré Futebol Clube (Alviceleste);

Pachecos Futebol Clube (Alvirrubro).

Vestiário do campo da Rua Luís Motta, no Bairro da Amendoeira, em São Gonçalo

A fórmula de disputa simples: as três rodadas, aos domingos, seriam realizados no campo do Cordeiros Futebol Clube, no bairro de Santa Isabel, com um jogo servindo de preliminar do outro. No entanto, o desfecho teve, em todas as rodadas, um dos jogos terminando em WO! Na 1ª rodada o Cordeiros estava desfalcado, e teve que entregar os pontos para o Bandeirante.

Nas rodadas seguintes o Nazaré nem apareceu (talvez atordoado pela surra por 4 a 0 sofrida para o Pachecos na rodada inaugural) e outra vez o Bandeirante venceu mais.

Campo nos dias atuais, já viveu dias melhores

Na última rodada, o Bandeirante finalmente jogou e venceu o Pachecos por 2 a 0, conquistando, assim, o título inédito e invicto do Campeonato Gonçalense de 1972. Mesmo tendo realizado um jogo, o Bandeirante, que não tinha nada a ver com os problemas dos demais, fez a sua parte e ergueu a taça! O time jogou assim: Mário César; Paulinho, Fio, Tibingo e Jorginho; Roberto e Jorge; Landinho, Deir, Toninho e Ademir.   

DATASResultados – 1ª RodadaLOCALGOLS
10/12/72Pachecos FC4X0NazaréCordeirosDada (2), César e Alemão
10/12/72CordeirosXWOBandeirante FCCordeiros
DATASResultados – 2ª RodadaLOCALGOLS
17/12/72BandeiranteWOXNazaréCordeiros
17/12/72Pachecos FC0X2CordeirosCordeiros 
DATASResultados – 3ª RodadaLOCALGOLS
24/12/72Bandeirante2X0Pachecos FCCordeiros 
24/12/72NazaréXWOCordeirosCordeiros

Classificação Final do Campeonato Gonçalense de 1972

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Bandeirante FC63300404
Cordeiros FC43201312
Pachecos FC23102449
Nazaré FC0300306-6

Time-base de 1971: Mário César (Jorge); Paulinho, Miquimba (Pernambuco), Fio (Pelé) e Tibingo; Jailton (Adélio) e Roberto (Noel); Landinho (Manuel), Deir, Oldair (Valdir) e Ronaldo (Alcir).

Time-base de 1972: Mário César; Miquimba, Paulinho, Fio e Tibingo; Jorginho e Roberto; Landinho, Deir, Oldair e Ademir.

Time-base de 1973: Mário César; Jorge (Paulinho), Miquimba, Fio (Cebinho) e Jorginho; Landinho e Oleir (Juarez); Pinduca, Deir, Toninho e Ademir.

PS: Quero agradecer pelo empenho e paciência do amigo Paulo Roberto de Castro que foi incansável na ajuda pelas informações do Bandeirante! Muito obrigado!

FONTES: Google Maps – O Fluminense – Acervos de Paulo Roberto de Castro (ex-jogador do clube) e do presidente do clube Mário Vasconcelos

FOTOS: Acervo de Paulo Roberto de Castro

Postal Telegráfico Futebol Clube – Florianópolis (SC): Fundado em 1939

O Postal Telegráfico Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Florianópolis (SC). O “Colorado dos Correios” ou “Rubro-anil” foi Fundado na sexta-feira, do dia 23 de Junho de 1939, por funcionários do Departamento Regional dos Correios e Telégrafos

Na quinta-feira, do dia 19 de Julho de 1951, a Federação Catarinense de Futebol (FCF), concedeu a filiação do “Rubro-anil“. No mesmo ano, conquistou o título do Campeonato Amadorista da cidade de Florianópolis.

Cinco anos depois, voltou a ser campeão, em 1956. Aliás, nesse ano, o clube fez história. No domingo, do dia 09 de Dezembro  de 1956, o Postal Telegráfico aplicou a sua maior goleada, ao bater o Ipiranga do Saco dos Limões, pelo impressionante placar de 13 a 1, válido pelo Campeonato Amadorista da capital.

O clube foi um dos fundadores da Federação Catarinense de Futsal (FCF), no domingo, do dia 25 de Agosto  de 1957. Os demais fundadores: Doze de Agosto, Bocaiúva Esporte Clube, Atlética Barriga Verde, Associação dos Torcedores do Clube de Regatas Flamengo e Clube Universitário Catarinense.

Colorado dos Correios” ainda faturou o Tetracampeonato da capital nos anos de 1959, 1960, 1961 e 1962. Chegando ao total de seis canecos citadinos!

Após dominar o futebol amador da capital, o Postal Telegráfico buscou dar um passo mais ousado e decidiu se profissionalizar e ingressou no Campeonato Citadino de 1963.

E, logo na 1ª temporada, o “Colorado dos Correios” fez uma belíssima campanha terminando na 3ª colocação, só atrás do Avaí e Figueirense. No returno, empatou com o Avaí (1 a 1) e venceu o Figueirense (2 a 1). O Postal Telegráfico ainda participou do Campeonato Catarinense em 1964 e 1965.


FONTES: Adalberto Klüser – Osny Meira – Jornal O Estado de Florianópolis – Site da Federação Catarinense de Futsal – Acervo de Cesar Garcia