Arquivo da categoria: 01. Sérgio Mello

Inédito!! FRIMA Futebol Clube – Campo Grande (MS): enfrentou o Santos de Pelé, em 1966

Por Sérgio Mello

O FRIMA Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Campo Grande, quando ainda pertencia ao estado de Mato Grosso. Até a segunda-feira, do dia 1º de janeiro de 1979. A partir daí a cidade passou a ser a capital do novo estado do Mato Grosso do Sul.

Fundado no começo de década de 60, por funcionários da FRIMA (Frigorifico Matogrossense S.A.), com Sede na Estrada Mário Dutra, s/n, na Vila Bordon, em Campo Grande/MS. As cores escolhidas foi uma homenagem a bandeira do estado do Mato Grosso: azul marinho, branco e verde.

Quem foi a empresa FRIMA

Em 1947, fundado pelo Sr. Laucídio Coelho foi o 1º frigorífico e a primeira grande indústria da cidade de Campo Grande – FRIMA, Frigorífico Matogrossense S.A. – iniciando os abates em 1947 e 1948.

A implantação do frigorífico possibilitou a engorda e o abate de bois dentro do próprio Estado, já que até aquele momento, toda a produção era abatida em São Paulo.

Antes do FRIMA eram engordados 20 mil cabeças de gado e em 1951, eram mais de 50 mil cabeças em engorda. Em 1963, o Frigorifico Bordon S.A., de São Paulo adquiriu o controle de 80% das ações do FRIMA.

EM PÉ (esquerda para a direita): Cassimiro, Orlando, Jurandir, Anísio, Airton, Ismael Braga Buchara (técnico) e Valdir;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Vilhalba, Heron, Aguilera, Cigano e Beirinha.

FRIMA ficou com o vice do Torneio Início de 1964

No Domingo, do dia 03 de maio de 1964, foi aberto oficialmente a temporada do futebol em Campo Grande com o Torneio Início, organizado pela Liga Municipal Campograndense (LMC).

Na grande final, FRIMA Futebol Clube e Operário empataram em 2 a 2, no tempo normal, no Estádio Belmar Fidalgo. Com isso, o jogo foi para a prorrogação e o Operário marcou o terceiro gol, que deu o título. A Renda da partida foi de Cr$ 176.400,00.

O tempo regulamentar esgotou com marcador igualdade, ficando a decisão para o marcador do primeiro gol no prazo da prorrogação. O Operário ao assinalar um a zero para suas cores automaticamente sagrou-se campeão do Torneio em questão.

A propósito a representação do FRIMA neste Torneio fazia estreia no futebol Campograndense em partida oficial e a despeito de sua melhor apresentação merecia a vitória, frente ao esquadrão do Operário.

FRIMA enfrentou o Santos em 1966

Exibindo-se na noite da terça-feira, do dia 07 de junho de 1966, no Estádio Belmar Fidalgo, Campo Grande/MT. A equipe do Santos impôs-se ao Frima Futebol Clube, pelo escore de 5 a 2, com vantagem de 4 a 1 na etapa inicial.

Na etapa inicial, Del Vecchio inaugurou o marcador, seguindo-se o 2.º gol de autoria de Toninho. Carlos Alberto marcou para os locais aos 15 minutos, mas Toninho obteve mais dois tentos, aos 41 e 43 minutos.

Na fase final, Fumaça fez o 2.º gol do Frima e Toninho, “artilheiro” da noitada, completou a série: 5 a 2. O juiz foi o paulista Carmelito Voi. Renda: Cr$ 8.600.000.

FRIMA F.C. (MT)    2        X        5        SANTOS F.C. (SP)

LOCALEstádio Belmar Fidalgo, em Campo Grande/MT.
CARÁTERAmistoso Nacional
DATATerça-feira, do dia 07 de junho de 1966
HORÁRIO21 horas (de Brasília)
RENDACr$ 8.600.000,00
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROCarmelito Voi (FPF/SP)
FRIMAAmarília (Valdir); Adilson, Eduardo e Liberado; Filinto e Julião; Joel, Pilita, Carlos Alberto, Jadir e Fumaça.
SANTOSLaércio (Cláudio); Zé Carlos, Mauro (Modesto) e Geraldino (Turcão); Joel Camargo (Clodoaldo) e Oberdã; Amauri, Salomão, Toninho (Wilson), Del Vecchio e Abel. Técnico: Antoninho
GOLSDel Vecchio (Santos); Toninho aos 12, 41 e 43 minutos (SP), Carlos Alberto aos 15 minutos (FRIMA); no 1º Tempo. Fumaça (FRIMA); Toninho (Santos), no 2º Tempo.

Curiosidade: essa foi a 2ª partida que Clodoaldo jogou pelo Santos como profissional. O 1º jogo aconteceu 48 horas antes, no domingo, do dia 5 de junho de 1966, em amistoso, na vitória do Peixe em cima do Esporte Clube Olímpico por 2 a 0 (gols de Coutinho aos 24 minutos e Amauri aos 39 minutos do 1º tempo), em Blumenau/SC.

FRIMA caiu na rodada inaugural do Torneio Início de 1967

Na segunda-feira, do dia 1º de maio de 1967, em presença de um público jamais visto no Estádio Belmar Fidalgo num festival de Torneio Início, a LEMC (Liga Esportiva Municipal Campo-grandense) abriu o seu calendário esportivo de 67, com o Prefeito Plinio Barbosa Martins misturado com os desportistas para fazer entrega de troféu.

Como a festa estava bonita, o Esporte Clube Comercial ressurgiu das próprias cinzas e sagrou se campeão, do Torneio Início, depois de bater o FRIMA, o Operário e o ASAS, que se apresenta com maiores chances de ser o campeão de 67.

Na batalha final, Comercial e Asasbrigaram” no tempo regulamentar, na prorrogação e foram à decisão – por pênalti, quando Airton fechou o gol comercialino e Tachine marcou o tento da vitória.

Foto: Acervo da Biblioteca do IBGE

Estádio Belmar Fidalgo

Terreno doado por João Pestorine Júnior, em 1930, recebeu a instalação de um campo de futebol, conhecido na época como Campo de Marte, em razão de sua localização ser no fim da rua Marte, hoje Arthur Jorge.

Ao adquirir o espaço, a prefeitura o entregou à Liga Esportiva Campo-Grandense, em 1938. Já com o nome de Estádio Belmar Fidalgo, o local tornou-se praça esportiva somente em 1987 – foi remodelada em 1994, com uma reforma.

O espaço teve sua 1ª estrutura construída em 1933 como estádio de futebol e sendo alterada em 1987 tornando-se uma praça esportiva, estrutura que se mantém até os dias atuais.

No período de 1933 até 1970, o Estádio Belmar Fidalgo foi o mais importante do município, recebendo as principais competições, equipes e jogadores de futebol da época, os quais fizeram história no futebol brasileiro.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: Acervo da Biblioteca do IBGE – Página no Facebook “Anos Dourados Campo Grande-MS”

FONTES: O Estado do Mato Grosso (MT) – Jornal dos Sports (RJ) – A Tribuna (SP) – Realidade (SP) – Cidade de Santos (SP) – Brasil-Oeste (SP)

Atlético Viradouro Futebol Clube – Viradouro (SP): disputou oito edições do Paulista Amador do Interior

Por Sérgio Mello

O Atlético Viradouro Futebol Clube é uma agremiação do município de Viradouro (conta com uma população de 19.017 Habitantes, segundo o censo do IBGE de 2020), que fica no Interior Paulista a 416 km da capital do estado de São Paulo.

A sua Sede fica na Rua Silveiras, nº 163, no Centro de Viradouro/SP. Já o seu Estádio fica situado na Rua Tenente Aprígio Pereira da Costa, nº 87, no Centro de Viradouro/SP.

Estádio inaugurado em 1950. Uma curiosidade nessa foto é que na década de 50, quando o clube alterou o nome foi retirado a segunda letra ‘A’. Por isso há esse vão no escudo e no letreiro acima.

Fundado na sexta-feira, do dia 12 de Julho de 1946, por um grupo de desportistas da cidade, com o nome de Associação Atlética Viradouro Futebol Clube, nas cores: vermelha, branca e preta. Em assembleia geral foi eleita a 1ª Diretoria do clube, composta pelos seguintes membros:

Presidente de Honra – Dr. Geraldo Lopes Vieira;

Presidente – Balbino Alves da Silva;

Vice-Presidente – Theodorico Mira de Assunção;

1º Secretário – Felício Tortarelli;

2º Secretário – Milton Mira de Assunção;

1º Tesoureiro – Heráclito Mira de Assunção;

2º Tesoureiro – Antônio Veraldi;

1º Diretor Esportivo – Afonso Serra Anselmo;

2º Diretor Esportivo – Antônio Baccocini.

Extrato do Estatutos

São fins da Atlética Viradouro Futebol Clube, sociedade com personalidade jurídica, fundada na Cidade de Viradouro, neste Estado, difundir a prática de todas as atividades esportivas e com especialidade o futebol, promover festas esportivas e diversos internas, inclusive jogos lícitos, procurando em tudo e, dentro das possibilidades, satisfazer as regulamentações em vigor que regem as sociedades congêneres no país.

São seus órgãos diretivos: Assembleia Geral; o Conselho Deliberativo; o Conselho Fiscal; a Presidência; a Diretoria e as Comissões Auxiliares.

A Atlética Viradouro Futebol Clube, será administrada por uma diretoria, sendo o seu presidente eleito pelo Conselho Administrativo, ao qual caberá representá-lo em juízo 1e das suas relações externas, praticando os demais atos que lhe são cometidos pelas disposições estatutárias, inclusive a fiscalização da fiel aplicação do disposto na lei que rege a Associação.

A diretoria reunir-se-á semanalmente em dias previamente fixados e extraordinariamente sempre que for convocada pelo presidente. Comporá o quadro social da Associação, sócios das seguintes categorias:

  1. Contribuintes
  2. Remidos;
  3. Beneméritos;
  4. Honorários.
Atlético Viradouro Futebol Clube, década de 50.
Time do Atlético, campeão em 1954.
EM PÉ (esquerda para a direita): Juca Vicente (técnico), Liomar, Deva, Zequinha, Leonir, Mané Buzzo e Juca.
AGACHADOS (esquerda para a direita):Pelado, Julião, Crima, Geraldo Cardoso e Naor.

A Atlética Viradouro Futebol Clube, disputará, obrigatoriamente, os campeonatos oficiais de futebol promovidos pelas entidades a que estiver filiada, cuidando, para tanto do preparo físico e técnico de seus esportistas, vedada a atividade de esportistas profissionais.

Como penalidades a serem aplicadas aos sócios faltosos, consta:

a) Censura escrita ou verbal;

b) Suspensão de oito dias a seis meses;

c) Proibição de entrar nas sedes desportivas e sociais;

d) Cassação de mandato:

e) eliminação.

Clube, são Preta, Branca e Vermelha.

Atlético Viradouro Futebol Clube – anos 50
EM PÉ (esquerda para a direita): Deva, Juca, Mané Buzzo, Liomar, Geraldo Cardoso, Ziquim (João Garcia), Zequinha, Pelado (Joaquim Miranda), Naor, Leonir, Julião e Juca Vicente (técnico).

A Atlética Viradouro Futebol Clube, não será dissolvida, enquanto tiver pelo menos, 20 (vinte) sócios: o que verificado, será a mesma dissolvida, providenciando, os sócios remanescentes, a liquidação de todos os bens sociais, saldando os débitos porventura existentes e, ainda no caso de haver saldo, entregá-lo a uma instituição de caridade nacional.

Na década de 50, o nome foi parcialmente alterado, passando a se chamar: Atlético Viradouro Futebol Clube. Ainda nesse período, o clube faturou diversos títulos do Campeonato Citadino de Viradouro, como em 1958, 1960 e 1978.

No âmbito estadual, disputou oito edições do Campeonato Paulista Amador do Interior de 1950, 1951 (chegou na fase final), 1952, 1954, 1957 (Setor 32), 1958, 1960 e 1961, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF)

Debutou em 1950, onde ficou na Zona 8, no Setor 26, com Sede em Bebedouro:

Esporte Clube Corinthians (Guariba);

Guaribinha Futebol Clube (Guariba);

Atlético Monte Azul (Monte Azul do Turvo);

Esporte Clube São Paulo Goiás Esporte Clube (Bebedouro);

Esporte Clube Paulista (Bebedouro);

Associação Atlética Internacional (Bebedouro);

Esporte Clube Corinthians (Viradouro);

Atlético Viradouro (Viradouro);

Pirangi Atlético Clube (Pirangi).

EM PÉ (esquerda para a direita): Leco, Geraldinho, Marco polo, Gilberto, Ostil, Cacareco, Tião vaca, Inacio, Guatura.
AGACHADOS (esquerda para a direita): Padre Gabriel, Zé Bento, Prof. Henrique, Schiafino, Guspida e Darcy. Massagista (?) Mascote: Luis Osvaldo (Dendém)- Foto tirada na entrega das faixas de campeão amador 1960, setor 59.

Em 1958, ficou na Zona 40, do Setor 61, com Sede em Bebedouro (Liga Bebedourense de Futebol) com as seguintes equipes:

Associação Atlética Internacional (Bebedouro);

São Paulo Futebol Clube (Bebedouro);

Atlético Viradouro Futebol Clube (Viradouro);

Botafogo Futebol Clube (distrito de Botafogo);

Brasil Futebol Clube (Terra Roxa);

Clube Atlético Palmeiras (Monte Alto).

Anos 70
EM PÉ (esquerda para a direita): Tonho Boneco, Simonal, ?, Rubim, Geraldo, Randal e Caçapa.
AGACHADOS (esquerda para a direita): Zildão, Carlinho do Beco, Dito, Dedê e Téia.

Esse jogo foi contra o Comercial de Pitangueiras F. C.
O resultado: Atlético F.C. 4 x 2 Comercial de Pitangueiras.
Foto: Acervo de Lucas Camargo

ARTE: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

Colaborou: Waldomiro Junho – Rodolfo Kussarev

FOTOS: Página no Facebook “Museu Virtual de Imagem de Viradouro” – Acervo de Lucas Camargo

FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – Correio Paulistano (SP) – Diário da Noite (SP) – Jornal de Notícias (SP) – Diário Oficial

1º escudo de 1948: Liga Desportiva de Limoeiro do Norte (LDLN) – Limoeiro do Norte (CE)

Por Sérgio Mello

A Liga Desportiva de Limoeiro do Norte (LDLN) é a entidade máxima do município de Limoeiro do Norte (com uma população de 59.515 habitantes, segundo o censo do IBGE de 2010), situado no Vale do Jaguaribe a 200 km da capital (Fortaleza) do estado do Ceará.

Fundada na quarta-feira, do dia 02 de Julho de 1947, tem a sua Sede própria localizado na Rua José Satino, nº 765, no João XXIII, em Limoeiro do Norte/CE. Na foto abaixo é do ano de 1948 e podemos ver o 1º escudo da entidade limoeirense.

Foto de 1948 – O selecionado era a base do Esporte Clube Limoeiro
EM PÉ (esquerda para a direita): Anísio, Guedes, Chicão, José Carlos, Louro e Zezinho;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Moacir, Lírio, Alfredinho, Meladinho e Edir Saboia.

ARTE: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTO: Acervo de Galdino Silva

FONTES: Federação Cearense de Futebol – Prefeitura de Limoeiro do Norte

Guarany Futebol Clube – Lorena (SP): disputou o Paulista Amador do Interior de 1956

Por Sérgio Mello

O Guarany Futebol Clube é uma agremiação do município de Lorena, situado na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte do estado de São Paulo. Sua população é de 84.855 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2020. A localidade está a uma distância da capital de 180 km.

Fundado na quinta-feira, do dia 15 de novembro de 1945, tem a sua Sede e o campo localizados na Avenida Brasil, s/n (lado do nº 66), no bairro da Cidade Industrial, em Lorena (SP).

Na segunda-feira, do dia 10 de maio de 1971, o clube ganhou a honraria e foi Declarado de Utilidade Pública, por meio da Lei nº 845, de 10//05/71, conferido pelo então Prefeito de Lorena, o Sr. José Geraldo Alves.

Jogou o Paulista Amador do Interior

Disputou o Campeonato Paulista Amador do Interior de 1956, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF)Na quinta-feira, do dia 14 de junho de 1956, a FPF divulgou os grupos, no qual o Guarany ficou no Setor 7 com Sede da Liga Municipal de Futebol de Lorenajuntamente com nove equipes:

7 de Setembro Futebol Clube (Lorena);

 Arsenal Futebol Clube (Lorena);

Esporte Clube Hepacaré (Lorena);

Hôrto Florestal Futebol Clube (Lorena);

Independência Futebol Clube (Lorena);

Joana D’Arc Esporte Clube (Lorena);

União Operária Futebol Clube (Lorena);  

Cachoeira Futebol Clube (Cachoeira Paulista);   

Esporte Clube Estrela (Piquete).

Ao todo, o Guarany Futebol Clube participou do Campeonato Paulista Amador do Interior em quatro oportunidades: 1956, 1957, 1958 e 1959.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Rodolfo Kussarev

FOTO: Página no Facebook “Lorena em Fotos Antigas”

FONTES: Legislação Digital ‘Lorena-SP’ – A Gazeta Esportiva (SP)

Arsenal Futebol Clube – Lorena (SP): disputou o Paulista Amador do Interior de 1956

Por Sérgio Mello

O Arsenal Futebol Clube foi uma agremiação do município de Lorena, situado na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte do estado de São Paulo. Sua população é de 84.855 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2020. A localidade está a uma distância da capital de 180 km.

O Mais Querido foi Fundado na quinta-feira, do dia 27 de Janeiro de 1949. Apesar da escassez de informações, vale mencionar que disputou algumas edições do do Campeonato Citadino de Lorena, organizado pela Liga Municipal de Futebol de Lorena (LMFL), como, por exemplo em 1955, quando participaram sete equipes:

Guarani Futebol Clube; Operário Futebol Clube; Independência Futebol Clube; Joana D’Arc Esporte Clube e Arsenal, todos de Lorena, e dois de fora: Brasil Industrial (Guaratinguetá) e Santa Terezinha Futebol Clube (Aparecida).

Acervo de Waldomiro Junho

Jogou o Paulista Amador do Interior

Disputou o Campeonato Paulista Amador do Interior de 1956, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF). Na quinta-feira, do dia 14 de junho de 1956, a FPF divulgou os grupos, no qual o Arsenal ficou no Setor 7 com Sede da Liga Municipal de Futebol de Lorena, juntamente com nove equipes:

7 de Setembro Futebol Clube (Lorena);  

Esporte Clube Hepacaré (Lorena);

Guarany Futebol Clube (Lorena);

Hôrto Florestal Futebol Clube (Lorena);

Independência Futebol Clube (Lorena);

Joana D’Arc Esporte Clube (Lorena);

União Operária Futebol Clube (Lorena);  

Cachoeira Futebol Clube (Cachoeira Paulista);   

Esporte Clube Estrela (Piquete).

Time base de 1958: Marçal; Cornélio (Juca) e Aldo; Coutinho, João Lopes (Tião) e Cidão (Cuca); China (Marcondes ou Agostinho), Adeildo (Sérgio Leite), Caubi (Timoteo ou Pacheco), Garcia (Botina) e Lobato (Floriano ou Caloi).

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Waldomiro Junho

FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – Página no Facebook “Lorena em Fotos Antigas”

Escudos raros de 1932 e 1962: Fluminense Futebol Clube – Belo Horizonte (MG)

Escudo de 1932

Por Sérgio Mello

Fluminense Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). O Tricolor de Lagoinha foi Fundado na segunda-feira, do dia 06 de Novembro de 1922. A sua Sede ficava localizada na Rua Itapecerica, nº 469, no Bairro de Lagoinha, na região noroeste de Belo Horizonte/MG. No Estatuto do Fluzão constavam algumas curiosidades como as opções para quem desejasse se tornar sócio.

A pessoa deveria, no mínimo 14 anos, e a ‘joia’ (entrada) de Cr$ 30,00 (trinta cruzeiros) e a mensalidade de Cr$ 10,00 (dez cruzeiros) ou optar em ser um ‘Sócio Remido’. Para isso deveria desembolsar a bagatela de Cr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros). Na elite do futebol Mineiro, o Fluminense participou de três edições: 19261931 e 1932.

Em agosto de 1926, o Palestra se desligou da Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT) e formou, com outros clubes suspensos, a Associação Mineira de Esportes Terrestres (AMET). No mesmo ano foi realizado o campeonato, com oito clubes, entre eles o Fluminense FC, foi organizado a partir de setembro. A escassez de jornais do período tornou praticamente impossível o levantamento de resultados.

Papel timbrado de 22 de janeiro de 1932

BICAMPEÃO DA SEGUNDONA

Em 1927, com a pacificação, o Tricolor de Lagoinha retornou à LMDT e disputou o Campeonato Mineiro da 2ª Divisão, terminando na 5ª colocação. No ano seguinte (1928), o Fluzão teve uma campanha melhor e terminou em 3º lugar.

Enfim, em 1929, o Fluminense alcançou o ápice, conquistando o seu primeiro título: campeão do Campeonato Mineiro da 2ª Divisão. No entanto, o que restou foi só a taça, uma vez que a conquista não rendeu o acesso para a elite mineira.

Em 1930, o Tricolor de Lagoinha mostrou que o título não foi um mero acaso, conquistando o Bicampeonato.  Mas para subir ainda precisa disputar um playoff, melhor de três, com o Palmeiras, lanterna da série A.

No primeiro jogo, no dia 07 de dezembro de 1930, o Fluminense goleou o Palmeiras por 6 a 1, gols de VaváCuriol (quatro vezes) e Zezé; com Saul marcando o de honra para a equipe palmeirense.

Na segunda partida, no dia 14 de dezembro, num jogão de oito gols, Palmeiras e Fluminense empataram em 4 a 4. Gols de Alcides (dois), Liberato e Lucrécio para o time palmeirense; enquanto Curiol e Vavá marcaram duas vezes cada um para o Fluzão.

No terceiro e último jogo, no dia 21 de dezembro, o Fluminense vencia o Palmeiras por 1 a 0, até os 30 minutos da etapa final, quando o árbitro marcou um pênalti a favor do Tricolor de Lagoinha. Inconformados, os palmeirenses abandonaram o campo e o Flu foi confirmado o vencedor, garantindo o acesso para a elite mineira.

Escudo de 1962

TERCEIRO LUGAR NA PRIMEIRONA

Em 1931, com as desistências de AméricaVilla Nova e Sete de Setembro, o Fluminense mostrou bom futebol, e terminou na 3ª colocação, atrás somente de Atlético e do campeão Palestra. Em 1932, esteve entre os clubes fiéis à mentora original e jogou o campeonato da LMDT, ficando em 6º lugar com 13 pontos, em oito jogos (quatro vitórias, cinco empates e cinco derrotas; marcando 34 gols, sofrendo 30 e um saldo de quatro).

Depois dessas duas temporadas na 1ª Divisão Mineira, o Fluminense optou em retornar ao amadorismo. Coincidência ou não, em 1933, foi implantado o futebol profissional e muitos clubes na época eram resistentes a esse modelo.

Possivelmente foi o caso do Tricolor de Lagoinha. O clube existiu durante um tempo até paralisar suas atividades. Acabou retornando em 1948, mas sem nenhum destaque desapareceu em definitivo sem deixar rastro.

ARTE: Desenho dos escudos e uniformed – Sérgio Mello

FOTOS: Acervo de Fabiano Rosa Campos

FONTES: Rsssf Brasil – pesquisador e historiador, Vitor Dias – Estatuto do Clube – Folha Esportiva

Vila João Jorge Futebol Clube – Mauá (SP): Fundado em 1952

Escudo e uniforme no título do Campeonato Mauense de 1957

Por Sérgio Mello

O Vila João Jorge Futebol Clube (atual: Juá Sociedade Esportiva e Cultural) é uma agremiação do município de Mauá, situado na região metropolitana de São Paulo. Pertence ao ABC Paulista – com uma população de 472.912 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2022 – a 26 km da capital do estado de São Paulo.

Diversas reuniões foram realizadas para discutir a criação de clube, até que, numa destas reuniões realizadas na casa de José Stella (atual av. Castelo Branco) resolveram fundar na sexta-feira, do dia 25 de janeiro de 1952, por trabalhadores da extinta empresa Cerâmica João Jorge Figueiredo, é um dos mais antigos e tradicionais clubes de Mauá.

A escolha do nome foi uma mescla de homenagem ao bairro e à empresa. Após a fundação, seus dirigentes procederam à escolha das cores, da aquisição do uniforme, do campo, dos jogos e demais assuntos à vida do novo time de Mauá.

Os fundadores foram Ismael Viana de Freitas, Ivo Pasianot, José Stella, Rubens de Souza (o primeiro presidente), Benedito Fagundes da Costa, Ângelo Rossinelli, Jacir Viana de Freitas, Jorge Brasuski, David Teixeira, José Manoel, Clide Viana de Freitas, Vicente Loro, Domingos Loro e Carlos Ferreira Camargo.

A sua Sede social fica localizada no Jardim Zaíra. O seu 1º Presidente foi o Sr. Rubens de Souza. O seu campo fica localido na Avenida Washington Luiz, nº 1.361, na Vila Magini, em Mauá/SP.

Breve história: um time de muitas famílias

A história do Vila João Futebol Clube, o Juá, é a síntese da união dos trabalhadores da cerâmica Miranda Coelho e das famílias residentes próximas à Fábrica Grande, onde trabalhava boa parte daqueles jovens sonhadores que ousaram criar um time de futebol.

Seu surgimento ocorre num período em que Mauá era um pacato distrito com pouco mais de 10 mil habitantes e seus moradores, em sua maioria trabalhadores das indústrias ceramistas, pertencentes a grupos e familiares próximos.

Desde a fundação, em suas primeiras formações e como em boa parte de sua história, são constantes as presenças de jogadores e dirigentes pertencentes as mesmas famílias.

Nessa septuagenária jornada, constatamos a presença das famílias Pasianot, Gomes, Passini, Loro, Camargo, Trova, Stella, Lourenção, Viana, Brás Pereira, Bagnara, Rodrigues, Moreira, Brazuski, Rosinelli, Teixeira, Xavier e outras, em todas as fases do Juá.

Família Pasianot

Οs Pasianot chegaram a Mauá em 1923. O pioneiro membro dessa família na cidade foi Emilio Pasianot, pai de dois nomes importantes da história do Juá (Dino e Ivo), que era italiano com breve passagem pela França.

Ao chegar no Brasil em 1922, Emilio encontrou seus demais familiares em Batatais, interior de São Paulo, mas pouco ficou na cidade, pois logo no ano seguinte mudou-se para Pilar, como era denominada Mauá.

Vindo do interior, Emilio foi trabalhar nas indústrias cerâmicas (primeiro na Vilela, depois na Cerâmica Mauá), casando-se em 1925 com Maria Furlan. Os três primeiros filhos (Nelson, Ermenegildo e Dino) nasceram em Mauá.

Em razão de compromissos profissionais, mudou com esposa e filhos para Mogi das Cruzes em 1933; naquela cidade nasceram seus demais filhos: Ivo, Ilda e Eunice.

A família Pasianot retornou a Mauá em 1945 e Emilio foi trabalhar na João Jorge Figueiredo, depois Cerâmica Miranda Coelho. Seus filhos Dino e Ivo Pasianot também trabalharam na indústria cerâmicas de Mauá, jogaram futebol e fizeram história no Vila João Jorge, desde a fundação do clube.

Fábrica Grande: cerâmica, futebol e pioneirismos

Com 70 anos de existência no futebol amador de Mauá, o antigo time dos trabalhadores da Fábrica de Louças João Jorge Figueiredo, hoje Juá Sociedade Esportiva e Cultural, revelou grandes nomes para o desporto local. Honrando a tradição operária, suas primeiras formações foram agrupadas apenas para as disputas dos torneios do dia 1º de Maio, competição que, desde os anos 50, reunia os times das fábricas de louças, porcelanas, cerâmicas e das pedreiras, as principais atividades económicas de Mauá naquela época.

O Juá Sociedade Esportiva e Cultural surgiu no maior e mais populoso bairro de Mauá, o Jardim Zaira que, antes de ser loteado, correspondia a uma parte da propriedade rural denominada Sitio Bocaina.

Inserida entre o rio Tamanduateí e a atual estrada de Sapopemba, no interior dessa área instalou-se a Fábrica Grande, pioneira no ramo de louças no município, onde atualmente está o SESI 079.

Em atividade desde Fábrica Grande oferecia moradia aos dores que residiam no entorno da Ali fixaram residência os Viola, os Bagnara e outras pioneiras famílias como os Bechelli, os Loro, os Boyago, Passini, Lourenção, os Mariotto, entre outros, sobrenomes presentes na constituição do Vila João Jorge FC, o primeiro time de futebol local.

Dessa forma, surge o primeiro núcleo populacional no bairro, ao longo da então estrada do Corumbê, posteriormente denominada Miranda Coelho, mais tarde Avenida Um e hoje, Avenida Presidente Castelo Branco.

No final da década de 40, o Sitio Bocaina, então pertencente à João Jorge Figueiredo, foi adquirido pela família Sadek, cujos irmãos e sócios, dentre os quais Chafik Mansur Sadek, ali iniciaram um loteamento popular. De acordo, decidiram também homenagear a matriarca da família, nomeando o loteamento como Zaira Mansur Sadek, popularmente conhecido como Jardim Zaira. A partir do Juá e da Fábrica Grande, outros times ali surgiram.

Primeiro jogo

Em 1952, um excelente time que em sua primeira partida oficial goleou o São João Futebol Clube pelo placar de 8 a 2. O Vila João Jorge formou assim: Dimas; Agostinho, Bugrão, Ivo e Miguel; Domingos, Joãozinho e Orlando; João Bonassorte, Ditinho e Ditinho II.

Primeiro título

Inicialmente, o time era formado por jogadores juvenis, mas com a filiação do Juá na liga de Santo André (a Liga de Mauá só seria fundada em 1958) e a participação do clube em competições como a Taça Cidade de Mauá, a equipe foi reforçada, conquistando assim vários títulos, sendo o primeiro deles em 1955, quando o então Vila João Jorge levantou o troféu da Taça Cidade de Mauá.

Foto posada (Acervo de Celso Stella) de 1958: do Vila João Jorge FC, no antigo campo do Juá (atual SESI 079).
EM PÉ (esquerda para direita): Jeremias, Ernesto, Dinão, Milton, Talin, Bugrão, Américo, Ville Passine, José Stella e Nhéco (Ismael Viana de Freitas);
AGACHADOS (esquerda para direita): Mingão, Xavier, Landão, Clide, Ditinho, Adolfo Leardini e Carlinhos.

O 1º Campeão do Campeonato Citadino de Mauá

Em 1957, a Liga Santoandreense de Futebol (LSF), criou a então chamada “Divisão Mauá”, com a participação de 10 clubes, todos da cidade recém emancipada.

Até então, a Liga de Mauá ainda não havia sido criada, por isso o campeonato foi organizado pela liga da cidade vizinha, mas tanto para os antigos como para os novos dirigentes e simpatizantes do Juá, aquele foi sim o primeiro campeonato mauaense de futebol, conquistado justamente pelo Vila João Jorge FC, numa decisão vencida pela equipe do Zaíra contra o forte time da Porcelana Real.

Os campeões de 1957: Fábio; Heitor, Bugre, Carlinhos e Pedro; Parmejani, Dadinho e Ivo; Xavier, Clide e Ditinho.

O dia que Élio Bernardi jogou pelo Juá

O Prefeito de Mauá duas vezes, Élio Bernardi foi atleta profissional e marcou época no futebol mauaense com a camisa 5 do AA Industrial. No domingo, do dia 19 de junho de 1955, numa excursão do Juá à cidade mineira de Ouro Fino, Bernardi (na condição de vice-prefeito de Mauá) jogou todo o segundo tempo como jogador do Juá e mesmo tendo realizado um bom jogo com a camisa tricolor, não evitou a derrota por 3 a 1 dos mauaenses frente ao Esporte Clube Ourofinense. Carlinhos fez o único gol do Vila João Jorge.

Outros títulos

Sua rica trajetória no futebol amador de Mauá é marcada por títulos. No Campeonato Citadino de Mauá, foram seis títulos: 1957; 1960 e 1961 ambos divido com a Associação Atlética Industrial; 1962, 1963 e 1965.

Em 1966, se sagrou campeão do Torneio de aniversário da Liga Mauaense de Futebol; Campeão do Galo de Ouro de 1960 e 1961; campeão de veteranos de 1970 e 1985; campeão do Máster Cinquentão de 2014; campeão mauaense da Divisão Intermediária (2º divisão) de 1995 e muitos outros.

Vila João Jorge FC mudou de nome

A partir de agosto de 1990, na gestão do Presidente Antonio Rodrigues Moreira, o clube alterou o nome para Juá Sociedade Esportiva e Cultural. Na verdade, havia tempos que a equipe era conhecida como Juá em razão da existência desse fruto espinhoso encontrado nos morros na beira do campo onde mandava seus jogos, hoje Bairro Cerqueira Leite.

1º gol do Rei Pelé

O lateral Vicente Loro, o popular Bugre, foi um dos lendários atletas a vestir a camisa do tradicional time do Jardim Zaíra. Em 1956, Vicente Loro “Bugre” estava na histórica partida realizada em Santo André, quando o Corinthians local foi goleado pelo Santos por 7 a 1. Bugrão foi testemunha presente do primeiro gol de Pelé como atleta profissional.

Dias atuais

O Juá possui um dos melhores campos de várzea de Mauá, palco de importantes passagens do futebol local. Atualmente o Juá disputa o Campeonato Citadino de Mauá da 2º Divisão e um dos clubes organizadores da Copa Amizade, torneio que envolve diversos clubes da região.

Colaborou: Waldomiro Junho

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: Acervo de Celso Stella

FONTES: Imprensa ABC – Livro “De Vila joão Jorge a Juá – 70 anos de história no futebol de Mauá 1952 a 2022”, de Daniel Alcarria – Facebook “Mauá memória fotos antigas” e “história da cidade”.

Inédito! Club Athletico Renascença – Belo Horizonte (MG): Fundado em 1934

Por Sérgio Mello

 O Club Athletico Renascença foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). Fundado na quarta-feira, do dia 25 de dezembro de 1934. A sua Sede social ficava localizado na Rua Panema, nº 39, no bairro Villa Renascença (atual Renascença), em Belo Horizonte/MG.

Acervo de Fabiano Rosa Campos

 Não encontrei informações sobre essa equipe. Por ter sido encontrado (papel timbrado) nos arquivos do Sport Club Siderurgica, presumo que tenha disputado competições na região. Caso alguém tenha informações sobre essa equipe, por gentileza compartilhe conosco!

ARTE: escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FONTE: Papel timbrado do clube