Nome: Adenir Moreira do Nascimento Nascimento: 11/11/1949 – Alto Araguaia (MT) Posição: Ponta Esquerda Período em que jogou: 1966 Alto Araguaia; 1967/69 Operário; 1970 São Cristóvão; 1971/81 Operário; 1978 Mixto
Odenir, ponte esquerda que desfilou por mais de uma década pelo Estádio Presidente Dutra. Considerado até hoje um dos maiores jogadores da história do Operário Varzeagrandense. Começou a carreira no Alto Araguaia de sua cidade natal, em 1966. No ano seguinte foi para o chicote, onde se tornou bicampeão (1967/68). Em 1970, ano em que a equipe de Várzea Grande licenciou-se das competições, Odenir foi jogar no São Cristóvão. No ano de 1971 voltou para o tricolor para ficar mais 10 anos, quando encerrou a carreira. Foram mais dois títulos (1972/73). Em 1978 esteve emprestado ao Mixto para a disputa do Campeonato Brasileiro. Este deixou saudades na torcida do Operário e também daqueles que apreciam um bom futebol. Era carinhosamente chamado de “Upa Neguinho”.
Nome: Aristides Raimundo da Silva Nascimento: 31/08/1940 – Cuiabá (MT) Posição: Ponta-direita Período em que jogou: 1956 Cruzeiro; 1957/58 Atlético; 1960/65 Dom Bosco; 1965/66 Palmeiras
Aristides jogou entre as décadas de 1950 e 1960. Começou no Cruzeiro em 1956. No ano seguinte foi para o Atlético Matogrossense e por lá ficou por duas temporadas, ganhando o Campeonato Cuiabano de 1957. Em 1959 Aristides venceu a Preliminar da Corrida de São Silvestre e foi representar Mato Grosso na famosa corrida de rua de São Paulo. Em 1960 foi para o Dom Bosco onde jogou até 1965, em seguida jogou no Palmeiras e em 1966 encerrou a carreira. Pelo azulão foi campeão Cuiabano de 1963.
Nome: Melquiades de Arruda Nascimento: 08/07/1944 – Cuiabá (MT) Posição: Goleiro Período em que jogou: 1964 Campinas; 1965/66 Atlético; 1967/69 Boa Vista 1970/71 São Cristóvão; 1972 Comercial (Poconé); 1973/74 PalmeirasBicarau foi goleiro nas décadas de 1960 e 1970. Destacou-se pelas equipes por onde passou e conquistava as pessoas pela sua simpatia. Grande pegador de pênaltis. Começou no Campinas em 1964. No ano seguinte foi para o Atlético Mato-grossense, onde jogou por dois anos. Em 1967 foi para a equipe do Boa Vista, equipe que dava trabalho aos grandes de Cuiabá. Passou depois por São Cristóvão, Comercial de Poconé e Palmeiras do Porto, onde encerrou a carreira em 1974.
Fonte: Arquivo Pessoal
Nome: Rubens Thommen
Nascimento: 12/10/1926 – Cuiabá (MT) Posição: Meia esquerda Período em que jogou:1947/49 Dom Bosco; 1949/56 Atlético
Rubens Thommen jogou nas décadas de 1940 e 1950. Começou no Dom Bosco em 1947, jogando na meia esquerda. Em 1949 foi para o Atlético Matogrossense e no galo cuiabano ficou até encerrar a carreira em 1956. Foi bicampeão cuiabano de 1955/56. Integrou várias vezes a Seleção Cuiabana, sendo campeão estadual em 1949. Foi um dos melhores jogadores de sua época.
Dizem que no futebol a posição mais ingrata é a de goleiro. Defender as metas de um time pode ser tão delicado quanto lidar com taxas de juros do banco central, qualquer descuido pode ser catastrófico. E ser goleiro significa ser um jogador de dois extremos. Uma sequência de defesas espetaculares pode fazer deste um herói, por outro lado se falhar feio uma única vez, cai em desgraça.
Esta tão instável categoria de jogador já revelou no passado inúmeros talentos, tanto ou mais que nos dias de hoje. Vimos pisar nos gramados homens como Gilmar dos Santos Neves, Oberdan Cattani, Manga, Félix e Caxambu, só para citar alguns nomes mais conhecidos. Hoje a geração de goleiros consagrados atende pelos nomes de Rogério Ceni, Marcos e Júlio César, entre outros.
Mas muito antes de todos estes goleiros do passado e do presente sequer pensarem em serem consagrados, um grande jogador de nome e personalidade forte, caráter irrepreensível, e de uma segurança invejável sob as metas já defendia o gol corintiano por aí. Seu nome, Tuffy.
O Histórico:
Tuffy Neujm (ou também Neugen ou Neujen) nasceu na cidade de Santos ainda no século 19, no ano de 1898. Apesar de santista não foi no alvinegro praiano que ele começou a jogar bola, mas na extinta Associação Atlética das Palmeiras, aos dezessete anos. Ele ainda passaria por Pelotas, Santos, Sírio-Libanês, Palestra Itália, novamente Santos até chegar em seu grande auge, no Corinthians entre 1928 e 1931.
Era apelidado pela imprensa e pelos seus adversários de Satanás, pelo seu uniforme negro, suas costeletas e por estar algumas vezes com a barba para fazer.
Tuffy: amigo e irreverente
Hoje, com a facilidade de informação que temos a nossa disposição, é muito fácil sabermos de tudo que os atletas fazem. Ficamos sabendo de seus hobbies, escapadas amorosas, de suas baladas indevidas etc. Mas na época em que Tuffy disputava suas partidas isso era muito mais difícil. Fui atrás de alguns fatos curiosos sobre a vida de Tuffy que provavelmente não são conhecidos.
Em outubro de 1931, Tuffy publicou um anúncio de 1/4 de página no jornal “A Gazeta”, um feito bem incomum para um jogador de futebol. No seu anúncio, um apelo para que dirigentes e esportistas paulistas se unissem para auxiliar o jogador Tatu, que até pouco tempo antes deste anúncio, havia defendido a Portuguesa de Desportos e, gravemente doente, teve que abandonar definitivamente o futebol, chegando a passar muita necessidade.
No anúncio Tuffy, com palavras emocionantes, conclamava seus colegas a contribuirem com 10$000 (10 contos de Réis) para ajudar Tatu (apelido do atacante Altino Marcondes). A ajuda, após o apelo, foi grande mas Tatu viria a falecer poucos meses depois, no início de 1932.
Consagrado como um dos grandes astros futebol brasileiro no final da década de 20 e início dos anos 30, o apelido de Satanás também fazia referência não apenas ao uniforme negro, mas também pela forte personalidade do atleta. Em 1927 por não concordar com os rumos do país, Tuffy juntamente com o jogador Feitiço insultou o então Presidente da República Washington Luís. O caso teve ampla repercussão e por alguns meses havia o boato que ambos seriam duramente punidos, mas acabaram absolvidos no início de 1928.
Ator e Empresário:No ano de 1931, quando estava no auge da carreira e ainda jogava pelo Corinthians, Tuffy, juntamente com outros grandes jogadores brasileiros daquela época, foi convidado a participar de um filme.
Juntamente com Friedenreich, Ministrinho e Formiga, Tuffy atuou neste filme de ficção que foi o primeiro filme brasileiro onde o esporte era o tema central da trama. O jogador gostou tanto da experiência que pouco tempo depois seria dono de uma sala de cinema.
Numa época que o futebol, diferente dos tempos atuais, não deixava nenhum jogador rico, Tuffy resolveu tornar-se um homem de negócios. Após encerrar sua carreira no Corinthians no final de 1931, foi proprietário do cinema Penha Teatro, vendendo depois por razão desconhecida a Antonio Rego Vieira.
O Fim:
Em 1935, vitimado por uma pneumonia dupla, Tuffy viria a falecer. A nota acima, publicada no extinto jornal Correio Paulistano em 5 de dezembro daquele ano, dia posterior ao seu falecimento, mostra como ex-jogador era querido não só entre os seus familiares e amigos, mas por esportistas e imprensa.
Como era desejo seu, foi sepultado com a camisa de goleiro do Corinthians, clube onde teve seu auge e que era torcedor. Sua sepultura está em uma das belas quadras do Cemitério São Paulo, no bairro de Pinheiros.
O Esquecimento:
Seu túmulo já teve dias piores. Nas várias visitas que faço ao local desde 2008, já encontrei até lixo sobre a sepultura. Foi assim que o descobri naquele ano, após ir ao enterro de um conhecido, e notar que na foto tumular estava um homem com a camisa do Corinthians. Vendo mais de perto as duas placas colocadas sobre a sepultura descobri que tratava-se de Tuffy.
Meu pai, já falecido, era corintiano e contava muitas histórias sobre Tuffy e outros ídolos da época como Grané e Del Debbio, então sempre soube de suas façanhas em campo, e ao me deparar com seu túmulo ali, sujo e esquecido, fiquei muito emocionado e aborrecido.
Projetado pelo escultor Eugênio Prati, autor de várias obras tumulares no Cemitério São Paulo, o túmulo está bastante deteriorado com alguns de seus adornos já roubados.
Sobre a sepultura, chama a atenção que há apenas duas homenagens: uma feita por sua esposa e a outra feita pelos veteranos do futebol uruguaio. Chama a atenção, para mim, o fato de não haver qualquer homenagem do Corinthians, clube que ele não só defendeu como torcia. Ainda há tempo de se reparar isto.
Seu túmulo, como puderam ver, é bastante simples e aparentemente ele está enterrado ali sozinho. Entristece saber que quase ninguém se lembra mais deste grande ídolo do futebol brasileiro. Nós não reverenciamos nossos mortos, temos medo e preconceito de ir aos cemitérios, quando na verdade ali é um recinto de paz.
É inegável que este homem contribuiu para o futebol alvinegro tornar-se o gigante que é. Espero que mesmo tardiamente sua morada final receba uma homenagem e melhores cuidados.
Tuffy – Mais que um goleiro, um grande homem.
Curiosidades:
Em sua época, os goleiros atuavam com as mãos desprotegidas. Tuffy foi um dos pioneiros no Brasil a jogar utilizando luvas.
Alguns textos na internet dizem que Tuffy foi bilheteiro de um cinema no centro. Esta informação está equivocada. Ao sair do Corinthians, em 1931, Tuffy usou suas economias para adquirir o Cine Penha Teatro. Não encontramos referências concretas de que em algum momento ele tenha sido bilheteiro de algum cinema no centro de São Paulo.
Outro fato curioso está estampado no jornal Correio Paulistano, na mesma data(!) em que o jornal reportou seu falecimento. Trata-se de um jogo treino entre a Portuguesa e o Clube Libanês. Na escalação do Libanês está o nome de Tuffy como o goleiro (veja imagem abaixo). Apesar de realmente ter atuado como goleiro neste clube após encerrar a carreira oficialmente, o atleta já estaria acamado alguns dias antes de falecer.
FONTES: Site São Paulo Antiga (http://www.saopauloantiga.com.br/tuffy/) – Douglas Nascimento – A Tribuna (Santos) – Guilherme Nascimento
Nome: Felizardo Laerte Nascimento
Local: Várzea Grande-MT
Nascimento: 18/11/1940
Posição: Zagueiro
Período em que jogou: 1957/60 Americano 1961/63 Mixto 1964 Atlético; 1965/73 Mixto
Felizardo foi um grande zagueiro do futebol cuiabano que atuou entre os anos de 1957 a 1973. Seu primeiro clube foi o extinto Americano. Em 1961 foi para o Mixto para se tornar um dos jogadores que mais tempo permaneceu no clube em toda sua história. Em 1964 esteve emprestado ao Atlético Matogrossense, mas no ano seguinte retornou ao alvinegro da Vargas onde ficou até 1973, quando encerrou a carreira de jogador. Às vezes assumia o comando técnico da equipe do Mixto quando um técnico era mandado embora do clube.Ganhou os Campeonatos Cuiabano de 1961/62/65/69 e 70, além do Torneio Integração de 1973. Integrou várias vezes a Seleção Cuiabana.
Nome: Adavilson da Cruz
Nascimento: 14/11/1956 – Cuiabá (MT)
Posição: Atacante
Período em que jogou: 1972 Mixto; 1973/75 União; 1976 Operário; 1976 Mixto; 1977 Operário; 1977 Dom Bosco; 1978 Operário; 1978 Mixto; 1979 Goiás; 1979/80 Mixto; 1980 Internacional (RS)
Pelezinho, assim chamado desde garoto, começou a carreira jogando pelo Canarinho (antigo clube amador) e em 1972 foi para o Mixto. No ano seguinte foi campeão do Torneio Integração e em seguida foi contratado pelo União de Rondonópolis, onde formou dupla de ataque com Gilson Lira. Em 1976 foi para o Operário de Várzea Grande. Esteve no jogo de inauguração do estádio Verdão, defendendo o tricolor. Em agosto o Mixto contratou Pelezinho para a disputa do Campeonato Brasileiro e ficou conhecido em todo o Brasil por ter marcado o gol olímpico que deu a vitória ao Mixto, diante do Vasco da Gama, no Verdão. Durante sua passagem pelo Operário, foi cogitado para jogar no Flamengo e no São Paulo (segundo matéria no Jornal O Estado de Mato Grosso, Pelezinho chegou a fazer testes no clube do Morumbi). Em 1977 retornou ao Operário para a disputa do Estadual e em seguida foi para o Dom Bosco disputar o Campeonato Brasileiro. Em 1978 voltou para o chicote, onde disputou algumas partidas, mas logo foi para o Mixto para jogar seu terceiro Campeonato Brasileiro. Em 1979 esteve emprestado ao Goiás e voltou ao Mixto de onde só saiu em 1980, quando foi contratado pelo Internacional de Porto Alegre. Quando passava férias em Cuiabá, para as festividades de carnaval no ano de 1981, Pelezinho teve sua carreira interrompida por um trágico acidente. Teve curta carreira, mas até hoje é lembrado pelos torcedores cuiabanos com muita saudade.
Fonte: Arquivo Pessoal
Nome: Almiro Antônio Gonçalves
Nascimento: 02/02/1948 – Cuiabá (MT)
Posição: Atacante
Período em que jogou: 1963 Mixto; 1964 Atlético; 1965/66 Mixto; 1967/1969 Santos; 1970 Madureira; 1970/71 Bangu; 1972/73 Vitória (BA); 1974 Bangu; 1974/81 Vitória de Guimarães (Portugal)
Almiro iniciou a carreira em 1963, nos aspirantes do Mixto, com apenas 15 anos. Em 1964 foi para o Atlético Matogrossense. No ano seguinte voltou para o Mixto, onde foi campeão cuiabano e pelo tigre ficou até 1966, quando foi contratado pelo Santos. Almiro estreou com a camisa do Santos no dia 23 de maio de 1967 na vitória de 3 a 2 sobre a Portuguesa de Desportos, substituindo Zito. No Santos permaneceu até 1970, quando foi para o Madureira e alguns meses depois foi para o Bangu onde jogou por três anos (1970/71/74). Em 1972 o Vitória da Bahia contratou Almiro, onde marcou época. Na boa terra passou a ser chamado de Almiro Mug. Em 1974 foi para o Vitória de Guimarães de Portugal de onde só saiu para encerrar a carreira em 1981. Em 1979, em uma partida pela Copa da Uefa, contra o Dínamo Dresden (Alemanha), Almiro tomou uma pancada na visão sofrendo sérias sequelas. Após encerrar a carreira, Almiro formou-se em turismo e virou guia turístico em Salvador, onde mora e é muito respeitado.
Fonte: Arquivo Pessoal