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Seleção Brasileira: Servílio Filho, goleador e grande atacante

 

Servílio tinha talento e futebol de sobras para ter brilhado na Copa do Mundo de 1966 na Inglaterra. Estava em grande fase, artilheiro que sempre foi, mas uma contusão já com a Seleção Brasileira jogando amistosos na Europa acabou deixando-o de fora do Mundial.

Começou no juvenil da Portuguesa de Desportos, clube em que atuou durante seis anos. Com uma incrível facilidade para marcar, Servílio foi vice-artilheiro do Campeonato Paulista de 1959, ficando atrás somente de Pelé. Ainda naquele ano, conseguiu a proeza de marcar cinco gols numa mesma partida em três ocasiões, contra Portuguesa Santista, Juventus e Ferroviária de Araraquara.

Da Portuguesa, foi negociado para o Palmeiras, onde chegou ao ponto alto da carreira, participando da famosa Academia que brilhou nos anos 1960. Na Seleção Brasileira, marcou o gol da vitória por 2 a 1 sobre a Argentina, na conquista da Copa Roca em 1960.

Pela Seleção Brasileira, disputou 10 jogos e marcou seis gols.

Servílio de Jesus Filho nasceu no dia 15 de outubro de 1939 e morreu no dia 7 de junho de 2005.

Nome: Servílio de Jesus Filho

Nascimento: 15.10.1939, São Paulo (SP)

Posição: Atacante

Pela Seleção Principal: 10 jogos, 8 vitórias, 1 empate, 1 derrota.

Gols: 6

Títulos: Copa Rocca (1960)

1 – 26.05.1960 – 2 x 4 ARGENTINA

2 – 29.05.1960 – 4 x 1 ARGENTINA (1)

3 – 07.09.1965 – 3 x 0 URUGUAI

4 – 21.11.1965 – 5 x 3 HUNGRIA (2)

5 – 01.05.1966 – 2 x 0 Sel. Gaúcha (1)

6 – 14.05.1966 – 3 x 1 PAÍS DE GALES (1)

7 – 19.05.1966 – 1 x 0 CHILE

8 – 04.06.1966 – 4 x 0 PERU

9 – 21.06.1966 – 5 x 3 Atlético Madrid (ESP)

10 – 25.06.1966 – 1 x 1 ESCÓCIA (1)


Fonte e Foto: Confederação Brasileira de Futebol (CBF)

Seleção Brasileira: Servílio (o pai), Bailarino da Bola

Servílio, o Bailarino, é o segundo agachado da esquerda para a direita

Vindo da Bahia, Servílio de Jesus chegou muito novo no Corinthians. Mostrou logo de cara a sua competência de artilheiro e que sabia jogar dentro de uma área como poucos. Dono de excelente técnica, ganhou logo o apelido de “Bailarino”.

Servílio foi artilheiro do Campeoanto Paulista três vezes consecutivas: 1945 (17 gols), 1946 (19 gols) e 1947 (20 gols). Jogou no Corinthians entre 1938 e 1949.

Pela Seleção Brasileira, disputou sete jogos e marcou um gol. Nasceu em 15 de fevereiro de 1915 e morreu no dia 10 de abril de 1984.

Nome: Servílio de Jesus

Nascimento: 15.02.1915, São Félix (BA)

Morte: 10.04.1984, São Paulo (SP)

Posição: Atacante

Pela Seleção Principal: 7 jogos, 3 vitórias, 1 empate, 3 derrotas.

Gols: 1

1 – 14.01.1942 – 6 x 1 CHILE

2 – 17.01.1942 – 1 x 2 ARGENTINA (1)

3 – 24.01.1942 – 0 x 1 URUGUAI

4 – 05.02.1942 – 1 x 1 PARAGUAI

5 – 21.01.1945 – 3 x 0 COLÔMBIA

6 – 28.01.1945 – 2 x 0 BOLÍVIA

7 – 15.02.1945 – 1 x 3 ARGENTINA


Fonte e Foto: Confederação Brasileira de Futebol (CBF)

Ah… ‘Se’ o Careca estivesse em campo na Copa do Mundo-1982

Careca em ação no mundial de 1986

Reza a lenda que o “Se” não joga. E, de fato, é uma verdade. Mesmo assim, às vezes, confabulando com os meus botões me pergunto: “Será que o atacante Careca não tivesse se lesionado dias antes da estreia na Copa do Mundo de 1982, na Espanha… A Seleção Brasileira não teria se sagrado campeã?”

Bate-me uma resposta segura: “Sim, seriamos tetracampeões mundiais”.

 Há 30 anos, Careca, aos 21 anos, estava no auge. No seu lugar, o técnico Telê Santana escolheu Serginho Chulapa. Diante do estilo em que aquela seleção jogava, acho que o Roberto Dinamite seria a melhor opção, deixando Serginho para entrar na segunda etapa.

 Agora, mesmo sabendo que o brasileiro gosta de ver campeões, eu aprendi a guardar com carinho aquela Seleção, que se não ganhou o título, deixou um legado: o futebol brasileiro não pode nunca deixar de uma arte.

 CARECA: NÃO ERA ‘UM ATACANTE’… MAS SIM ‘O ATACANTE’!  

Nascido de berço futebolista, já que o pai foi ponta-esquerda da Ponte Preta, o atacante Careca foi um dos principais jogadores de sua geração. Vestiu a camisa da Seleção Brasileira 66 vezes e ainda disputou duas Copas do Mundo: 86 no México e 90 na Itália.

Quis o destino que ele começasse a carreira justamente no maior rival do time em que seu pai jogou. Em 78, Careca foi contratado pelo Guarani e de cara se sagrou campeão brasileiro daquele ano. Para melhorar, foi dele o gol do título. Nos seis anos que esteve no Bugre o centroavante marcou 80 gols.

Careca era dado como certo na Seleção que iria disputar a Copa do Mundo de 1982, na Espanha. No entanto, uma lesão às vésperas do Mundial o deixou fora da competição.

Quando se recuperou, Careca foi jogar no São Paulo. No tricolor paulista foi campeão estadual duas vezes e ainda conquistou outro brasileiro, o de 86.

Em pé (da esquerda para a direita): Taffarel, Jorginho, Mauro Galvão, Mozer, Ricardo Gomes e Branco; Agachados: Muller, Alemão, Careca, Dunga e Valdo.

Neste mesmo ano, Careca foi vice-artilheiro da Copa do Mundo, disputada no México. Foram cinco gols em cinco jogos. O título não veio, já que o Brasil foi eliminado pela França antes da final, mas o reconhecimento internacional, sim.

No ano seguinte, Careca se transferiu para o Napoli, onde formou dupla com Diego Maradona. Na Itália, ele conquistou dois títulos nacionais, uma Copa da Uefa e mais a Recopa italiana.

O centroavante ainda disputou mais uma Copa do Mundo pela Seleção Brasileira, em 90, na Itália. Marcou mais dois gols nos quatro jogos que disputou.

Em pé (da esquerda para a direita): Taffarel, Mauro Galvão, Ricardo Gomes, Mozer, Jorginho, e Branco; Agachados: Muller, Alemão, Careca, Dunga e Valdo.

Aos 33 anos, Careca aceitou o desafio de jogar no Japão e também obteve sucesso no país. Depois de quatro anos no futebol japonês, o atacante voltou ao Brasil para defender o Santos. Depois de atuar em poucas partidas pelo time paulista, encerrou a carreira.

 FICHA-TÉCNICA: CARECA (1982-1993)

Nome: Antonio de Oliveira Filho

Natural: Araraquara (SP)

Nascimento: 05 de Outubro de 1960

Posição: Atacante

Pela Seleção Brasileira Principal: 65 jogos, 39 vitórias, 16 empates, 10 derrotas. Gols: 30

Duas Copas do Mundo: 1986 e 1990.

Jogos em Copa do Mundo: Nove jogos , Sete vitórias, um empate, uma derrota; marcando Sete gols.

 TODOS OS 65 JOGOS PELO BRASIL

1 – 21.03.1982 – 1 x 0 ALEM.  OCIDENTAL

2 – 05.05.1982 – 3 x 1 PORTUGAL

3 – 19.05.1982 – 1 x 1 SUÍÇA

4 – 27.05.1982 – 7 x 0 IRLANDA

5 – 28.04.1983 – 3 x 2 CHILE (1)

6 – 08.06.1983 – 4 x 0 PORTUGAL (2)

7 – 12.06.1983 – 1 x 1 PAÍS DE GALES

8 – 17.06.1983 – 2 x 1 SUÍÇA (1)

9 – 22.06.1983 – 3 x 3 SUÉCIA (1)

10 – 28.07.1983 – 0 x 0 CHILE

11 – 17.08.1983 – 1 x 0 EQUADOR

12 – 24.08.1983 – 0 x 1 ARGENTINA

13 – 13.10.1983 – 1 x 1 PARAGUAI

14 – 20.10.1983 – 0 x 0 PARAGUAI

15 – 04.11.1983 – 1 x 1 URUGUAI

16 – 28.04.1985 – 0 x 1 PERU

17 – 02.05.1985 – 2 x 0 URUGUAI (1)

18 – 05.05.1985 – 2 x 1 ARGENTINA (1)

19 – 15.05.1985 – 0 x 1 COLÔMBIA

20 – 02.06.1985 – 2 x 0 BOLÍVIA

21 – 08.06.1985 – 3 x 1 CHILE

22 – 30.06.1985 – 1 x 1 BOLÍVIA (1)

23 – 12.03.1986 – 0 x 2 ALEM. OCIDENTAL

24 – 01.04.1986 – 4 x 0 PERU (1)

25 – 08.04.1986 – 3 x 0 ALEM.  ORIENTAL (1)

26 – 17.04.1986 – 3 x 0 FINLÂNDIA

27 – 30.04.1986 – 4 x 2 IUGOSLÁVIA (1)

28 – 07.05.1986 – 1 x 1 CHILE

29 – 01.06.1986 – 1 x 0 ESPANHA

30 – 06.06.1986 – 1 x 0 ARGÉLIA (1)

31 – 12.06.1986 – 3 x 0 IRL. DO NORTE (2)

32 – 16.06.1986 – 4 x 0 POLÔNIA (1)

33 – 21.06.1986 – 1 x 1 FRANÇA (1)

34 – 21.06.1987 – 4 x 1 EQUADOR (1)

35 – 24.06.1987 – 1 x 0 PARAGUAI

36 – 28.06.1987 – 5 x 0 VENEZUELA (1)

37 – 03.07.1987 – 0 x 4 CHILE

38 – 27.03.1989 – 1 x 2 Sel. Resto do Mundo

39 – 22.06.1989 – 0 x 0 Milan (ITA)

40 – 23.07.1989 – 1 x 0 JAPÃO

41 – 30.07.1989 – 4 x 0 VENEZUELA

42 – 20.08.1989 – 6 x 0 VENEZUELA (4)

43 – 03.09.1989 – 2 x 0 CHILE (1)

44 – 14.10.1989 – 1 x 0 ITÁLIA

45 – 20.12.1989 – 1 x 0 HOLANDA (1)

46 – 28.03.1990 – 0 x 1 INGLATERRA

47 – 05.05.1990 – 2 x 1 BULGÁRIA

48 – 13.05.1990 – 3 x 3 ALEM.  ORIENTAL (1)

49 – 19.05.1990 – 1 x 0 Comb. Madrid

50 – 28.05.1990 – 0 x 1 Comb. Umbria

51 – 10.06.1990 – 2 x 1 SUÉCIA (2)

52 – 16.06.1990 – 1 x 0 COSTA RICA

53 – 20.06.1990 – 1 x 0 ESCÓCIA

54 – 24.06.1990 – 0 x 1 ARGENTINA

55 – 11.09.1991 – 0 x 1 PAÍS DE GALES

56 – 19.05.1992 – 1 x 0 Milan (ITA) (1)

57 – 26.08.1992 – 2 x 0 FRANÇA

58 – 16.12.1992 – 3 x 1 ALEMANHA

59 – 18.02.1993 – 1 x 1 ARGENTINA

60 – 06.06.1993 – 2 x 0 EUA (1)

61 – 10.06.1993 – 3 x 3 ALEMANHA (1)

62 – 14.06.1993 – 1 x 1 INGLATERRA

63 – 14.07.1993 – 2 x 0 PARAGUAI

64 – 18.07.1993 – 0 x 0 EQUADOR

65 – 01.08.1993 – 5 x 1 VENEZUELA


 Fotos e dados: Site da CBF

Emerson Leão – Um lendário goleiro do Brasil

Um dos mais polêmicos jogadores e técnico, Emerson Leão é odiado e amado por diversas pessoas. Não seria exagero afirmar que um conhecedor de futebol não possua um sentimento prol ou contra o atual treinador do São Paulo.

Contudo, não se pode negar a história  de Emerson Leão , sendo um dos mais jovens goleiros a ser titular em clubes e a jogar na Seleção Brasileira Principal. Aos 18, ganhou a posição no Palmeiras, e prestes a completar 21 entrou em campo com a camisa 1 da Seleção. Foi dia 8 de março de 1970, no Maracanã, em um amistoso preparatório para a Copa do Mundo do México, em que o Brasil venceu a Argentina por 2 a 1.

Desse jogo até o dia 30 de abril de 1986 (vitória sobre a Iugoslávia por 4 a 2) foram 105 partidas pelo Brasil, com 64 vitórias, 30 empates e 11 derrotas, e quatro Copas do Mundo disputadas: 1970, 1974, 1978 e 1986. Ficou de fora, injustamente, da Copa do Mundo de 1982, quando atravessava excelente forma.

Em pé (esquerda para a direita): Toninho Guereiro, Leão,Edinho, Amaral, Oscar e Batista;Agachados: Bufalo Gil, Zico, Reinaldo, Rivellino e Toninho Cerezo.

Na Copa do Mundo de 70, dividiu a suplência de Félix com Ado, do Corinthians. Nas Copas de 74 e 78, brilhou em vários jogos, com excelentes defesas. Em 1986, ficou na reserva de Carlos, quando para muitos merecia ser titular.

Jogador marcante na Seleção Brasileira e pelos clubes que passou, Leão se destacou mesmo no Palmeiras, onde foi ídolo e jogou durante 10 anos, conquistando vários títulos, entre eles o bi do Campeonato Brasileiro em 1972/1973.

 

Da esquerda para a direita: Edu, Leivinha, Nelinho, Jairzinho, Marinho Chagas, Carpegiani, Rivellino, Marinho Peraz, Luís Pereira, Leão e Piazza.

 

Encerrada a carreira, passou a ser técnico, de campanhas também vitoriosas que o levaram à Seleção Brasileira. Mas foi mesmo como goleiro que Leão passou para a história como um dos maiores do Brasil de todos os tempos.

LEÃO

Nome: Emerson Leão

Nascimento: 11.07.1949, Ribeirão Preto(SP)

Posição: Goleiro

Seleção Brasileira Principal: 105 jogos, 64 vitórias, 30 empates, 11 derrota.

Gols sofridos: 69

Copa do Mundo: 1970, 1974, 1978, 1986.

Jogos em Copa do Mundo: 14 jogos, 7 vitórias, 5 empates, 2 derrotas.

Gols sofridos em Copa do Mundo:  07 (sete)

Títulos: Copa do Mundo (1970), Taça Independência (1972), Taça do Atlântico (1976), Taça Oswaldo Cruz (1976), Torneio Bicentenário dos EUA (1976).

Títulos: Copa do Mundo (1970); Taça Independência (1972); Torneio Bicentenário de Independência dos Estados Unidos (1976); Copa Rocca (1971, 1976); Taça do Atlântico (1976); Taça Oswaldo Cruz (1976).

Clubes: E. C. São José (SP) (1967); Comercial F. C. (Ribeirão Preto-SP) (1968); S. E. Palmeiras (SP) (1968 a 1978 e 1984 a 1986); C. R. Vasco da Gama (RJ) (1978 a 1980); Grêmio F. B. P. A. (RS) (1980 a 1982); S. C. Corinthians Paulista (SP) (1983); Sport Clube do Recife (PE) (1987).

Outros títulos: Campeonato Brasileiro (1972, 1974, 1981); Taça de Prata (1969); Campeonato Paulista (1972, 1974, 1976, 1983); Torneio Cidade de Sevilla (ESP) (1979); Torneio Cidade Elche (ESP) (1979); Torneio Ramón de Carranza (ESP) (1969, 1974, 1975); Torneio da Grécia (1970); Torneio Mar Del Plata (ARG) (1972); Torneio Laudo Natel (1972); Taça dos Invictos (1972, 1973, 1974).

Em pé (da esquerda para direita): Nelinho, Leão, Oscar, Amaral, Batista e Toninho Guerreiro;Agachados: Bufalo Gil, Zico, Roberto Dinamite, Dirceu e Toninho Cerezo.

JOGOS PELA SELEÇÃO BRASILEIRA PRINCIPAL:

1 – 08.03.1970 – 2 x 1 ARGENTINA (-1)

2 – 22.03.1970 – 5 x 0 CHILE

3 – 19.04.1970 – 3 x 1 Sel. Mineira (-1)

4 – 24.05.1970 – 3 x 0 Irapuato

5 – 10.06.1972 – 2 x 1 BRASIL OLÍMPICO (-1)

6 – 13.06.1972 – 2 x 0 Hamburgo (ALE)

7 – 17.06.1972 – 3 x 3 Sel. Gaúcha (-3)

8 – 28.06.1972 – 0 x 0 TCHECOSLOVÁQUIA

9 – 02.07.1972 – 3 x 0 IUGOSLÁVIA

10 – 05.07.1972 – 1 x 0 ESCÓCIA

11 – 09.07.1972 – 1 x 0 PORTUGAL

12 – 27.05.1973 – 5 x 0 BOLÍVIA

13 – 09.06.1973 – 0 x 2 ITÁLIA (-2)

14 – 16.06.1973 – 1 x 0 ALEM. OCIDENTAL

15 – 25.06.1973 – 0 x 1 SUÉCIA (-1)

16 – 30.06.1973 – 1 x 0 ESCÓCIA (-1)

17 – 03.07.1973 – 4 x 3 Comb. Irlanda Unida (-3)

18 – 31.03.1974 – 1 x 1 MÉXICO (-1)

19 – 14.04.1974 – 1 x 0 BULGÁRIA

20 – 17.04.1974 – 2 x 0 ROMÊNIA

21 – 21.04.1974 – 4 x 0 HAITI

22 – 28.04.1974 – 0 x 0 GRÉCIA

23 – 01.05.1974 – 0 x 0 ÁUSTRIA

24 – 05.05.1974 – 2 x 1 IRLANDA (-1)

25 – 12.05.1974 – 2 x 0 PARAGUAI

26 – 03.06.1974 – 5 x 2 Seleção da Basiléia (-2)

27 – 13.06.1974 – 0 x 0 IUGOSLÁVIA

28 – 18.06.1974 – 0 x 0 ESCÓCIA

29 – 22.06.1974 – 3 x 0 ZAIRE

30 – 26.06.1974 – 1 x 0 ALEM. ORIENTAL

31 – 30.06.1974 – 2 x 1 ARGENTINA (-1)

32 – 03.07.1974 – 0 x 2 HOLANDA (-2)

33 – 06.07.1974 – 0 x 1 POLÔNIA (-1)

34 – 23.05.1976 – 1 x 0 INGLATERRA

35 – 28.05.1976 – 2 x 0 Sel. Liga USA

36 – 31.05.1976 – 4 x 1 ITÁLIA (-1)

37 – 04.06.1976 – 3 x 0 MÉXICO

38 – 09.06.1976 – 3 x 1 PARAGUAI  (-1)

39 – 06.10.1976 – 0 x 2 Flamengo (RJ)

40 – 01.12.1976 – 2 x 0 UNIÃO SOVIÉTICA

41 – 23.01.1977 – 1 x 0 BULGÁRIA

42 – 25.01.1977 – 2 x 0 Sel. Paulista

43 – 30.01.1977 – 1 x 1 Comb. Fla-Flu (-1)

44 – 06.02.1977 – 2 x 0 Millonarios (COL)

45 – 20.02.1977 – 0 x 0 COLÔMBIA

46 – 03.03.1977 – 6 x 1 Comb. Vasco/Botafogo (-2)

47 – 09.03.1977 – 6 x 0 COLÔMBIA

48 – 13.03.1977 – 1 x 0 PARAGUAI (-1)

49 – 20.03.1977 – 1 x 1 PARAGUAI (-1)

50 – 05.06.1977 – 4 x 2 Sel. Carioca (-2)

51 – 08.06.1977 – 0 x 0 INGLATERRA

52 – 12.06.1977 – 1 x 1 ALEM. OCIDENTAL (-1)

53 – 16.06.1977 – 1 x 1 Sel. Paulista (-1)

54 – 19.06.1977 – 3 x 1 POLÔNIA (-1)

55 – 23.06.1977 – 2 x 0 ESCÓCIA

56 – 26.06.1977 – 0 x 0 IUGOSLÁVIA

57 – 30.06.1977 – 2 x 2 FRANÇA (-2)

58 – 10.07.1977 – 1 x 0 PERU

59 – 14.07.1977 – 8 x 0 BOLÍVIA

60 – 12.10.1977 – 3 x 0 Milan (ITA)

61 – 12.03.1978 – 7 x 0 Comb.Interior do RJ

62 – 19.03.1978 – 3 x 1 Sel. Goiana (-1)

63 – 22.03.1978 – 1 x 0 Comb.Paranaense

64 – 01.04.1978 – 0 x 1 FRANÇA (-1)

65 – 05.04.1978 – 1 x 0 ALEM. OCIDENTAL

66 – 10.04.1978 – 6 x 1 Al Ahli (SAU) (-1)

67 – 13.04.1978 – 2 x 0 Internazionale (ITA)

68 – 19.04.1978 – 1 x 1 INGLATERRA (-1)

69 – 21.04.1978 – 3 x 0 Atlético Madrid (ESP)

70 – 01.05.1978 – 3 x 0 PERU

71 – 13.05.1978 – 0 x 0 Sel. Pernambuco

72 – 17.05.1978 – 2 x 0 TCHECOSLOVÁQUIA

73 – 25.05.1978 – 2 x 2 Sel. Gaúcha (-2)

74 – 03.06.1978 – 1 x 1 SUÉCIA (-1)

75 – 07.06.1978 – 0 x 0 ESPANHA

76 – 11.06.1978 – 1 x 0 ÁUSTRIA

77 – 14.06.1978 – 3 x 0 PERU

78 – 18.06.1978 – 0 x 0 ARGENTINA

79 – 21.06.1978 – 3 x 1 POLÔNIA (-1)

80 – 24.06.1978 – 2 x 1 ITÁLIA (-1)

81 – 17.05.1979 – 6 x 0 PARAGUAI

82 – 31.05.1979 – 5 x 1 URUGUAI (-1)

83 – 21.06.1979 – 5 x 0 Ajax (HOL)

84 – 26.07.1979 – 1 x 2 BOLÍVIA (-2)

85 – 02.08.1979 – 2 x 1 ARGENTINA (-1)

86 – 16.08.1979 – 2 x 0 BOLÍVIA

87 – 23.08.1979 – 2 x 2 ARGENTINA (-2)

88 – 24.10.1979 – 1 x 2 PARAGUAI (-2)

89 – 31.10.1979 – 2 x 2 PARAGUAI (-2)

90 – 28.04.1983 – 3 x 2 CHILE (-2)

91 – 08.06.1983 – 4 x 0 PORTUGAL

92 – 12.06.1983 – 1 x 1 PAÍS DE GALES (-1)

93 – 17.06.1983 – 2 x 1 SUÍÇA (-1)

94 – 22.06.1983 – 3 x 3 SUÉCIA (-3)

95 – 28.07.1983 – 0 x 0 CHILE

96 – 17.08.1983 – 1 x 0 EQUADOR

97 – 24.08.1983 – 0 x 1 ARGENTINA (-1)

98 – 01.09.1983 – 5 x 0 EQUADOR

99 – 14.09.1983 – 0 x 0 ARGENTINA

100 – 13.10.1983 – 1 x 1 PARAGUAI (-1)

101 – 20.10.1983 – 0 x 0 PARAGUAI

102 – 27.10.1983 – 0 x 2 URUGUAI (-2)

103 – 04.11.1983 – 1 x 1 URUGUAI (-1)

104 – 16.03.1986 – 0 x 3 HUNGRIA (-3)

105 – 30.04.1986 – 4 x 2 IUGOSLÁVIA (-2)


Fonte e Fotos: Site da CBF

Rubens Salles desenhado em 1928

 No mês de fevereiro, o Jornal O Imparcial (RJ) publicou o jogador Rubens Salles desenhado. Rubens de Moraes Salles (São Manuel, 14 de outubro de 1891 – São Paulo, 21 de julho de 1934) foi um futebolista brasileiro e primeiro treinador do São Paulo Futebol Clube de 1930 a 1934.

O Imparcial (05-02-1928 – Página 10)

 Rubens Salles foi o grande “craque” do futebol brasileiro depois de Charles Miller e Arthur Friedenreich. Não levava muito jeito para o futebol, mas insistiu e acabou marcando época no futebol brasileiro como “center-half” (volante).

 Sua estreia no Paulistano foi em 1906, depois de passar pelas equipes infantis, de 1902 a 1904. Em 1907 era titular do Paulistano, e em 1908 foi campeão. Foi artilheiro do Campeonato Paulista de 1910, jogando pelo Paulistano com 10 gols.

 Sua especialidade eram os passes em profundidade, com os quais surpreendia seus adversários, o que o levou a Seleção Brasileira que enfrentou o Exeter City, e no mesmo ano, também levou a Seleção a conseguir a primeira vitória fora do país, vencendo a Argentina, em Buenos Aires, com um gol seu.

 Aos 30 anos em 1920, abandonou o futebol para voltar 11 anos depois em 1930 como técnico, dirigindo o São Paulo FC da Floresta por quatro temporadas, sendo que no segundo ano que disputou em 1931, foi campeão paulista. Como jogador foi campeão Paulista (APEA) 6 vezes: 1908, 1913, 1916, 1917, 1918 e 1919.

Emmanuel Nery – Sydney Pullen – Hary Wefare – Artur Friendeirach desenhados em 1928

Amigos, pesquisando no Jornal O Imparcial encontrei algo interessante no mês de janeiro de 1928. O periódico publicou quatro jogadores desenhados: Emmanuel Nery (Flamengo), Sydney Pullen (Flamengo) e Hary Wefare (Fluminense), feito pelo cartunista Audax. E Artur Friendeirach, que ganhou destaque como: ‘O maior centroavante brasileiro‘, desenhado por Eite.

O Imparcial 03-01-1928 (Página 9)

 Emmanuel Augusto Nery (Rio de Janeiro, 25 de Dezembro de 1892 – 5 de Novembro de 1927) foi um renomado jogador de futebol do inicio do século XX e, que advindo da cisão com o Fluminense em 1911, tornou-se um dos fundadores da modalidade no Mais Querido do Brasil que até então se dedicava apenas ao remo.

 O jogador ou player Nery, começou a carreira de futebolista no Fluminense por volta de 1910, e em 1911, esteve bem próximo da conquista do seu primeiro título carioca, em virtude do abandono do Botafogo da competição naquele ano, e do forte time montado pelo Flu.

 Apesar de o time das Laranjeiras ter consumado a conquista do título, um desentendimento entre Borgerth e a comissão técnica daquele time fez com que nove jogadores, entre eles Nery, migrassem para o Flamengo e implantassem o futebol no clube que até então dedicava-se com afinco ao remo.

 Um dos precursores da modalidade na Gávea, Nery estava em campo na primeira partida de futebol disputada pelo Flamengo, que resultou numa goleada estrondosa sobre o Mangueira, por 16 a 2.

 Nery ainda figurou nas primeiras convocações da então inaugurada Seleção Brasileira de Futebol, bem como disputou a primeira partida da história do selecionado brasileiro contra a equipe inglesa do Exeter City, e dois meses depois em uma disputa com a Argentina, faturou o primeiro título da história do Brasil, a Copa Rocca.

 Em 1919, com 27 anos, uma idade avançada para a época, Nery disputou a última partida como capitão do time Mais Querido Brasil e pendurou as chuteiras, marcando seu nome definitivamente na história do futebol brasileiro.

 

O Imparcial 22-01-1928 (Página 9)

 Sidney Pullen nasceu em 1895, na Inglaterra, e desembarcou no Rio de Janeiro junto com sua família no início do século passado. A família veio para o Rio, pois seu pai, Hugh Pullen, havia sido transferido pela empresa em que trabalhava.

 Ao chegar ao Brasil, Pullen entrou no mundo do futebol e começou a jogar no Paysandu, clube que abrigava muitos ingleses, e por ele Sidney foi campeão carioca pela primeira vez em 1912, quando tinha apenas 17 anos de idade.

 O Paysandu fechou suas portas em 1915 e Sidney veio para o Flamengo. Junto com ele veio seu pai, que pouco tempo depois assumiu a tesouraria do clube. Uma das primeiras medidas de Hugh foi importar o uniforme conhecido como Cobra Coral. 

Até o ano de 1916, o uniforme preto e vermelho era exclusivo do remo do Flamengo, na época o esporte mais popular da cidade, mas de prática acessível apenas à elite. Hugh foi obrigado a extinguir o “cobra-coral”, que remetia às cores da Alemanha, com quem o Brasil havia rompido por causa da guerra.

 Assim a família Pullen passou a ser respeitada no futebol carioca. Foi então que Sidney acabou convidado para representar o Brasil em sua primeira competição internacional, sendo até hoje o único estrangeiro a ter vestido a camisa canarinho. Jogando no meio-campo participou da primeira edição do Campeonato Sul-Americano realizado em Buenos Aires em 1916.

 E Sidney foi o primeiro representante do país a pisar em campo. Trabalhou também como árbitro e apitou Argentina x Chile, jogo que terminou com o placar de 6 a 1 para os argentinos.

 Como jogador, Pullen disputou os três jogos do Brasil que ficou com a terceira colocação na competição após empates por 1 a 1 com Argentina e Chile e derrota por 2 a 1 para o Uruguai que viria a ser o campeão.

 Pelo Flamengo, Sidney teve grande destaque logo em seu primeiro ano, conquistando o Campeonato Carioca de 1915. Em 1916, o jogador foi convocado pelo exército inglês para atuar na 1ª Guerra Mundial, e teve que se afastar do clube. Mas antes de viajar deixou as chuteiras com o jovem “back” jogador do segundo quadro do Flamengo.

 Após voltar da guerra, em 1917, Sidney ainda conquistaria os Campeonatos Cariocas de 1920 e de 1921 pelo Flamengo, sendo, ao lado de Junqueira em 1920 e de Nonô em 1921, um dos grandes destaques do time. Sidney faleceu na década de 50.

 

O Imparcial 18-01-1928 (Página 9)

 Henry Welfare ou Harry Welfare como era conhecido “Tanque” Tricolor, nasceu em Liverpool (ING), no dia 22 de agosto de 1888. O atacante de 1,90m, chegou ao Rio de Janeiro no dia 9 de agosto de 1913 para cumprir um contrato de professor secundário com o Ginásio Anglo-Brasileiro. Logo depois foi levado para o Fluminense. Treinou de centro avante no segundo time e agradou.

 Outro treino e, desta vez no primeiro time. Agradou mais ainda. Daí por diante foi uma verdadeira máquina de fazer gols. Somente no ano seguinte é que surgiu a noticia de que Henry Welfare jogara num time de profissionais da primeira divisão da Inglaterra.

Mesmo jogando no time profissional do Liverpool, Welfare era amador. Defendeu o Fluminense até 1924 que o fez “Sócio Benemérito” em 1920, titulo honroso que lhe deu o direito de ser membro perpétuo do Conselho Deliberativo do clube tricolor. Chegou ao Rio de Janeiro em 1913 para lecionar Geografia e Matemática no Gymnasio Anglo-Americano. Como já havia jogado no Liverpool, fez testes no Fluminense, sendo aprovado e posteriormente conquistando a posição de centroavante titular do Tricolor, neste mesmo ano de 1913. 

Morador do bairro da Gávea, se deslocava de bonde ou a pé por mais de uma hora para treinar e jogar no Fluminense, sendo por isto um grande símbolo da época do amadorismo, onde além de não receberem remuneração pelos seus serviços, os jogadores mostravam imensa paixão pelo esporte e pelos seus clubes, com Welfare sendo um dos jogadores que melhor representaram as primeiras décadas do Fluminense . Era raro o dia que nenhum admirador se oferecia para levar a sua maleta.

 Em 1915 ele chegou a jogar algumas partidas, mas por conta de seu emprego no Gymnasio Anglo-Brasileiro teve de se afastar no clube, em função da distância, retornando para o Fluminense em 1916 após trocar de emprego, tendo ficado afastado dos jogos por conta de uma contusão no joelho, a partir daí, retornando aos gramados em 1917 para ser um dos grandes destaques do tricampeonato tricolor.

 No final do ano de 1915 e início do ano de 1916, fez algumas partidas pelo Flamengo numa excursão ao Norte do Brasil, convidado especial que foi, algo comum naquela época, além de durante a sua carreira ter defendido também a Seleção Carioca de Futebol.

 

O Imparcial 11-01-1928 (Página 9)

 Arthur Friedenreich (São Paulo, 18 de julho de 1892 – São Paulo, 6 de setembro de 1969) foi um futebolista brasileiro. Apelidado “El Tigre” ou “Fried”, foi a primeira grande estrela do futebol brasileiro na época amadora, que durou até 1933.

 Friedenreich participou da excursão do Paulistano pela Europa em 1925 onde disputou dez jogos e voltou invicto. Teve importante participação no campeonato sul-americano de seleções (atual Copa América) de 1919.

Ele marcou o gol da vitória contra os uruguaios na decisão e, ao lado de Neco, foi o artilheiro da competição. Após o feito, suas chuteiras ficaram em exposição na vitrine de uma loja de joias raras no Rio de Janeiro.

 Filho de um comerciante alemão e de uma lavadeira negra brasileira, Arthur Friedenreich nasceu no bairro da Luz, em São Paulo, e aprendeu a jogar bola com bexiga de boi.

Poucos anos depois de Charles Miller chegar ao país, em 1894, trazendo o futebol como novidade, o Brasil revelou seu primeiro ídolo. Hoje em dia, são poucos aqueles que viram Friedenreich brilhar nas décadas de 1910, 1920 e 1930.

 Ao longo de sua carreira, ele atuou pelo SC Germânia (1909 e 1911); CA Ypiranga (1910, 1913, 1914-15 e 1917); Mackenzie College (1912); SC Americano do Santos (1913); Paulista (1913-14); Payssandu FC-SP (1915-16); CA Paulistano (1916 e 1917-29); CR Flamengo (1917 e 1935); SC Internacional-SP (1929); Atlético Santista (1929); Santos FC (1930 e 1935); São Paulo FC (1930-35) e  Atlético Mineiro (1933).

 

Fonte: Jornal O Imparcial (entre os dias 3 a 22 de janeiro de 1928)

Vaguinho

Ivagner Ferreira (Vaguinho) nasceu em Cachoeiro de Itapemirim (ES), no dia 12 de junho de 1924. Iniciou a carreira no futebol muito cedo, e como goleiro, o que aconteceu por bom tempo. Depois, seria um centroavante de muitos gols. Foi reserva de Dias III na seleção do estado capixaba. Começou sua vida esportiva profissional no Flamengo do Rio. De lá para o Madureira, com o qual excursionou a primeira vez pelo estrangeiro, jogando na Colômbia. Passou para o América de Belo Horizonte, sendo depois cedido por empréstimo ao Atlético Mineiro. Com o grande clube de Minas, conquistou legítimas glórias para o futebol brasileiro, sendo que das várias excursões de quadros brasileiros só foi superado pelo Paulistano, em 1926. Nessa época de galo mineiro foi que Vaguinho granjeou mais nome.

Passou depois pela Portuguesa Santista, pelo Palmeiras e por fim chegou à Ferroviária de Araraquara, onde se integrou de maneira brilhante. Pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista, Vaguinho assinalou, em defesa das cores avinhadas, 14 gols no certame de 1952 (já em 53) e 7 no de 1953. Vaguinho defendeu a Ferroviária em 1953 e 1954.

Sua estreia na AFE deu-se no dia 4 de janeiro de 1953, em jogo oficial válido pela Segundona bandeirante, assinalando um dos tentos grenás na vitória por 5 a 0 sobre o Olímpia, na Fonte Luminosa, em jogo arbitrado por José Cortezia. Luiz Rosa (2), Dirceu e Omar completaram o placar. Formação da AFE: Sandro; Sarvas e Espanador; Tiana, Gaspar e Pierre; Omar, Luiz Rosa, Vaguinho, Zé Amaro e Dirceu.

Ferroviária 1953

O último registro que apuramos de Vaguinho defendendo a Ferroviária data de 11.07.1954, um domingo, na Fonte Luminosa, no jogo amistoso entre Ferroviária e Palmeiras, vencido pelo Verdão por 2 a 1, gols de Tec para a AFE e de Manoelito e Elzo para o Palmeiras. João Etzel foi o árbitro e a renda somou Cr$ 61.590,00. Formações: Ferroviária – Basílio; Pierre (Elcias) e Pixo; Dirceu, Gaspar e Henrique (Izan); Afonso (Omar), Tec, Vaguinho, Zé Amaro (Toledinho) e Boquita. Técnico: Armando Renganeschi. Palmeiras – Cavani; Manoelito e Cardoso (Cação); Valdemar Fiúme (Gérsio), Tocafundo e Dema; Ney (Moacir), Moacir (Berto), Mattos, Jair e Elzo.

“Vai, vai… Vaguinho!”

Conforme relata, em crônica, Wilson Silveira Luiz (destaque da mídia esportiva de Araraquara, locutor que narrou número incontável de gols da Ferrinha, hoje assessor de imprensa da Secretaria de Esportes e Lazer de Araraquara e da Fundesport), havia, naquela época (década de 1950), uma senhora, torcedora grená, que ficou na história pelo que proporcionou de inusitado.

Diz Wilson Luiz:

“Nas antigas arquibancadas sociais, havia uma senhora (residia na Rua Três, em frente ao Parque Infantil) que tinha um grito de guerra inconfundível e que ecoava não só pelo estádio, mas nas esquinas, nos bate-papos sobre futebol.

Dentre tantos craques que por aqui passaram, estava o centroavante Vaguinho. Ele em campo era sinônimo de gol. E aquela senhora gritava a todo instante: “Vai, vai… Vaguinho!”. E a torcida acompanhava. E o melhor de tudo: o Vaguinho ia mesmo… e fazia os gols tão aguardados pela exigente, mas feliz torcida da Associação Ferroviária de Esportes.”

Fontes:

O Imparcial, 08.03.1954 (artigo de Jacintho Simões, da Associação dos Cronistas Esportivos de Araraquara-ACEA);
Arquivo do Prof. Antônio Jorge Moreira (cópia do Museu do Futebol e Esportes de Araraquara);
Site: www.ferroviariadeararaquara.com.br (coluna Wilson Silveira Luiz)
Texto:  Vicente Henrique Baroffaldi
Edição:  Paulo Luís Micali
Foto: O Imparcial

Bazzani: o maior jogador da Ferroviária de todos os tempos

Quem chega à Arena Fonte Luminosa, em Araraquara, vê, logo na entrada principal, o busto em bronze do maior jogador da Ferroviária de todos os tempos: Olivério Bazzani Filho, o meia-esquerda que detém o primeiro lugar em número de títulos conquistados, jogos disputados e gols assinalados em benefício das cores grenás.

Ainda na entrada da Arena, à esquerda, situa-se o Museu do Futebol e Esportes de Araraquara, onde se instalou um grande e destacado banner em homenagem ao Rabi, apelido de Bazzani. Nesse banner, lê-se:

“BAZZANI

O maior ídolo da Ferroviária

Olivério Bazzani Filho, o BAZZANI, também era conhecido como “Rabi”, e foi o maior artilheiro da Associação Ferroviária de Esportes, com 244 gols. Atuou em 758 jogos, entre 1954 e 1976.

Jogou também no Corinthians nos anos de 1963 e 1964.

Foi o jogador que mais vezes vestiu a camisa do time araraquarense e o seu maior detentor de títulos.

Campeão dos acessos de 1955 e 1966, e tri-campeão do Interior em 1967, 1968 e 1969.”

Quando a Ferroviária conseguiu o primeiro acesso à Primeira Divisão do Campeonato Paulista, o jornal O Imparcial, de Araraquara (edição extra de 16.04.1956) assim se pronunciava sobre um dos heróis da conquista:

Bazani - 1955

“BAZZANI

Meia-esquerda, chegou a ser o ‘homem-gol’ do ataque grená. O ‘rosadinho’, como é conhecido pela torcida, a cada prélio mais se adapta ao trabalho de construir para seus companheiros, num verdadeiro milagre de Capilé (treinador da AFE, Clóvis Van-Dick).

Nome – Olivério Bazzani Filho

Naturalidade – Mirassol, SP

Idade – 20 anos. Nascido a 3 de junho de 1936

Estado civil – Solteiro

Peso – 67 quilos

Altura – 1,72

Clubes – O grande atacante grená iniciou no juvenil do Mirassol, indo mais tarde para o Mogiana, de Campinas. Daí para o Rio Preto E.C., depois no GEMA e finalmente na AFE.

Bazani - Time Juvenil do Mirassol

Títulos – O meia Bazzani possuía até aqui o título de campeão amador pelo GEMA.

Maior emoção – Todos lembramos como foi dramática a partida que a Ferroviária disputou em Ribeirão Preto, contra o Comercial. Já final, o empate de três tentos parecia permanecer quando Bazzani foi chamado para cobrar uma falta da altura da linha média. Bazzani cobrou a infração com um tremendo pelotaço, marcando o gol da vitória, que foi para ele a maior emoção de sua vida esportiva.”

 

BAZZANI EM TRÊS TEMPOS

1-    Estreia em jogos oficiais: Paulista de Araraquara 0 x 3 Ferroviária – 06.02.1955, domingo; Estádio Municipal de Araraquara (SP); Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Árbitro: Abílio Ramos. Gols: Antoninho, Bazzani e Paulinho; Expulsões (Paulista); Rafael e Binho; Paulista: Mingão; Ibaté e Binho; Bruno, Braga e Rafael; Ferraz, Lourenço, Desastre, Gonçalves e Tom Mix; Ferroviária: Fia; Pierre e Ferraciolli; Antoninho, Pixo e Itamar; Paulinho, Tec, Lambari, Jonas e Bazzani. Técnico: Armando Renganeschi. Obs.: Estreia oficial de Bazzani, autor de um dos tentos da Locomotiva.

06.02.1955 -Estreia de Bazzani a AFE venceu o Paulista 3x0, de pé :Fia, Pixo, Pierre, Antoninho, Ferraciolli e Itamar; agachados: Paulinho, Tec, Lambari, Jonas e Bazzani.

2-    Despedida: Ferroviária 0 x 1 Guarani – 28.03.1973, quarta-feira; Fonte Luminosa, Araraquara (SP); Amistoso Estadual. Árbitro: Almir Ricci Peixoto Laguna; Gol: Clayton, 40 do 2º; Ferroviária: Sérgio; Batalhão, Fernando, Ticão e Zé Carlos; Muri e Bazzani (Ademir); Tonho, Mário Augusto, João Marques e Guará (Vagner). Técnico: Carlos Alberto Silva; Guarani: Tobias; Alberto, Amaral, Wilson e Bezerra; Alfredo e Flamarion; Jader, Washington, Clayton e Mingo. Obs.: Despedida de Bazzani, que atuou na Ferroviária de 1954 a 1973, exceto em 1963 e 1964, quando defendeu o Corinthians.

3-    Homenagem: Ferroviária 3 x 0 Corinthians B – 18.04.2007, quarta-feira, 20h30; Fonte Luminosa, Araraquara; Gols: Leandro Donizete, 33 do 1º; Marcelo, 23, e Ramon, 44 do 2º; Ferroviária: Cristiano; Leandro (Augusto), Wesley (André), Mauro (Thiago Costa) e Fernando Luís (Renato Peixe); Vagner (Guilherme Alves), Leônico (Da Silva), Leandro Donizete (Ramon) e Renato (Jaílton); Jó (Bruno Bastelli) e Douglas Richard (Marcelo); Técnico: Edison Só; Corinthians B: Rafael; Lewis, Renato Santos (Henrique); Diego e Vanderson (Renato Ribeiro); Marcelo, Milton, Araújo (Leandro) e Fabrício (Alex); Igor (Robson) e Johny (Alisson); Técnico: Jorge Saram. Obs.: Amistoso estadual entre as duas equipes defendidas pelo Rabi, em sua homenagem, com a inauguração do busto de bronze instalado na entrada do estádio.

Bazani - Gazeta Esportiva Ilustrada

O MAIOR ARTILHEIRO DA FERROVIÁRIA CONTRA OS GRANDES

Bazani com Pelé

Bazzani foi o maior e mais expressivo jogador da história da Ferroviária, justificando plenamente o busto de bronze colocado na entrada da Arena Fonte Luminosa. Não só estabeleceu o mais alto número de jogos em defesa da Ferrinha, como foi o seu artilheiro principal, além de exemplo dentro e fora de campo. Contra Santos, Palmeiras, São Paulo e Corinthians, Bazzani também lidera a relação dos goleadores grenás.

Contra o Palmeiras: 1º – Bazzani, 9 gols; 2º – Peixinho, 7; 3º – Tales, 6; 4º – Téia, 4

Contra o Corinthians: 1º – Bazzani, 7 gols; 2º – Peixinho, 5; 3º – Parada e Paulo Bim, 3

Contra o Santos: 1º – Bazzani e Peixinho, 6 gols; 3º – Baiano, Cardoso e Tales, 3

Contra o São Paulo: 1º – Bazzani e Douglas Onça, 5; 3º – Parada e Téia, 4; 5º – Dudu, 3

No cômputo geral contra os grandes paulistas:

1º – Bazzani, 27 gols;

2º – Peixinho, 19 gols

Também em matéria de permanência na agremiação avinhada, Bazzani é imbatível,  pois além de atleta  defendeu a AFE como treinador (em inúmeras oportunidades) e foi também seu funcionário.

Bazani - Como técnico da AFE

Fontes:

Museu do Futebol e Esportes de Araraquara;
O Imparcial (Araraquara);
Tópicos do Passado da AFE (Prof. Antônio Jorge Moreira)
Ferroviária em campo, Vicente Henrique Baroffaldi, Pontes/2010
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição e fotos: Paulo Luís Micali / Divulgação (internet)