Arquivo da categoria: 08. Gilberto Maluf

Estádio de General Severiano

Estádio de General Severiano
Local: Rio de Janeiro, RJ
Construção: 1912
Inauguração: 1913
Remodelado: 1937 a 1938
Demolição: 1977
Proprietário: Botafogo de Futebol e Regatas
Capacidade: 20.000 pessoas
Público Recorde: 20.000 pessoas (estimado)
(final do Campeonato Carioca de 1948) Botafogo 3 x 1 Vasco da Gama
Primeira Partida: Botafogo 1 x 0 Flamengo
Primeiro gol: Mimi Sodré

“O estádio foi demolido quando o clube perdeu a posse do terreno na década de 1970. Em 1977, a sede foi vendida para a Companhia Vale do Rio Doce, o clube na época era presidido por Charles Macedo Borer. Com a venda da sede, o futebol do Botafogo foi para Marechal Hermes, e como o antigo estádio foi demolido, lá foi construído um novo.

No início da década de 1990, o clube readquiriu o terreno, através de permuta pela área do seu ginásio coberto no Mourisco, na Praia de Botafogo. Com o velho terreno, retomou a posse do casarão que foi sua antiga sede e se encontrava em estado de ruína – um processo de tombamento como patrimônio histórico da cidade impedira a Vale de colocá-lo abaixo para no lugar construir um edifício-sede da companhia.

O Botafogo montou parceria com uma empreiteira que recuperou inteiramente o palacete e ergueu no terreno do antigo estádio um shopping center, o atual Rio Plaza (antigo Rio Off-Price), em cuja cobertura estão hoje o seu campo de treinos (que leva o nome do antigo craque Nílton Santos), o moderno Centro de Treinamento João Saldanha (homenagem ao falecido jornalista e treinador que levou o clube ao título de campeão carioca em 1957), a concentração da equipe profissional com uma dúzia de apartamentos, além de um ginásio de basquete e vôlei, três piscinas para sócios, quadras polivalentes, restaurante e outros equipamentos. A reinauguração do novo complexo sócio-esportivo, em 22 de janeiro de 1992, marcou um forte revigoramento do Botafogo no cenário futebolístico nacional e internacional.”

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Ranking público do Brasileirão 2011

Confira o ranking até a 15ª rodada!

1 – Corinthians – 27.140 torcedores por jogo
2 – Bahia – 23.496
3 – Flamengo – 20.915
4 – Coritiba – 17.416
5 – Atlético-PR – 15.940
6 – Palmeiras – 15.215
7 – Atlético-MG – 13.643
8 – Grêmio – 13.464
9 – Inter – 12.687
10 – Botafogo – 12.489
11 – Vasco – 11.738
12 – São Paulo – 11.441
13 – Ceará – 11.436
14 – Figueirense – 9.376
15 – Fluminense – 9.149
16 – Cruzeiro – 8.630
17 – Atlético-GO – 7.175
18 – Santos – 7.057
19 – Avaí – 5.904
20 – América-MG – 2.830

OBS: Lembrando que a lista é feita com os públicos pagantes e sempre levando em conta os mandantes. Não há, no Brasil, a contabilização de torcedores visitantes.

Equipe de Esportes da rádio Bandeirantes em 1970

Essa foto foi tirada no topo do Edifício Radiantes em 1970. Desses, cinco  já não estão entre no mundo dos vivos. Dieter Glaeser, Roberto Silva, Luiz Augusto Maltoni, Osvaldo dos Santos.

Algumas lembranças  sobre os que já não estão entre nós:

Dieter Glaeser:
Alemão de nascimento trabalhou na Bandeirantes junto com Claudio Carsughi. Falava no QG esportivo na área internacional.
Osvaldo dos Santos:
Foi integrante do Scratch do Radio na equipe de Fiori Gigliotti. Foi também editor chefe da Gazeta Esportiva por muitos anos.
Fiori Gigliotti:
Em sua longa carreira, Fiori Gigliotti narrou partidas de dez Copas do Mundo  mas sempre dizia que o maior jogo a qual assistiu foi o disputado entre Santos e Benfica, na final da Copa Intercontinetal de 1962. Em declaração recente, contou um entrevero que teve com o técnico Tele na Copa de 1982.  Fiori teria cobrado o treinador pelo fato dele estar fazendo muitas concessões aos jogadores, com muitas saídas com a família e pouco treino. Telê teria respondido que o locutor já estava velho.
Luiz Augusto Maltoni:
Após excelentes trabalhos na Rádio e TV Bandeirantes Maltoni transferiu-se para a Rádio Globo, onde trabalhava como comentarista na equipe de Oscar Ulisses, irmão de Osmar Santos. Fez parte da forte equipe do “Globo Esportivo”, que tinha ainda Paulo Roberto Martins, Paulo Soares, Luis Roberto Demucio, Silvio Ruiz, José Calil e companhia.
Roberto Silva:
Roberto Silva inovou  quando começou a usar no campo a publicidade. “Era um repórter que fazia propaganda. Usava a marca Wallita. Era uma roupa horrorosa, diga-se de passagem”, brincava Olho Vivo, que chamou atenção ao fazer um novo tipo de reportagem. “Pegava o torcedor na arquibancada, dava informações sobre a cidade natal dos jogadores e isso era diferente.” O apelido Olho Vivo surgiu de uma brincadeira do narrador Ênnio Rodrigues. “Eu entrevistava alguma personalidade nas numeradas e falava do lance, quando era chamado pelo narrador (Ênnio ou Fiori Giglioti), como se estivesse atrás do gol. O Ênnio brincava: Ele tem olho vivo. Consegue pegar tudo”, falava Roberto, que trabalhou nas Copas de 70, 74 e 78.


A história de Lionel Messi


 

 

Para os adeptos do Barça, a oitava maravilha é Messi.

Eis uma história, uma lição de vida, que encanta Camp Nou.

É uma desforra bem pessoal, a história do menino austista aos 8 anos, anão aos 13, que via o mundo a 1,10 metros do solo.

É esse mesmo, Lionel Messi, que botou corpo à base de tratamentos hormonais e que, 59 centímetros depois, encanta o mundo do futebol, naquele jeito singularíssimo de conduzir a bola colada ao genial pé esquerdo, como se o couro redondo fosse um mano siamês, uma mera extensão corporal, um órgão vital, inseparável.

Barcelona rende-se ao talento de “La Pulga” e os adversários caem aos pés de um talento puro e raro.

E por muito talento que tivesse para jogar à bola, estaria o rapaz consciente do destino glorioso que lhe estava reservado?

O miúdo de 16 anos que vestiu pela primeira vez a camisola da equipe principal do Barcelona num jogo com o F. C. Porto, a 16 de Novembro de 2003, na inauguração do Estádio do Dragão, o Lionel Messi que agora caminha sobre a água, é ainda o mesmo menino que sobrevoou o Atlântico, em 2000, para se curar de uma patologia hormonal.

Lá na Argentina, na Rosário natal, os prognósticos médicos eram arrasadores: sem tratamento eficaz contra o nanismo, Lionel chegaria à idade adulta com 1,50 metros, no máximo.

Os diagnósticos alarmaram os Messi.

E o custo dos curativos também: mil euros mensais, ou seja, quatro meses de rendimentos da família de La Heras, um bairro pobre de Rosário.

Mas o pai de Lionel não se resignou.

Sabia que o filho, pequeno no corpo, era gigante no talento.

E não aceitou a fatalidade.

Nessa altura, o prodígio de dez anos despontava no Newells Boys, fintando meninos com o dobro do tamanho e marcando gols atrás de gols.

O pai sugeriu ao clube que pagasse os tratamentos de Lionel.

A resposta foi negativa.

E o mesmo sucedeu quando os Messi foram bater à porta do grande River Plate.

Na adversidade, a família Messi teve mais força, com a ajuda de uma tia de Lionel, emigrada na Catalunha.

E foi assim, em 2000, ainda antes de completar 13 anos, que Lionel e os pais viajaram até Lérida.

Dias depois, o pequeno prodígio foi fazer testes no Barcelona…

E com a bola quase a dar-lhe pelos joelhos, aquela habilidade enorme logo maravilhou os treinadores do Barça.

Carles Rexach, director do centro de formação do Barcelona, ficou maravilhado com o prodigiozinho argentino.

Ao cabo de dois treinos, não hesitou e logo tratou de arranjar contrato.

E ficou espantado com a proposta do pai do craque: o Barça só tinha de lhe pagar os tratamentos que os médicos argentinos sugeriam.

Foi dito e feito.

Durante 42 meses, Lionel levou, todos os dias, injecções de somatropina, hormônio de crescimento inscrito na tabela de produtos proibidos pela Agência Mundial Antidopagem, e só autorizada para fins terapêuticos.

Em 2003, o milagroso hormônio fizera de Lionel o que ele é hoje, um rapagão de… 1,69 metros!

No Verão de 2004, acabadinho de fazer 17 anos, e já com contrato profissional, entrou para a equipe B do Barça.

Mas fez só cinco jogos, porque aquele enorme talento não cabia no “Miniestadi”.

Reclamava palcos maiores.

E rapidamente começou a jogar no Camp Nou, na equipe principal.

Em 16 de Outubro de 2004, o prodígio fez a grande estreia na liga espanhola, num dérbi com o Espanhol.

Em 1º de Maio de 2005 entrou para a história do Barça: marcou no Albacete e tornou-se no mais jovem jogador a marcar um gol pelo Barcelona.

Aos 17 anos, dez meses e sete dias, começou a lenda.

Cinco anos depois, Messi teve a consagração absoluta.

Foi eleito Melhor Jogador do Mundo de 2009, após uma época de sonho, concluída com um feito inédito do Barça “de las seis copas”: campeão de Espanha, da Taça do Rei, da Supertaça Espanhola, da Supertaça Europeia, da Liga dos Campeões, do Mundial de Clubes. Ufff!

O craque que o Barça contratou pelo custo da terapia de crescimento é, hoje, a maior jóia do futebol mundial, segurada por uma cláusula de rescisão de… 250 milhões de euros!

E é, também, o mais bem pago de todos: o menino pobre do bairro de la Heras é, agora, multimilionário, recebendo qualquer coisa como 33 milhões de euros anuais em salários e publicidade.

Nem em contos…

Lionel Andrés Messi >> 23 anos (24/06/1987)

Nacionalidade: Argentina (os argentinos têm vergonha de não terem tratado do rapaz).

Títulos: campeão Espanha (2005, 2006, 2009, 2010 e 2011), taça do rei (2009); Supertaça Espanha (2005, 2006, 2009 e 2010); liga dos campeões (2006, 2009); supertaça europeia (2009); mundial de clubes (2009).

“GRANDE LIÇÃO DO PAI QUE NÃO DESISTIU DO SONHO:

CURAR  O FILHO.”
Não se focou no problema, mas sim na solução.

 

Email de J.Maria de Aquino/Wagner Mancini

Bordões dos cronistas

Bordões de Galvão Bueno

– Haja Coração
– Rrrrrrrronaldinho
– Sai que é sua, Taffarel
– Quem é que sobe
– Ganhar é bom, mas ganhar da Argentina é muito mais gostoso
– Isso pode, Arnaldo?
– Ele é perigooooooso
-Chegar é uma coisa, passar é outra
– Isso, pra cima deles, fulano

Bordões de Silvio Luiz

-Acerte o seu aí que eu arredondo o meu aqui
-Tá armado o pagode na cozinha
-Não deixa a cozinha vazia
-Dá nele bola, dá nele bola, isso!!
-Foi lá no telescópio da nasa
-Pelas barbas do profeta
-Esse até minha vó fazia!
-Pelo amor dos meus filhinhos
-O que é que eu vou dizer lá em casa
-Olho no lance! Minha Nossa Senhora
-Mando o charuto dali
-Mandou o sapato
-Desce o tamanco meu filho
-Pô, ele tá apanhando mais que mulher de malandro
Bordões de Fiori Giglioti
-Torcida brasileira, carinhosamente, boa tarde
-Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo
-Agüeeeeeenta coração!!! (antes da cobrança de um pênalti)
-É fogo… é gollll, torcida brasileira, não adianta chorar
-Balão subindo, balão descendo
Bordões de Osmar Santos
-Parou por quê, por que parou?
-Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha
-Um prá lá, dois prá cá, é fogo no boné do guarda
-Sai daí que o Jacaré te abraça, garotinho
-No carocinho do abacate
-aí garotinho
-vai garotinho porque o placar não é seu
E que GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL
Também foi Osmar Santos quem criou a expressão “Animal”, que melhor representou o jogador Edmundo, terminando por se tornar a sua marca registrada.
Bordoes de Jose Carlos Araujo
-Seja paciente na estrada, para não ser paciente no hospita
-Voltei!
-Sou eu!
-Atirou, entrou!
-Golão, golão, golão
-Se o jogo tá na tevê, a gente se liga em você
-Apite comigo galera
-Parou, parou, parou
-Obrigado a você pela carona que me dá
-Gente que se liga na gente

 

Bordões de Jose Silverio
José Silvério: Eu praticamente não tenho bordão. Tem algumas coisas que eu criei, que disse em algum momento; mas não bordões, não são importantes para mim. Eu sempre achei que locução de futebol é uma coisa do momento. O que passou no domingo pode ser diferente no jogo que passou na quarta-feira. A história do jogo para mim é diferente. Então eu sempre pautei a minha conduta pelo momento atual.

Bordoes de Cleber Machado

-Bola em jogo pra você ligado no Globo
-Pro gooooolllllll

 

 

O segundo escudo do Corinthians

Não entendo do assunto mas coloco aqui o postado no site Meu Timão.
O Escudo foi descoberto por meio de foto da equipe , em amistoso diante do Germânia

O Corinthians descobriu recentemente, a partir de antiga fotografia, um dos primeiros escudos utilizados pelo clube e que não era conhecido. A descoberta foi feita por David Costa, responsável pelo Memorial do Corinthians, que recebeu a imagem das mãos de um conselheiro corintiano.

Identificado em foto de 1914, o escudo é uma variação em torno da letra C e P, foi usado em amistoso contra o Germânia e motivou o clube a colocar à venda réplicas dessa camisa, que tinha coloração bege. A camisa deve chegar às lojas em 1º de setembro, aniversário de 101 anos do clube.

“O ‘C’ parece uma ferradura, e o formato em volta do escudo é muito diferente da evolução que a gente conhecia”, disse o jornalista e pesquisador Celso Unzelte, ao participar  de programa da TV Corinthians, nesta quinta-feira. “É o segundo escudo na ordem de evolução dos símbolos”.

Ficha dos jogos do Brasil na Copa do Mundo de 1950 no Brasil

Ficha dos jogos do Brasil na Copa do Mundo de 1950 no Brasil
Primeira Fase:
http://www.duplipensar.net/images/geografia/bandeira-brasil.gifBrasil 4 x 0 México http://www.duplipensar.net/images/geografia/bandeira-mexico.gif
24/junho/1950
Local: Maracanã (Rio de Janeiro)
Árbitro: George Reader (Inglaterra)
Gols: Ademir 32 do 1º tempo; Jair 11, Baltazar 17, Ademir 36 do 2º.
BRASIL: Barbosa; Augusto, Juvenal; Eli, Danilo, Bigode; Maneca, Ademir, Baltazar, Jair, Friaça.
MÉXICO: Carbajal; Zetter, Montemayor; Ruiz, Uchoa, Roca; Septien, Ortiz, Casarin, Perez, Velasquez.

O time do Brasil que venceu o México -1950 Em pé: Eli. Juvenal. Augusto. Danilo. Barbosa e Bigode. Agachados: Maneca. Ademir. Baltazar. Jair e Friaça.

http://www.museudosesportes.com.br/img_noticias/22019.jpg

Brasil 2 x Suíça 2 http://www.duplipensar.net/images/geografia/bandeira-suica.gif
28/junho/1950
Local: Pacaembu (São Paulo)
Árbitro: Ramón Azón (Espanha)
Gols: Alfredo II 2, Fatton 16, Baltazar 31 do 1º tempo; Fatton 43 do 2º.
BRASIL: Barbosa; Augusto, Juvenal; Bauer, Rui, Noronha; Alfredo II, Maneca, Baltazar, Ademir, Friaça.
SUÍÇA: Stuber; Neury, Bocquet; Lusenti, Egginemann, Quinche; Tamini, Bickel, Friedlander, Bader, Fatton.

O segundo jogo do Brasil na Copa foi contra a Suíça e, foi a primeira decepção do Brasil na Copa de 1950. Empatou com a modesta Suíça em 2×2 no Pacaembu. Baltazar e Alfredo fizeram os gols do Brasil. Os cariocas diziam que São Paulo dava azar ao selecionado brasileiro, era a velha rixa de bairrismo.

http://www.duplipensar.net/images/geografia/bandeira-brasil.gif Brasil 2 x 0 Iugoslávia http://www.duplipensar.net/images/geografia/bandeira-iugoslavia.gif

1/julho/1950
Local: Maracanã (Rio de Janeiro)
Árbitro: Mervyn Griffiths (País de Gales)
Gols: Ademir 3 do 1º tempo; Zizinho 24 do 2º.
BRASIL: Barbosa; Augusto, Juvenal; Bauer, Danilo, Bigode; Maneca, Zizinho, Ademir, Jair, Chico.
IUGOSLÁVIA: Mrkusic; Horvath, Stankovic; Tchaikowsky I, Jovanovic, Djajic; Vukas, Mitic, Tomasevic, Bobek, Tchaikowsky II.

Fase Final:

http://www.duplipensar.net/images/geografia/bandeira-brasil.gif Brasil 7 x 1 Suécia
9/julho/1950
Local: Maracanã (Rio de Janeiro)
Árbitro: Arthur Ellis (Inglaterra)
Gols: Ademir 6 e 36, Chico 39 do 1º tempo; Ademir 6 e 12, Andersson (pen.) 31, Maneca 40, Chico 43 do 2º.
BRASIL: Barbosa; Augusto, Juvenal; Bauer, Danilo, Bigode; Maneca, Zizinho, Ademir, Jair, Chico.
SUÉCIA: Svensson; Samuelsson, Erik Nilsson; Andersson, Nordahl, Gaerd; Sundqvist, Palmer, Jepsson, Skoglund, Stellan Nilsson.

Brasil 6 x 1 Espanha http://www.duplipensar.net/images/geografia/bandeira-espanha-1939.gif
13/julho/1950
Local: Maracanã (Rio de Janeiro)
Árbitro: Reg Leafe (Inglaterra)
Gols: Ademir 13, Jair 18, Chico 31 do 1º tempo; Chico 11, Ademir 12, Zizinho 22, Igoa 26 do 2º.
BRASIL: Barbosa; Augusto, Juvenal; Bauer, Danilo, Bigode; Friaça, Zizinho, Ademir, Jair, Chico.
ESPANHA: Ramallets; Alonso, Gonzalvo II; Gonzalvo III, Parra, Puchades; Basora, Igoa, Zarra, Panizo, Gainza.

A seleção brasileira destroçou a seleção espanhola com uma goleada de 6×1, que nem o mais otimista dos torcedores ousaria prever. Duas horas antes do início da partida, marcada para as 3 horas da tarde, o maracanã parecia não caber mais ninguém. Quando se anunciou que não havia mais ingressos a venda nas bilheterias, a massa humana começou a se jogar sobre os frágeis muros de tijolos da construção inacabada, e por seus destroços passou às carreiras rumo à geral, último território onde o menor espaço seria disputado palmo a palmo. Acomodada sobre a ponta dos pés, ondulando e desequilibrando-se com os vaivens da bola de um gol a outro por falta de espaço para plantar os pés com firmeza, a multidão não se perturbava com nada. O aperto, os empurrões, os gritos dos que, perdendo o pé de apoio, caíam no fosso entre a geral e as cadeiras.
O Brasil na quinta feira a tarde jogava contra a Espanha, jogava tão bem que os gols saiam espontaneamente e o povo explodiria como uma só voz. Não eram apenas os gols, dois de Ademir, dois de Chico, um de Jair e outro de Zizinho, diante dos espanhóis tão exaltados pela crônica, a seleção brasileira produzia a mais fina exibição de futebol que o maracanã já testemunhou em qualquer tempo. Barbosa. Augusto e Juvenal. Bauer. Danilo e Bigode. Maneca. Zizinho. Ademir. Jair e Chico, não era apenas um time de futebol, e sim uma orquestra com o luxo de reunir quatro primeiros violinos: Bauer. Danilo. Zizinho e Jair.
Marcamos seis gols em cima do goleiro Ramalhets, a maravilha espanhola. Foi ai que os torcedores se lembraram da musica Tourada em Madri, de João de Barros, o Braguinha, compositor famoso, o coro surgiu e cresceu e dominou todas as bocas não se sabe como. De repente, o mar de lenços brancos levantou-se mavioso, denso, forte, o coral gigantesco –
– Eu fui às touradas em Madri
Parara tibum, bumbum
E quase não volto mais aqui-i-i
Pra ver Peri-i-i
Beijar Ceci
Parara tibum, bum bum…..

http://www.duplipensar.net/images/geografia/bandeira-brasil.gif Brasil 1 x 2 Uruguai
16/julho/1950
Local: Maracanã (Rio de Janeiro)
Árbitro: George Reader (Inglaterra)
Gol: Friaça 2, Schiaffino 26, Ghiggia 36 do 2º tempo.
BRASIL: Barbosa; Augusto, Juvenal; Bauer, Danilo, Bigode; Friaça, Zizinho, Ademir, Jair, Chico.
URUGUAI: Maspoli; Matias Gonzalez, Tejera; Gambetta, Obdulio Varela, Andrade; Ghiggia, Julio Perez, Miguez, Schiaffino, Moran.

Alem da goleada contra a Espanha o Brasil também tinha goleado a Suécia por 7 x 1, ai ninguém tinha duvida que o Brasil passaria pelo Uruguai no jogo final dia 16 de julho de 1950. No Rio de janeiro estava um domingo ensolarado ao contrario de São Paulo que amanheceu  um domingo borocoxô, céu nublado, garoento  justo no dia em que seria decidido a copa do mundo que estava sendo disputada no Brasil. O estádio do Maracanã construído especialmente para esse torneio, ainda com madeirame a sua volta, receberia os times representativos de Brasil e Uruguai. Perder com aquele timaço que o Brasil tinha justo daquele pobrezinho Uruguai que se classificou para o quadrangular final fazendo um jogo a menos, devido a desistência de um concorrente da sua chave, dava a todos a visão que jogaria só para cumprir tabela. A vitoria estava no papo.


http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR6xFWON455nnx1pXjednkL9c7m0ZM4B1xkQJWwI4VdFoKzdOSyDQE logo no inicio do segundo tempo aos dois minutos, Friaça o nosso ponta direita marcou o gol do Brasil.

http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTl3FjATnW7wBYF1REabwDIc9uEvaURMvqrRU38_c6b_k9B6LfwrBV24h61bAMas, aos 15 minutos Squiafino empata  o jogo naquele domingo que seria de foguetório foi de velório empatou até ai tudo bem o empate era nosso, eis que aos 37 o ponta direita do Uruguai Ghigia  atrás da bola (foto) desempatava a favor do Uruguai.

http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ1f8NPN7l5ChX3HGgWtxROHBi-3Rd2ymrcboYJSht8flG18dMj

E daí para frente foram oito minutos de sofrimento, com ouvido colado no radio, ouvíamos Pedro Luiz locutor da Pan-Americana,

hoje Jovem Pan, irradiar ou últimos minutos quase aos soluços, dizer que o jogo tinha acabado e os Uruguaios sendo os campeões, e ainda dizendo que eles tinham sido merecedores  da vitoria. Muitos culpados apareceram na imprensa ou na boca do povo, cada um tinha sua versão.

Adaptado de Mario Lopomo