A primeira grande inovação do futebol aconteceu justamente em seu primeiro jogo internacional, coube a seleção escocesa aparecer com um sistema revolucionário,1-2-4-4.
Gardner no gol
Ker e Taylor na zaga
Leckie,Thomson,J.Smith e R.Smith na meia
Rhind,McKinnon,Weir e Wotherspoon no ataque.
Seu adversário a seleção inglesa foi totalmente dominada e ficou perplexa com a formação da equipe escocesa.
Em 1886 o rigoroso International Board, determinou que se aplicasse ao futebol o método,1-2-3-5, que caracterizaria as escalações dos times de todo o mundo por setenta anos.Dentro dessa rigorisidade algumas equipes conseguiram inovar e foram bem-sucedidas nisso.A mais remota que se tem noticia é o Wunderteam austríaco, liderado pelo tecnico Hugo Meisl, nos anos 20/30.
Meis manteve os dois zagueiros,Sesta e Schmaus,e os três médios de defesa, Adamek,Pekarek e Nausch.No ataque porém avançou o mais que pode os seus dois ponteiros, Zischek e Pesser, frequentemnete lançados pelos seus meias,Stroch e Jerusalem.E deu a seu centroavante o prodigioso Sindelar, toda a liberdade para mover-se rumo ao gol adversário.
O prestígio do Wunderteam durou mais de uma década.
Ele se encerrou com a aparição de outro belo time a Squadra Azzurra de 1934 que teve uma ligeira adaptação feita pelom treinador Vicenzo Pozzo.
A Itália de Pozzo jogava no contra-ataque.Por isso, em vez de buscar a bola, o centroavante tinha de ser lançado.Para resolver o problema dos tiros em profundidade, Pozzo simplesmente recuou o centromédio no caso o capitão Monti e colocou o artilheiro Schiavio a espera de longos arremessos.A equipe italiana assim formava nos títulos mundiais de 1934 e 1938.
Combi no gol.
Mozeglio,Allemndi e Monti na zaga
Ferraris IV,Meazza,Ferrari e Bertolini na meia
Guaita,Schiavio e Orsi no ataque.
Sempre mais inflexíveis os ingleses rapidamente transformaram o esquema italiano num sistema rigoroso o famosíssimo WM, idealizado por Herbert Chapman e por Charlie Buchan tecnico e meia-direita do Arsenal.A tese funcionava assim, um leve recuo que fosse do centroavante em comparação com o método italiano, poderia impedir ou atrapalhar, os arremessos em profundidade dos meias.No mais, os defensores deveriam promover uma implacável marcação homem a homem nos avantes dos inimigos.
O WM inglês era assim formado:
Moss no gol.
Parker e Hpgood na zaga
Jones,Roberts e Male na meia defeensiva
Jack,Bastin na meia ofensiva
Hulme,Lambert e John no ataque.
Do WM em diante ocorreram pequenas variações durante três décadas.O grande Torino da ´decada de 40 ,por exemplo .Na colocação em campo era um WM.Na dinâmica, porém, o desenho se modificava com o deslocamento do número 6,Castigliano, para o meio do campo e as descidas vertiginosas do lateral esquerdo Maroso, número 3, rumo a área adversária.A fabulosa equipe grená formava dessa maneira:
Bacigalupo na meta.
Ballarin,Rigamenti e Maroso na defesa.
Grezar e Castigliano na meia defensiva.
Loik e Mazzola na meia ofensiva.
Menti,Gabetto e Ossola no ataque.
O fabuloso esqusdrão húngaro de 1953/54 também atuava num WM adaptado as habilidades de seus inesquecíveis atletas.Em 1953 a Hungria arrasou a Inglaterra em Londres, na primeira partida perdida pelos ingleses em Wembley.O segredo do triunfo:o recuo do centroavante Hidegkuti para a armação e a consequente penetração dos dois meias Kocsis e Puskas, duas verdadeiras pontas de lança a aterrorizar a defensiva inglesa.Os húngaros , é verdade , sofream 03 gols, mas fizeram 06, desnorteando completamente o ainda idêntico WM de Chapman e Buchan.
A inesquecível equipe Húngara formava assim:
Grosics na meta.
Lorant,Buzansky e Lantos na defesa.
Boszik e Zakarias na meia defensiva.
Toth e Czibor na meia ofensiva
Hidegkuti na armação
Kocsis e Puskas no ataque.
Simultaneamente a explosão húngara , na pequena Suiça o treinador Karl Rappan desenvolvia um método de jogo destinado, no mínimo, a complicar as intenções das equipes rivais.O método de Rappan foi apelidado de Catenaccio, ou ferrolho, porque se constituía numa verdadeira armadilha para os atacantes: nada menos do que oito jogadores na defesa- cinco marcando homem a homem, os outros três cuidando de cobrir estes marcadores.Se a Alemanha de Sepp Herberger ganhou da Hungria na final da Copa de 1954, isso ocorreu graças a uma inteligente utilização das características do ferrolho.O esquema de Rappan exigia boas cabeças no meio campo e na sobra, e , ao contrário da Suiça, que possuía apenas jogadores medíocres, Herberger tinha um líbero brilhante, Liebrich e três volantes sensacionais, Eckel, Morlock e o capitão Fritz Walter.Sem falar no perigosíssimo ponta-direita Rahn, que fez o gol da vitória.
Revolução mesmo depois do WM, somente em 1958 quando o Brasil de Vicente Feola instituiu o 4-2-4, campeão do mundo na Suécia.O 4-2-4 exigia a presença em campo de dois meias de fôlego e critividade, Zito e Didi.Mais um ataque que com, no mínimo, três atacantes devastadores e um quarto capaz de sacrificar-se em caso de perigo, Garrincha, Vavá,Pelé e Zagalo.
A seleção formava desta maneira:
Gylmar na meta.
Djalma Santos e Nilton Santos nas laterais.
Bellini e Orlando na zaga.
Didi e Zito na meia.
Garrincha, Vavá, Pelé e Zagalo no ataque.
Para combater a agressividade brasileira os europeus instituíram a figura do cabeça-de-área, da qual o alemão Franz Beckenbauer é ainda o melhor representante.
Foi em 1974 que o mundo conheceu aquela que, por enquanto, é a mais audaciosa forma contemporânea de se jogar futebol, o carrossel holandês:quatro zagueiros marcando por zona, orientados por um líbero de inteligência superior, Ruud Krol;dois avantes rapidíssimos e dotados e preparação física descomunal, Rep e Resenbrinck;quatro volantes se revezando como loucos no meio de campo, Jansen,Van Hanegen,Neeskens e Cruyff.
A fabulosa equipe era assim formada:
Jongbloed na meta
Suurbier,Rijsbergen e Krol na defesa.
Janssen,Haan,Neeskens e Van Hanegem na meia
Cruyff na meia ofensiva
Rep e Resenbrink no ataque.
Fonte:Isto É
