Arquivo do Autor: Eduardo Cacella

São Cristóvão, campeão carioca de 1926

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Esse título é o maior amuleto da história do São Cristóvão. Sua maior glória. Basta dizer que dos mais de sessenta clubes que já disputaram os Campeonatos Cariocas, apenas oito se sagraram campeões, a saber: Fluminense, Botafogo, Flamengo, Vasco da Gama, Américo, Bangu, Paissandu (cuja seção de Futebol foi extinta) e o São Cristóvão.
O livro de Mário Filho “O Negro no Futebol Brasileiro” na parte 3 do capítulo III dedica a narração dos bastidores do time do São Cristóvão por ocasião do título. Foi uma campanha árdua, porém muito regular.
Foram 18 jogos com 14 vitórias 2 empates 2 derrotas, com 70 gols pró e 37 contra. Com direito. inclusive, a 1 jogo anulado. Eis a campanha:

1° Turno

1) 04-04 – Na R. Figueira de Meio. 4×4 Botafogo
Gols de S. Cristóvão: Octávio “Jaburu” (3), Vicente (2) e Artur “Baianinho”

2) 18-04 – Nas Laranjeiras, 2×6 Fluminense Gols: Baianinho e Octávio “Jaburu

3) 21-04 – Na R. Campos Sales, 3×2 Vila Isabel Gols: Vicente (2) e Baianinho

4) 25-04- Na R. Paissandu, 2×1 Vasco Gols: Henrique e Octávio “Jaburu”

5)16-04 – Na R. Figueira de Melo, 5×0 Flamengo
Gols: Vicente (2). Octávio “Jaburu”, Baianinho e Osvaldo

6) 23-05 – Na R.Figueira de Melo, 8×2 Sport Club Brasil Gols: Osvaldo (3). Vicente (2). Teófilo (2) e Octávio “Jaburu”

7) 30-05 – Nas Laranjeiras, 3x 1 Syrio e Libanez
Gols: Osvaldo (2) e Baianinho
8) 13-06 – Na R. Figueira de Melo. 2×2 Bangu Gols: Vicente e Teófilo

9) 20-06 – Na R. Campos Sales. 3xl América Gols: Baianinho, Teófilo e Octávio “Jaburu”

2° Turno

10) 27-06 – Na R. Gen. Severiano, 4×3 Botafogo Gols: Octávio “Jaburu”(2), Baianinho e Vicente

11) 04-07 – Na R. Figueira de Melo, 4×2 Fluminense Gols: Vicente (3) e Doca

12) 14-07 – Na R. Figueira de Melo, 2×3 Vasco da Gama Gols: Teófilo e Vicente
No jogo aconteceu muita confusão, fruto da rivalidade entre torcedores dos Clubes (o Vasco já havia adquirido um terreno no bairro para construção de seu Estádio e Sede). Vicente desperdiçou um penalty decepcionando os sãocristovenses e novas confusões ocorreriam, sobressaindo uma torcedora do São Cristóvão chamada Eusébio. Os jornais narraram o fato.

13) 18-07 – Na R. Figueira de Melo, 2×1 Vila Isabel Gols: Vicente (2)

Em 01-08 ocorreu o jogo com o Flamengo que posteriormente haveria de ser anulado, a pedido do próprio Flamengo. O placar estava 3×1 Flamengo, quando por volta dos 18’do 2° tempo o árbitro Ciro Werneck marcou penalty a favor do S. Cristóvão. Estourou um grande conflito com agressão ao árbitro e com a torcida do flamengo impedindo a cobrança da infração. O jogo foi interrompido e houve uma decisão de recomeçar com o penalty em outro dia, com portões fechados ao público. O Flamengo não concordou, e foi jogado em 21-10 como veremos.

14) 08-08 – Na R. Gen. Severiano, 6×0 Brasil
Gols: Vicente (2), Octávio “Jaburu” (2), Baianinho(2 )

15) 15-08 – Na R. Figueira de Melo, 7×5 Svrio e Libanez Gols: Baianinho (2), Teófilo (2). Henrique. Vicente e Octávio.
16) 12-09 – Na R. Ferrer. 2×0 Bangu Gols: Vicente e Baianinho
17) 19-09 – Na R. Figueira de Melo, 4×4 América Gols: Vicente (2). Baianinho e Octávio “Jaburu”

18) 2 1-09 – Na R. Paissandu, 5×1 Flamengo Gols: Vicente (3) e Octávio “Jaburu”(2)

Os 70 gols marcados ficaram assim distribuídos entre os jogadores:

Vicente = 25
Octávio “Jaburu” = 16
Baianinho = 13
Teófilo = 7
Osvaldo = 6
Henrique = 2
Doca = 1

A Diretoria da época era constituída pelos seguintes nomes: Presidente: Amadeu Macedo
Vice: Oscar Valim
Diretores: Adélio Martins, José Maria de Melo Castelo Branco e Manoel Ignácio Pimentel
Colaborador da Campanha: Álvaro Teixeira Novaes
Técnico: Luis Vinhaes
É importante ressaltar que o próprio livro de Mário filho cita como presidente o Sr. Álvaro Novaes, mas felizmente as atas do ano 1926 estão intactas e nela vemos Amadeu Macedo como Presidente. Esse é um reparo que o livro faz.

OS CAMPEÕES

O São Cristóvão utilizou apenas 15 jogadores. O time base foi: Paulino: Póvoa e Zé Luiz; Julinho, Henrique e Alberto; Osvaldo, Jaburu, Vicente. Baianinho e Teófilo.
Os outros 4 utilizados foram: Doca, Mendonça, Martins e o Luis Vinhaes (que também era técnico).

Eis os nomes completos:

Paulino Cataldo – 18 jogos
Octávio de Menezes Póvoa – 17 Jogos
José Luis de Oliveira – “Zé Luis” – 18 jogos
Judo Castilho de Faria – “Julinho” – 18 jogos
Henrique Carneiro – 17 jogos
Oswaldo Affonso de Castro – Osvaldo “Manobra- – 17 jogos
Octávio de Oliveira – Octávio “Jaburu” – 18 jogos
Vicente Alves de Oliveira – 18 jogos
Artur dos Santos – Artur “Baianinho” – 18 jogos
Theóphilo Bethencourt Pereira – Teófilo – 18 jogos
Álvaro Martins – 2 jogos
Alfredo de Almeida Rego – “Doca” – 2 jogos
Eduardo Medeiros Mendonça – 1 jogo
Luís Vinhaes – 1 jogo

Eis as manchetes dos jornais do dia seguinte a conquista do título:

1 – O Globo de 22-11-26:
“Bravo, São Christovão Athletico Club! Bravo!”
2 – Jornal do Brasil de 23-11-26:
“O S. Christovão A.C. é o Campeão Carioca do Footbal” 3 – O Correio da Manhã de 23-11-26:
“O São Christovão A.C. levanta o título de Campeão do Rio de Janeiro— 4 – O Paiz dos dias 22/23-11-26:
“O heroe do mais sensacional torneio do football Carioca” Subtítulos:
“Vencendo o Flamengo, por 5×1, O São Christovão tornou-se o Cam¬peão de 1926 – Vicente e Octávio, os autores dos pontos do vencedor” 5 – O Imparcial de 23-11-26:
“A Bella Victória do São Christovão Athletico Club”

Fonte:Chuvas de Glórias de Raymundo Quadros

Copa Amistad 1990

Copa Amistad, 1990.

19.07.1990 Copa Amistad 1990

Santiago (Chile) Nacional

Club Social y Deportivo COLO-COLO (Chile) 0 X 0 SÃO PAULO Futebol Clube (Brasil)

GILMAR; ZÉ TEODORO, ANTÔNIO CARLOS, RONALDÃO e NELSINHO (IVAN); FLÁVIO, BERNARDO, CAFU e JUAN RAMÓN CARRASCO; BOBÔ e DIEGO AGUIRRE.
Técnico Pablo Forlán
Gols: Não houve gol do SPFC marcado nessa partida
Árbitro: Carlos Manuel Robles Mella (Chile)
Não houve jogador do SPFC expulso nessa partida
Renda Desconhecida
Público Desconhecido

21.07.1990 Copa Amistad 1990

Santiago (Chile) Nacional

Club Deportivo UNIVERSIDAD CATÓLICA (Chile) 0 X 2 SÃO PAULO Futebol Clube (Brasil)

GILMAR; ZÉ TEODORO, ANTÔNIO CARLOS, RONALDÃO e NELSINHO; FLÁVIO, BERNARDO, CAFU e JUAN RAMÓN CARRASCO (VIZOLLI); BOBÔ (EDMÍLSON) e DIEGO AGUIRRE (BETINHO).
Técnico Pablo Forlán
Gols: DIEGO AGUIRRE; CAFU
Árbitro: Salvador Imperatore Marcone (Chile)
Não houve jogador do SPFC expulso nessa partida
Renda Desconhecida
Público Desconhecido
*Embora tenha terminado empatado na liderança em todos os critérios com o Colo-Colo, o time local, co-anfitrião do torneio, desistiu do sorteio e ofereceu o troféu para a equipe visitante.

St.Pauli e a política!!!!

St. Pauli é um bairro portuário que fica ao norte de Hamburgo, na Alemanha. Do mesmo modo que o Livorno na Itália, St. Pauli é um dos bairros mais antifascistas da cidade de Hamburgo. Neste artigo falaremos da história da torcida de sua equipe de futebol: o FC St. Pauli. Que expulsaram, na base do confronto físico, todos os fascistas de seu Estádio, o Millentorn. E como diria a banda alemã “Stage Bottles”: “A violência não é o único caminho, mas é o único que muitos entendem. Fuck Fascism!”.

No final dos anos 70 os neonazistas, de forma similar a outros países (especialmente na Inglaterra), começam a se infiltrar nos estádios de futebol de Hamburgo, que até então não tinha nenhum caráter político, tomando em pouco tempo o controle dos estádios graças a sua grande organização. A partir de então eles começam a se situar no “Bloco E” da Curva Norte, por esse motivo muitos torcedores deixam de ir aos estádios. Essas organizações fascistas, que ainda hoje continuam na ativa (como “FAP”, “NF” ou o mais velho partido nazista alemão “NDP”), eram capazes de criarem torcidas organizadas de caráter neonazista como os “Borussenfront” em Dormunt ou os “Hertafrösche” em Berlim. Muitos dos importantes líderes destes grupos eram militantes de partidos neonazistas. Suas zines, bandeiras e outros materiais eram dessa mesma influência política, assim como os hinos que cantavam nos estádios. Não tardou para a polícia interceptar, nesse mesmo ano, uma circular interna escrita pelo líder nazista Michael Kühnen, na qual dizia que “o futebol devia ser um campo de captação de recrutas para o movimento nazista alemão”.

Por outro lado, ao norte da cidade, no bairro de St. Pauli, dar-se início a uma série de acontecimentos significativos para a história do bairro: os “squatters” se multiplicam em muito pouco tempo e as baixas rendas que pagavam pelos tetos fazem com que a maioria dos habitantes da esquerda de Hamburgo se desloque para o bairro de St. Pauli, trazendo consigo, claro, um aumento no número de espectadores do Millentorn (estádio do St. Pauli) que até então não superava os 2000 afiliados.
O FC St. Pauli sempre foi uma equipe modesta, limitando-se apenas a jogar na Bundesliga, e quase sempre jogou na segunda e terceira divisão alemã. Seu estádio, o Millentorn, conta com uma capacidade de 21000 espectadores. Por volta de 1985 começa-se a notar esse crescimento na torcida do St. Pauli. Em apenas um ano a equipe começou a dobrar o número de sócios, passando para 4000 afiliados. Já em 1989 começam a se organizar de um modo mais efetivo os primeiros grupos de torcida do St. Pauli. Em 1991 editam um vídeo sobre eles mesmos em sua passagem pela Bundesliga, feito que voltariam a realizar em 1997. Também começam a organizar seu meio de comunicação próprio, o famoso “Millentorn Roar!”, que atualmente tem uma tiragem de mais de 30000 números, tornando-se assim a revista de torcidas com maior tiragens do mundo.

Mas não avancemos tanto, pois como já dissemos, pouco a pouco a massa do St. Pauli vai aumentando, chamando a atenção da extrema-direita. Em 1988 após uma disputa entre Alemanha e Holanda em Hamburgo, alguns fascistas decidem, para celebrar a vitória da seleção alemã, acabar com a Haffenstrabe, conjunto de okupas situada em St. Pauli. A resposta do bairro é incrível: avançaram em fúria contra os fascistas, confrontando-se fisicamente com eles; os nazistas sofreram numerosas perdas. Depois deste fato, mais e mais antifascistas uniram-se à torcida do St. Pauli. Porém, neste momento, o verdadeiro motivo de sua organização foi para lutar contra os projetos mesquinhos da diretoria do clube, que queria transformar o St. Pauli em um “time grande” à custa da população. Eles planejaram um mega-projeto esportivo que necessitava, como infra-estrutura, milhões de marcos… um estádio novo, um centro comercial, uma cidade esportiva… Enfim, isto supunha o encarecimento do preço dos tetos, o desalojamento das casas okupas, maior controle policial na zona, aburguesamento do bairro etc., e as torcidas do St. Pauli se organizaram para impedir este projeto. Foram ao estádio e fizeram uma série de manifestações, agitando cartazes e bandeiras. O clube então cedeu e as coisas ficaram como estavam. Era a segunda grande vitória, em tão pouco tempo, ganhada pela torcida do St. Pauli, esse foi o verdadeiro começo do que viria depois: deslocamentos de milhares de torcidas organizadas para ver o St. Pauli jogar por toda a Alemanha, o reconhecimento das torcidas estrangeiras (Celtic Glasgow, Athletic de Bilbao etc.) e a perplexidade dos meios de comunicação pela “estranha” torcida do St. Pauli (comunistas, anarquistas e antifascistas em geral), pelas bandeiras de Che tremulando no Estádio de Millentorn e pelos hinos antifascistas cantados por toda a sua torcida. O movimento contra-cultural também se fez presente: punks e skinheads antifascistas prestaram toda a sua solidariedade ao time do St. Pauli, formando inclusive algumas torcidas organizadas.

No início dos anos 90 torcedores antifascistas começaram a se organizar em torno do St. Pauli, surgindo assim o primeiro deles: o “St. Pauli Fans”. Nesse mesmo ano, surgiu também o “St. Paulianer”, que era uma torcida organizada que agrupava todo o tipo de juventude antifascista, contendo em suas fileiras um grande número de skinheads libertários, Redskins e SHARP. Sobre esta torcida ocorreu um fato curioso no final dos anos 90, quando os torcedores do “St. Paulianer” foram a Nuremberg, assistir à partida de seu time, se confrontaram fisicamente com os fascistas. A imprensa e as pessoas leigas ficaram completamente surpreendidas ao ver uma “encarniçada briga de rua entre skinheads de esquerda contra skinheads de direita”. Existia também uma outra torcida denominada “BAFF” (Bündnis Antifas chistischer FusballFans). Entretanto, como já dissemos, o St. Pauli também contava com um grupo de torcedores fascistas que faziam manifestações políticas dentro do Estádio de Millentorn. Em todos os campos que iam, os neonazistas se mobilizavam para enfrentar os torcedores do St. Pauli. Mas a união entre as torcidas antifascistas do St. Pauli resultou na vitória final contra o eixo nazista. As brigas foram continuas e selvagens, mas no final de tudo as torcidas organizadas do St. Pauli limparam seu estádio da sujeira nazi-fascista, os expulsaram na base da violência (a única linguagem que os fachos conhecem). Também são famosos seus confrontos com os fascistas de Hamburgo, Berlim e Borussia Dortmund. Seu reflexo em outras torcidas alemãs é incrível, seguiram seus exemplos outras torcidas como as do Schalke 04, Kaiserlauntern e Mainz.

Enfim, a ideologia no seio do St. Pauli, tanto dos torcedores como da própria equipe, é o antifascismo. Foram os primeiros a organizar partidas contra o racismo, convidando imigrantes a participar. Até pouco tempo, a torcida e a equipe protestaram contra a guerra dos EUA no Iraque, levantando faixas com os dizeres: “FUCK THE WAR!”. Atualmente, o St. Pauli conta com dezenas de grupos organizados que animam regularmente a equipe (todos eles antifascistas, claro!) distribuídos entre a Curva Norte e a “Gegengerade”, que é a parte do estádio situada em frente à tribuna central. Todos eles animam de pé os 90 minutos da partida. Seu lugar de encontro é o ?Fanlanden?, uma espécie de lugar clandestino onde se reúnem todas as torcidas do St. Pauli, e onde se distribuem material do grupo e da equipe, elaboram a fanzine, reúnem bandeiras, discutem futebol e política e, naturalmente, tomam algumas cervejas. Também tem um programa de rádio próprio onde retransmitem diretamente todas as partidas que o St. Pauli joga fora de casa.
Nos últimos anos, as torcidas ficaram muito contentes porque o St. Pauli e o 1.FCN regressaram à primeira divisão juntos, enquanto o Waldhof Mannheim, que é conhecido por suas torcidas fascistas, caiu para a segunda divisão.

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AMISTOSOS INTERNACIONAIS

Jogos dos clubes de Caxias do Sul, ACF, Flamengo e Caxias

03/02/1952 Caxias do Sul Flamengo 1×3 Ferrocarril(ARG)
31/03/1962 Montevideo, Uruguai Seleção do Uruguai 6×1 Flamengo
10/04/1962 Bahia Blanca, Argentina Seleção de Bahia Blanca 2×3 Flamengo
13/04/1962 Mar del Plata, Argentina Seleção de Mar del Plata 3×3 Flamengo
16/04/1962 Tandil, Argentina Seleção de Tandil 1×5 Flamengo
19/04/1962 Tunuyan, Argentina Seleção de Tunuyan 1×6 Flamengo
22/04/1962 General Alvear, Argentina Pacífico 2×6 Flamengo
25/04/1962 San Rafael, Argentina Seleção de San Rafael 1×3 Flamengo
28/04/1962 Mendoza, Argentina Godoy Cruz 1×1 Flamengo
01/05/1962 San Nicolau, Argentina Seleção de San Nicolau 3×5 Flamengo
04/05/1962 Pergamino, Argentina Pedal Pergamino 2×4 Flamengo
07/05/1962 Zarate, Argentina Seleção de Zarate 0x2 Flamengo
10/05/1962 Mercedes, Argentina Seleção de Mercedes 2×6 Flamengo
13/05/1962 La Plata, Argentina Gimnasia y Esgrima 2×2 Flamengo
14/02/1963 Bahia Blanca, Argentina Ligado Sul 1×0 Flamengo
17/02/1963 Santa Rosa, Argentina Argentino 1×4 Flamengo
23/02/1963 Villegas, Argentina Villegas 1×2 Flamengo
01/03/1963 San Rafael, Argentina Sportivo Pedal 1×2 Flamengo
04/03/1963 Tunuyan, Argentina Seleção da Liga de Tunuyan 1×6 Flamengo
08/03/1963 San Luis, Argentina Estudiantes(SL) 0x4 Flamengo
11/03/1963 Junin, Argentina Sarmiento 1×1 Flamengo
14/03/1963 Chivilcoy, Argentina Seleção da Liga de Chivilcoy 2×2 Flamengo
18/03/1963 Rojas , Argentina Argentino Parques 0x4 Flamengo
09/07/1963 La Plata, Argentina Estudiantes(LP) 3×2 Flamengo
07/04/1964 Rosario, Argentina Rosário Central(ARG) 4×2 Flamengo
10/02/1974 Caxias do Sul ACF 2×0 Danúbio(URU)
15/02/1974 Montevideo, Uruguai Rentistas(URU) 1×1 ACF (3×2 pen)
17/02/1974 Montevideo, Uruguai Liverpool(URU) 2×1 ACF
18/06/1977 Montevideo, Uruguai Seleção do Uruguai 1×1 Caxias
29/01/1997 Caxias do Sul Caxias 1×2 Olímpia(PAR)
24/01/1998 Caxias do Sul Caxias 1×0 Seleção da Jamaica
28/01/1999 Caxias do Sul Caxias 1×0 Grasshopers(SUI)
23/01/2003 Caxias do Sul Caxias 2×2 Sporting Cristal(PER)
30/06/2007 Rivera, Uruguai Nacional(URU) 0x0 Caxias (3×4 pen)

Os irmãos Carvalheiras!!!!

Depois da conquista do campeonato de 1934, pelo Náutico, a fama dos Carvalheiras (Zezé, Fernando e Artur), três unidos irmãos fora e dentro do campo, que compunham o ataque do time alvirrubro, começou a atravessar fronteiras e penetrou no Rio de Janeiro, mais precisamente dentro do Fluminense, onde o pernambucano e alvirrubro, Antonio Vicente Filho, se encarregava de decantar em prosa e verso o maravilhoso futebol dos
Carvalheiras, especialmente do mais jovem, Artur, que tinha 17 anos.

No Recife, o experiente técnico do Náutico, Umberto Cabelli, não fazia por menos. Quem quer que o perguntasse qual o melhor jogador pernambucano, no momento, respondia sem pestanejar: Artur Carvalheira. Artur era um meia consciente, aplicado, objetivo arquiteto das grandes vitórias do Náutico que no campeonato de 1935 tinha feito 79 gols, 31 dos quais assinalado pelo irmão de Artur, Fernando, artilheiro da equipe e da temporada.
Em setembro de 1936, acontecia a consagração de Artur.
Um telegrama passado do Rio pelo influente Antonio Vicente Filho pedia que embarcassem o atacante alvirrubro para o Rio deJaneiro, a fim de jogar pelo Fluminense. A notícia explodiu como uma bomba nos meios esportivos, deixando torcedores e dirigentes alvirrubros vaidosos e cheios de orgulho.
Artur viajou muito satisfeito e empolgado pelo fato de ser o primeiro jogador pernambucano a sair daqui direto para jogar num centro evoluído como o Rio, e pelo Fluminense, um clube de categoria. Ao seu embarque, compareceram não só dirigentes e torcedores do Náutico, mas também de outros clubes.

Com menos de uma semana, ele começava a se decepcionar com os novos colegas e ambiente. Só se falava em “bichos”, farras e outras coisas que Artur, como amador autêntico, não admitia e no Náutico não estava acostumado a ver. Porém, ele não queria voltar sem antes mostrar seu futebol, sua categoria. Cada treino que dava, os elogios aumentavam.
O Fluminense estava em francos preparativos para o grande “Fla-Flu” e Artur passou a ser olhado pelos dirigentes do tricolor carioca como uma arma secreta para o grande clássico.
Quando o Fluminense entrou em campo (13.9.1936), a torcida do clube “pó de arroz” ficou meio desconfiada, embora já tivesse tido conhecimento, através dos jornais, do bom futebol do jogador pernambucano.

Artur confirmou tudo que se dizia dele, sendo inclusive responsável pelo gol do empate em 1×1, quando o Fluminense perdia de 1×0. Foi derrubado dentro da área no momento em que ia deixar sua marca nas malhas do Flamengo. 0 pênalti foi cobrado com sucesso, estabelecendo-se o empate, resultado final do encontro.
Dois dias após, os jornais recifenses transcreveram em suas página esportivas matérias sobre a partida em que a imprensa carioca fazia os melhores elogios a atuação do atacante pernambucano. Os torcedores do Náutico vibraram como se fosse uma vitória do seu clube. Muitos deles recortaram as páginas dos jornais que destacavam as escalações do Fluminense e Flamengo. Era uma lembrança inolvidável da passagem de Artur Carvalheira pelo futebol carioca.
As equipes jogaram assim:

Fluminense – Batatais; Guimarães e Machado; Marcial, Brant e Orozimbo; Sobral, Russo, Romeu, Carvalheira e Hércules.

Flamengo – Yustrich; Domingos e Marin; Médio, Fausto e Oto; Sá, Leônidas, Alfredo, Angel e Jarbas.

A volta de Artur foi apoteótica. Ele retornou no dia 28 de setembro pelo navio “Oceania” e foi saudado no cais do porto por banda de música e uma salva de 21 tiros. Aos repórteres, teve que contar várias vezes como ocorreu a jogada do pênalti que originou o gol de empate do Fluminense. Revelou ter recebido convite do clube carioca para assinar contrato de profissional, porém recusou porque não queria mesmo fazer do futebol profissão.

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Fonte:A Historia do Futebol PE

O jogo que levar gols custou o bicho dos jogadores!!!

O mignon centroavante Tará, que havia se transferido há dois anos atrás do Santa Cruz para o Náutico, foi o responsável direto por este outro extravagante escore no futebol pernambucano.
Dos 21 tentos marcados por sua equipe, ele fez 10, constituindo-se assim no recordista de gols até então.
Esta goleada, no entanto, gerou certa revolta nos jogadores alvirrubros, porque a diretoria do clube timbu se recusou a pagar “bicho”, sob alegação de que o time que faz 21, não pode deste mesmo adversário levar 3 gols. E o “bicho” não foi mesmo pago.

Esta partida entre Náutico e Flamengo foi a principal da rodada dupla realizada no estádio dos Aflitos, no domingo 10 de julho de 1945 e válida pelo campeonato. Quando o Náutico fez o vigésimo gol, não havia mais ninguém em campo, não só pelo desinteresse da partida, mas também face às pesadas chuvas que caíram durante toda à tarde. No dia seguinte, o jogo foi comentado humoristicamente pelos jornais e um apelo foi feito ao tenente Colares para que retirasse seu time do campeonato.

O juiz foi Leon Markman e os times formaram assim:

Náutico 21 x Flamengo 3

Náutico – Zeca; Periquito e Durval; Evaldo, Palito e Mário Ramos;Plínio, Hilton, Tará, Hermenegildo e Luiz.

Flamengo – Sarmento (Alves); Proa e Adelson; Arlindo, Enedino e Djalma; Clemildo,Francisco, Dias, Airton e Carioca.

Os goleadores foram: Tará (10),Luiz (5), Plínio (3), Hermenegildo (2) e Evaldo.
Os do chamado “campeão da fidalguia” foram anotados por Dias (2) e Francisco.

Fonte:Historia do Futebol em PE

Copa Araguari de Futebol Sênior

A 12° edição da Copa Araguari de Futebol Sênior foi disputada entre 17 de fevereiro de 2008 a 07 de maio.Fluminense e Cruzeiro se classificaram para a grande final e vão repetir a decisão de 2005 quando o Azulão levou a melhor e ficou com o título.
Nas semfinais de 2008 o Fluminense derrotou o Comercial Amanhece com uma vitória de 2×1 e um empate de 1×1 na partida seguinte.Já o Cruzeiro derrotou a equipe do Amanhece com um empate de 1×1 e uma vitória de 4×2 na segunda partida.

Equipes Participantes

Fluminense
Cruzeiro
Resgate
União
Comercial Amanhece
Botafogo
Santa Helena
Amanhece
Corinthians
Flamengo
Grêmio

A Fusão dos São Cristóvão!!!!

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O idealizador principal da Fusão dos dois São Cristóvão, não resta dúvida foi o Sr. Rodolpho Maggioli que conseguiu em 13 de fevereiro de 1943 o sonho de todo o Bairro Imperial. Apesar dos insistentes apelos para reunir o outro, o Clube de São Cristóvão Imperial também, não logrou êxito.
Coincidência ou não, os irmãos Maggioli dominavam a Presidência dos Dois São Cristóvão: o Rodopho no SCAC e o Henrique no CRSC. O 1° Presidente do novo Clube: São Cristóvão de Futebol e Regatas, ficou, é claro, sendo com toda razão, o Rodolpho.

Na realidade a 1° Reunião dos Conselheiros dos 2 Clubes foi a 23 de janeiro de 1943 em sessão presidida pelo Sr. Luiz Aranha. Na ocasião foi formada uma comissão para tratar do Estatuto da Fusão. O Conselheiro Bernadino Veloso (do C.R.) solicitou a palavra e disse que nada poderia ser feito sem consulta aos quadros de Associados de ambos. A proposta foi rejeitada por unanimidade e marcou-se uma futura reunião. Tal, acon¬teceu em data já citada (13-02) e precisamente às 22 horas e 10 minutos nascia o Clube que resiste a tudo até os nossos dias.

Curiosamente a equipe de Futebol se encontrava em excursão no estado de Minas, e, em 15 de fevereiro venceria por 5×3 o Cruzeiro (novo nome do Palestra Itália) em Belo Horizonte, sendo uma estréia auspiciosa para o São Cristóvão de Futebol e Regatas.
As vibrações eram por demais positivas e logo no Primeiro Torneio oficial com o nome de São Cristóvão de Futebol e Regatas, que foi no “Torneio Municipal” fomos Campeões. Foram 9 jogos com 7V lE 1D, sendo os resultados:

4-04 2×0 Bonsucesso (Gols: Alfredo e Caxambu)
18-04 2×0 Vasco (Gols: Nestor e Magalhães)
25 e 29-04 4×3 Bangu (Gols: Alfredo(2) Caxambu e Nestor)
02-05 4×0 Madureira (Gois: Caxambu (2) Santo Cristo e Alfredo)
09-05 2×5 Botafogo (Gols: Nestor (2)
16-05 4xl Flamengo (Gols: João Pinto (2) – Nestor (2)
23-05 4×2 Fluminense (Gols: Nestor (2) – Santo Cristo – Alfredo)
06-06 6×6 Canto do Rio (Gols: Santo Cristo (3) – João Pinto (2) e Alfredo)

Fonte:Chuva de Glórias, Raymundo Quadros