Arquivo do Autor: Eduardo Cacella

Ligas pelo Brasil!!!

Amigos eu vi essa proposta e achei interessante, a criação de Ligas dentro dos estados, que poderiam ser classificatórias para os estaduais em que juntassem clubes de cidades onde existem muitas rivalidades.Acho a ideia excelente para dar uma alternativa aos clubes menores e aumentar o interesse no futebol nestas regiões.Com certeza os estádios iriam lotar.Poderia ser criada até uma 2° divisão, para resgatar clubes tracionais que ficaram pelo profissionalismo.
Um exemplo muito bom foi a “criação” da Liga do Triângulo Mineiro, Copa do Triângulo, qualquer nome desses.

Participariam os seguintes clubes:

Ituiutaba
Uberaba
URT
Araxa
Nacional de Uberaba
Fluminense F. C. Araguari
Araguari AC
Mamoré
Patrocinense
Uberlandia

Quem quiser “viajar’ nessa ideia e criar outras “Ligas’ seria legal para termos uma noção de como seria.

O jogo com o maior número de expulsões!!!

Portuguesa de Desportos e Botafogo-RJ jogavam pelo Torneio Rio-São Paulo de 1954, no Pacaembu.
Mas a partida acabou aos 31 minutos do segundo tempo, quando estava 3 x 1 par a Lusa. Tudo porque os 32 jogadores acabaram expulsos de campo.
A confusão começou com o zagueiro Tomé, do Botafogo, que tentava cobrar um tiro de meta enquanto o atacante Ortega, da Lusa, catimbava, tentando ganhar tempo.

Os dois discutiram, trocaram socos e pontapés e acabaram envolvendo os outros jogadores. O juiz da partida, Carlos de Oliveira Monteiro, ficou assistindo a briga, esperou a coisa acalmar e, no final da confusão, expulsou todo mundo:

Lindolfo, Nena, Valter, Herminio, Clóvis, Ceci, Dido, Renato, Nelsinho, Edmur e Ortega, da Portuguesa; Pianowski, Tomé, Floriano, Ruarinho, Bob, Juvenal, Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Jaime e Vinicius, do Botafogo.
Naquele dia, só escaparam Osvaldinho, da Lusa, e Arati, do Botafogo, que haviam sido substituídos por Nelsinho e Ruarinho.

Hino do Uberaba

Letra Lourival Beduíno do Carmo (Barão)
Música Rigoleto de Martino

Tenho fulgente história:
Até os deuses já cantam minha glória!
Sou o valente campeão
Que de Uberaba possuo o coração.
Sempre leal e forte,
Sou o denodado Uberaba Sport,
O astro rei, brilhante sol,
A potestade mor do futebol.

Meus jogadores lutam sempre com afeição
Em prol do belo alvi-rubro pavilhão
Nada os retém em seu fervor
Acometendo com ardil e valor.
Em campo altivos, briosos, viris,
Sempre triunfam nas pugnas febris.
Seus peitos tremem de santo ardor
E a glória os beija num lance de amor…

Nobre e liberal,
Meu time não tem rival!
É vencer a sua divisa ideal.
Tem vitórias mil:
É a glória do Brasil!
Ah! Valente Sport
Tão alvejado e sempre forte!
Aleguá!…guá!…guá…Urrah!…Urrah!
Salve! Ó campeão
Da Princesa do Sertão!

Hino do Baraúnas-RN

Letra: Olismar Lima/Francisco Diógenes
Música: Batista/Francisco Diógenes

Baraúnas, tu és origem Da história que fez tradição. Fostes chefe, na mata virgem, De uma tribo desta região.

O seu verde da mata encanta. Tens o branco que a paz reuniu. No vermelho do sangue a esperança De tua garra repleta de brio.

Oh tricolor! oh tricolor! Oh tricolor É no gramado que tu és um vencedor Oh tricolor! Oh tricolor! Oh tricolor Leão guerreiro, imbatível aonde for.

Baraúnas, és um guerreiro, Tens a glória de ser campeão No esporte, és o primeiro, Bate forte no meu coração.

Mossoró, tu és grande e altaneira. Tens um nome a zelar no Brasil. Baraúnas és um marco de história De um clube guerreiro e viril.

Oh tricolor! oh tricolor! Oh tricolor É no gramado que tu és um vencedor Oh tricolor! Oh tricolor!

Alçapão com muitas histórias!!!!


Curiosidades da história centenária do Leão do Bonfim

Dias de glórias e conquistas dentro de campo marcam a vida centenária do Villa Nova. Mas não só de feitos heróicos no futebol vive o Leão. As arquibancadas de concreto do Alçapão do Bonfim escondem casos memoráveis, que enchem de orgulho aqueles que dedicaram uma vida inteira ao time de Nova Lima. Que o diga Helena Liberato, uma das filhas do casal que ajudou a escrever as primeiras linhas dessa história.

Foto: Arquivo do Villa Nova

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Foto antiga do Alçapão do Bonfim

O alçapão ainda nem existia. Era apenas um terreno cheio de pedra, que pertencia à Mineração Morro Velho. Seu José Liberato já era funcionário da mina, aos 14 anos, e recebeu a função de desaterrar o terreno para a construção de um campo de futebol. Contou com a ajuda da até então amiga Maria Joana, que tinha 13 anos. Mas de pedra em pedra nasceu um grande amor. Os dois começaram a namorar, casaram-se e foram morar dentro do campo, numa casa construída para eles pelos ingleses da Morro Velho. Seu Zé Liberato ganhou nova função, a de zelador do recém-nascido Villa Nova, e dona Maria, a faz-tudo do time. Era ela quem confeccionava os uniformes, lavava-os, passava-os com ferro a brasa e ainda preparava as refeições para os jogadores.
Desse amor nasceram oito filhos: Maria Emídia, Odete, Juca, Osório, Vaduca, Helena, Doca e Antônio, todos no campo do Villa, conforme registrado em certidão de cada um deles. Quatro desses filhos, Juca, Osório, Vaduca e Doca, não escaparam da sina e foram jogadores do Leão de Nova Lima.

PRIMEIRA ESCOLINHA

E foi dona Maria Joana quem fundou a primeira escolinha do Villa, bem no início, quando o campo ainda era de terra e a arquibancada, de madeira. Era ela quem fazia a peneirada e a preleção. Juntava a meninada no meio do campo, dava aulas até de religião, para depois soltar a bola no chão para as peladas.

CASO DE POLÍCIA

Dick já era um jogador conhecido do Villa quando conheceu uma menina, afilhada de Américo René Giannetti, que foi prefeito de Belo Horizonte. Os dois iniciaram um namoro que virou caso de polícia. Contrário ao namoro da afilhada com o jogador, o político convocou um verdadeiro batalhão da Polícia Militar para ir ao encalço de Dick, que ficou sumido por três dias. A moça escondeu-se na casa de dona Maria Joana. Depois de ser obrigada a prestar depoimento à polícia pela acolhida à fugitiva, ela aderiu à posição de Giannetti e obrigou Dick, que não sofreu nenhuma conseqüência, a terminar o namoro.

BOEMIA

Festeiros, vários jogadores driblavam técnicos para curtir os prazeres que a noite de Nova Lima oferecia. Muitos até atravessavam a nado um rio que beirava o campo para freqüentar os bordéis da cidade. O mais boêmio deles era Anísio Clemente. Numa de suas escapadelas, ele passou a noite inteira na farra e, quando retornava, avistou de longe Yustrich, que já tinha a fama de disciplinador. O atleta escondeu-se detrás de um muro. Mas o técnico, que já o havia percebido, montou guarda ao lado do muro, por duas horas, até Anísio, medroso, fazer xixi na calça e se entregar.

CASAMENTO

Um jogador do Rio de Janeiro havia chegado recentemente para reforçar o Villa e trouxe, a tiracolo, a namorada fugida de casa. A moça acabou grávida e pediu asilo a dona Maria Joana, pois sabia que ela o faria casar. O jogador tentou enrolar a moça, mas não escapou do casamento, realizado na casa de dona Maria, dentro do campo do Leão. O bebê estava prestes a nascer quando o padre chegou. A cerimônia religiosa foi realizada às 19h e o parto, às 20h30.

FERIADO

Os treinos oficiais do Villa Nova eram uma verdadeira festa para os novalimenses, motivo para os poucos comerciantes decretarem feriado e baixar as portas das lojas para ir ao campo usando terno e gravata.

ORGANIZADA

Pelo amor ao Leão, moças da alta sociedade de Nova Lima e prostitutas reuniram-se para formar a primeira torcida organizada do time. De blusa de manga comprida longa e saia vermelha que ia até os pés, o grupo era assíduo em treinos e jogos, chamando a atenção pelas danças e gritos de guerra ensaiados.

BRIGA DE TORCIDA

Cidinho Bola Nossa já era árbitro e protagonizou uma das histórias mais engraçadas que envolveu a torcida do Villa Nova. Era jogo contra o Atlético e ele não validou dois pênaltis a favor do Leão. Levou uma surra dos torcedores e acabou acudido por dona Maria Joana. Escondeu-se debaixo da cama de um dos filhos dela até a poeira baixar. Para voltar para casa, fantasiou-se de padre e saiu do campo no camburão da Polícia Militar.

CHULÉ

O jogador Barbatana, que posteriormente foi técnico do Atlético, fugia da concentração por causa do chulé dos companheiros. Para variar, encontrava refúgio na casa de dona Maria Joana, já considerada mãe de todos.

MACUMBA

Conta-se que o jogador Orlando era o maior macumbeiro. Fazia trabalhos para amarrar os adversários e o Villa Nova sair vitorioso.

BICHO-DE-PAU-PODRE

Nunca um jogador sofreu tanto nas mãos dos companheiros quanto Tobias. Por ser o único branco na ocasião, sentia-se o melhor de todos e exigia algumas regalias. Mas nunca foi atendido. Pior, era chamado de bicho-de-pau-podre por todos no Villa Nova.

Fonte:Ludymilla Sá – Estado de Minas