Arquivo do Autor: Vicente Henrique Baroffaldi

“FERROVIÁRIA EM CAMPO – TRICAMPEÃ DO ACESSO (1955 – 1966 – 2015)” – NOVO LIVRO DE VICENTE HENRIQUE BAROFFALDI CONTANDO CAPÍTULOS GRANDIOSOS DA HISTÓRIA DA FERROVIÁRIA

 

Um farto “arsenal” foi armazenado e os fatos pertinentes se entrelaçaram gradativamente. A partir de então, o empenho maior consistiu em narrar os acontecimentos sem precipitações e dentro de uma sequência inteligível.A ideia deste livro nasceu quando a Ferroviária começou a dar mostras de que poderia ser campeã paulista da Série A2 em 2015. Com a consolidação da conquista, pusemo-nos a campo no sentido de levantar o material relacionado aos três maiores feitos da história afeana: os campeonatos de acesso de 1955, 1966 e 2015.
Depois de se tornar tricampeã do Interior na década de 1960 (1967 a 1969), a Locomotiva finalmente passa a ser detentora de outro tri, este mais representativo ainda por possibilitar-lhe a presença no grupo principal do futebol paulista.
Este nosso terceiro trabalho sobre a Ferroviária de Araraquara é o primeiro a tratar de um segmento específico de sua história, visto que os dois primeiros abordaram genericamente o clube, enfatizando os dados estatísticos, enfim, os números alcançados pelo time ao curso de 64 anos.
Desta feita, o relato é mais descritivo, mais palatável à leitura fluente, uma vez que exposições numéricas acabam exigindo reflexões e interpretações que alongam o tempo a ser dedicado ao exercício da leitura. Não que tenhamos abdicado dos números, apenas os limitamos.
Outro aspecto que diferencia este livro, dos anteriores, é o farto material fotográfico que ilustra cada um dos capítulos, mostrando imagens caras aos afeanos.
Quando os torcedores da Ferroviária ainda curtem a subida do time para a principal divisão do estado, saindo do pesadelo dos 18 anos (1997 a 2014) de tentativas infrutíferas, esta retrospectiva é-lhes apresentada como subsídio para a rememoração das grandes conquistas.

Se a leitura proporcionar aos esportistas o mesmo prazer que a pesquisa nos transmitiu, estaremos sendo recompensados inteiramente pelo labor despendido. A Ferroviária se faz merecedora de uma literatura cada vez mais abrangente.


AUTOR: VICENTE HENRIQUE BAROFFALDI
“FERROVIÁRIA EM CAMPO – TRICAMPEÃ DO ACESSO”

                                 (1955 – 1966 – 2015)

176 PÁGINAS
EDITORA: PONTES
VALOR: R$ 30,00
PARA ADQUIRIR: 
EM ARARAQUARA: LIVRARIA VAMOS LER (RUA SÃO BENTO, ENTRE AS AVENIDAS DUQUE DE CAXIAS E ESPANHA).
OUTRAS LOCALIDADES: PEDIDOS PELO EMAIL VICENTE.BAROFFALDI@GMAIL.COM (PAGAMENTO VIA DEPÓSITO BANCÁRIO – ENVIAMOS PARA A RESIDÊNCIA DO COMPRADOR)
SOBRE O AUTOR
Vicente Henrique Baroffaldi, nascido em 28 de julho de 1947, em Araraquara (SP), teve um engajamento nos meios esportivos de sua cidade natal por mais de duas décadas (1965 a 1986).
Como consequência das atividades no setor, passou a registrar suas experiências em livros, todos editados pela Pontes Editores – Ferroviária em Campo – Seis décadas de futebol da Ferroviária de Araraquara (2010), O Alviceleste do Carmo (2011), São Paulo Internacional (2012), O Futebol na Terra do Sol (2013) e Ferroviária em Campo – Breviário Grená (2014), além de um ensaio fora do esporte com a obra A Deusa Vida/Solidão Cósmica (2012), lançado pela mesma editora.

Terceiro lugar no Paulistão de 1968 levou a Ferroviária ao exterior pela terceira vez

Após brilhante participação no Campeonato Paulista de 1968, quando se classificou em terceiro lugar, deixando para trás São Paulo, Palmeiras e Portuguesa de Desportos, sagrando-se bicampeã do Interior, e tendo o artilheiro nº 1 do certame (Téia, com 20 gols), a Ferroviária de Araraquara comemorou o feito promovendo a presença, na Fonte Luminosa, do Napoli da Itália e dando show de bola, ganhando de 4 a 0; para completar a temporada com êxito total e brilhantismo, a Ferrinha excursionou para as Américas do Sul e Central, repetindo o que fizera na segunda excursão, em 1963.

Vail Mota foi o comandante técnico e dirigiu os seguintes profissionais, na excursão:
Carlos Alberto, Sérgio Bergantin, Baiano, Fernando, Rossi, Fogueira, Bebeto, Peixinho, Valdir, Bazzani, Rui Júlio, Ismael, Maritaca, Zé Luiz, Paulo Bim, Pio, Nei, Zé Carlos e Paina.

Em 13 jogos disputados, a Ferroviária ganhou 9, empatou 3 e perdeu apenas um. Assinalou 22 tentos e sofreu 9.

Nº de ordem – Data – Jogo/Resultado – Goleadores Grenás
1 – 07.11.68 – Costa Rica 1 x 2 Ferroviária – Ismael (2)
2 – 10.11.68 – Costa Rica 1 x 0 Ferroviária
3 – 14.11.68 – Honduras 0 x 1 Ferroviária – Zé Luiz
4 – 17.11.68 – Honduras 0 x 2 Ferroviária – Zé Luiz e Baiano (pênalti)
5 – 21.11.68 – El Salvador 0 x 1 Ferroviária – Peixinho
6 – 24.11.68 – Municipal (Guatemala) 2 x 5 Ferroviária – Maritaca, Baiano (pênalti), Bebeto (2) e Pio
7 – 26.11.68 – Comunicaciones (Guatemala) 0 x 2 Ferroviária – Paulo Bim e Maritaca
8 – 29.11.68 – Haiti 2 x 2 Ferroviária – Bebeto e Peixinho
9 – 01.12.68 – Haiti 0 x 0 Ferroviária
10 – 04.12.68 – Deportivo Júnior (COL) 2 x 3 Ferroviária – Bazzani, Pio e Baiano
11 – 13.12.68 – Atlético Bucaramanga (COL) 0 x 2 Ferroviária – Paulo Bim e Maritaca
12 – 15.12.68 – Atlético Bucaramanga (COL) 0 x 1 Ferroviária – Nei
13 – 17.12.68 – Nacional de Medellin (COL) 1 x 1 Ferroviária – Zé Luiz

Impressionante a distribuição dos tentos, pois não houve ninguém que se destacasse sobre os demais. Dez atletas afeanos fizeram gols na excursão:
Zé Luiz, Maritaca, Bebeto e Baiano, 3;
Peixinho, Paulo Bim, Pio e Ismael, 2;
Bazzani e Nei, 1

Fontes:
Fonte Luminosa – Ferroviária, Luís Marcelo Inaco Cirino, Pontes/2005;
Tópicos do Passado da AFE, Antônio Jorge Moreira;
Arquivo pessoal.

FERROVIÁRIA NA ARENA FONTE LUMINOSA

A Arena Fonte Luminosa, estádio municipalizado que abriga os jogos da Associação Ferroviária de Esportes de Araraquara, foi inaugurada no dia 22 de outubro de 2009. Naquela oportunidade, a AFE enfrentou o Ituano, pela Copa Paulista, vencendo por 2 a 1. O primeiro gol da Arena foi consignado pelo ala/lateral Fernando Luís, de cabeça.

Jogo de inauguração da Arena

Desde então, foram 53 apresentações afeanas naquele próprio. O saldo é amplamente favorável, acusando 31 vitórias contra 15 derrotas e 7 empates. Os grenás da Morada do Sol assinalaram 84 gols e sofreram 64, livrando um belo saldo de 20 tentos.

O que mais a Ferroviária fez na Arena foi jogar pela Copa Paulista: foram 21 jogos. Pelo Campeonato Paulista da Série A2 registraram-se 17 jogos. Pelo certame paulista da Série A3, 14 jogos. E amistoso, apenas um, contra o  Santos de Neymar.

O maior público aconteceu na inauguração: 21.254 pessoas festejaram a abertura do novo palco de espetáculos com a bola.

O maior artilheiro da Ferroviária na Arena Fonte Luminosa segue sendo Leandro Miranda, que marcou dez tentos.

Leandro Miranda ( Foto: Cláudio Dias - www.araraquara.com)

Fabrício Carvalho, há pouco tempo defendendo a Locomotiva, já soma sete gols, o mesmo se dando com Danilo Martins e Tobias. Daniel deixou sua marca em seis ocasiões. Tuia em cinco e Clênio em 4. Esses foram os principais goleadores em partidas realizadas na Arena Fonte Luminosa, que segue tendo, também, a denominação de Estádio Dr. Adhemar Pereira de Barros.

 

(Jogo/Data/Finalidade/Artilheiros)

AFE 2 x 1 Ituano – 22.10.09 – Copa Paulista – Fernando Luís e Joel

AFE 2 x 0 Lemense – 03.02.10 – Campeonato Paulista, A3 – Giba e Danilo Martins

AFE 1 x 0 Portuguesa Santista – 13.02.10 – Campeonato Paulista, A3 – Danilo Martins

AFE 4 x 3 Juventus – 21.02.10 – Campeonato Paulista, A3 – Júlio César (2) e Danilo Martins (2)

AFE 1 x 2 Red Bull – 28.02.10 – Campeonato Paulista, A3 – Danilo Martins

AFE 1 x 1 São Carlos – 04.03.10 – Campeonato Paulista, A3 – Leandro Miranda

AFE 4 x 0 Penapolense – 10.03.10 – Campeonato Paulista, A3 – Leandro Miranda (2), Júlio César e Danilo Martins

AFE 1 x 0 Itapirense – 17.03.10 – Campeonato Paulista, A3 – Rodrigo César

AFE 1 x 0 XV de Piracicaba – 23.03.10 – Campeonato Paulista, A3 – Amarildo

 AFE 1 x 0 Batatais – 31.03.10 – Campeonato Paulista, A3 – Tobias

AFE 1 x 2 Palmeiras B – 11.04.10 – Campeonato Paulista, A3 – Tobias

AFE 2 x 1 XV de Piracicaba – 21.04.10 – Campeonato Paulista, A3 – Tobias (2)

AFE 2 x 1 Comercial – 25.04.10 – Campeonato Paulista, A3 – André e Leandro Miranda

AFE 3 x 0 XV de Jaú – 08.05.10 – Campeonato Paulista, A3 – Leandro Miranda, Danilo Martins e Tobias

AFE 0 x 3 Red Bull – 15.05.10 – Campeonato Paulista, A3

AFE 0 x 3 Santos – 04.07.10 – Amistoso

AFE 0 x 1 São Carlos – 18.07.10 – Copa Paulista

AFE 3 x 1 Batatais – 04.08.10 – Copa Paulista – Marcelo Tevez (2) e Leandro Miranda

AFE 1 x 0 Oeste – 18.08.10 – Copa Paulista – Guilherme Alves

AFE 3 x 1 Comercial – 01.09.10 – Copa Paulista – Marcelo Tevez, Daniel e Walker

AFE 3 x 2 Francana – 05.09.10 – Copa Paulista – Leandro Miranda (3)

AFE 2 x3 Sertãozinho – 12.09.10 – Copa Paulista – Leandro Miranda e Ronaldo

AFE 1 x 0 Atlético Sorocaba – 29.09.10 – Copa Paulista – Daniel

AFE 2 x 4 Paulista – 09.10.10 – Copa Paulista – Felipe e Giancarlo

AFE 2 x 2 Grêmio Prudente – 17.10.10 – Copa Paulista – Daniel e Walker

AFE 0 x 2 União São João – 16.01.11 – Campeonato Paulista, A2

AFE 1 x0 Rio Claro – 26.01.11 – Campeonato Paulista, A2 – Tuia

AFE 2 x 3 Comercial – 29.01.11 – Campeonato Paulista, A2 – Tuia e Feijão

AFE 0 x 1 Grêmio Catanduvense – 05.02.11 – Campeonato Paulista, A2

AFE 2 x 1 Sertãozinho – 12.02.11 – Campeonato Paulista, A2 – Ray e Luizinho

AFE 3 x 1 América – 23.02.11 – Campeonato Paulista, A2 – Luizinho, Moisés e Daniel

AFE 1 x 1 Marília – 26.02.11 – Campeonato Paulista, A2 – Moisés

AFE 3 x 4 Rio Preto – 13.03.11 – Campeonato Paulista, A2 – Raul, Cristiano e Luizinho

AFE 0 x 4 Monte Azul – 23.03.11 – Campeonato Paulista, A2

AFE 1 x 1 Velo Clube – 17.07.11 – Copa Paulista – Cesinha

AFE 1 x 0 Francana – 31.07.11 – Copa Paulista – Tuia

 AFE 2 x 3 São Carlos – 03.08.11 – Copa Paulista – Felipe Blau e Jobinho

AFE 2 x 0 Batatais – 04.09.11 – Copa Paulista – Clênio (2)

AFE 2 x 0 União São João – 18.09.11 – Copa Paulista – Tobias e Tiaguinho

AFE 4 x 1 Botafogo – 21.09.11 – Copa Paulista – Clênio, Daniel, Jobinho e Tuia

AFE 0 x 0 Comercial – 02.10.11 – Copa Paulista

AFE 0 x 3 Ituano – 08.10.11 – Copa Paulista

AFE 1 x 0 Noroeste – 22.10.11 – Copa Paulista – Tuia

AFE 1 x 0 Paulista – 26.10.11 – Copa Paulista – Wanderson

AFE 1 x 2 Comercial – 02.11.11 – Copa Paulista – Tobias

AFE 0 x 0 São José – 26.01.12 – Campeonato Paulista, A2

AFE 2 x 1 Santacruzense – 01.02.12 – Campeonato Paulista, A2 – Clênio e Rafael Dias

AFE 1 x 1 União Barbarense – 11.02.12 – Campeonato Paulista, A2 – Ricardinho

AFE 3 x 2 São Carlos – 18.02.12 – Campeonato Paulista, A2 – Fabrício Carvalho (2) e Ricardinho

AFE 3 x 2 Palmeiras B – 22.02.12 – Campeonato Paulista, A2 – Fabrício Carvalho (2) e Jobinho

AFE 2 x 0 Rio Preto – 29.01.12 – Campeonato Paulista, A2 – Fabrício Carvalho (2)

AFE 2 x 0 Velo Clube – 07.03.12 – Campeonato Paulista, A2 – Tatuí e Daniel

AFE 1 x 0 Rio Claro – 14.03.12 – Campeonato Paulista, A2 – Fabrício Carvalho

Praticamente classificada para a Segunda Fase do Campeonato Paulista da Série A2, a Ferroviária passa confiança à sua torcida, que, empolgada, vê com grande expectativa a possibilidade de retorno à Série
A1, de onde saiu no já distante 1996. Este ano já é o 16º sem futebol de elite em Araraquara, a não ser pela presença de grandes clubes do futebol paulista enfrentando outras agremiações que não a Ferroviária, fazendo uso assim da bela e acolhedora Arena Fonte Luminosa.

 Fonte:
Arquivo Pessoal
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

OS FEITOS DO GRACIANAUTO FC

O Gracianauto Futebol Clube foi uma agremiação fundada em Araraquara, na década de 1960. O proprietário de uma empresa se chamava Graciano R. Affonso (cidadão de destaque e muito prestígio na sociedade araraquarense), e o ramo de atividade era agência de automóveis; daí… juntaram Graciano e auto, resultando no nome que o clube recebeu: Gracianauto. Até hoje existe essa agência de veículos na Avenida 7 de Setembro, ao lado da igreja de Nossa Senhora do Carmo, no bairro do Carmo, mas com outros proprietários. Recebendo o maior apoio da empresa, o clube fundado destacou-se no cenário do amadorismo da cidade.

Escudo: Gracianauto F. C.

Começando pela Segunda Divisão Amadora da Liga Araraquarense de Futebol, o time azul e branco obteve o vice-campeonato em 1965. No ano seguinte, sagrava-se campeão, adquirindo o direito de disputar, em 1967, o certame lafeano da Primeira Divisão.
Em 1969, o Gracianauto desenvolvia sugestiva campanha, terminando a competição em 3º lugar.
Em 1970, levantou o Torneio-Início da Primeirona.
O ano de 1971 marcou as maiores conquistas do Gracianauto. Levantou a Taça Cidade de Araraquara; foi campeão da Taça A Gazeta Esportiva; e tornou-se vice-campeão do Campeonato Amador da LAF.
A final da Taça A Gazeta Esportiva de 1971 foi realizada no Estádio Municipal de Araraquara, entre Gracianauto Futebol Clube e Associação Ferroviária de Esportes (AFE). Contra o forte quadro amador da Ferroviária, o Gracianauto conseguiu igualar-se no marcador, no tempo regulamentar: 0 a 0. Na disputa de pênaltis, levou a melhor, erguendo o troféu da importante competição amadora.
Na oportunidade, o Gracianauto apresentou a seguinte formação: Laerte; Pastori, Fermentão, Wilsinho e Roberto; Pedrinho e Nelsinho; Osvaldo, Tim, Zé Carlos e Hudson.

 

Wilson Carrasco defendeu o Gracianauto

Wilson Carrasco

Entre os jogadores que desfilaram sua técnica e bom futebol no Gracianauto, destaque-se o nome de Wilson Carrasco, profissional competente que se destacou, na década de 1980, em clubes do interior paulista, entre eles a Ferroviária de Araraquara e o Botafogo de Ribeirão Preto, despertando o interesse de grandes clubes. Defendeu posteriormente a Portuguesa, o Sport, o Santa Cruz, o Cruzeiro, entre outros clubes.

Fonte:
Museu do Futebol e Esportes de Araraquara (Arena Fonte Luminosa)
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

BRASILEIRÃO: PÚBLICOS DAS DECISÕES

A decisão do Brasileirão que reuniu maior público foi a de 1983, entre Flamengo e Santos, no Maracanã, com 155.253 pessoas  vendo o Mengão levantar o tricampeonato ao fazer o placar de 3 a 0.

O segundo maior público também pertence ao rubronegro carioca e aconteceu em 1980, no jogo Flamengo 3 x 2 Atlético-MG, no primeiro título do Flamengo. Foram 154.355 torcedores, número bem próximo daquele de 1983.

Maracanã Lotado

Sete decisões tiveram público centenário. Os três maiores públicos ocorreram na década de 1980, que poderia ser chamada de década das multidões. Os cinco maiores públicos aconteceram no Maracanã.

Eis a classificação das 41 decisões do Brasileirão, de 1971 a 2011, por público registrado:

 1º – Flamengo 3 x 0 Santos  (1983) – 155.253

2º – Flamengo 3 x 2 Atlético-MG (1980) – 154.355

3º – Fluminense 0 x 0 Vasco da Gama (1984) – 128.781

4º – Flamengo 2 x 2 Botafogo (1992) – 122.001

5º – Vasco da Gama 2 x 1 Cruzeiro (1974) – 112.933

6º – Atlético-MG 0 x 0 São Paulo (1977) – 102.974

7º – Corinthians 1 x 0 São Paulo (1990) – 100.858

Panorâmica: Morumbi lotado

8º – São Paulo 0 x 1 Grêmio (1981) – 95.106

9º – Bangu 1 x 1 Coritiba (1985) – 91.527

10º – Vasco da Gama 0 x 0 Palmeiras (1997) – 89.200

11º – Palmeiras 2 x 0 Vitória (1993) – 88.644

12º – Flamengo 2 x 1 Grêmio (2009) – 84.848

13º – Internacional 2 x 0 Corinthians (1976) – 84.000

14º – Internacional 1 x 0 Cruzeiro (1975) – 82.568

15º – Internacional 0 x 0 Bahia (1988) – 79.598

16º – Corinthians 2 x 3 Santos (2002) – 74.592

17º – Cruzeiro 2 x 1 Paysandu (2003) – 73.141

18º – São Paulo 0 x 1 Vasco da Gama (1989) – 71.552

19º – São Paulo 3 x 0 América-RN (2007) – 69.874

20º – São Paulo 1 x 1 Atlético-PR (2006) – 68.237

21º – Palmeiras 0 x 0 São Paulo (1973) – 66.549

22º – Grêmio 0 x 1 Flamengo (1982) – 62.256

23º – Palmeiras 0 x 0 Botafogo (1972) – 58.287

24º – Corinthians 2 x 0 Cruzeiro (1998) – 57.230

25º – Corinthians 0 x 0 Atlético-MG (1999) – 57.000

26º – Internacional 2 x 1 Vasco da Gama (1979) – 54.659

27º – Goiás 3 x 2 C orinthians (2005) – 48.978

28º – Botafogo 0 x 1 Atlético-MG (1971) – 46.458

29º – Grêmio 2 x 0 Portuguesa (1996) – 42.587

30º – Fluminense 1 x 0 Guarani (2010) – 40.905

31º – Guarani 3 x 3 São Paulo (1986) – 37.370

32º – Corinthians 0 x 0 Palmeiras (2011) – 36.708

33º – Santos 2 x 1 Vasco da Gama (2004) – 36.426

34º – Palmeiras 1 x 1 Corinthians (1994) – 35.217

35º – Vasco da Gama 3 x 1 São Caetano (2000) – 31.761

36º – Santos 1 x 1 Botafogo (1995) – 28.488

37º – Guarani 1 x 0 Palmeiras (1978) – 27.086

38º – Sport 1 x 0 Guarani (1987) – 26.282

39º – São Caetano 0 x 1 Atlético-PR (2001) – 20.000

40º – Goiás 0 x 1 São Paulo (2008) – 18.098

41º – Bragantino 0 x 0 São Paulo (1991) – 12.492

 Uma diferença monstruosa do maior para o menor público das decisões: 155.253 para 12.492.

Se a decisão de 1987, Flamengo 1 x 0 Internacional, tivesse sido reconhecida pela CBF, o público (91.034) daquele jogo seria o 10º da história do Brasileirão.

 

FONTE:
Arquivo pessoal
Fotos: Divulgação (internet)
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

BRASILEIRÃO: 39 DECISÕES DIFERENTES EM 41 EDIÇÕES

As decisões do Brasileirão nunca se repetiram, exceto em 2009 e 2011. Apenas Flamengo x Grêmio e Corinthians x Palmeiras foram jogos repetidos nas decisões. O impressionante é que foram 38 campeonatos sem repetição, sempre com jogos diferentes decidindo o título. Somente na 39ª edição é que se registrou o primeiro repeteco.

Festa do título do Flamengo - 2009 - Flamengo 2 x 1 Grêmio

2011 – Corinthians 0 x 0 Palmeiras - Pacaembu

 

Comprovando que o futebol brasileiro possui um número apreciável de clubes com potencial para chegarem ao título máximo nacional, desde a sua edição nº 1, em 1971, até 2011, em 41 temporadas somente duas vezes houve repetição de clubes no jogo que decidiu o título de campeão. Foram 39  decisões diferentes em relação aos clubes que participaram do jogo do título.

A primeira repetição se deu somente em 2009, na 39ª edição, quando Flamengo e Grêmio fizeram o jogo decisivo, o que já havia ocorrido em 1982. A segunda aconteceu o ano passado (2011) com  Corinthians e Palmeiras se enfrentando, o que já ocorrera na final de 1994.

 

Segue a lista dos jogos que decidiram o Brasileirão:

1971 – Botafogo 0 x 1 Atlético-MG

1972 – Palmeiras 0 x 0 Botafogo

1973 – Palmeiras 0 x 0 São Paulo

1974 – Vasco da Gama 2 x 1 Cruzeiro

1975 – Internacional 1 x 0 Cruzeiro

1976 – Internacional 2 x 0 Corinthians

1977 – Atlético-MG 0 x 0 São Paulo

1978 – Guarani 1 x 0 Palmeiras

1979 – Internacional 2 x 1 Vasco da Gama

1980 – Flamengo 3 x 2 Atlético-MG

1981 – São Paulo 0 x 1 Grêmio

1982 – Grêmio 0 x 1 Flamengo

1983 – Flamengo 3 x 0 Santos

1984 – Fluminense 0 x 0 Vasco da Gama

1985 – Bangu 1 x 1 Coritiba

1986 – Guarani 3 x 3 São Paulo

1987 – Sport 1 x 0 Guarani

1988 – Internacional 0 x 0 Bahia

1989 – São Paulo 0 x 1 Vasco da Gama

1990 – Corinthians 1 x 0 São Paulo

1991 – Bragantino 0 x 0 São Paulo

1992 – Flamengo 2 x 2 Botafogo

1993 – Palmeiras 2 x 0 Vitória

1994 – Palmeiras 1 x 1 Corinthians

1995 – Santos 1 x 1 Botafogo

1996 – Grêmio 2 x 0 Portuguesa

1997 – Vasco da Gama 0 x 0 Palmeiras

1998 – Corinthians 2 x 0 Cruzeiro

1999 – Corinthians 0 x 0 Atlético-MG

2000 – Vasco da Gama 3 x 1 São Caetano

2001 – São Caetano 0 x 1 Atlético-PR

2002 – Corinthians 2 x 3 Santos

2004 – Cruzeiro 2 x 1 Paysandu

2004 – Santos 2 x 1 Vasco da Gama

2005 – Goiás 3 x 2 Corinthians

2006 – São Paulo 1 x 1 Atlético-PR

2007 – São Paulo 3 x 0 América-RN

2008 – Goiás 0 x 1 São Paulo

2009 – Flamengo 2 x 1 Grêmio

2010 – Fluminense 1 x 0 Guarani

2011 – Corinthians 0 x 0 Palmeiras

 

FONTE:
Arquivo pessoal
Fotos: divulgação (internet)
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

CAMISAS CAMPEÃS DA FERROVIÁRIA DE ARARAQUARA (1966 a 1969)

1966

Camisa AFE campeã da Primeira divisão 1966

Depois de dez anos na Divisão Especial do Campeonato Paulista, de 1956 a 1965, a Associação Ferroviária de Esportes de Araraquara fez uma má campanha em 1965 e foi rebaixada para a Primeira Divisão. Em 1966, a cidade se uniu e a agremiação da Estrada de Ferro sagrou-se campeã da Divisão de Acesso, em decisão emocionante no Pacaembu, em duas partidas muito disputadas contra o XV de Novembro de Piracicaba. Empate de 1 x 1 no primeiro jogo e vitória por 1 x 0 no segundo e o retorno garantido. Para comemorar a volta, a Ferroviária recebeu o Cruzeiro de Belo Horizonte e empatou em 2 x 2 com o time de Tostão.

 

1967

Camisa AFE Campeã do Interior 1967

No ano da volta à Divisão Especial, a Ferroviária conseguiu sagrar-se Campeã do Interior. Além disso, participou de três torneios amistosos e os venceu. O primeiro deles foi o Torneio de Ribeirão Preto, contra Botafogo, Comercial e Náutico-PE. O segundo aconteceu em Recife, contra Náutico, Sport Recife e Santa Cruz. E o terceiro foi em Goiânia, contra Vila Nova, Goiás e Botafogo de Ribeirão Preto. No jogo de entrega das faixas de Campeã do Interior, presença do São Paulo FC em Araraquara, com vitória da Ferroviária por 3 a 2.

 

1968

Camisa AFE Bicampeã do Interior - 1968

A Locomotiva conseguiu o bicampeonato do Interior em 1968, e mais que isso: terminou o Paulistão em terceiro lugar, atrás apenas de Santos e Corinthians. E teve o artilheiro número um do campeonato, o centroavante Téia com 20 gols. Para comemorar o feito, foi realizada uma partida internacional na Fonte Luminosa, reunindo Ferroviária e Napoli da Itália. A equipe afeana estabeleceu 4 a 0 no vice-campeão italiano.

 

1969

Camisa AFE Tricampeã do Interior - 1969

Em 1969 a Ferroviária coroou a sua estupenda fase levantando o Tricampeonato do Interior, recebendo em definitivo o Troféu Folha de S. Paulo, em disputa. Na festa de entrega das faixas de tricampeã, presença do Palmeiras na Fonte e vitória da Ferroviária por 3 a 2.

Oportunamente, estaremos apresentando as campanhas da Ferroviária nos anos de 1966 a 1969.

FONTES:
Museu do Futebol e Esportes de Araraquara, localizado na Arena Fonte Luminosa.
Arquivo pessoal.
Fotos tiradas no interior do Museu aludido, por Paulo Luís Micali.
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

O Grande Téia

O GRANDE TÉIA

Nascido em Regente Feijó-SP, em 29.04.1944, Antônio  Zelenkov Silvestre, o TÉIA, teve como primeiro clube a Epitaciana, de  Presidente Epitácio. Antes de ingressar na Ferroviária, defendeu a Bancária de Fernandópolis.

Téia na festa do bicampeonato do interior recebe a faixa e posa com médio volante Bebeto (1968) Fotos: Geraldo Cesarino

 

Um destacado banner no Museu do Futebol e Esportes de Araraquara exibe uma foto do artilheiro, que atuou na Ferroviária de 1965 a  1968.

 

Ao lado da foto, lê-se:

“TÉIA

Artilheiro do Campeonato Paulista de
1968

Antônio Zelenkov, o Téia, atuou em 100
jogos pela Associação Ferroviária de Esportes, nos anos de 1965 a 1968.
Eficiente nas bolas aéreas, Téia teve papel fundamental nas conquistas da
Primeira Divisão de 1966 e do Bicampeonato do Interior em 1967 e 1968.

Com a camisa grená, Téia marcou 61 gols.
Seu grande feito ocorreu no campeonato paulista de 1968, quando superou o rei
Pelé na artilharia do campeonato paulista com 20 gols marcados. Foi o
artilheiro máximo da competição naquele ano.”

 

1968: A primeira vez, desde a criação da Federação Paulista  de Futebol, que o artilheiro não foi de um clube da capital ou do Santos.

OS 20 GOLS DO ARTILHEIRO DO CAMPEONATO PAULISTA DE 1968, TÉIA

1. AFE 2 x 0 Portuguesa Santista, em 28.01.68, aos 22’ do 1º tempo;

2. Guarani 1 x 1 AFE, em 31.01.68, aos 20’do 2º tempo;

3. São Paulo 1 x 2 AFE, em 04.02.68, aos 27’ do 2º tempo;

4. Palmeiras 2 x 1 AFE, em 14.02.68, aos 44’ do 2º tempo;

5. AFE 1 x 4 Santos, em 03.03.68, aos 2’ do 1º tempo;

6. Comercial 1 x 1 AFE, em 10.03.68, aos 37’ do 1º tempo;

7. AFE 1 x 2 XV de Piracicaba, em 20.03.68, aos 3’ do 1º tempo;

8 e 9. AFE 2 x 0 Juventus, em 03.04.68, aos 20’ e 22’ do 2º tempo;

10. XV de Piracicaba 2 x 3 AFE, em 13.04.68, aos 25’ do 2º tempo;

11. Portuguesa Santista 2 x 1 AFE, em 25.04.68, aos 29’ do 1º tempo;

12. AFE 2 x 0 Guarani, em 05.05.68, aos 13’ do 2º tempo;

13. AFE 3 x 0 Comercial, em 08.05.68, aos 4’ do 1º tempo;

14. AFE 3 x 1 São Paulo, em 19.05.68, aos 30” de jogo;

15. São Bento 2 x 2 AFE, em 22.05.68, aos 19’ do 2º tempo;

16. AFE 2 x 1 Portuguesa de Desportos, em 26.05.68, aos 34’ do 2º;

17 e 18.  AFE 3 x 0 Palmeiras, em 29.05.68, aos 18’ e aos 24’ do 1º tempo;

19. Corinthians 1 x 4 AFe, em 01.06.68, aos 2’ do 2º tempo; e

20. AFE 2 x 1 América, em 05.06.68, aos 14’ do 1º tempo.

 

Téia recebe cartão de Prata alusivo à conquista da artilharia do campeonato paulista de 1968 - Foto: Geraldo Cesarino

 

Para se  ter uma idéia da importância dos gols de Téia, eis a campanha da Ferroviária no  Campeonato Paulista de 1968:

J

V

E

D

GP

GC

SG

PG

PP

26

11

8

7

42

31

11

30

22

 

Dos 42  gols assinalados pela Ferroviária, 20 foram de autoria de Téia, o artilheiro  maior do campeonato. Quase a metade deles.

 

Primeiros colocados do Campeonato Paulista de 1968:

1º –  Santos (campeão), 45 p.g.;

2º –  Corinthians, 32;

3º –  Ferroviária, 30

A  Ferroviária sagrou-se, em 1968, bicampeã do Interior.

 

NO SÃO PAULO

Esse  desempenho extraordinário de Zelenkov chamou a atenção da diretoria do São  Paulo FC, que sem perda de tempo tratou de contratar o centroavante artilheiro.

Em 1969,  foram 33 jogos realizados e 15 gols marcados. Caindo de produção, foi ofuscado  com a chegada de Toninho Guerreiro.

Téia no SPFC (1969)

No tricolor, o atacante atuou 60 vezes, com 32 vitórias, 12 empates e 16 derrotas.  Assinalou 19 gols.

FONTES:

Museu do Futebol e Esportes de Araraquara
A Gazeta Esportiva
Almanaque do São Paulo, de Alexandre da Costa, Editora Abril
O Caminho da Bola, de Rubens Ribeiro
Arquivo Pessoal
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali