Arquivo do Autor: Sérgio Mello

Sobre Sérgio Mello

Sou jornalista, desde 2000, formado pela FACHA. Trabalhei na Rádio Record; Jornal O Fluminense (Niterói-RJ) e Jornal dos Sports (JS), no Rio de Janeiro-RJ. No JS cobri o esporte amador, passando pelo futebol de base, Campeonatos da Terceira e Segunda Divisões, chegando a ser o setorista do América, dos quatro grandes do Rio, Seleção Brasileira. Cobri os Jogos Pan-Americanos do Rio 2007, Eliminatórias, entre outros. Também fui colunista no JS, tinha um Blog no JS. Sou Benemérito do Bonsucesso Futebol Clube. Também sou vetorizador, pesquisador e historiador do futebol brasileiro! E-mail para contato: sergiomellojornalismo@msn.com Facebook: https://www.facebook.com/SergioMello.RJ

Esporte Clube Taquaral – Maricá (RJ): Três edições na Terceirona Carioca

O Esporte Clube Taquaral é uma agremiação esportiva da cidade de Maricá (RJ). O ‘Verdão de Maricá’ foi Fundado na quarta-feira, do dia 21 de Abril de 1982. A Sede fica localizada na Rodovia Amaral Peixoto, Km 15, no Bairro de Inoã, em Maricá.

Após disputar os campeonatos citadinos, promovidos pela Liga Desportiva de Maricá (LDM), o Taquaral estreou no profissionalismo ao disputar o Campeonato Carioca da Terceira Divisão de 1998, organizado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ).

A campanha no entanto não foi boa e a agremiação acabou em último lugar no seu grupo na primeira fase, sendo logo eliminada. Em 1999, na mesma divisão, se classificando em 2º lugar em seu grupo na primeira fase. Na seguinte, foi eliminado, ao ficar em último, acabando na classificação geral em nono lugar.

Em 2000, disputa o Campeonato Carioca da Quarta Divisão, uma competição que ocorria já no fim do segundo semestre, para clubes que não tinham podido se inscrever a tempo de disputar a Terceirona, que normalmente começa no meio do ano. Finaliza em quinto no campeonato com uma campanha apenas regular.

O Taquaral se ausentou por duas temporadas, retornado em 2003, ao retornar no Campeonato Carioca da Terceira Divisão. É segundo na fase inicial em seu grupo. Na seguinte, acaba em sexto e é eliminado.

Disputa ainda a Copa Rio de 2005, fazendo má campanha e terminando em último lugar no seu grupo. Desde então se encontra licenciado das competições profissionais.

Hoje responde pelo clube o Sr. Jorge Pacheco que assumiu a presidência com o falecimento de seu irmão e então presidente Josias Pacheco, e o Sr. Jorge Ratier que passou a responder pela vice Presidência do clube.

 

 FONTES: Arquivo Pessoal – Wikipédia

Lajes Atlético Clube – Piraí (RJ): Escudo e uniforme de 2016

O Lajes Atlético Clube é uma agremiação do Município de Piraí (RJ).  A sua Sede e o Estádio ficam localizados na Vila São Pedro, s/n, no Bairro de Ribeirão das Lajes, em Piraí. Fundado na segunda-feira, do dia 04 de Outubro de 1948, por um grupo de desportistas liderados por Francisco Rota de Assis, Sr. Chiquinho, com o nome de Independente.

Segundo Francisco de Assis – que foi presidente, jogador e treinador – a mudança do nome aconteceu pouco tempo depois, quando a Light se comprometeu a ajudar o time, doando dois jogos de camisas, bolas e a terraplanagem do campo, mas em contrapartida exigiu em troca que o time alterasse o nome para Lajes, o que foi aceito.

O Estádio da Lajes AC e as torres de iluminação foram obras com a ajuda da população que doavam um conto de reis. No entanto, após uma forte chuva que caiu na região, o local ficou praticamente destruído.

Porém, Francisco de Assis, não desanimou e procurou o presidente da Light, Dr. Oswaldo Aranha que prometeu recuperar o Estádio. Quarenta dias depois as obras já tinham sido concluídas.

Na reinauguração, o ponto mais alto da vida do Lajes, que enfrentou o expressinho do Vasco da Gama, onde foi registrado o maior público até hoje do estádio: cerca de 10 mil pessoas compareceram para prestigiar o jogo amistoso.

Atualmente, o Lajes Atlético Clube disputa o Campeonato Citadino, organizado pela Liga Desportiva de Piraí (LDP).

YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=YQjRS_fVpIQ

 

FONTES & FOTOS: Página da Liga Desportiva de Piraí, no Facebook – Página do clube, no Facebook – YouTube – Google Maps 

Caio Martins, um ‘gigante’ adormecido em Niterói

A história do futebol de Niterói, rica na revelação de atletas e jogos memoráveis, perdeu, há anos, uma de suas principais referências. Construído no “coração” de Icaraí, na Zona Sul da cidade, o estádio Caio Martins, ou Mestre Ziza, inaugurado na década de 1940, quem diria, virou uma espécie de “gigante” adormecido aos 74 anos de existência, completados no último dia 20, sem nenhuma comemoração.

Inaugurado em julho de 1941 junto com o ginásio poliesportivo e um parque aquático, o campo não recebe jogos oficiais de futebol desde 2004.

Atualmente, o estádio que pertence ao Governo do Estado, está cedido ao Botafogo através de um termo de concessão, desde 1988, com prazo de término em 2023. No mês passado, o clube iniciou uma tímida reforma, com vistas a uma possível utilização no Campeonato Carioca de 2016. A intervenção para a melhoria, é na realidade, uma espécie de ‘sopro’ de esperança para o histórico campo, quase vendido, no fim do ano retrasado à construtoras, interessadas em erguer no local um condomínio de apartamentos e um shopping. São dias de incerteza que nada lembram o “glamour” do passado de glórias.

Serie de futebol 29 500 FOTOS DO CANÓDROMO DO CAIO MARTINS foto DIV FAN
Campo era usado para exposições e corridas

Palco de partidas de várias edições de campeonatos estaduais, competições nacionais, e até da Seleção Brasileira, o campo, hoje, é utilizado pelo Botafogo apenas para treinos das divisões de base. Por causa dessa situação, o local por onde desfilaram craques de primeira grandeza do futebol brasileiro, passou os últimos anos vazio.

Para o presidente da Liga Niteroiense de Desportos (LND), Vanir Ferreira da Silva, o Dado, a concessão ao Botafogo é nociva aos clubes da cidade filiados à entidade, uma vez que a exclusividade dada ao Botafogo impede que equipes locais ou de regiões vizinhas possam realizar partidas no campo de Icaraí.

“É um contraste com a bela história que se construiu no futebol a partir do surgimento do estádio”, afirmou. Não são apenas os clubes de Niterói que gostariam de jogar em Icaraí. Em setembro do ano passado, duas equipes de São Gonçalo chegavam à final da 3ª Divisão estadual. Já classificados para a 2ª Divisão, Gonçalense e São Gonçalo Futebol Clube tiveram que disputar o título no Estádio do América, em Edson Passos, na Baixada Fluminense, bem longe de suas torcidas.

Serie de futebol 29 500 CONSTRUÇÃO DO COMPLEXO ESPORTIVO foto DIV Fan
Década de 1940: operários trabalham na construção

Em 2015, para a participarem da Segundona, as duas equipes enfrentaram o mesmo problema: foram obrigadas a jogar a competição fora de casa e a pagar aluguéis para essa finalidade. O vereador niteroiense Luiz Carlos de Freitas Gallo, que é ex-jogador profissional de futebol e faz do esporte uma das “bandeiras” de trabalho, manteve, nos últimos anos, uma autêntica “queda de braço” com o governo do estado e com o Botafogo em prol da revitalização do imóvel e formas de utilização, principalmente do campo, pelas equipes locais.

Gallo, que já foi administrador do Complexo do Caio Martins entre 1992 e 1996, diz que existem meios de manter o campo, após o fim da concessão ao clube alvinegro, através de novas parcerias. O vereador pretende, nos próximos dias, reapresentar em plenário o projeto que prevê o tombamento do estádio para que ele possa, num futuro breve, ser preservado não apenas como um patrimônio do esporte, mas também da história de Niterói.

Vasco venceu ‘Cantusca’ na partida inaugural: 3 a 1
Vasco venceu ‘Cantusca’ na partida inaugural: 3 a 1

Venda – No fim do ano retrasado, Gallo liderou um movimento em defesa da manutenção do estádio. Na época, o governo do estado estudava a possibilidade de negociá-la à iniciativa privada, o que acabou não ocorrendo, a partir da mobilização dos vereadores de Niterói e do Ministério Público Estadual.

“A municipalização seria a melhor forma de garantir a preservação daquele prédio histórico, estimular a prática do futebol e o surgimento de novos atletas”, declarou o vereador. A Assessoria de Imprensa da Suderj informou que o Botafogo, por deter a concessão desse local, em regime de comodato, é o responsável pela manutenção.

Serie de Futebol 29 500 FOTO CAIO MARTINS COM PISTA DE ATLETISMO foto FAN
Na década de 1970, já com a pista olímpica

Na semana passada, o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, e o secretário estadual de Esporte e Lazer, Marco Antônio Cabral, fizeram reunião para acertar detalhes de uma possível utilização do estádio na disputa do Campeonato Carioca de 2016.

A direção do Botafogo busca, através da reabertura, uma alternativa em função da futura perda temporária do Estádio Nilton Santos, no Engenho de Dentro, do qual também tem concessão, e do Maracanã, ambos no Rio, por causa das Olimpíadas de 2016, cujos organizadores exigem exclusividade desses locais a partir de janeiro.

A tarefa, no entanto, não será das mais fáceis, já que existem também, na Justiça, ações de moradores contrárias à utilização do estádio, por causa de assaltos, furtos de veículos e brigas, engarrafamentos, entre outros motivos.

Campo não recebe um jogo oficial desde 2004

Muitas diferenças separam o Estádio Caio Martins do Complexo Esportivo – que inclui um ginásio poliesportivo e um parque aquático. No Estádio, a falta de manutenção do campo e do espaço físico nos arredores da área de jogo, até meados de junho, contrastou muito com o visual no restante do Complexo, que está bem cuidado e sem nenhuma pichação.

A sujeira deixada por vândalos existe do lado de fora de todos os muros do estádio. Até o mês passado, o problema mais grave estava na Rua Presidente João Pessoa, onde as paredes externas estavam tomadas por mato, do tipo ‘trepadeira’, que se espalhavam pelas calçadas, dificultando a passagem de pedestres. Mas o problema foi resolvido com a poda do mato e pintura de algumas partes.

A parte do estádio será administrada pelo Botafogo até 2023
A parte do estádio será administrada pelo Botafogo até 2023

Memória – No início de 2003, o Caio Martins chegou a passar por uma grande reforma para receber jogos do Botafogo pelo Campeonato Brasileiro da Série B. Com ampliação das arquibancadas, a capacidade de público foi aumentada para 15 mil pessoas, divididas entre arquibancadas de concreto e tubulares, cadeiras vips e camarotes. Importante na campanha que levou o clube de volta à Série A, o Caio Martins foi apelidado de ‘Caldeirão’ pela torcida alvinegra.

Um dos mais modernos painéis eletrônicos do Estado do Rio de Janeiro na época foi instalado no estádio. Mas em 2005, no entanto, as obras foram desfeitas. A última partida oficial no estadio ocorreu em 12 de dezembro de 2004, quando o Botafogo perdeu para o Corinthians por 2 a 1.

Escoteiro herói deu nome ao estádio

O escoteiro-herói Caio Viana Martins, morto em acidente de trem, deu nome ao estádio
O escoteiro-herói Caio Viana Martins, morto em acidente de trem, deu nome ao estádio

O Caio Martins foi inaugurado em 1941, atendendo ao desejo do então governador Ernâni do Amaral Peixoto, que queria que jogos do Campeonato Carioca fossem realizados em Niterói, a antiga capital Fluminense. No local existia um ‘canódromo’, onde aconteciam exposições e corridas de cães, e parte da estrutura das arquibancadas foram aproveitadas.

A escolha foi feita em função da boa localização para o acesso das torcidas do Rio, Niterói e cidades vizinhas. A partida inaugural aconteceu em 20 de julho daquele mesmo ano, e reuniu as equipes do Canto do Rio e do Vasco, pelo segundo turno do Campeonato Carioca.

O jogo tinha estímulo especial para a equipe niteroiense, que ganhava ‘casa própria’ para sediar seus jogos. Nas edições anteriores, o time alvianil, por não possuir campo oficial, tinha que jogar na capital (nas Laranjeiras, no estádio do Fluminense; no Andaraí, do América, e na Rua Ferre, do Bangu).

O jogo inaugural era também a chance do ‘Cantusca’ se reabilitar da goleada por 5 a 0 sofrida no primeiro turno, em São Januário. O Vasco jogou com Chiquinho, Jaú e Florindo; Figliola, Dacunto e Argemiro; Armandinho, Alfredo I, Villadoniga (Carlos Leite), Gonzalez e Orlando. Já o Canto do Rio entrou em campo com Valter, Draga e Degas; Vicentini, Portela e Canalli; Álvaro, Bocão, Geraldino, Beressi e Cussatti.

O gol inaugural foi do vascaíno Armandinho. Beressi empatou e Carlos Leite, que substituiu Villadoniga, fez o segundo para o Vasco, com Orlando fechando o placar para os cariocas em 3 a 1, diante de um público de mais de 10 mil pessoas.

Origens – Situado em área nobre da cidade, o estádio recebeu inicialmente, o nome do escoteiro Caio Viana Martins, que ficou conhecido nacionalmente por um ato heróico durante um grave acidente de trem na cidade mineira de Barbacena em 1938, que teve 40 mortos e dezenas de feridos, entre eles o próprio adolescente, aos 15 anos.

Caio, que mesmo ferido, ajudou os bombeiros e achou que outras pessoas precisavam de socorro mais do que ele, preferiu caminhar por quilômetros até o hospital. O esforço foi determinante para decretar sua morte, por hemorragia interna.

Além de Caio Martins, o outro homenageado na história do estádio foi Zizinho, craque do Flamengo popularmente conhecido como Mestre Ziza. Mas até hoje, os botafoguenses o tratam como Caio Martins, pelo fato de o jogador ter sido ídolo do clube rival e não do alvinegro.

O acidente de trem em Barbacena-MG
O acidente de trem em Barbacena-MG

FONTE:  Jornal O São Gonçalo – Ari Lopes e Sérgio Soares

FOTO: Fundação de Arte de Niterói

Estádio Assad Abdalla, no Bairro do Barreto, em Niterói (RJ): ‘Palco’ de dribles de Zizinho está abandonado

Grandiosa abertura do Campeonato municipal de 1960

Por Ari Lopes, Sérgio Soares e Gustavo Aguiar

A história da Rua Doutor March, nº 196, que interliga vários bairros de São Gonçalo ao Barreto, em Niterói, é marcada por episódios memoráveis no futebol. Não apenas por estar numa região onde foram criados alguns dos principais clubes das duas cidade, mas também por ter sido endereço de um campo que, durante anos, mobilizou milhares de torcedores e foi palco de grandes jogos, tendo como mandantes o Byron, o Manufatora e ADN (Associação Desportiva Niterói ), entre as décadas de 1920 e 1980.

Já como estádio, pertencente à Companhia de Tecidos Manufatora Fluminense, a ‘arena’ Assad Abadalla, foi fundada em 1955, com capacidade para 3 mil espectadores, e recebeu partidas durante quase 30 anos, entre as décadas de 1955 e 1980, até ser literalmente “engolida” pelo mato, quando a empresa acabou com o time de futebol e fechou as portas, encerrando uma história de glórias e partidas memoráveis, como jogos contra o Flamengo e seleção juvenil do Kwait.

 

Vista aérea do campo, no Barreto
Vista aérea do campo, no Barreto

 

 

Hoje, quem passa pelo local jamais imagina que ali havia uma grande praça de esportes, que teve a “pedra fundamental” lançada pela primeira diretoria do extinto Byron. Os diretores dessa agremiação criaram o clube no Barreto em 21 de outubro de 1913, e decidiram fazer ali, não apenas a sede, mas um campo de futebol que atendesse às necessidades da equipe.

Foi feita uma parceria com a diretoria da Manufatora, que cedeu a área vizinha à empresa para a construção do campo e também jogadores – funcionários da fábrica. A parceria deu certo. A conquista do primeiro Campeonato Fluminense veio poucos anos depois, em 1917. Segundo registros da Liga Niteroiense de Futebol, o feito se repetiu em 1922, 1924 e 1925, nas chamadas modalidades ainda amadoras.

Em uma época em que o “bicho” já começava a se tornar prática comum no futebol, com a profissionalização das primeiras equipes, o Byron, com generosas colaborações dadas pelos diretores da empresa, conseguiu levantar outras duas taças, em 1928 e 1934.

Flamengo em Niterói – Curiosamente, o primeiro grande clube carioca a pisar no gramado do Barreto foi o Flamengo, por causa da contratação de um jogador que viria, anos mais tarde, a se tornar o primeiro “gênio da bola” brasileiro em âmbito mundial: o gonçalense Zizinho, ou Thomáz Soares da Silva, seu nome de batismo. O próprio jogador, então atleta do Byron, conta como foi sua transferência na autobiografia “Verdades e Mentiras do Futebol”, lançada em de 2000, dois anos antes da sua morte, em decorrência de um infarto, em Niterói.

Zizinho havia sido suspenso por um mês do Byron por conta de uma confusão no chamado “Clássico da Zona Norte”, disputado contra o arqui-rival Barreto, no campeonato de Niterói. Para neutralizar a suspensão e acelerar a ida do jogador, o time rubro-negro, com jogadores famosos, como o goleiro Yustrich, Domingos, Valido e Leonidas da Silva, atravessou a baía e jogou na Rua Doutor March, no fim de 1939.

 

Um dos times da década de 1960, ainda com nome da Manufatora
Um dos times da década de 1960, ainda com nome da Manufatora

 

 

Nos relatos de seu livro, Zizinho revela que a partida foi memorável, e graças à grande atuação do goleiro do Byron, Leônidas, terminou empatada em 0 a 0. Nesta partida, já com a camisa do Flamengo, Zizinho iniciou sua história no clube da Gávea, segundo ele mesmo revelou no livro.

O outro jogo aconteceu em dezembro de 1962, quando o estádio, já com alambrados e arquibancadas, recebia jogos de divisões intermediárias do estado. Naquele amistoso, o Fla veio com um time misto, formado por Ivan, Bolero, Ananias, Carlos, Alberto, Gilberto, Juarez, Aílton, Roberto, Jurandir Veloso e José Mauro, segundo o jornal ‘O Fluminense”.
Em julho de 1980, a seleção do Qatar, treinada por Evaristo Macedo, em excursão no Rio, chegou a marcar jogo com time local, mas a partida foi cancelada. Nessa mesma época, a seleção juvenil do Kwait treinou com o time local.

Campo virou ‘arena’ Assad Abdalla a partir da década de 1950

Ao mesmo tempo que ganhou fama de ter revelado Zizinho, o Byron passou a ser ameaçado por causa da vontade dos diretores da fábrica em ter o próprio clube, a partir do final da década de 1940. Por causa do “racha”, o caso foi parar na Justiça e o Byron acabou despejado da área em que havia erguido o campo de futebol e a sede. Tudo ficou com o Manufatora, que anos mais tarde, passou a elaborar o projeto para a construção do estádio.

Os diretores da fábrica se estruturaram até o ano de 1955 para iniciar a construção do estádio, segundo informações da ‘Revista Manufatora’, que circulava com uma espécie de “boletim” interno da empresa e trazia notícias variadas. Em reportagens nas páginas 6, 7 e 8 da edição do final de ano de 1954, existem fotos da terraplanagem do terreno para a construção de muros e alambrados. O estádio foi inaugurado no dia 24 de junho de 1955, com uma grande festa, que contou com a presença do governador Miguel Couto Filho.

 

Em 1954, diretoria da fábrica começou a transformar o campo do Barreto em um estádio
Em 1954, diretoria da fábrica começou a transformar o campo do Barreto em um estádio

 

 

O estádio levou o nome do ex-presidente Assad Abdalla, um dos que defendiam a autonomia própria no futebol. O Manufatora usou o campo para o mando de seus jogos na conquista do Campeonato Niteroiense de 1958. O então ‘badalado’campo servia para equipes locais e também sediava jogos do Campeonato Estadual, que reunia equipes do interior fluminense.

Jogos memoráveis – Lá, por exemplo, foi realizada a final do campeonato municipal de São Gonçalo em 1973, entre o Porto da Pedra e o Clube Mauá, partida vencida pelo ‘Tigre’ por um a zero. Quando o Manufatora chegou à elite e virou Associação Desportiva Niterói (ADN), em 1980, para disputar o Campeonato Carioca, além do campo, havia área social e até instalações que funcionavam como concentração.

Após dois rebaixamentos, a empresa fechou as portas e acabou com o time e o campo, em 1983. Hoje só restam ruínas e um denso matagal que toma conta do local, tornado-o irreconhecível para quem viveu naquela época.

Encontro inesquecível e muitas lembranças

 

Ex-jogadores foram à Rua Doutor March para relembrar o passado
Ex-jogadores foram à Rua Doutor March para relembrar o passado

 

 

Muito embora, hoje, seja mato, abandono e ruínas, o Estádio Assad Abdalla permanece ainda vivo na memória de ex-atletas e moradores da região que, em domingos já distantes na história, viveram ali emocionantes momentos.

Em encontro promovido por O SÃO GONÇALO, alguns desses ex-jogadores recordaram e se divertiram com episódios e situações de uma época em que o Manufatora marcou época no futebol fluminense.

 

Laudelino ainda tem carteira
Laudelino ainda tem carteira

 

 

O ex-centroavante Aílton Ferreira da Silva, o Tinho, recordou alguns de seus gols marcados com a camisa do clube fabril, em meados de 1960. “Apesar de pequeno, sempre fui goleador. Lembro-me de um gol em que, após finalização do Joel, nosso meio-campista, que tinha um chute forte e certeiro, a bola, involuntariamente acertou minha testa. Fiquei meio tonto, mas aumentei o placar”, se diverte.

Ora lateral, ora ponta esquerda, Laudelino Siqueira, de 66 anos, relembra das partidas em jogou, ainda no infanto, ao lado do meia Lulinha, sua maior lembrança.

Da base para o futebol da Europa, Jeremias é grato

Entre os talentos revelados pelo Manufatora, talvez Jorge da Silva Pereira, o Jeremias, hoje com 66 anos, seja o ‘filho’ mais ilustre. A carreira meteórica, encerrada precocemente aos 30 anos, em 1980, em virtude de uma lesão pubiana, não impediu seu sucesso: além de defender o clube niteroiense, “Jerê”, envergou as camisas do América-RJ, Fluminense, Vitória de Guimarães-POR e Espanyol-ESP e Vitória de Setúbal-POR.

Hoje, Jeremias coordena uma escolinha de futebol no Combinado Cinco de Julho, no Barreto, em Niterói. O ex-atacante, que em 1973 conquistou o Campeonato Carioca pelo Tricolor das Laranjeiras, enfrentou grandes nomes do futebol internacional, como Cruyff, Del Bosque e Eusébio, no tempo em que viveu na Europa. “Tenho saudades dos tempos antigos, desse clube que me revelou”, contou.

 

 

 

Jeremias fez sucesso na Europa
Jeremias fez sucesso na EuropaFONTE:  Jornal O São Gonçalo – Ari Lopes, Sérgio Soares e Gustavo Aguiar
FOTOS: Fundação de Arte de Niterói

Amistoso Estadual, de 1980: Esporte Clube Nova Cidade (RJ) 1 x 0 EVANIL (RJ)

E.C. NOVA CIDADE 1 X 0 EVANIL

LOCAL: Estádio Joaquim Flores, em Nilópolis, na Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro

ÁRBITRO: Carlos Abraão Rodrigues (FERJ)

DATA: Domingo, dia 11 de maio de 1980

CARÁTER: Amistoso estadual

NOVA CIDADE: Luís Antônio; Zé Carlos, Sabará, Góes e Jacaré (Bel); Marinho (Suta), Babá e Paulo César; Careca, Joel (Garcia) e Biro-Biro (Luisinho). Técnico: Jorge

EVANIL: Brito; Luís, Carlinhos I, João e Carlos Alberto; Sérgio (Carlinhos II), Agnaldo e Cenir; Bispo, Goitacás e Bira (Gaspar). Técnico: Hugo

GOL: Careca, de cabeça, aos 28 minutos (Nova Cidade), no 1º Tempo.

PRELIMINAR: Nova Cidade 3 x 0 EVANIL

FONTE: Jornal O Fluminense

Rodoviário Piraí Futebol Clube – Piraí (RJ): Participou de 10 edições da Terceirona Carioca

O Rodoviário Piraí Futebol Clube é uma agremiação do Município de Piraí (RJ). O “Periquito da Serra” foi Fundado na quarta-feira, do dia 06 de junho de 1956, por caminhoneiros, que faziam paradas no Posto de Gasolina Nacional, juntamente com funcionários do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, seu primeiro nome foi Esporte Clube Rodoviário.

Mandando os seus jogos no Estádio Ênio Simões (próprio), com capacidade para 3.500 pessoas, debutou no futebol profissional em 1994, disputou o Campeonato Carioca da Terceira Divisão, quando passou a se chamar Rodoviário Futebol Clube.

Em 1997, chegou perto de levantar a taça, ao ficar como vice-campeão da Copa Rio. No ano seguinte (1998), após um plebiscito realizado na cidade, trocou para o nome atual: Rodoviário Piraí Futebol Clube.

Mascote do Rodoviário Piraí F.C.: "Periquito da Serra"

Atualmente se encontra desfiliado da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) pelo motivo de seu departamento de futebol profissional estar inativo há 14 anos.

O Rodoviário Futebol Clube já chegou a jogar contra grandes clubes, como por exemplo, contra o Vasco da Gama no empate em 1 a 1, e contra o Fluminense na derrota por 4 a 0, na segunda passagem do técnico Carlos Alberto Parreira pelo clube rival.

No ano de 2001 encerra-se a briga entre o presidente do Rodoviário FC, Sebastião de Abreu, o Mucaca, e o, na época prefeito e atual governador do Estado do Rio de Janeiro, Luís Fernando de Souza, o Pezão.

O clube era o maior prejudicado, porém o prefeito prometeu no acordo, reformar os vestiários, aumentar o vão da arquibancada, além de voltar a patrocinar o time no Campeonato Carioca da Segunda Divisão, com o valor de R$ 30 mil reais. No entanto, até hoje as promessas não foram cumpridas. O Rodoviário disputou a Terceirona até 2003 quando se licenciou até hoje.

O Município de Piraí fica localizado na região Sul Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. A sua população é de 26.309 habitantes segundo o Censo do IBGE/2010. Está a 89 km da capital do Rio de Janeiro.

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FONTES: Wikipédia – Arquivo Pessoal

Saquarema Futebol Clube – Saquarema (RJ): Escudo e uniforme do final de 70 e início de 80

Saquarema Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Saquarema (RJ). Fundado no dia 09 de Fevereiro de 1920, a sua Sede fica localizada na Rua Barão de Saquarema, nº 612, no Bairro de Campo Aviação, em Saquarema. O seu estádio é o Heitor Bravo, com capacidade para aproximadamente 2 mil pessoas.

A sua maior glória aconteceu no ano de 1991, quando o Saquarema se sagrou Campeão do Campeonato Carioca da Segunda Divisão, organizado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).

Resgate esta foto histórica acima do Saquarema Futebol Clube:

EM PÉ (da esquerda para a direita): Delmir, Dil (do táxi), Gabriel, Jorge Luis, Vavá, Coronel, João Carlos, Colate, Marinho (não era jogador, era um acompanhante do time).

AGACHADOS (da esquerda para a direita): Helinho (irmão de João Eduardo), Cidinho (jogava no Santa Luiza e depois no Saquarema), Pelezinho, Carreti, Jorge Luis e Chicão.

Mascote: Eduardo (filho de Hildinho)


 

FONTES & FOTO: FERJ – Wikipédia – O Saquá ‘O Jornal de Saquarema’