Arquivo do Autor: Gilberto Maluf

Os vencedores da Bola de Ouro na Europa

BOLA DE OURO TEM NOVO REGULAMENTO

A Bola de Ouro, oferecida no final de todas as temporadas pela revista francesa France Football ao jogador eleito o melhor da Europa, mudou de regulamento.

Agora, a revista passa a premiar o atleta que teve melhor desempenho em qualquer continente, assim como o troféu de Melhor do Mundo da Fifa.

A mudança começou pelo quadro de jornalistas que compõem o júri. De 50 passou para 96 profissionais. O único representante brasileiro será o narrador e apresentador Cléber Machado, da TV Globo e da Sportv. Os demais paises sul-americanos também terão somente um profissional com direito a voto.

Já nações sem tradição no futebol, como Eire e Israel, terão dois jornalistas e, consequentemente terão dois votos.

A Bola de Ouro foi criada em 1956. Antes, ela premiava somente jogadores europeus, e por isso craques como Pelé e Maradona nunca levaram a taça.

Os recordistas são o francês Michel Platini e os holandeses Johan Cruyff e Van Basten, todos com três premiações.

Nos últimos 11 anos, os brasileiros dominaram o troféu. Ronaldo venceu por duas vezes, em 1997 e 2002, enquanto Rivaldo o conquistou em 1999 e Ronaldinho Gaúcho em 2005.

Ano passado, o vencedor foi o meia Kaka do Milan.

Todos os vencedores da Bola de Ouro:

1956 – Stanley Matthews (Inglaterra/Blackpool);
1957 – Di Stéfano (Argentina/Real Madrid);
1958 – Kopa (França/Real Madrid);
1959 – Di Stéfano (Argentina/Real Madrid);
1960 – Suárez (Espanha/Barcelona);
1961 – Sívori (Argentina/Juventus);
1962 – Masopust (Tchecoslováquia/Dukla Praha);
1963 – Yashin (União Soviética/Dynamo Moscou);
1964 – Law (Inglaterra/Manchester United);
1965 – Eusébio (Portugal/Benfica);
1966 – Bobby Charlton (Inglaterra/Manchester United);
1967 – Albert (Hungria/Ferencvaros);
1968 – Best (Irlanda do Norte/Manchester United);
1969 – Rivera (Itália/Milan);
1970 – Gerd Muller (Alemanha Ocidental/Bayern Munique);
1971 – Cruijff (Holanda/Ajax);
1972 – Beckenbauer (Alemanha Ocidental/Bayern Munique);
1973 e 74 – Cruijff (Holanda/Barcelona);
1975 – Blokhin (União Soviética/Dynamo Kiev);
1976 – Beckenbauer (Alemanha Ocidental/Bayern Munique);
1977 – Simonsen (Alemanha Ocidental/Borussia Mönchengladbach);
1978 e 79 – Keegan (Inglaterra/Hamburg);
1980 e 81 – Rummenigge (Alemanha Ocidental/Bayern Munique);
1982 – Rossi (Itália/Juventus);
1983, 84 e 85 – Platini (França/Juventus);
1986 – Belanov (União Soviética/Dynamo Kiev);
1987 – Gullit (Holanda/Milan);
1988 e 89 – Van Basten (Holanda/Milan);
1990 – Matthäus (Alemanha Ocidental/Internazinale);
1991 – Papin (França/Olympique Marseille);
1992 – Van Basten (Holanda/Milan);
1993 – Baggio (Itália/Juventus);
1994 – Stoitchkov (Bulgária/Barcelona);
1995 – Weah (Libéria/Milan);
1996 – Sammer (Alemanha/Borussia Dortmund);
1997 – Ronaldo (Brasil/Internazionale);
1998 – Zidane (França/Juventus);
1999 – Rivaldo (Brasil/Barcelona);
2000 – Figo (Portugal/Real Madrid);
2001 – Owen (Inglaterra/Liverpool);
2002 – Ronaldo (Brasil/Real Madrid).
2003 – Nevdev ( Tchecoslovaquia/Juventus)
2004 – Shevchenko ( Ucrânia/Chelsea)
2005 – Ronaldinho ( Brasil/Barcelona)
2006 – Cannavaro( Italia/Juventus)
2007 – Kaka ( Brasil/Milan)
Fonte – Maicon Mendes e Ubiratan Leal

A esperteza de um torcedor antes de entrar no estádio

Nos anos 80 ocorreu um fato com colega de trabalho no Metrô de São Paulo. Ele conta que em um certo jogo no Morumbi, estava indo de carona no carro de um amigo, um Opala. Estavam em 5 no carro. Naqueles tempos já existiam os guardadores de carro, claro!
Pois bem, no carro deste amigo estava faltando a calota da roda traseira esquerda, a do motorista. E como eram de alumínio, custavam muita grana. Tentando ser muito esperto, chamou o guardador de carros e fez a seguinte oferta:
-Olha, se você achar por aí em algum carro uma calota igual a minha, pega e põe na minha roda que eu de dou uma grana a mais.
Quando voltaram do jogo, entraram depressa no carro, pra não pagar o
guardador. Quase todo mundo faz isso, quer levar vantagem e não pagar o coitado do guardador. Quando todo mundo já estava dentro do carro, o cara apareceu dizendo que tinha arrumado a calota. Aí, só o motorista desceu pra conferir. Aí pagou o combinado.
No meio do caminho, resolveram parar numa padaria pra comer alguma coisa. Quando estavam dentro da padaria um dos 5 veio até a porta e, quando olhou o Opala, que estava com o lado do passageiro virado pra padaria, começou a dar frouxos risos. Chamou os outros, que constataram: o guardador tinha tirado a calota do lado direito e passado pro lado onde estava faltando!
O amigo “experto” tomou um golpe bem dado, sem contar que até hoje ele é motivo de gargalhadas .
Conto esta passagem porque já me levaram, certa feita, as quatro calotas do meu carro num jogo que fui. E não teve chororô, tive que comprar as quatro de novo.
Fonte: Amaury -Fone 50110366, r. 255

A ficha mais suja do futebol brasileiro

Daison Pontes era violento e fanfarão. Foi punido por tudo, inclusive doping, e só parou quando agrediu um juiz. Em 1974, o zagueiro do Gaúcho de Passo Fundo no Rio Grande do Sul, deu um soco na cara do juiz José Luis Barreto. Foi suspenso por 18 meses e voltou em 1976 apenas para encerrar a carreira. Estava encerrando, também, a ficha mais sujada história do futebol brasileiro. Daison Pontes virou lenda. Grandalhão, fanfarrão, carismático, ele ajudou a fazer a fama de Passo Fundo como a “terra de machos”.

Formava dupla de área com seu irmão João Pontes, outro exemplo de indisciplina. Foi punido por tudo, desde do doping até agressão, num total de 18 punições. Em 1974, num jogo em Passo Fundo, o juiz José Luis Barreto marcou um pênalti contra o Gaúcho e Daison o chamou de criolo. E o juiz teria dito – Se te pego fora de Passo Fundo, te expulso. Daison respondeu: Se me expulsar te quebro a cara.

Semanas depois se encontraram em Santa Maria. Os dois cumpriram a promessa. Barreto o expulsou e Daison quebrou a cara do juiz.

As expulsões dos irmãos Pontes.

Daison Pontes:

1959 – agressão a adversário.
1962 – invasão de campo.
1963 – ofensas ao juiz.
1964 – agressão ao adversário.
1964 – ofensas ao juiz.
1964 – ofensas ao juiz.
1964 – ofensas ao juiz.
1966 – agressão ao adversário.
1968 – ofensas ao juiz.
1969 – agressão ao adversário.
1969 – atitude inconveniente.
1970 – agressão ao adversário.
1971 – atitude inconveniente.
1972 – agressão ao adversário.
1973 – agressão ao adversário.
1974 – ofensas ao juiz.
1974 – uso de estimulante.
1974 – agressão ao juiz.

João Pontes:

1964 – agressão ao adversário.
1965 – agressão ao adversário.
1965 – ofensas ao juiz.
1966 – ofensas ao juiz.
1966 – agressão ao adversário.
1967 – ofensas ao juiz.
1969 – atitude inconveniente.
1970 – agressão ao adversário.
1972 – ofensas ao juiz.
1973 – agressão ao adversário.
1974 – ofensas ao juiz.
1978 – ofensas ao juiz.
Fonte: Revista Placar

João Leal Neto, ex-jogador e técnico de futebol aposentado

No primeiro título da história do América, o da Segunda Divisão de 1957, o meia-direita era Leal, apoiador atrevido e criativo, que também tinha muita força para ajudar na marcação. Era uma espécie de segundo volante dos tempos atuais. Durante a vitoriosa campanha, ele marcou três gols, inclusive o primeiro da vitória de virada por 3 a 2 sobre o Corinthians, em Presidente Prudente, na última rodada do hexagonal decisivo, que sacramentou o inédito acesso do Rubro para o Paulistão. João Leal Neto nasceu no dia 25 de setembro de 1937 e começou a jogar futebol em Santos, sua terra natal, no time infantil do Brasil. Levado pelo técnico Arnaldo de Oliveira, o Papa, foi para o Jabaquara. Meses depois, o treinador do Santos, Luiz Alonso, o Lula, pediu a contratação dele para a diretoria e foi atendido. Jogou no juvenil e participou de algumas partidas da equipe principal do Peixe. Defendeu a seleção paulista e também a Seleção Brasileira juvenil, vice-campeã sul-americana em Caracas, na Venezuela. Na final, em março de 1954, perdeu para a Argentina.

Ainda precoce (tinha 17 anos), o Santos decidiu trocá-lo pelo experiente zagueiro Ramiro, do Fluminense. O Tricolor das Laranjeiras era dirigido pelo técnico Adolfo Russo e contava com Bigode, Telê Santana, Vitor, entre outras feras. Não se adaptou ao futebol do Rio de Janeiro e em 1956 disputou o Paulistão pelo Jabaquara. Na temporada seguinte foi contratado pelo América, por intermédio do diretor João Leite de Souza, que possuía uma máquina de beneficiamento de café na rua Pedro Amaral e tinha amizade com João, pai de Leal. “No começo relutei porque Rio Preto era um sertão. Fui para ficar 15 dias e permaneci dois anos”, recorda. Além do título da Segundona, no Rubro Leal também foi campeão do Torneio Início do Paulistão de 1958. Depois do estadual trocou o América pelo Guarani, onde jogou com Paulo Leão, Fifi, Bidon, Beluomini e outros. Em 1960, jogou no Noroeste, do técnico João Avelino, refazendo uma parceria campeã.

Atuou no clube de Bauru até 1962, quando surgiu o interesse de Portuguesa, São Paulo e Palmeiras. Optou pelo Tricolor, comandado pelo técnico Oswaldo Brandão, amigo de Avelino, mas o Noroeste não quis liberá-lo. “Vendi minha casa em Bauru e me mudei para Campinas com minha mulher (Elvira) e minha filha (Lucienne).” Fez um acordo com a diretoria noroestina para poder se transferir ao São Paulo, onde ficou dois anos (63/64). Atuou ainda no Botafogo, de Ribeirão Preto, em 1965, e na Ponte Preta, na temporada posterior, onde pendurou a chuteira, aos 29 anos.

Vitoriosa carreira de técnico
Dez anos depois de ajudar o América a subir para o Paulistão, João Leal Neto retornou ao clube como treinador. Foi em 1967. Ele ainda engatinhava como técnico (havia comandado o Noroeste em seis amistosos), quando o diretor Benedito Teixeira, o Birigüi, apareceu para contratá-lo, com a finalidade de substituir Rubens Minelli no comando do time rio-pretense. A equipe de Bauru integrava a Primeirona (atual A-2). “Além de ser da elite, o América me ofereceu um salário bem maior e pagou a multa rescisória”, informa. Dirigiu o Rubro no Paulistão de 1967, ficando em 7º lugar entre 14 participantes. A equipe permaneceu sob sua batuta até março de 1968, durante o primeiro turno do estadual, quando foi sucedido por Wilson Francisco Alves. “Tive problemas de relacionamento com alguns diretores”, afirma, sem citar nomes. “Eu ainda estava com espírito de jogador e o treinador precisar analisar os dois lados.”

Atuou como árbitro da FPF entre 73 e 75. Também foi treinador do Noroeste por duas vezes, Uberlândia, Gama, São Bento de Sorocaba, Goiânia, Atlético Goianiense e Caldas-GO, entre outras equipes até ser contratado pelo São Paulo em 1981, como auxiliar do técnico Carlos Alberto Silva, com quem formou uma grande dobradinha. Em julho do mesmo ano, retornou ao América, como treinador, para a fase final do primeiro turno e o segundo turno, ficando até novembro. Não renovou e acabou substituído pelo gaúcho Francisco Silva Neto, o Chiquinho. A parceria com Carlos Alberto Silva foi refeita na Seleção Brasileira em 1987. A equipe foi eliminada na primeira fase da Copa América na Argentina, mas foi campeã do Pré-Olímpico da Bolívia e da Copa Stanley Rouss, em Londres, e ganhou a medalha de prata na Olimpíada de Seul em 1988. Eles iniciavam a preparação para a Copa do Mundo da Itália (90), quando Ricardo Teixeira ganhou a eleição para a presidência da CBF e demitiu toda comissão técnica, contratando Sebastião Lazaroni. Leal também foi campeão da 2ª Divisão dos Emirados Árabes de 96, com o Kalba. Seu último clube foi o Santos, como auxiliar de Carlos Alberto. Formado em Educação Física, aposentou-se em 1998. Pai de Lucienne e Lilianne, ele e a mulher Elvira moram em Campinas.

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AMÉRICA – Campeão de 57. De pé: Adésio, Fogosa, Bertolino, Vilera, Ambrózio, Xatara e Gregório (massagista); agachados: Cuca, Leal, Dozinho, Vidal e Oscar

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SÃO PAULO – De 63. Em pé: De Sordi, Deleu, Leal, Roberto Dias, Riberto, Glauco e Serroni (mordomo); agachados: Nondas, Prado, Cido, Baiano e Canhoteiro

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SANTOS – Formação de 1953. De pé, a partir da esquerda: Ivan, Cássio, Urubatão, Barbosinha, Paschoal e Hélvio; agachados: Carlinhos, Leal, Álvaro, Vasconcelos e Tite

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GUARANI – Time bugrino de 1959. Em pé: Garbeline (diretor), Valter, Piracicaba, Beluomini, Eraldo, Bidon e Nica; agachados, na mesma ordem: Paulo Leão, Fifi, Rodrigo, Leal e Goiano

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NOROESTE – Do início da década de 60. Em pé, a partir da esquerda: Adésio, Navarro, Viana, Ademar, Pacheco e Bassú; agachados: Batista, Zé Carlos, Castelo, Leal e Valdo

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APRESENTAÇÃO – Em início de carreira como treinador, João Leal Neto (em pé à direita), ao lado do auxiliar Bertolino, faz palestra aos jogadores do América, após sua chegada para comandar o time rio-pretense no Paulistão, em julho de 1967

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SELEÇÃO – A foto mostra Mirandinha, Júlio César, Careca, Geraldão, Silas, Régis, João Leal Neto e Dunga em treino recreativo da Seleção Brasileira durante a Copa América de 1987, na Argentina. O Brasil foi eliminado na primeira fase

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SELEÇÃO – De pé: Carlos Alberto Silva, Valtinho (mordomo), Leal, Aloísio, Zé Carlos, André Cruz, Nelsinho, Edmar, Valdo, Douglas, Ricardo Gomes, Batista, Muller, e Walter Leal; agachados: Hugo Cheddid, Teotônio (massagista), Giovani, Jorginho, Ademir, Taffarel, Careca, Bebeto Oliveira (fisicultor), Romário, Milton, Gilberto (prep. de goleiros), Ronaldo Nazaré (médico) e jornalista não identificado

Fonte: diarioweb.com.br

Protegido: Fichas Técnicas de Jogos em Rio Preto nos anos 60

Entre os jogos selecionados, destaco o que para mim estava apagado na memória: o goleiro Irno do Santos e o time do Hepacaré de Lorena.

FICHAS TÉCNICAS

América 1 x 0 Santos

[img:escudoamerica_sub29315.jpg,full,vazio]América
Santos; Carlos Jacaré, Fogosa e Ambrózio; Adésio e Julinho; Adamastor, Leônidas, Joãozinho, João Jorge e Orias. Técnico: Conrado Ross.

[img:escudoSantos_sub30925.jpg,full,vazio]Santos
Irno, Fioti, Mauro Ramos de Oliveira e Zé Carlos; Calvet e Urubatão; Sormani, Jair Rosa Pinto, Nei, Pelé e Tite. Técnico: Luiz “Lula” Alonso.

Gol: Leônidas aos 5 minutos do primeiro tempo.
Juiz: Stefan Walter Glans.
Renda: Cr$ 590.930,00.
Público: não divulgado.
Local: estádio Mário Alves Mendonça, em Rio Preto, dia 17 de setembro de 1960

.América 2 x 2 São Paulo

[img:escudoamerica_sub29315.jpg,full,vazio]América
Jura; Carlos Jacaré, Martin e Píter; Adésio e Bertolino; Cuca (Jaime), Adamastor, Joãozinho, João Jorge e Orias. Técnico: Conrado Ross.

[img:escudoSP_sub29448.jpg,full,vazio]São Paulo
Poy; Ademar, Vilásio e Riberto; Dino Sani e Gérsio; Peixinho, Paulo, Gino, Gonçalo e Roberto. Técnico: Flávio Costa.

Gols: Gino aos 16 minutos do 1º tempo. Joãozinho aos 4, Orias aos 47 e Gérsio aos 57 minutos do 2º tempo.
Juiz: Romualdo Arpi Filho.
Renda: Cr$ 525,4 mil.
Público: não divulgado.
Local: estádio Mário Alves Mendonça, em Rio Preto, dia 13 de novembro de 1960.

Rio Preto 3 x 1 Hepacaré de Lorena

[img:escudoRioPreto60_sub30931.jpg,full,vazio]Rio Preto
Paulinho; Jacintho Angelone, Martin e Brandão; Zé Carlos
e Icão; Colada, Milton, Joãozinho, Bulau e Palácio. Técnico: Oswaldo Iembo, o Dicão.

[img:hepacareescudo_sub30932.jpg,full,vazio]Hepacaré de Lorena
Zé Maria; Canindé, Laércio e Geraldo; Jacaré e Ronaldo; Machado, Félix, Bacu, Mário e Milton. Técnico: não obtido.

Gols: Joãozinho fez os três do Rio Preto e Félix marcou para o Hepacaré.
Juiz: Albino Zanferrari.
Renda: Cr$ 1,1 milhão.
Público: não divulgado.
Local: estádio Victor Brito Bastos, em Rio Preto, domingo, 21 de junho de 1964, na última rodada do hexagonal final da Segundona, quando o Rio Preto sagrou-se campeão e subiu para a Primeira Divisão.

Rio Preto 6 x 3 Ferroviária Botucatu

[img:escudoRioPreto60_sub30931.jpg,full,vazio]Rio Preto
Luisinho; Jacintho Angelone, Martin e Antônio João; Zé Carlos e Icão; Colada, Milton, Joãozinho, Bulau e Palácio. Técnico: Oswaldo Iembo, o Dicão.

[img:ferroviariadebotucEscudo_sub30929.jpg,full,vazio]Ferroviária Botucatu
Paulo Silva; Ovídio, João e Pando; Adésio e Carlito; Passarinho, Neivaldo, Wilson Bauru, Celso e Pulga. Técnico: Demétrio Soares.

Gols: Icão (contra) a 1, Jacintho aos 2, Joãozinho aos 9 e aos 28 e Zé Carlos (pênalti) aos 40 minutos do 1º tempo. Pulga aos 18, Passarinho aos 20, Joãozinho aos 40 e Colada aos 42 minutos do 2º tempo.
Juiz: Plínio Duenas.
Renda: Cr$ 550 mil.
Público: não divulgado.
Local: estádio Victor Brito Bastos, em Rio Preto, domingo, 12 de julho de 1964.

O dia em que Careca perdeu dois pênaltis

O atacante Careca chegou ao São Paulo Futebol Clube, em 1983. Havia deixado
de disputar a Copa do Mundo de 1982, pela Seleção Brasileira, devido a uma ruptura do ligamento cruzado anterior de um dos joelhos e uma cirurgia para a retirada do menisco externo.

No 1º jogo, com a camisa de três cores, perdeu dois gols de pênaltis, contra o Grêmio. Um pouco depois ficou seriamente doente, contraindo hepatite. Mas ressurgiria com sua incrível técnica.

Antes de falar sobre o jogo dos dois pênaltis perdidos, quero deixar claro que Careca foi um dos atacantes mais técnicos que já vi jogar. Às vezes, perdia gols devido ao excesso de categoria que tinha. Deslocava os goleiros com toques sutis de efeito e a bola raspava a trave caprichosamente. Craque, craque, craque!

Vou falar deste jogo porque tem situações extra-campo que nos envolvem de tal maneira que fica marcado para sempre. Fomos em quatro pessoas para o Morumbi, sábado a tarde, para ver São Paulo x Grêmio de Porto Alegre, sendo dois são-paulinos e dois corintianos dentro da Belina do japa são-paulino, Mario Tabata.

O Tabata tinha um capricho nesta Belina, acho que era 1983, carro bom. Estava sempre brilhando. Se o Tabata ouvisse o gemido do destino não iria ao campo. Parecia que vento falava: “não vá…não vá…” Mas é difícil ouvir esta voz. A coisa esta feita.

O Tabata errou o caminho e foi fazer a meia-volta e ficou atravessado na rua… Veio outro carro e afundou a porta do lado do passageiro. A coisa estava começando. Até chegar ao estádio deu o que fazer. Mas vamos direto para o jogo.

Eu estava no estádio ao lado de um amigo como torcedor neutro juntamente com os dois são-paulinos. Aí tivemos o primeiro pênalti para o SPFC. Careca para bater… Perdeu!

Um torcedor à minha frente virou para mim puxando os cabelos de raiva. Dei um sorriso amarelo, vai fazer o que, né?

Só sei que o Tarciso do Grêmio estava fazendo gols no tricolor paulista. Mas acontece outro pênalti para o SPFC. De novo Careca para bater… Perdeu de novo! Gente, não é pra menos, o cara da minha frente começou a puxar de novo os cabelos. De volta para casa, 3 x 2 para o Grêmio, carro batido, raiva pelos pênaltis perdidos.

Conclusão: De certa forma, todos nós já passamos por agruras nos estádios, seja por uma derrota, ou por tomar chuva, ou por ficar espremido na saída, ou por levar objetos jogados nas costas… Mas esta partida ficou caro para o Mario Tabata.

TEXTO: autoria de Gilberto Maluf

O Futebol na Telona

Copa Rocca 1939
(1939, p&b, 8 min 16mm)
Direção de Humberto Mauro
Documentário produzido pelo Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE) acerca da Copa Rocca.

O Craque
(1954, p&b, 90 min, Beta)
Direção de José Carlos Burle
Com Carlos Alberto, Eva Wilma, Herval Rossano, Blota Júnior e Inezita Barroso.
Comédia popular da Multifilmes sobre a ascensão de jogador em uma equipe profissional. Filmado no Corinthians com a participação dos jogadores Baltazar, Carbone, Gilmar, Índio, Luizinho, Olavo e Roberto.

Subterrâneos do Futebol
(1968, p&b, 30 min, DVD)
Direção de Maurice Capovilla Terceiro episódio do longa Brasil Verdade. Caracteriza o futebol como válvula de escape às frustrações populares. Música de Gilberto Gil.

Boleiros, Era uma vez o Futebol…
(1998, cor, 93 min, 35mm)
Direção de Ugo Giorgetti
Com Otávio Augusto, Flávio Migliaccio, Lima Duarte, Marisa Orth, Adriano Stuart, Denise Fraga, Rogério Cardoso, André Abujamra e Cássio Gabus Mendes
Em um bar paulistano, grupo de ex-jogadores, técnicos e juízes se reúnem para lembrar histórias do mundo do futebol. Otávio Augusto vive um juiz corrupto que manda repetir uma cobrança de penâlti várias vezes, até que o jogador consiga marcar. O filme ganhou uma continuação: Boleiros 2 – Vencedores e vencidos.

O Corintiano
(98 min, p&b, 1966, DVD)
Direção de Milton Amaral
Mazzaropi interpreta um torcedor fanático entra em conflito com os filhos e os vizinhos ‘palestro-italianados’.

A Propósito do Futebol
(1975, cor, 7 min, 16mm)
Direção de Roberto Kahané e Domingos Demasi Montagem reflexiva sobre o futebol como esporte de massa nas palavras de Oswald de Andrade.

Copa 78, o Poder do Futebol
(1979, cor, 90 min, 35mm)
Direção de Maurício Sherman
Documentário que prioriza os bastidores da Copa do Mundo de 1978 na Argentina. Realizado por Maurice Capovilla e Paulo César Saraceni, foi finalizado por Sherman devido a desentendimentos com os produtores que não aceitaram críticas mais contundentes à ditadura Argentina.
Narração de Sérgio Chapelin.

Todomundo (Futebol + Torcida = Espetáculo Total)
(1980, cor, 35 min, 16mm)
Direção de Thomaz Farkas
Espetáculo visual que analisa o culto do futebol pelas torcidas dos times.

Flamengo Paixão
(1980, cor, 70 min, 16mm)
Direção de David Neves
A história do Flamengo é contada a partir da ótica do torcedor com destaque para a conquista do tricampeonato carioca. Utiliza grande quantidade de material de arquivo, inclusive imagens de um Fla-Flu de 1924.

Futebol 3: Jogo dos Homens/Meio de Vida/Zona do Agrião
(1980, p&b, 38min, 35mm)
Direção de Roberto Moura
Documentário em três episódios que oferece uma abordagem mais ampla sobre o esporte, priorizando aspectos sociais e econômicos.

Cinema e Futebol
(1980, cor, 48 min, 16mm)
Direção de David Neves e Chico Drummond
Documentário sobre o futebol visto pelo cinema desde o início do século XX. Realização conjunta da TV Cultura e da Cinemateca Brasileira.

Gaviões
(1982, cor, 22min, 16mm)
Direção de André Klotzel
Filme pioneiro sobre a maior torcida organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel.

Onda Nova
(1983, cor, 98 min, 35mm)
Direção de José Antônio Garcia e Ícaro Martins
Com Carla Camurati, Tânia Alves, Regina Casé, Vera Zimmermann, Cristina Mutarelli, Ênio Gonçalves e Sérgio Hingst.
Garotas tentam montar um time de futebol feminino. Em clima de pornochanchada com elementos surrealistas, o filme retrata a juventude underground paulistana do início dos anos 80. Filmado no Parque São Jorge com participações especiais de Caetano Veloso, Osmar Santos, Casagrande e Wladimir.

Perigo Negro
(1993, cor, 27 min, 35mm)
Direção de Rogério Sganzerla
Com Abraão Farc, Helena Ignez, Antônio Abujamra e Paulo Moura.
Episódio do longa Oswaldianas, baseado em romance de Oswald de Andrade. A trajetória de um futebolista e narrada por um fanático torcedor.

Uma História de Futebol
(1998, cor, 22 min, 35mm)
Direção de Paulo Machline Com José Rubens Chachá, Marcos Leonardo Delfino, Eduardo Santos, Eduardo Santos e narração de Antônio Fagundes.
Um amigo de infância de Pelé conta a história do desafio entre os times rivais ‘7 de setembro’e ‘Barão do Noroeste’ na cidade de Bauru em 1950. O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Curta-Metragem.

Driblando o Destino (Bend it like Beckham)
Direção: Gurinder Chadha
Com: Parminder K. Nagra, Keira Knightely, Archie Panjabi Inglaterra – 2002 – 112 minutos – 35mm – Comédia
O sonho da jovem imigrante de origem indiana Jesminder Bhamra é seguir o caminho de seu ídolo David Becham e se tornar uma jogadora profissional de futebol.
Entretanto, ela enfrenta problemas em sua família, que deseja que ela siga os costumes indianos tradicionais, assim como sua irmã mais velha, Pinky. O confronto familiar chega ao ápice quando Jesminder é obrigada a escolher entre a tradição de seu povo e seu grande sonho.

Ginga – A alma do futebol brasileiro
Direção: Hank Levine, Marcelo Machado e Tocha Alves
Com: Fernando Meirelles e Hank Levine/ O2 Filmes e Nike Brasil – 2006 – 81 minutos – 35mm – Documentário
O grande segredo do domínio brasileiro no futebol é a ginga de seus jogadores.
Uma habilidade de corpo que os torna capazes de driblar, passar a bola e marcar o gol como se o adversário não existisse. Mas ginga não se aprende. É algo mítico, inerente ao Brasil. Ginga é um jeito de não se levar nada muito a sério, usar bem os pés, o calcanhar e as coxas durante o jogo e fora dele.
Vários brasileiros, de diferentes níveis sociais e de várias partes do país, relatam, no documentário, a sua paixão e habilidade no futebol e a importância do gingado em suas vidas.

O Milagre de Berna
(Das Wunder von Berner/ The Miracle of Bern )
Direção: Sonke Wortmann
Alemanha – 2003 – 114 minutos – 35mm – Drama
Na Alemanha, verão de 1954, um garoto de 11 anos que adora futebol tenta acompanhar cada momento dos últimos jogos que decidirão a final da Copa do Mundo. Mas a relação com seu pai não está fácil, pois ele acaba de retornar da Rússia, onde ficou por 11 anos como prisioneiro de guerra, trazendo consigo sérios problemas emocionais e dificultando a convivência com todos da família.
O menino não desiste e vai tentar superar todas as barreiras existentes em seu caminho para alcançar o seu ideal de ver o time de sua nação jogar a final da Copa do Mundo – a histórica final da Copa da Suíça de 1954, em que a seleção da Alemanha milagrosamente superou a favorita Hungria.

O Casamento de Romeu e Julieta
Direção: Bruno Barreto
Com: Ricca, Luana Piovani, Luis Gustavo, Leonardo Miggiorin, Berta Zemmel Brasil – 2005 – 93 minutos – 35mm – Comédia
Alfredo é um advogado descendente de italianos, palmeirense roxo e membro do Conselho Deliberativo do clube. Alfredo criou sua filha Julieta, jogadora do time feminimo do Palmeiras, para ser mais uma apaixonada pelo time. Mas Julieta se apaixona por Romeu, um médico oftalmologista que é corinthinano roxo. Em nome do amor, Romeu aceita se passar por palmeirense, chegando a se filiar como sócio do clube e ir aos jogos para torcer pelo seu rival, tentando conquistar a simpatia do sogro. Mas suas atitudes geram desconfiança em sua família, principalmente em seu filho Zilinho e na avó Nenzica, ambos corinthianos fanáticos.

Rojas
Direção: Alexandre Mello Zaidan
Brasil – 1994 – 5minutos – 16mm
Rojas, o polêmico goleiro chileno, é inquirido por um jornalista sobre acontecimentos do jogo Brasil e Chile, em que ele fingiu ter sido atingido por um rojão disparado pela torcida.

Artigo 25
Direção: Marcos Fábio Katudjian
Brasil – 1995 – 17 minutos – 35mm
Imagens das brigas do jogador de futebol Edmundo alteram-se com uma aula fictícia sobre vítimas, crime e punição e com história de uma garota de programa.

Cartão Vermelho
Direção: Laís Bodanzky
Brasil – 1994 – 13 minutos – 35mm
O mundo de Fernanda, uma adolescente que joga futebol como os meninos: mata no peito, domina na coxa e toca a bola no vão das pernas.

Garrincha – A estrela solitária
Direção: Milton Alencar
Com: André Gonçalves, Taís Araújo, Chico Diaz, Alexandre Schumacher, Henrique Pires Brasil – 2005 – 110 minutos – 35mm – Drama
Baseado na biografia escrita por Ruy Castro, o filme conta a vida de Mané Garrincha, o “demônio das pernas tortas”, dentro e fora do campo, confrontando o mito do futebol mundial ao homem humilde do interior. As várias facetas do craque são mostradas a partir das lembranças de pessoas que lhe foram muito próximas e que o amaram de diferentes maneiras, como a cantora Elza Soares e o colega Nilton Santos, compondo uma visão multilateral de sua personalidade e de seu destino de glórias e tragédias.

Gol! (Goal!)
Direção: Danny Cannon
Com: Kuno Becker, Sven-Göran Eriksson, David Bechkam, Wayne Rooney, Zinedine Zidane Estados Unidos/ Inglaterra – 2005 – 118 minutos – 35mm – Aventura
Como milhões de crianças ao redor do planeta, Santiago alimenta o sonho de se tornar um jogador de futebol profissional , para desgosto de seu pai, que não acredita em um futuro feliz para o filho no futebol. Vivendo no bairro latino em Los Angeles , Santiado não costuma alimentar muito seu sonho até que consegue um teste para entrar no time de futebol inglês Newcastle United.
Superprodução de 100 milhões de dólares, Gol! foi planejado como primeira parte de uma trilogia que seguirá toda a carreira de Santiago.

“Meu Nome É Joe” (“My Name Is Joe”).
Inglaterra, 1998. Direção de Ken Loach, com Peter Mullan e Louise Goodall. Consórcio Europa. Colorido, 105 min.
O futebol está presente no filme, mas “Meu Nome É Joe” não é sobre futebol. É uma história de amor permeada pelas conhecidas preocupações políticas e sociais do diretor. Mullan é Joe, um desempregado (e ex-alcoólatra) que treina um time de várzea. Esse time usa as camisetas da mítica seleção brasileira de 1970, que ganhou o tri. Pelé, Jairzinho, Carlos Alberto, Rivelino, Tostão e Gérson são todos citados. Joe envolve-se com uma assistente social, interpretada por Louise Goodall. O romance é dificultado pelas ligações de ambos com o casal formado por outro desempregado e uma junkie.

Porque o azul e o amarelo na camisa do Boca Juniors?

Consta que, em 1905, alguns imigrantes italianos resolveram criar um time de futebol. Deram a ele o nome do bairro e acrescentaram um “Juniors” para conferir à equipe um ar britânico, numa tentativa de amenizar a condição de lugar pobre e com traços latinos numa Buenos Aires de feições europeias.

Não conseguiram. O bairro continua pobre, meio atípico, e essa autenticidade talvez seja sua maior riqueza. Os imigrantes que fundaram o clube não entraram em acordo sobre as cores do novo time.

Então, decidiram ir todos para o porto de Buenos Ayres, que fica perto do bairro da Boca, onde foi fundado o clube. O Boca Juniors teria as cores da bandeira do primeiro navio que chegasse. Naquele dia, atracou um navio sueco, de quem o time herdou o azul e o amarelo.

Fonte: Racunho, o jornal de literatura brasileira