Arquivo do Autor: Gilberto Maluf

Quem hoje melhor narra futebol pelo rádio?

locutores

O relógio marca…, abrem-se as cortinas começa o espetáculo, ripa na chulipa, pimba na gorduchinha, bola no barbante de Ado, respeitável público, tremulando, tremulando, tremulando as bandeiras, dez é a camisa dele, indivíduo competente o Zico, passa de passagem, Placar na Suécia, um a zero, o Brasil vence.

Frases famosas criadas pelos narradores brasileiros Waldir Amaral, Fiori Giglioti, Osmar Santos, Willy Gonser, Geraldo José de Almeida, Jorge Curi, Edson Leite, nos últimos cinqüenta anos.

Identificação

Elas identificavam os narradores por décadas, no rádio esportivo brasileiro. Era gostoso ouvir Waldir Amaral falar após cada gol : “tem peixe na rede do Vasco”, ou “o relógio marca”.

Jorge Curi com seu vozeirão anunciando o placar do jogo “no P…E (placar eletrônico) do Maraca” ou “passa de passagem”.

Willy Gonser com o seu “tem bola no barbante de Ado”, Osmar Santos gritando “chiruliruli-chirulirulá”.

Oswaldo Moreira, da Tupi do Rio (já falecido) falando “respeitável público”. Fiori Giglioti quando ao apito do árbitro : “abrem-se as cortinas e começo o espetáculo”. Eram marcas registradas desses grandes narradores.

Como surgia

Muitos profissionais contratavam publicitários, tinham colaboradores e amigos, para criar frases.

Lembro de Antonio Garini, editor-chefe do Jornal da Manhã da Jovem Pan, grande incentivador de Osmar Santos, sempre tinha sugestões. César, jogador do Palmeiras e Estevan Sangirardi também colaboravam. As frases de efeito deram impulso à carreira de Osmar Santos, interrompida na noite de 22 de Dezembro de 1994.

De 1973 a 1977 dividia as transmissões esportivas da Jovem Pan com o Osmar.
No início da carreira, Osmar, espelhou-se em consagrados profissionais como Pedro Luis, Edson Leite, Geraldo José de Almeida, Fiori Giglioti, Haroldo Fernandes, Joseval Peixoto e outros. Aos poucos foi criando seu próprio estilo.

Infelizmente Osmar Santos já não pode mais ser ouvido nas narrações esportivas.
Mas o Brasil recheou-se de “carbonos” de Osmar Santos; suas frases e seu estilo de narrar futebol foram copiados pelos quatro cantos do país. Aliás, não só ele; também Fiori Giglioti é xerocado por algumas dezenas de locutores brasileiros. E antes de Osmar e Fiori, o extraordinário Pedro Luis. Lá por 1973 quando o Pedro Luis começou a ter problemas com a voz, aparecia Marco Antonio Matos, seu espelho, cópia fiel do grande mestre. Pedro teve outros seguidores como Mário Garcia, Wanderlei Ribeiro, Hamilton Galhano no rádio de São Paulo.

Nos estados em que se ouve o futebol do Rio, José Carlos Araújo tem clones e mais clones. O rádio esportivo brasileiro sempre teve muitas cópias; não é grande o número de narradores de ponta, com estilo próprio.

Criatividade

A narração esportiva brasileira pode ser analisada por regiões.

No sul, o futebol da Guaíba foi reconhecido a partir da Copa de 1966 na Inglaterra pelo som e transmissões emocionantes de Pedro Carneiro Pereira. Depois de sua morte em 1973, Armindo Antonio Ranzolin tomou o comando do futebol. No Rio Grande do Sul surgiram muitas cópias de Pedro Carneiro Pereira e Armindo Antonio Ranzolin.

Haroldo de Souza contratado em 1973 pela Gaúcha inovou no rádio dos pampas misturando o estilo gaúcho com a modernidade de Osmar Santos. No Paraná depois de Willy Gonser e Airton Cordeiro, surgiu Himer Lombardi que virou Lombardi Junior.

Esteve conosco durante alguns meses em 1974, na Jovem Pan.

Em Curitiba tornou-se o grande nome do rádio esportivo de 1975 a 1994, quando veio a falecer. Inovou utilizando frases e vinhetas da Jovem Pan.

O estilo das transmissões dos grandes narradores paulistanos de outrora se espalharam pelo interior do estado e norte do Paraná. O carioca invadiu Brasília, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Manaus e outros estados do norte e nordeste.

Um detalhe interessante; 90% dos narradores esportivos das grandes rádios de São Paulo vieram do interior ou de outros estados brasileiros para se consagrar na maior cidade da América do Sul.

O que é ser narrador esportivo

O narrador esportivo é um “vendedor de ilusões”. Cabe ao narrador esportivo descrever o que ocorre num jogo de futebol, com precisão, e, detalhes.

Ao contrário dos locutores esportivos que estão mais preocupados com vinhetas, abraços, piadas, reverberações exageradas, pornografia e poesias.

Sou fã dos narradores que me fazem “ver o jogo” sem estar no estádio ou na frente da tevê. Narrador esportivo descreve os lances de uma partida de futebol mostrando quem está com a bola, para quem foi passada, qual a posição em que o lance ocorreu, não esquecendo do placar e tempo de jogo. Essa é a função do narrador; as dúvidas ocorridas no desfecho de um lance devem ser esclarecidas pelo repórter colocado atrás do gol ou na lateral do gramado. Ao comentarista cabe comentar o jogo. Hoje poucos descrevem o jogo; preferem interferir na seara do comentarista, dando sua opinião e esquecendo-se de narrar. Alguns pela rapidez que querem dar a transmissão engolem palavras; outros narram na base do – cruzou o zagueiro, cortou o zagueiro, defendeu o goleirão. Quem cruzou. De onde cruzou. Para onde cruzou. Quem cortou. Como é o nome do goleiro. Não dá nome aos atletas. Algumas transmissões são completamente lineares; cobrança do tiro de meta e jogada que se estende até a linha intermediária (entre meio de campo e grande área adversária) deve ser narrado com um tom mais coloquial; um chute a gol ou jogadas que se sucedem dentro das áreas devem conter a vibração que o futebol exige. Hoje em cada 10 narradores, cinco gritam aos quatro ventos “ pro gooooollllll…. para fora”. É uma forma de aumentar a emoção de uma jogada de ataque. Porém 95% desses lances não resultam em absolutamente nada. Pura enganação. E você ainda ouve os surrados – a bola passa raspando a trave, tirando tinta do poste – (a tevê mostra que passou dois metros do poste) ou – balão de couro – (a bola de hoje é fabricada com material sintético e balão é outra coisa), ou ainda – um escanteio de mangas curtas -. E tem aquela do – estamos no intervalo do primeiro para o segundo tempo -. Um jogo de futebol tem apenas um intervalo, logo…
Por Edmar Annusek do site caros ouvintes e foto Milton Neves

Clique no endereço eletrônico e ouça futebol pela internet

Esta área foi criada pelo Futeboltotal.com com o intuito de disponibilizar algumas das várias rádios na Internet, que cobrem o Futebol Brasileiro:

src=images/bandeira rj.jpg Rio de Janeiro

FM 94 – http://www.fm94.rj.gov.br
Futebol Carioca, Popular, Esportes
Programa =Winamp.

Globo 1220 AM – http://www.radioglobo.com.br/
Futebol Carioca, Jornalismo, Esportes
Programa = Real-Player-G2

Tupi AM 1280 – http://www.tupi-am.com.br/
Futebol Carioca, Jornalismo, Esportes
Programa = Real-Player-G2

src=images/bandeira_sp.jpg São Paulo

Bandeirantes AM 840 – http://www.radiobandeirantes.com.br/
F1, Esportes, Jornalismo, Futebol Paulista
Programa = Media-Player

Globo AM 1100 – http://www.globonoar.com.br/
Futebol Paulista, F1, Jornalismo, Esportes
Programa = Real-Player-G2

Jovempan AM 620 – http://www.jovempan.com.br/
Futebol Paulista, Jornalismo, Esportes
Programa = Real-Player-G2

Cultura AM 930 – http://www.radiocultura.com.br/
Futebol Paulista, Esportes, Popular, Jornalismo
Programa = Real-Player-G2

src=images/bandeira_df.jpg Brasília

Nacional AM 980 – http://www.radiobras.gov.br/
Futebol Carioca, Popular, Esportes
Programa = Media-Player

Nacional OC 11.780 – http://www.radiobras.gov.br/
Futebol Carioca, Popular, Esportes
Programa = Media-Player

src=images/bandeira_pr.jpg Paraná

CBN Curitiba 90.1 FM – http://www.cbn-curitiba.com.br/
Futebol Paranaense, Jornalismo, Esportes
Programa = RealAudio

Clube-B2 AM 1430 – http://www.radiogol.com.br//
Futebol Paranaense, Esportes, Jornalismo
Programa = Real-Player-G2

Banda B 550 AM -http://www.radiobandab.com.br/
Jornalismo, Esportes, Futebol Paranaense
Programa = Media-Player

Paiquere AM 1110 – http://www.paiquere.com.br/
Futebol Paranaense, Jornalismo, Esportes
Programa = RealAudio

imagem Bahia

Metrópole 101.3 FM – http://www.radiometropole.com.br/
Futebol Baiano, Sucessos, Hits
Programa = RealAudio

Sociedade AM 740 – http://www.radiosociedadeam.com.br/
Futebol Baiano, Jornalismo, Esportes
Programa = RealAudio

Soc. Feira AM 970 – http://www.sociedadedefeiraam.com.br/
Futebol Baiano, Jornalismo, Esportes
Programa = RealAudio

src=images/bandeira_mg.jpg Minas Gerais

Itatiaia AM 610 – http://www.itatiaia.com.br/
Futebol Mineiro, Jornalismo, Esportes
Programa = RealAudio

Itatiaia FM 95.7 – http://www.itatiaia.com.br//
Futebol Mineiro, Jornalismo, Esportes
Programa = Real-Player-G2

Cultura AM 1350 – http://www.radioculturapocos.com.br/
Futebol Mineiro, Jornalismo, Esportes
Programa = RealAudio

src=images/bandeira_rs.jpg Rio Grande do Sul

Gaúcha AM 600 – http://www.radiogaucha.com.br/
Futebol Gaúcho Jornalismo, Esportes
Programa = RealAudio

Guaíba 720 AM – http://www.radioguaiba.com.br/
Futebol Gaúcho Jornalismo, Esportes
Programa = RealAudio

Pampa 780 – 970 AM – http://www.radiopampa.com.br//
Futebol Gaúcho, Jornalismo, Esportes
Programa = Real-Player-G2

src=images/bandeira_go.jpg Goiás

Rádio K 730 AM – http://www.kajurunet.com.br/
Futebol Goiano, Jornalismo, Esportes
Programa = RealAudio

CBN Anhanguera 1230 AM – http://www2.opopular.com.br/
Futebol Goiano, Jornalismo, Esportes
Programa = RealAudio

src=images/bandeira_pe.jpg Pernambuco

Jornal 780 AM – http://www2.uol.com.br/JC/
Futebol Pernambucano, Jornalismo, Esportes
Programa = Media-Player

Súmulas do Vasco, campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1958

netvascovasco58rsp
Torneio Rio São Paulo De 1958

VASCO DA GAMA (RJ) 2 X 4 PALMEIRAS SP)
Data : 01/03/1958
Torneio Rio-São Paulo
Local : Estádio do Pacaembu / São Paulo
Arbitro : Eunápio De Queiroz
Gols : Almir 12/1º, Vavá 08, Mazzola 25 e 27, Urias 39 e Renato 43/2º
VASCO DA GAMA: Hélio, Paulinho e Viana; Écio, Orlando e Coronel; Sabará, Almir, Vavá, Pinga e Roberto Técnico: Gradim
PALMEIRAS: Edgar, Valdemar Carabina, Édson, Maurinho, Waldemar Fiúme, Dema (Gérsio), Paulinho (Renato), Nardo (Caraballo), Mazzola, Ivan e Urias / Técnico : Oswaldo Brandão

VASCO DA GAMA (RJ) 3 X 1 CORINTHIANS (SP)
Data : 05/03/1958
Torneio Rio-São Paulo
Local : Estádio do Pacaembu / São Paulo (SP)
Arbitro : Eunápio De Queiroz
Gols : Vavá 38, Rubens 13, Vavá (Vasco 19/1º e Índio 36/2º
VASCO DA GAMA: Hélio, Dario e Viana; Écio, Orlando e Coronel; Sabará, Almir, Vavá, Rubens e Pinga / Técnico: Gradim
CORINTIANS: Gilmar, Olavo, Oreco, Idário (Cássio), Walmir, Benedito, Bataglia (Zezé), Luizinho (Rafael), Paulo, Índio e Zague / Técnico : Cláudio

VASCO DA GAMA (RJ) 3 X 2 SÃO PAULO (SP)
Data : 08/03/1958
Torneio Rio-São Paulo
Local : Estádio do Maracanã / Rio De Janeiro (RJ)
Arbitro : Valter Stefan Glanz
Renda: Cr$ 654.644,00
Gols: Almir, Pinga, Vavá, Zizinho, Gino
VASCO DA GAMA: Hélio, Paulinho, Bellini e Coronel; Laerte (Écio) e Orlando; Sabará, Almir, Vavá (Livinho), Rubens e Pinga / Técnico: Gradim
SÃO PAULO: Paulo, De Sordi e Mauro; Dino Sani, Vitor e Riberto; Maurinho, Amauri (Celso), Gino, Zizinho, Canhoteiro e Roberto / Técnico: Bela Guttmann

VASCO DA GAMA (RJ) 6 X 1 FLUMINENSE (RJ)
Data: 13/03/1958
Torneio Rio-São Paulo
Local: Estádio do Maracanã / Rio de Janeiro
Árbitro: Eunápio Gouveia de Queiróz
Público: 35.528 pagantes
Gols: Vavá 27, Rubens 40/1º; Vavá 01, Vavá 15, Róbson 17, Vavá 26, Almir 44/2º
VASCO DA GAMA: Hélio, Paulinho e Bellini; Orlando, Coronel e Écio; Rubens (Roberto Pinto), Sabará, Almir, Vavá (Wilson Moreira) e Pinga / Técnico: Gradim
FLUMINENSE: Víctor Gonzalez, Cacá e Roberto; Jair Santana, Clóvis e Paulo; Breno (Róbson), Telê, Osvaldo (Paulinho), Waldo e Escurinho /Técnico: Sílvio Pirilo
Obs: Maior goleada aplicada pelo Vasco da Gama no Fluminense

VASCO DA GAMA (RJ) 1 X 0 AMÉRICA (RJ)
Data : 19/03/1958
Torneio Rio- São Paulo
Local : Estádio do Maracanã / Rio De Janeiro – RJ)
Árbitro: Amilcar Ferreira
Renda: Cr$ 541.088,00
Gol: Vavá 36/1º
Expulsão: Jorge
VASCO DA GAMA: Hélio, Paulinho e Bellini; Écio, Orlando e Coronel; Sabará, Almir, Vavá, Rubens e Pinga (Artoff) / Técnico: Gradim
AMÉRICA: Ari, Jorge e Romeiro; Amaro, Leônidas e Hélio; Canário, Nelsinho (Alarcon), Hilton, João Carlos e Calazans.

VASCO DA GAMA (RJ) 1 X 0 SANTOS (SP)
Data: 22/03/1958
Torneio Rio-São Paulo
Local: Estádio do Maracanã / Rio de Janeiro
Renda: Cr$ 1.126.452,00
Árbitro: João Etzel
Gol: Almir 67
VASCO DA GAMA: Hélio, Paulinho e Bellini (Viana); Écio, Orlando e Coronel; Sabará, Almir, Vavá, Rubens (Roberto) e Quincas (Wilson Moreira) / TécnicO: Gradim
SANTOS: Manga, Fiotti, Ramiro e Dalmo; Urubatão e Zito; Dorval, Jair da Rosa Pinto (Guerra), Pagão (Afonsinho), Pelé e Pepe / Técnico: Lula

VASCO DA GAMA (RJ) 4 X 2 BOTAFOGO (RJ)
Data : 26/03/1958
Torneio Rio São-Paulo
Local : Estádio do Maracanã / Rio de Janeiro
Árbitro: Amilcar Ferreira
Expulsão: Almir e Paulinho
Gols : Almir 24, Écio 28, Pinga 38, Didi 52 , Rubens 57, Quarentinha 65
VASCO DA GAMA: Hélio, Paulinho e Viana; Écio, Orlando e Coronel (Dario); Sabará, Almir, Vavá, Rubens e Pinga (Wilson Moreira) / Técnico: Francisco de Souza Gradim
BOTAFOGO: Amauri, Beto, Tomé e Nilton Santos; Pampolini e Servilio; Garrincha, Didi, Paulinho, Edson e Quarentinha / Técnico: João Saldanha

VASCO DA GAMA (RJ) 1 x 1 FLAMENGO (RJ)
Data: 29/03/1958
Torneio Rio-São Paulo
Local: Estádio do Maracanã / Rio De Janeiro (RJ)
Renda: Cr$ 4.140.891,00
Árbitro: Walter Stefan Glanz
Gols: Rubens 52’ e Luis Carlos 76’
VASCO DA GAMA: Hélio (Barbosa), Paulinho (Dario) e Bellini; Écio, Orlando e Coronel; Sabará, Almir, Vavá, Rubens e Pinga / Técnico: Gradim
FLAMENGO: Fernando, Joubert e Milton Copolilo; Jadir, Dequinha e Jordan; Joel (Babá), Moacir, Henrique, Dida (Luís Carlos) e Zagalo / Técnico: Fleitas Solich

PORTUGUESA DE DESPORTOS (SP) 1 x 5 VASCO DA GAMA (SP)
Data: 06/04/1958
Torneio Rio-São Paulo
Local: Estádio do Pacaembu / São Paulo
Renda: Cr$ 445.100,00
Público: 15.000 (estimado)
Árbitro: Amilcar Ferreira
Gols: Vavá 04, Almir 05 e 26’, Vavá 49, Ocimar 85 e Almir 86
PORTUGUESA DE DESPORTOS: Carlos Alberto, Djalma Santos e Jutz; Mário Ferreira, Hermínio e Odorico; Hélio (Amaral), Ipojucan, Liminha (Alfeu), Ocimar e De Carlo (Servilio) / Técnico: Flávio Costa
VASCO DA GAMA: Barbosa, Dario (Ortunho) e Bellini (Viana); Écio, Orlando (Barbosinha) e Coronel; Sabará, Almir, Vavá, Rubens e Pinga / Técnico: Gradim
Nota: Vasco da Gama campeão do Torneio Rio-Paulo.

Postado por Jorge Costa,

Cartaz que não quer calar

Dunga
Mensagem está espalhada em cinco ruas de Campo Grande-MS. Grupo de 15 amigos gastou R$ 8 mil com a brincadeira

Em um país com 180 milhões de “técnicos de futebol”, as convocações da seleção brasileira, historicamente, jamais agradam a todos. Na última lista dos jogadores que vão a Copa, Neymar e Ganso foram ignorados – este figura apenas na relação dos sete reservas. Com isso, um grupo de 15 amigos de Campo Grande resolveu tirar um sarro do treinador do Brasil. Eles espalharam cinco outdoors pela capital do Mato Grosso do Sul com os seguintes dizeres: “Faça como o Dunga. Não use craque”.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, o empresário Chico Maia disse que a brincadeira custou R$ 8 mil e tem duração de 15 dias. Apesar de abordar um assunto sério como o combate às drogas, ele garante que a ideia foi apenas mostrar o espírito esportivo do brasileiro.
– Claro que o crak é um dos grandes problemas do nosso país. Sabemos da importância de coibi-lo. Mas a seleção brasileira sempre se destacou pela criatividade e, desta vez, chama a atenção por ser muito burocrática. Então, fizemos uma ironia. A frase também poderia ser: “Dunga, não afogue as nossas esperanças. Leve o Ganso” – brincou.
Para Chico Maia, alguém vai se machucar entre os 23 jogadores selecionados. E, nesse caso, o técnico da seleção vai “reparar uma injustiça” com o povo brasileiro.
– Aí o Dunga vai levar o Ganso. O cara está jogando muita bola, não pode ficar fora. Nem que ele (Dunga) tenha que machucar alguém – exagerou.
Após 15 dias da campanha “Faça como o Dunga. Não use craque”, o empresário promete outras mensagens com duplo sentido. Mas garante que jamais deixará de torcer pela seleção brasileira.
– A gente sabe que o futebol virou negócio e os melhores não vão. O povo está ferido com essa convocação. Porém, vamos torcer sempre a favor do Brasil – disse.
Não é a primeira vez que o grupo ‘Amantes do Futebol Arte’ pega no pé do técnico da seleção brasileira. No fim do mês passado, eles espalharam dez outdoors por Campo Grande com a mensagem: “Dunga, o Brasil já convocou Neymar e Ganso. Acorda!”.

A ciência do chute enviesado

a folha seca de Didi
Na história do futebol, alguns jogadores ficaram famosos por seus tiros enviesados, que surpreendem os goleiros ao mudar subitamente de rumo. Mas essa invejável habilidade tem explicação científica.
A bola, chutada quase da intermediária, subiu demais, passando por cima da barreira formada a uma distância de 10 metros. Se continuasse nessa trajetória, iria fatalmente para fora do campo. De repente, porém, a bola fez uma curva no ar e pareceu perder força, surpreendendo o goleiro, que nem sequer teve tempo de corrigir seus cálculos e saltar antes que ela caísse suavemente dentro de suas redes. O gol, aos 27 minutos do segundo tempo no jogo com o Peru, classificou o Brasil para a disputa da Copa do Mundo de 1958, na Suécia.
O jogo estava equilibrado, o time orientado por Osvaldo Brandão encontrava dificuldades para furar o bloqueio peruano. Até que surge uma falta nas proximidades da área peruana. Didi ajeita a bola e chuta. A bola sai sem muita força, encobre a barreira, ganha muita altura, cai rapidamente e entra, enganando o goleiro. É o “folha-seca”, tipo de chute que foi sua marca registrada.
O resto da história todo mundo conhece: Brasil, campeão mundial de futebol revelando ao mundo um meia-esquerda apelidado Pelé.

Mas o gol que levou o Brasil à Suécia nasceu dos pés de um meia-direita. O goleiro peruano foi traído pela folha-seca a grande especialidade de Valdir Pereira dos Santos, do Botafogo do Rio de Janeiro, conhecido como Didi. É provável que ele não soubesse disso, mas dois fenômenos aerodinâmicos são responsáveis por aquele e dezenas de outros gols parecidos que marcou: a força ascensional, a mesma que ajuda os aviões a voar, e o chamado efeito Magnus, de onde se originou a expressão tiro com efeito, para designar os chutes enviesados que fazem o desespero dos goleiros.
A força ascensional aerodinâmica pode aparecer também aliada ao efeito Magnus no vôo de uma bola quando, além de subir, ela gira ao redor de seu próprio eixo. Os jogadores de futebol costumam dizer então que a bola está envenenada.
No Brasil, quem não se lembra das cobranças de falta de Nelinho, no Cruzeiro de Belo Horizonte ou na seleção, há seis anos? Ele foi o mais impressionante cobrador de faltas que já conheci, lembra o cronista esportivo Vital Bataglia. Alguns, como Pepe, do Santos, ou Miranda, do Corinthians, até chutavam mais forte; outros, como Ailton Lira, do Santos, e Mário Sérgio, do Grêmio de Porto Alegre e depois do São Paulo, eram virtuoses do efeito. Mas nenhum deles, como Nelinho, combinava perfeitamente as duas coisas a ponto de dar a impressão de que a bola mudava de rumo três vezes no ar.

Para contrabalançar a vantagem que os chutes de Nelinho davam ao time do Cruzeiro, seu arquiinimigo no futebol mineiro, o Atlético, contava com o ponta-esquerda Éder, também ele um artista na cobrança de faltas, com seus chutes fortes e cheios de efeito. Éder, Nelinho e o flamenguista Zico substituíram, na Seleção Brasileira, outros especialistas na arte de envenenar a bola: Gérson e Rivelino, estrelas da seleção que conquistou o tricampeonato mundial em 1970.

A maior dificuldade nesse tipo de chute está em bater na bola com força suficiente para obter uma mudança significativa em sua rota normal. Uma bola oficial de futebol tem um peso relativamente alto entre 453 e 534 gramas e não é fácil fazê-la descrever uma curva no ar.

Quem já chutou uma bola de praia sabe como ela descreve as mais estranhas curvas. Isso acontece porque, sendo muito leve, lhe é muito difícil vencer a resistência do ar. Ao ter o movimento de rotação sobre seu próprio eixo interrompido pelo ar, ela muda bruscamente de direção. Alguns jogadores têm um domínio tão grande dos chutes de efeito que não o utilizam apenas na cobrança de faltas, mas também para lançamentos de longa distância aos companheiros.

O mestre de todos eles, Didi, aprendeu a arte com outro gênio em bolas envenenadas: Jair Rosa Pinto, Mestre Jajá, como era chamado, não chegava a impressionar os adversários. Mas de seus pés pequenos, calçados com chuteiras número 37, saíam bolas que ele colocava onde desejava, depois de fazê-las descrever graciosas curvas no ar. Observando Jair Rosa Pinto, Didi desenvolveu sua folha-seca.

Embora teoricamente não tenha segredo para os profissionais do futebol que o chamam de três dedos, pela forma com que o pé bate na bola , o chute de Didi ainda não foi imitado. Elegante, boêmio e sem paciência para as longas sessões de treinamentos físicos no futebol, quem deve correr é a bola, não o jogador, dizia , Didi batia na bola com impulso suficiente para fazê-la chegar até perto do gol adversário, para então perder força, descrever uma curva e cair suavemente, como uma folha seca levada pelo vento.
Em seu livro, Jogando com Pelé, ele ensina como enviesar um tiro: Usa-se o dorso interno ou externo do pé para os chutes de curva. A fim de obrigar a bola a fazer uma curva para a esquerda, chuta-se com o dorso interno do pé, visando não o meio, mas o lado direito da bola, no caso de o chute ser feito com o pé direito. Com o esquerdo, a ação é ao contrário. Se você quiser chutar em curva para a direita com o pé direito , utilize o dorso externo do pé e a área de impacto é o lado esquerdo da bola. Os lados interno e externo do pé são usados nos chutes próximos à meta, quando o goleiro adversário sai do gol em direção ao atacante.

O goleiro sempre oferece um canto da meta, tentando obrigar-nos a chutar naquele canto, como ele queria. É por isso que, quando próximos da meta, devemos colocar a bola, observando bem a posição do goleiro. Sabe por quê? É muito mais fácil o goleiro defender um chutão do que um chute fraco, mas bem colocado. No chutão, a bola sai violentamente, mas não modifica muito a sua rota, e o chute com menos força, mas colocado, pode modificar o rumo pela maneira como a gente bate na bola. Com a parte interna do pé, é possível colocá-la muito bem, porque a área de contato é maior, portanto a precisão do chute também é maior.

Albuns de Figurinhas através dos tempos

A História das Figurinhas de Balas aqui no Brasil, muito provavelmente teve inicio nos anos 10 ou 20 do seculo passado ( XX ), com a Fábrica de Balas Grechi Comp. e outras fábricas de balas que eram suas concorrentes na época.

Não se têm noticias comprovadas de quantas coleções estas fábricas lançaram até o ano de 1920.

A Fábrica de Balas Grechi. Comp. por exemplo encerrou suas atividades no ano de 1920, sendo sucedida pela – Indústria de Balas e Chocolates A Americana no ano de 1921.Balas Sportman

A Americana lançaria sua primeira coleção de figurinhas de Futebol – As Balas SportMan (figurinhas avulsas, não tinha álbum) , já no inicio do ano de 1921.
balassportman1927
Esta coleção, muito provavelmente com 121 figurinhas, se tornaria praticamente o número de figurinhas padrão para as coleções posteriores das Balas SportMan, algumas coleções eram de 132 figurinhas.

Existe uma grande lacuna com relação a estas coleções das Balas SportMan; não se tem comprovação se todos os anos (1921 a 1935) foram lançadas estas figurinhas.

O que se sabe comprovadamente são as coleções do ano de 1921, 1927, 1929 e 1930.

Em 1921, uma revista da época – São Paulo Illustrado – já fazia a propaganda das Figurinhas Balas SportMan, e os demais anos (1927/1929 e 1930), já vi com colecionadores, como estas figurinhas são muito antigas e difícil de aparecer , quero crer que realmente foram lançadas para os anos que não mencionei.

Já no ao de 1936/37 ou antes( não tenho como comprovar) foi lançado a coleção de figurinhas das Balas Futebol sem o álbum ,coleção esta muito provavelmente com 121 ou 132 figurinhas.

Balas FutebolA partir de 1938 começa uma nova fase de coleções na Fábrica de Balas A Americana, foi o lançamento das figurinhas das Balas Futebol com o álbum.

A novidade para a época era o álbum para colar as figurinhas dos jogadores, e tambêm os prêmios (álbuns completos trocados por brindes e os sorteios – cupons ), até então as coleções (Balas SportMan e Balas Futebol) eram avulsas e não se sabe se davam prêmios. Fico imaginado a molecada da época, feliz da vida colando as figurinhas e sabendo que não mais corriam o risco de perder uma figurinha da coleção.

As figurinhas das Balas Futebol teve seu período de comercialização a partir de 1938 e encerrou-se em 1958. Foram 20 anos que marcaram para sempre duas gerações. Cada bala vinha com uma figurinha e em meados de 1954, passou a vir com duas figurinhas. Já no ano de 1958, último ano das Balas Futebol, a A Americana começou também a vender as figurinhas em pacotinhos como nos dias de hoje (bancas, bares, etc.), e lançaria nos dois anos seguintes seus dois últimos álbuns de balas e também em pacotinhos: os álbuns Campeonato de 1959 e 1960.

figurinhabalasfutebol
Começa mais uma nova fase da A Americana, desta vez a fase final; a partir de 1961 sai a Fábrica de Balas e entra a Editora Americana que lançaria alguns álbuns de futebol que distribuíam prêmios.

Até o final dos anos de 1960 e início dos anos 70, já com o sistema de figurinhas em pacotinhos que conhecemos até os dias de hoje, em todos os álbuns de futebol da Editora Americana era necessário achar a figurinha chave para ganhar determinado prêmio e o curioso é que também neste período aparece a Editora Astúrias com o mesmo endereço e os mesmos formatos de álbuns de futebol.

Já no inicio dos anos 70, a coisa ficou mais confusa ainda, outras editoras como a Dicorel por exemplo também surgiu com o mesmo endereço da Editora Americana e os mesmos formatos de álbuns de futebol.

A partir daí não se sabe o que realmente aconteceu com a Editora Americana. Uma coisa é certa tanto a Fábrica como a Editora Americana deixaram para sempre a saudade destes maravilhosos álbuns, marcando definitivamente na memória de muitos colecionadores que são apaixonados por Futebol.
anunciobalasfutebol1954
Agradecimentos a Antonio Carlos Bonin
Na época, foi lançada o álbum “Balas Futebol – Craques do Campeonato Mundial de Futebol 1950″. As figurinhas vinham embrulhadas nas embalagens das balas da indústria Americana, aumentando significavamente as vendas da fábrica. Apesar de ter sido publicado depois da Copa, a frustração pela perda do título no Maracanã não impediu que muitos o colecionassem. A página do Brasil era a primeira do álbum, seguida pela do Uruguai. Infelizmente, em posições invertidas em relação à colocação no campeonato. Além de imagens dos jogadores das 13 seleções participantes, apresentava também cenas de partidas. Os chamados “instantâneos”.

Não há registro de álbum de figurinhas editado no Brasil sobre a Copa de 54. Mas na Alemanha, o surpreendente título conquistado diante da favoritíssima Hungria não passou em branco. A campanha que terminou com o “Milagre de Berna” foi registrado em um livro ilustrado editado por uma fábrica de cigarros de Bremen. As figurinhas vinham nos maços e completavam uma obra que contava toda a história do Mundial disputado na Suíça. É possível imaginar hoje figurinhas em embalagens de cigarros? Algo impensável no século XXI.

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Em 1958, o país campeão mundial também celebrou a vitória com álbuns de figurinhas. Se antes da Copa não há registro de publicações do tipo no Brasil, o título inédito na Suécia foi retratado em um pequeno livro ilustrado da Editora Aquarela, com fotos dos 22 jogadores campeões e de integrantes da comissão técnica. E um perfil de três linhas para cada um. Pelé, por exemplo, foi apresentado como uma “das mais risonhas promessas do futebol brasileiro”.

Os retratos dos vencedores também foram incluídos em álbuns voltados para mostrar jogadores de clubes. Casos do “Titulares”, que tinha uma página dupla e um encarte destinados à seleção da Copa de 58, e do “Álbum Futebol”.

Em 62, foi diferente. As crianças e adolescentes brasileiros puderam colecionar figurinhas antes da Copa. Um dos mais conhecidos é o que foi lançado pela Editora J.D. Campos: “Campeonato Mundial de Futbol 1962″ (assim mesmo, sem o E). Este apresentava imagens dos principais craques da época, com Pelé, Garrincha, Didi, Di Stefano (com a camisa da Espanha), Bobby Charlton (Inglaterra), Sivori (Itália), Sanfilippo (Argentina), Seeler (Alemanha), Masopust (Tchecoslováquia) e Yashin (União Soviética)

Após o bicampeonato mundial, uma versão atualizada do álbum de 58 da Aquarela foi editado. Com boa parte das mesmas imagens de quatro anos antes. Mas na altura, Pelé não era mais classificado como uma ”risonha promessa”.
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Em 62, foi diferente. As crianças e adolescentes brasileiros puderam colecionar figurinhas antes da Copa. Um dos mais conhecidos é o que foi lançado pela Editora J.D. Campos: “Campeonato Mundial de Futbol 1962″ (assim mesmo, sem o E). Este apresentava imagens dos principais craques da época, com Pelé, Garrincha, Didi, Di Stefano (com a camisa da Espanha), Bobby Charlton (Inglaterra), Sivori (Itália), Sanfilippo (Argentina), Seeler (Alemanha), Masopust (Tchecoslováquia) e Yashin (União Soviética)

Após o bicampeonato mundial, uma versão atualizada do álbum de 58 da Aquarela foi editado. Com boa parte das mesmas imagens de quatro anos antes. Mas na altura, Pelé não era mais classificado como uma ”risonha promessa”.

Para o Mundial de 66, a Editora Bruguera preparou o álbum “Brasil na Copa do Mundo”, com imagens dos jogadores de todas as seleções brasileiras dos Mundiais de 30 a 62. Além de 43 convocados por Vicente Feola para a fase de preparação para o torneio que seria disputado na Inglaterra. Curiosidade: as figurinhas eram em preto e branco.

Já em 70, as imagens eram coloridas. E ficaram marcadas na memória de muitos jovens da época, que colecionaram o álbum “México 70″, que apresentava figurinhas dos jogadores das 16 seleções que participaram da Copa vencida pelo Pelé e cia. A imagem do Rei de Futebol estampava a capa da publicação, ao lado da sonhada Taça Jules Rimet. Na contra-capa, a foto de outro craque que brilharia nos gramados mexicanos: Tostão.

O álbum foi inclusive retratado no premiado filme “O ano em que meus pais saíram de férias”. O menino Mauro, de 12 anos, tinha a coleção de figurinhas como uma de suas poucas fontes de alegria no período em que ficou afastado dos pais.
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Quatro anos depois, nas bancas de jornais podia ser encontrado o álbum “Coleção Copa 74″. Com algumas curiosidades. Como a presença do holandês Israel, que jogava de óculos.

Em 78, quando os direitos de imagem e licenciamento praticamente ainda não existiam, vários álbuns foram lançados sobre a competição realizada em solo argentino. O que mais fez sucesso no país foi o “Brasil na Argentina”. A seleção canarinho teve espaço privilegiado, com cinco páginas. As demais 15 equipes contaram com uma cada.

Quatro anos depois, um álbum virou febre no país, marcando um geração de garotos que gostava de futebol: o “Ping Pong Espanha 82″. A venda de chicletes cresceu de tal forma diante da procura pelas figurinhas que muitas padarias e lojas de doces ficaram um bom tempo sem ter o produto. E, para aumentar a ansiedade dos colecionadores, muitas figurinhas só foram distribuídas em uma segunda leva. Caso do cromo de Roberto Dinamite. O editor reservou duas páginas para o Brasil. Mas seleções consideradas de menor expressão tiveram direito a apenas quatro figurinhas. Casos de Argélia, Kuwait, Camarões, Honduras, El Salvador e Nova Zelândia.
Em 86, a fábrica de chicletes tentou repetir o sucesso de quatro anos antes, mas teve problemas comerciais e não enviou o álbum para as bancas, apesar de ele ter sido preparado. Restou aos aficionados colecionar o “Game card Copa 86″. Que continha cromos dos times posados das 24 seleções participantes do Mundial e de apenas 12 jogadores: Maradona, Zico, Sócrates, Júnior, Cerezo, Platini, Boniek, Rummenigge, Paolo Rossi, Briegel, Fillol e Romerito. A novidade era um jogo em cartão de raspadinha, presente em todos os pacotinhos.

Em 90, a globalização chegou aos álbuns. E a Editora Panini, graças a um acordo com a Fifa, passou a ter o direito exclusivo de editar as figurinhas dos jogadores das seleções classificadas para o Mundial. O que serviu para padronizar os modelos. As páginas apresentam palavras escritas em vários idiomas (até mesmo o nome dos países). E a contra-capa tem sempre o mapa do país-sede.

Apesar da maior facilidade de obter as imagens dos atletas com o desenvolvimento tecnológico, a edição brasileira dedicada à Copa de 98 teve problemas: na seleção da Inglaterra, faltaram as fotos de Adams, Fowler e Ferdinand, que saíram normalmente na Europa. E nenhuma figurinha do Irã foi distribuída.

Se o licenciamento reduziu a variedade de álbuns dos Mundiais, não diminuiu em nada a paixão dos fãs do futebol e das figurinhas pelos álbuns das Copas. A mesma no Brasil há 60 anos. Passando de geração em geração.

http://www.nosthalgia.com.br

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Canto do Rio

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Coroando o grande ano de 1953, o Canto do Rio teve uma página no Álbum de Figurinhas do Carioca de 1953, editado pela Balas Futebol.
Há os que puderam ver de perto também, entre outros grandes jogos, a partida realizada em 08 de fevereiro de 1953, na qual o Canto do Rio enfrentou o Boca Juniors, em amistoso com arbitragem de Mário Viana, aproveitando na ocasião excursão dos argentinos por nosso estado.

Seu maior feito enquanto disputou o campeonato do Rio foi sem dúvida a conquista do torneio início do Campeonato Carioca de 1953. Ainda conseguiu um vice, no mesmo torneio, em 1962.

Como não contava com a simpatia dos clubes de menor investimento do Rio, que eram declaradamente contrários à sua participação no campeonato, bastou um incidente mais grave, em 1964, para o Canto do Rio deixar de disputar o campeonato Carioca. Um tumulto em uma partida frente ao Fluminense, em que os atletas e dirigentes alegaram ter sido incrivelmente prejudicados pela arbitragem, uma confusão generalizada se estendeu até os torcedores nas arquibancadas. Resultado: Canto do Rio definitivamente afastado da primeira divisão do futebol.

A decadência foi inevitável e o clube ainda se arrisca, esporadicamente, a participar da terceira divisão do Estadual para quem sabe um dia ensaiar o quase impossível retorno ao principal campeonato de futebol do Rio. Em 2001,o empresário espanhol Santiago Gerardo e sua empresa Holding Sports passaram a administrar o futebol profissional do clube. A empresa decidiu que iria utilizar o estádio do CFZ, em São Gonçalo, e não o Caio Martins, em Niterói. Desiludido com a fraca campanha no estadual e com a bagunça que impera nos campeonatos da Federação Carioca, no ano seguinte a empresa já havia abandonado o barco.

Em 2007 voltou a disputar a 3ª Divisão Estadual e em 2008 devido a problemas na documentação de um dos enfermeiros da partida contra o La Coruña, o T.J.D. multou o time de Niterói em 20 mil reais e ainda suspendeu o Canto do Rio do Campeonato Estadual da 3a Divisão de 2009.

Restam as boas lembranças aos mais antigos que naquela época frequentavam o Caio Martins no simpático bairro de Icarái, e àqueles que de fora acompanhavam algo do clube. Entre esses últimos presume-se incluir Lamartine Babo, compositor do hino do clube, supostamente em homenagem a um amor da época – uma morena niteroiense, ferrenha torcedora do Cantusca.

Hino Do Canto do Rio

Aquela morena
Do Canto do Rio
Que torce e faz cena
E causa arrepio
Queimada da praia
Na hora do jogo
Ela desmaia e pega fogo (oi!)
Aquela morena
Do Canto do Rio
Que torce e se agita
Garota bonita
Basta o club empatar
Ela chora que dói
Foge de Nictheroy
No estádio formoso
De Caio Martins
Há dias de gozo
Foguetes, clarins
De noite e de dia
A turma sorri
Enche de alegria
Icarahy (oi!)

CANTO DO RIO(RJ) 1 – 3 BOCA JUNIORS(ARGENTINA)

Ficha Técnica

Data: 08 de fevereiro de 1953
Local: Estádio Caio Martins, em Niterói – RJ
Juiz: Mário Viana
Renda: Cr$ 53.000,00
Gols: Navarro aos 6 min, Jairo aos 15 min, Bolero aos 24 min e Montano aos 75 min.
Canto do Rio(RJ): Horácio; Cosme e Garcia; Décio (Carango), Edésio e Herbert; Jairo, Miltinho, Jaime (Flores), Almir e Manoel.
Boca Juniors(ARGENTINA): Carleto; Comon e Otero; Lombardo (Ciano), Maurino e Pescia; Navarro, Montano, Bolero, Rolando e Gonzalez.

Flâmula do Canto do Rio – O Alvi-anil de Niterói

Títulos conquistados pelo Cantusca

Torneio Início do Campeonato Carioca: 1953.

Vice-campeonato do Torneio Início do Campeonato Carioca: 1962.

Representante Oficial do Estado do Rio/AFEA: 1933.

Torneio Início do Campeonato Fluminense: 1926.

Campeonato Fluminense de Futebol de segundos quadros: 2 vezes (1925 e 1926).

Campeonato Municipal de Niterói: 5 vezes (1933, 1945, 1948, 1954 e 1968).

Campeonato Municipal de Niterói de segundos quadros: 1922.

Torneio Início do Campeonato Municipal de Niterói: 1958.

Batalhas Campais

A revista argentina El Gráfico publicou um especial com várias maiores batalhas campais do futebol mundial. André Kruse enviou este belicoso material. Cerrem os punhos e vão à luta.
Das 20 brigas mostradas pela revista, estão aqui mostradas dez delas. Os vídeos que encontrados na rede também estão aqui.
1.Gimnasia x Vélez ::
Cenário: Clausura de 1994.
Trecho: “En primera instancia, Chilavert recibió una condena judicial de 13 meses”.
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2. Brasil x Uruguai ::
Cenário: Final do Sul-Americano de 1959
Trecho da matéria: “El brasileño Leónidas, quien comentaba el partido para una radio de su país, se metió a repartir manos”.

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3.Estudiantes x Racing ::
Cenário: Libertadores de 1968 (terceira partida das semifinais)
Trecho: “Los jugadores hicieron la entrada en calor con un policía que ‘maracaba’ a cada uno. Pero en la cancha había licencia para pegar”

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4.Peñarol x Nacional ::
Cenário: Estádio Centenário, torneio Clausura de 2000.
Trecho: “Para mala suerte de los contricantes, un juez había ido a ver el partido con su hijo y ordenó la detención de los dos planteles”.
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=Zr_wMbThUd8

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5.Jamaica x Toros Neza ::
Cenário: Partida AMISTOSA como preparação para a Copa da França.
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=3FXpXYh-G8M
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6.Santos x Milan ::
Cenário: Copa Intercontinental de 1963, terceiro jogo, no Maracanã.
Trecho: “Santos retuvo la Copa. Milan fue una enfermaría ambulante”.

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7. Boca x Colo Colo ::
Cenário: Semifinal da Libertadores de 1991.
Trecho: “Al perro que mordió a Navarro Montoya le hicieron una estatua en el estadio”
Vídeo: http://www.youtube.com
/watch?v=Ti2nlCN310A

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8.:: América x Chivas ::
Cenário: Semifinais da temporada 82/83.
Trecho: “Un jugador de las Chivas le robó el bastón a un policía y repartió con eso”.
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=VDMyezpaRAA
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9.Lanús x Atlético-MG ::
Cenário: Primeira final da Conmebol, de 1997, em Lanús.
Trecho: “Así que Leão está fracturado? Mejor, mejor” (Ariel Ibagaza).
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=zg2kdEzGa70
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10.Corinthians x Palmeiras ::
Cenário: Final do Paulistão de 1999.
Trecho: “Edilson perdió la convocatória a la selección brasileña y recibió muchas amenazas de muerte por parte de la hinchada del Palmeiras”
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=-qymQSIe368
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Grande aliado disso são jogadores que poderiam formar um time de dar pesadelos. O site br.oleole.com formou um elenco que teria tudo a ver com as batalhas campais.
Quem gosta de futebol freqüentemente se depara com as famosas “listas dos melhores” ou “seleções de todos os tempos”. Segue aqui uma nesses moldes, mas um pouco mais rara de aparecer, talvez inédita.
Segue abaixo o dream team do futebol-violência.

Goleiro:

Harald Schumacher (Alemanha): Além da clássica entrada em Battiston, na semifinal da Copa de 82, escreveu um livro desancando a Fussball Bund (a CBF deles), acusando-a, dentre outras coisas, de tratar a equipe como cobaias da farmacêutica Bayer. Para fugir disso, fingia engolir os comprimidos para dormir, cuspia-os, e tomava cerveja.

Lateral-direito:
Daniel Passarella (Argentina): Catimbeiro, porradeiro, rei das cotoveladas e goleador. E argentino. Por sua seleção, incluindo amistosos, fez 84 jogos e marcou 26 gols. Em 70 partidas oficiais, 22 tentos. Praticamente um a cada três jogos.

Zagueiro central:
Marco Materazzi (Itália): Precisa dizer algo? Se sim, clique aqui.http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=VMqSysgrhzU&feature=related

Quarto-zagueiro:
Oscar Ruggeri (Argentina): Na defesa do dream team do futebol violência não tem espaço para brasileiro. “El Cabézon” batia pra valer, sabia sair jogando e ainda marcava seus golzinhos. Além disso, é argentino.

Lateral-esquerdo:
interrogação… Foi expulso antes que o locutor pudesse dizer seu nome. Além do mais, um time destes joga com dez, nove, oito ou sete com a mesma eficiência (e violência) de onze.

Médio-volante:
Roy Keane (Irlanda): Já foi postado um vídeo que justificaria sua inclusão nesse time.

Médio-volante:
Norbert “Nobby” Stiles (Inglaterra): Feio, baixinho (1,61 m), míope (usava lentes de contato durante os jogos) careca e banguela (tirava a dentadura para jogar). Seu único talento era destruir jogadas e pernas adversárias. O homem que, ao lado do bandeirinha Tofik Bakhramov, deu a Copa de 1966 à Inglaterra. E ainda jogou até os 42 anos. Gênio.

Médio-volante:
Sandro Goiano (Brasil): O homem que vendeu a alma ao diabo, e numa pelada de fim-de-ano, deu um carrinho no tinhoso, recuperou sua alma, roubou a do diabo e, com o dedo em riste, mandou-o tomar cerveja mais cedo.

Meia-atacante:
Zinedine Zidane (França): Ficou taxado como jogador talentoso, criativo e diferenciado. Mas gostava de dar suas porradas, principalmente quando falavam de sua irmã. Teve alguns problemas com Materazzi, mas soube usar a cabeça para resolvê-los.

Atacante:
Almir Pernambuquinho (Brasil): O homem que ensinou o jogador brasileiro a dar porrada. Pra valer. Em 1959, pouco após o primeiro título mundial do Brasil, acabou com o que restava do “complexo de vira-latas” do brasileiro. Em 1966, o ápice: na final do carioca, jogando num Flamengo cheio de jogadores na “gaveta”, bem como o árbitro, provocou propositalmente a maior briga da história do Maracanã, para evitar uma goleada do Bangu (que já vencia por 3×0) e a consequente volta olímpica que, de fato, não aconteceu. Morreu esfaqueado numa briga de bar em 1973. Nasceu em Recife em 1936 e começou a carreira no Sport.

Atacante:
Serginho Chulapa (Brasil): Goleador, grandalhão, cabeça quente, bom de briga. Ironicamente, até hoje é o maior artilheiro da história do time apelidado de Bambi. Nome certo para a copa de 1978, não foi porque cumpria suspensão de um ano por agredir um bandeirinha. Na de 1982, virou titular após a contusão de Careca. Não jogou bem, destoando daquela “seleção encantadora” montada por Telê Santana. Motivo: Telê o teria “domesticado”.

Técnico:
Felipão (Brasil): Pode até ser que existam outros mais violentos, mas Felipão é Felipão. Respeito.

Como o post ficou longo, em breve posto o banco deste timaço. Mas posso adiantar que Simeone e Cantona já são nomes certos. Ah, esqueçam Edmundo. Depois daquela porrada que levou do Zandoná, perdeu a moral para todo o sempre.