Arquivo do Autor: Jose Ricardo Almeida

Sobre Jose Ricardo Almeida

Nasci na cidade de Nazaré (BA), no dia 28 de março de 1957, ano em que o meu Botafogo foi campeão carioca. Sou casado, tenho cinco filhas e seis netos, moro em Brasília desde o ano de 1972 e pesquiso a história do futebol brasileiro desde que me entendo por gente.

CLUBES DE BRASÍLIA: A CURTÍSSIMA EXISTÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA EDILSON MOTA

A Construtora ECRA Limitada, com sede em Fortaleza (CE), foi uma das dezenas de empresas que chegaram para a construção de Brasília, ainda em agosto de 1959. Dentre outras obras, foi responsável pela construção de vários edifícios ministeriais e suas garagens.

Idealizado, fundado e desenvolvido por funcionários e operários dessa construtora, o ECRA Futebol Clube foi fundado em 2 de março de 1960.

Com este nome, participou do Troféu “Israel Pinheiro”, competição que envolveu equipes de outras sete companhias construtoras de Brasília, no sistema “mata-mata”.

No dia 12 de junho, venceu o Pederneiras, por 2 x 1. Uma semana depois, enfrentou o Ribeiro F.C. (promotor do torneio) e também o derrotou, por 3 x 2. Na final, no dia 26
de junho, perdeu para o Nacional, por 2 x 1, ficando com o vice-campeonato.

Entre os jogadores do ECRA destacavam-se o goleiro Gaguinho (um dos melhores de Brasília), Sudaco, Cardoso e Paulista. Sudaco foi médio-volante em vários clubes do futebol brasileiro, dentre os quais São Paulo, Guarani, América (RJ) e América (MG). Depois, passou a ser técnico de futebol.

Nos dias 3, 10 e 17 de julho de 1960, o ECRA inscreveu-se no Troféu “Danton Jobim”, em homenagem ao DC-Brasília e aos jornalistas brasileiros.

Durante esse torneio, o ECRA passou a denominar-se Associação Esportiva Edilson Mota, em homenagem ao Engenheiro-Chefe da Construtora ECRA Ltda. e presidente de honra do clube e seu fundador, Edilson Nogueira Mota.

Junto a Federação Desportiva de Brasília o ECRA somente solicitou a modificação de seu nome através do ofício nº 11, de 10 de agosto de 1960.

A A. E. Edilson Mota passou a ter em seu uniforme oficial as cores grená e branca (camisa grená, calção branco e meias grenás) e no escudo redondo duas colunas da Alvorada com as iniciais da associação, A. E. E. M.

No Troféu “Danton Jobim” ficou na Chave A, juntamente com Brasil Central, Planalto e Consispa.

Estreou no dia 3 de julho, goleando o Brasil Central, por 7 x 2. No dia 10 de julho, enfrentou a forte equipe do Planalto e foi derrotada por 2 x 0. Voltou a aplicar outra goleada no dia 17 de julho (7 x 1 sobre o Consispa) mas o Planalto venceu o Brasil Central e classificou-se para a fase seguinte.

Como clube filiado à Federação Desportiva de Brasília a primeira competição da A. E.
Edilson Mota foi o Torneio Início, realizado no dia 4 de setembro de 1960, no
Estádio Israel Pinheiro, do Guará.

No quinto jogo do dia, vitória de 1 x 0 sobre o Brasil Central, gol de Alemão. No jogo de número 11, nova vitória de 1 x 0 sobre o Pederneiras, gol de Cardoso. Nas semifinais, ficou no 0 x 0 contra o Rabello (que acabaria vencendo o torneio), sendo derrotado na decisão por pênaltis, por 3 x 2.

Duas semanas depois, em 18 de setembro de 1960, em virtude do elevado número de clubes inscritos (16), a Federação Desportiva de Brasília resolveu fazer um torneio
para determinar as oito equipes que disputariam o campeonato da Primeira
Divisão e as oito que comporiam a Segunda. Esses 16 clubes foram divididos em 4
grupos. A A. E. Edilson Mota ficou no Grupo A, com jogos no campo do Guará,
juntamente com Guará, Industrial e Sobradinho.

Estreou com derrota pelo placar de 2 x 1 no dia 18 de setembro, frente ao poderoso Guará.

Recuperou-se plenamente uma semana depois (25 de setembro), ao aplicar grande goleada sobre o Sobradinho, por 11 x 0, gols de Gesil (4), Dario (3), Brasil (3) e Pedrão.

Na terceira e última rodada do torneio classificatório, no dia 9 de outubro, outra goleada (5 x 0) sobre o Industrial, garantiu-lhe o segundo lugar do Grupo A e a vaga na Primeira Divisão.

Antes do início do campeonato, no dia 13 de outubro de 1960, a A. E. Edilson Mota encaminhou ofício a F.D.B. comunicando a sua extinção. Após uma auditoria na empresa, ficou constatado que os jogadores recebiam seus salários apenas para treinar e jogar no time, o que fez a Companhia solicitar uma definição: ou os jogadores seriam mantidos pelo time, ou retomariam seus postos na empresa. O clube foi dissolvido em ato administrativo. Este fato levou o time a solicitar desfiliação. Com isso aconteceu a transferência de alguns jogadores para outros clubes, destacando-se a de Osvaldo Pio Nogueira para o Defelê, e de Francisco de Assis Florentino para a Liga Anapolina de Futebol.

CLUBES DE BRASÍLIA: REAL DE BRASÍLIA

O Esporte Clube Real de Brasília foi fundado em 29 de junho de 1960, por doze funcionários públicos: Aristeu Aragão Filho, Wilson Faria, José Nobre da Conceição, Francisco Alves Vieira, Nilson Faria, Weldas Dias Alves, Mires Lopes de Oliveira, Walter Barnabé da Silva, Salvador de Sá Guimarães, Osiel Simão de Sousa, José Carlos Lima Cauby e Raimundo Maia Filgueiras.
Sua primeira diretoria era composta por Valdivino Pereira de Melo (Presidente),
Lúcio Lima Rey (Vice-Presidente Patrimonial), Gonçalo da Costa Neto
(Vice-Presidente de Esportes), Venerando Vieira Filho (Vice-Presidente Social),
João Batista Ferreira (Vice-Presidente Financeiro), Abílio José Neto (1º
Secretário), Raimundo Maia Filgueiras (2º Secretário), Nilson Faria (1º
Tesoureiro) e Aristeu Aragão Filho (2º Tesoureiro).
Foram aprovados dois uniformes: o primeiro, composto de camisa grená com punhos e golas em azul, calção azul com filete grená dos lados e meias grenás; já o
segundo uniforme era assim: camisa azul, calção branco e meias azuis.
O primeiro jogo do Real foi um amistoso no dia 7 de agosto de 1960, empatando
em 2 x 2 com o Brasil Central.
Três dias depois, 10 de agosto de 1960, teve o seu estatuto aprovado pela
Federação Desportiva de Brasília.
No dia 4 de setembro de 1960, tomou parte da primeira competição oficial
promovida pela Federação, o Torneio Início. Solicitaram inscrição 16 clubes
Conforme previa o regulamento, os jogos foram realizados em dois tempos de dez
minutos cada, sem intervalo. No caso de empate, haveria a decisão por pênaltis,
três para cada equipe, na primeira série. No quarto jogo do dia, o Real foi
derrotado pelo Sobradinho, por 1 x 0, gol contra do zagueiro Pateta.
Duas semanas depois, em virtude do elevado número de clubes inscritos (16), teria
início o torneio que determinaria as oito equipes que disputariam o campeonato
da Primeira Divisão e as oito que comporiam a Segunda.
O Real fez parte do Grupo D, com jogos no campo do Rabello, juntamente com o
clube anfitrião, o Alvorada e o Nacional.
Na primeira rodada do torneio classificatório, no dia 18 de setembro, o Real
empatou em 1 x 1 com o Alvorada.
Uma semana depois, 25 de setembro de 1960, não resistiu ao poderio do Rabello,
sendo goleado por 6 x 1.
Na terceira e última rodada do torneio classificatório, no dia 9 de outubro,
aconteceu a primeira vitória do Real: 2 x 1 sobre o Nacional.
Após estes resultados, Nacional e Real estavam com três pontos ganhos na
classificação do Grupo D. A goleada sofrida diante do Rabello fez com que
ficasse em terceiro, no critério de desempate saldo de gols.
Aguardando pelo início dos jogos do campeonato da Segunda Divisão, em 16 de
outubro de 1960 realizou um amistoso no campo do Grêmio. O Real venceu o
Defelê, por 1 x 0, gol de Valentim.
Antes disso, em 13 de outubro de 1960, um dos clubes classificados para
disputar a Primeira Divisão, a A. E. Edilson Mota encaminhou ofício a F.D.B.
comunicando a sua extinção.
Para preencher a vaga na Primeira Divisão, a F.D.B. promoveu um torneio
eliminatório entre os clubes da Segunda, iniciado em 30 de outubro de 1960. O
Real não deu sorte e teve pela frente a fortíssima equipe do Defelê (que
acabaria vencendo o campeonato daquele ano de 1960). Resultado: 6 x 1 a favor
do Defelê e o sonho de passar para a Primeira Divisão desfeito.
Voltando a se preparar para disputar o campeonato da Segunda Divisão, em 21 de
novembro disputou um amistoso com o Brasil Central, vencendo-o por 3 x 0.
O campeonato da Segunda Divisão contou com a participação de seis equipes. Além do Real, estiveram presentes: Guanabara, Brasil Central, Industrial, Sobradinho e o Trópicos. Foi disputado em turno único e o Real ficou com o
vice-campeonato, apresentando a seguinte campanha: cinco jogos, três vitórias,
um empate e uma derrota. Marcou 13 gols e sofreu 6. Somou sete pontos, dois a
menos que o campeão Sobradinho.
Os resultados do Real foram: 04.12 – 2 x 0 Industrial, 11.12 – 3 x 0 Brasil
Central, 18.12 – 2 x 2 Guanabara, 15.01.1961, 1 x 3 Sobradinho e 22.01.1961, 5
x 1 Trópicos.
O jogador Bugue (que mais tarde foi treinador de destaque no futebol de
Brasília) foi a revelação do Real.
Veio o ano de 1961 e a primeira participação do Real no ano foi o Torneio
Início da Segunda Divisão. Ele aconteceu em 9 de julho de 1961. Logo no
primeiro jogo, foi derrotado pelo Colombo, por 1 x 0.
No campeonato da Segunda Divisão, de 6 de agosto a 22 de outubro de 1961, não
foi nada bem, vencendo apenas um jogo nos seis disputados (sofreu cinco
derrotas nos demais).
A situação no Real não era nada boa no ano de 1962. Primeiramente, não enviou
representante para a Assembléia de Clubes realizada no dia 12 de janeiro de
1962. Logo depois, através do Ofício nº 6/62, de 23 de maio, o Real solicitou
dispensa do campeonato de futebol de 1962.
Com isso, perdeu seus dois melhores atletas para o Grêmio Brasiliense: o
goleiro Weldas e o já citado Bugue.
Resolveu retornar em 1963 e disputou o campeonato da Segunda Divisão com outros quatro clubes: Clube de Regatas Barroso, Vila Matias E. C., Dínamo F. C. e
Pederneiras F. C.
O campeonato teve início no dia 13 de julho e término em 5 de outubro de 1963.
O Real teve um péssimo desempenho, ficando na última colocação. O campeão foi o Dínamo, time da Polícia Militar.
No dia 8 de novembro de 1963, aconteceu a Assembléia Geral que aprovou a
implantação do profissionalismo no futebol de Brasília. Na mesma reunião também foi decidida a desfiliação do Real.

CLUBES DE BRASÍLIA: E. C. GUADALAJARA

Ainda sob a empolgação da conquista do tricampeonato mundial pela Seleção Brasileira, no México, um grupo de amigos se reuniu para fundar um clube esportivo. A reunião aconteceu no dia 15 de julho de 1970, às 20 horas, na residência de Manoel Ferreira de Souza, à Rua 17, Casa 32, no Núcleo Bandeirante.

O nome escolhido para a nova associação foi ESPORTE CLUBE GUADALAJARA. As cores oficiais eram a vermelha e a preta. O primeiro uniforme era formado por camisa com faixas horizontais nas cores vermelha e preta, com golas e punhos pretos, calção branco e meiões com faixas horizontais vermelhas e pretas. No segundo, a camisa era branca, com duas faixas horizontais nas cores vermelha e preta, números vermelhos, calção branco e meiões vermelhos.

Em seguida, procedeu-se a eleição da primeira diretoria do novo clube, que ficou assim constituída: Presidente – Miguel Pereira de Carvalho; Vice-Presidente – Junovaldo Gonçalves Santana; 1º Secretário – João Batista de Morais; 2º Secretário – João Lauriano Lúcio; 1º Tesoureiro – José Pereira  Fernandes; 2º Tesoureiro – José Ribeiro de Souza; Diretor de Esportes – Tirçon Zeferino Gomes; 1º Diretor Social – Isolino Mariano dos Santos e 2º Diretor Social – Geraldo Pedro Antunes.

Pouco tempo depois, o Guadalajara conseguiu construir sua sede na Ceilândia.

O Guadalajara demorou para aderir ao futebol. Somente na reunião de 13 de junho
de 1975 a prática do futebol foi incrementada no novo clube.

No Regulamento Geral do clube, constava: “§ 3º – Determinar que os atletas
adquiram seus materiais esportivos de uso pessoal, tais como chuteira, ataduras, sungas etc., pois o E.C.G. só fornecerá camisa, calção e meiões para os jogos de caráter amistoso ou oficial”.

Mesmo com pouca estrutura, o Guadalajara resolveu participar da sua primeira
competição oficial ainda em 1975.

Foi a I Copa Arizona de Futebol Amador, com início em 19 de março daquele ano.
A competição reuniu 64 equipes amadoras de todo o Distrito Federal e o
Guadalajara conseguiu terminar entre os oito finalistas.

Logo depois, filiou-se à Federação Metropolitana de Futebol. Nessa condição,
foi convidado a participar de um torneio quadrangular promovido pela Federação
e que contou com as participações de A. A. Relações Exteriores, E. C. Canarinho
e Humaitá E. C.

Fez sua estréia no dia 6 de julho, sendo derrotado pelo Canarinho (2 x 0). No
dia 13 de julho, empatou com o Humaité (1 x 1) e, no dia 3 de agosto encerrou sua participação no torneio sofrendo uma goleada diante da Relações Exteriores (6 x 3). Ficou na quarta e última colocação no torneio.

Voltou a ficar na última colocação no Campeonato Brasiliense de 1975, competição disputada por oito clubes em dois turnos e iniciada no dia 20 de setembro. Formado em sua maioria por ex-jogadores do Colombo e do Piloto, a campanha do Guadalajara foi esta: 14 jogos, 1 vitória, 2 empates e 11 derrotas; 9 gols a favor e 40 contra. Somou apenas quatro pontos ganhos.

Sua única vitória aconteceu no dia 8 de dezembro, no Pelezão: 2 x 1 sobre o Humaitá.

Seus artilheiros foram: Chiquinho (4), Messias (3), Freitas e Durval.

Seu último jogo aconteceu no dia 20 de dezembro, com derrota para o Ceub, pelo
placar de 4 x 2.

No ano seguinte, 1976, foi definitivamente instalado o profissionalismo no futebol de Brasília e o Guadalajara resolveu continuar disputando apenas as categorias de base e, a partir de 1978, o campeonato amador promovido pela Federação de Brasília, sem nenhuma conquista.

CLUBES DE BRASÍLIA: CANARINHO


O Esporte Clube Canarinho foi fundado em 20 de outubro de 1973, na Associação Portuguesa, na cidade de Taguatinga (DF).

As cores oficiais do novo clube eram a verde e a branca.

A primeira diretoria ficou assim composta: Presidente – Manoel Ramos dos Santos; Vice-Presidente – Evilásio Meira de Souza; Secretário Geral – Raimundo Meira de Souza; 1º Tesoureiro – Expedito Geraldo de Lima; 2º Tesoureiro – Alzerino Cardoso; Conselheiro – João Milani de Souza; Diretor de Futebol – Francisco Araújo Freitas; Diretor de Relações Públicas – Severino Erasmo de Lima; Vice-Diretor de Futebol – Ramiro Cardoso e Supervisor de Futebol – Manoel Gomes Feitosa Neto.

Participou da I Copa Arizona de Futebol Amador de 1975, torneio que reuniu 64 equipes amadoras de todo o Distrito Federal e foi iniciada em 19 de março. Não conseguiu classificação dentre os oito finalistas.

No dia 25 de março de 1975 solicitou filiação à Federação Metropolitana de Futebol.

Sua primeira participação em torneios realizados pela Federação aconteceu neste mesmo ano. Foi o Torneio Quadrangular da FMF que contou com quatro clubes: o Canarinho, Guadalajara, Humaitá e Relações Exteriores.

E o Canarinho estreou ficando com o título de campeão. No dia 6 de julho, derrotou o Guadalajara, por 2 x 0. No dia 12 de julho, empate em 0 x 0 com o Relações Exteriores. O título veio após a vitória de 3 x 1 sobre o Humaitá, em 3 de agosto.

Logo depois, foi um dos oito clubes que disputaram o campeonato oficial de 1975. Fez sua estréia no dia 20 de setembro, com vitória de 1 x 0 sobre o Guadalajara, gol de Peba.

No final do campeonato, ficou na sexta colocação, na frente apenas de Humaitá e Guadalajara. Foram apenas duas vitórias (a outra foi contra o Ceub, por 2 x 0, em 8 de dezembro de 1975) nos 14 jogos que disputou. Conseguiu ainda quatro empates. Marcou 16 gols e sofreu 23.

No dia 15 de agosto de 1976 participou da reabertura do Estádio “Chapadinha”, em Brazlândia. Neste dia, em jogo válido pelo campeonato brasiliense de 1976, foi derrotado pelo Brasília, por 1 x 0. A partir desta data, passou a mandar seus jogos neste Estádio, não mais perdendo: 1 x 1 Gama, 3 x 0 Cruzeiro e 1 x 1 Humaitá.

Em 1976 esteve presente no campeonato brasiliense de profissionais. Sua estréia aconteceu no Estádio Pelezão, em 24 de abril, na derrota de 2 x 0 a favor do Ceub. Ficou na quinta colocação no geral, vencendo três dos quinze jogos disputados.

No ano de 1977 tomou parte de três competições. No primeiro deles, o Torneio Imprensa (disputado por nove equipes), de 5 de março a 7 de maio, ficou com o vice-campeonato. Logo depois, participou do campeonato brasiliense de 1977, ficando com a quarta colocação, somando 9 pontos, advindos de três vitórias e três empates nos treze jogos que disputou.

Passou a ficar conhecido nacionalmente de forma negativa, após um amistoso contra o Grêmio, de Porto Alegre, em 23 de novembro de 1977, no Pelezão. No final do jogo o placar apontava 11 x 0 a favor do tricolor gaúcho. Além da impiedosa goleada, teve um prejuízo de mais de 150 mil cruzeiros. Apenas 1.130 pessoas foram ver o jogo, proporcionando a renda de Cr$ 35.690,00. O Grêmio tinha um time fortíssimo e não foi difícil chegar aos onze gols, marcados por Tarcísio (2), Ladinho, Éder (2), Alcindo (3), Vilson e Leandro (2).

Por último, participou do Torneio Incentivo, juntamente com Desportiva Bandeirante, Gama, Grêmio e Taguatinga. Chegou a vencer o segundo turno mas uma suspeita levou a Federação a formular uma consulta ao Departamento Jurídico da Confederação Brasileira de Desportos-CBD com relação a condição de jogo dos atletas profissionais do Canarinho.

Em 2 de fevereiro de 1978, o Esporte Clube Canarinho encaminhou ofício pedindo licenciamento junto a Federação Metropolitana de Futebol, por um ano.

Nunca mais voltou a disputar competições oficiais no Distrito Federal.

ARTIGO DO SEMESTRE

De acordo com as normas pré-estabelecidas, são estes os dois números que escolhi para receber o livro Avaí x Figueirense – O Clássico de Florianópolis:

20 e 22

Os nomes dos dois ganhadores serão publicados pelo Adalberto Klüser no item “comentários” e deverão enviar o endereço via e-mail para que o livro possa ser enviado via PAC.

CLUBES DE BRASÍLIA: DEMABRA

Para não deixar a cidade do Núcleo Bandeirante sem futebol, em 8 de novembro de 1975 foi fundado o Demabra Esporte Clube. Suas cores oficiais eram a amarela e a verde.

O clube foi idéia de João Aureliano Rodrigues, proprietário da DEMABRA – Depósito de Madeiras do Brasil Indústria e Comércio, com sede à Avenida Central do Núcleo Bandeirante.

Na reunião que fundou o clube foram eleitos João Aureliano Rodrigues (Presidente) e Geraldo Jacinto de Moraes (Vice-Presidente) do Conselho
Deliberativo, além de escolher os seguintes membros da diretoria: Antônio
Aureliano Rodrigues (Presidente), José Cabral da Costa (1º Vice-Presidente),
Severino Aureliano Rodrigues (2º Vice-Presidente) e Valdemiro Aureliano
Rodrigues (3º Vice-Presidente).

Inscreveu-se no Campeonato do Departamento Autônomo da Federação Metropolitana de Futebol. O certame de 1975 foi disputado por 9 equipes. Apesar de contar em suas fileiras com jogadores que viriam a ter um certo destaque no futebol de Brasília, como Jonas Foca e Uel, além dos irmãos Rizza, Milton e João Batista, não conseguiu passar para a fase final da competição, que reuniu quatro equipes e foi vencida pelo time da Associação dos Servidores do Ministério do Trabalho (ASMIT).

Continuou disputando competições do departamento amador da Federação em 1976. Num torneio pentagonal promovido pela entidade, ficou com quarta colocação.
Tendo em vista que o nome Demabra não encontrava amparo na legislação vigente
para se manter o clube filiado à FMF, no dia 19 de abril de 1977 foi realizada
Assembléia Geral que modificou o nome de Demabra Esporte Clube para Desportiva Bandeirante, nome que foi aprovado por unanimidade após várias discussões.

Colaboração: Marcus Amorim.

O CORINTHIANS CANDANGO

Não sei se os amigos do blog já conheciam esse escudo. Nas minhas idas e vindas a cartórios e à Federação, encontrei o original e repasso aos amigos, após a colaboração do amigo Marcus Amorim na formatação. Aproveito e conto um pouco da breve história do clube no futebol de Brasília.


O Sporth (com th) Clube Corinthians foi fundado em 16 de fevereiro de 1976 e sua sede ficava na QE 30 – Conjunto E – nº 36, no Guará II.

A primeira diretoria do Corinthians ficou assim formada: Presidente – José de Lourdes Alexandrino; 1º Vice-Presidente – Jorge Alexandrino Nogueira; 2º Vice-Presidente – Pio Jorge Alexandrino. Também foram escolhidos o Presidente e o Vice-Presidente do Conselho Deliberativo, Hélio Duarte Marinho e Sérgio Duarte Marinho, respectivamente. Paulo Roberto Duarte Marinho foi eleito para a Presidência Executiva pelo período de 60 dias a fim de providenciar a regularização do clube junto à Federação Metropolitana de Futebol.

Suas cores oficiais eram a preta e a branca. O uniforme principal tinha camisa com listras verticais pretas e brancas, calção branco e meias pretas. O segundo uniforme era todo branco.

Em 1976, disputou apenas o campeonato de juvenis. No primeiro turno, entre dez clubes, ficou com a quarta colocação. Esse campeonato foi vencido pelo Brasília.

A primeira competição que tomou parte na categoria de profissionais foi o Torneio Imprensa de 1977.

Mesmo contando com vários bons jogadores, como Zé Mauro, Wilson Godinho, Matil, Wanner, Emerson, Péricles de Carvalho, Cláudio e Mineirinho, o Corinthians ficou apenas com a quarta colocação, após 8 jogos, dos quais venceu três, empatou quatro e perdeu apenas um. O Brasília foi o campeão desse torneio.

Sua estréia aconteceu no dia 13 de março de 1977, no Pelezão, com empate de 0 x 0 com o Olímpico.

Não disputou o campeonato oficial de 1977.

No dia 10 de janeiro de 1978, aconteceu a Assembléia Geral do clube que elegeu para Presidente Antônio Martins Filho e Vice-Presidente Almir de Azevedo Vieira.

No dia 26 de março de 1978 estreou no Torneio Incentivo daquele ano, vencendo a Desportiva Bandeirante por 1 x 0. Também neste ano, o Corinthians conseguiu montar uma forte equipe, com jogadores como o goleiro Wilmar Gato, o lateral-direito Ricardo, o zagueiro Gilvan, os meio-de-campo Boni e Jânio e o atacante Aloísio. O técnico era Joaquim Cristiano Araújo Neto, o Bugue, e o massagista Mozair Barbosa.

Ainda assim, ficou na terceira colocação, atrás de Gama e Taguatinga, campeão e vice-campeão, respectivamente.

No dia 16 de abril de 1978 fez parte da história do Estádio do CAVE, no Guará, ao fazer o jogo de inauguração. Perdeu para o Vitória, de Salvador (BA), por 2 x 0. A equipe do Corinthians foi a seguinte: Wilmar (Lúcio), Ricardo, Luciano, Gilberto e Nilton (Gilvan); Boni, Marquinhos e Augusto; Edu (Orlando), Aloísio (Chiquinho) e Wellington.

Pouco mais de um mês depois (29.04) desse jogo, enfrentou outro clube de Salvador, o Bahia, e foi novamente derrotado, por 3 x 1.

Seu último grande jogo aconteceu em 22 de junho de 1978. No CAVE, perdeu para o Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, por 1 x 0.

Nunca mais disputou competições em Brasília.

OS 4 PRIMEIROS COLOCADOS DO CAMPEONATO BRASILEIRO UNIVERSITÁRIO DE FUTEBOL

1º – 1997 – Brasília (DF)
CAMPEÃO: Universidade Católica de Goiânia – UCG (GO)
VICE-CAMPEÃO: Centro Universitário Sant’Anna – UniSANT’ANNA (SP)
3º COLOCADO: Universidade Presbiteriana MACKENZIE – São Paulo (SP)
4º COLOCADO: Universidade Católica de Brasília – UCB (DF)
2º – 1999 – Aracaju (SE)
CAMPEÃO: Universidade Vila Velha – UVV (ES)
VICE-CAMPEÃO: Universidade Presbiteriana MACKENZIE – São Paulo (SP)
3º COLOCADO: Universidade Tiradentes – UNIT – Aracaju (SE)
4º COLOCADO: Universidade de Fortaleza – UNIFOR (CE)

– 2000 – Planaltina e Sobradinho (DF)
CAMPEÃO: Universidade Presbiteriana MACKENZIE – São Paulo (SP)
VICE-CAMPEÃO: Universidade de Fortaleza – UNIFOR (CE)
3º COLOCADO: Universidade Vila Velha – UVV (ES)
4º COLOCADO: UPIS – União Pioneira de Integração Social – Brasília (DF)
4º – 2001 – Brasília (DF)
CAMPEÃO: Universidade Paulista – UNIP (SP)
VICE-CAMPEÃO: Universidade Vila Velha – UVV (ES)
3º COLOCADO: UPIS – União Pioneira de Integração Social – Brasília (DF)
4º COLOCADO: Universidade Católica de Goiânia – UCG (GO)
5º – 2002 – Natal (RN)
CAMPEÃO: Universidade Católica de Goiânia – UCG (GO)
VICE-CAMPEÃO: UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (RN)
3º COLOCADO: Universidade Vila Velha – UVV (ES)
4º COLOCADO: Universidade Presbiteriana MACKENZIE – São Paulo (SP)
6º – 2003 – Vila Velha (ES)
CAMPEÃO: UPIS – União Pioneira de Integração Social – Brasília (DF)
VICE-CAMPEÃO: Universidade Vila Velha – UVV (ES)
3º COLOCADO: Universidade Paulista – UNIP (SP)
4º COLOCADO: FINAC – Faculdade Nacional – Vitória (ES)
7º – 2004 – Fortaleza (CE)
CAMPEÃO: UPIS – União Pioneira de Integração Social – Brasília (DF)
VICE-CAMPEÃO: UNIVERSO – Universidade Salgado de Oliveira – Goiânia (GO)
3º COLOCADO: UCSAL – Universidade Católica do Salvador (BA)
4º COLOCADO: Universidade Vila Velha – UVV (ES)
8º – 2005 – Goiânia (GO)
CAMPEÃO: Universidade Vila Velha – UVV (ES)
VICE-CAMPEÃO: UNIVERSO – Universidade Salgado de Oliveira – Goiânia (GO)
3º COLOCADO: UPIS – União Pioneira de Integração Social – Brasília (DF)
4º COLOCADO: Universidade de Rio Verde – FESURV (GO)
9º – 2006 – Recife (PE)
CAMPEÃO: UPIS – União Pioneira de Integração Social – Brasília (DF)
VICE-CAMPEÃO: UNIVERSO – Universidade Salgado de Oliveira – Recife (PE)
3º COLOCADO: Universidade Vila Velha – UVV (ES)
4º COLOCADO: UniBH – Universidade de Belo Horizonte (MG)
10º – 2007 – Goiânia (GO)
CAMPEÃO: UPIS – União Pioneira de Integração Social – Brasília (DF)
VICE-CAMPEÃO: FTC – Faculdade de Tecnologia e Ciências – Salvador (BA)
3º COLOCADO: UNIVERSO – Universidade Salgado de Oliveira – Goiânia (GO)
4º COLOCADO: Universidade FEEVALE – Novo Hamburgo (RS)
11º – 2008 – Curitiba (PR)
CAMPEÃO: UPIS – União Pioneira de Integração Social – Brasília (DF)
VICE-CAMPEÃO: Universidade Vila Velha – UVV (ES)
3º COLOCADO: FABAVI – Faculdade Batista de Vitória (ES)
4º COLOCADO: UNIVERSO – Universidade Salgado de Oliveira – Goiânia (GO)
12º – 2009 – Vitória (ES)
CAMPEÃO: Universidade FEEVALE – Novo Hamburgo (RS)
VICE-CAMPEÃO: Universidade Vila Velha – UVV (ES)
3º COLOCADO: FTC – Faculdade de Tecnologia e Ciências – Salvador (BA)
4º COLOCADO: UPIS – União Pioneira de Integração Social – Brasília (DF)
13º – 2010 – Aracaju (SE)
CAMPEÃO: Universidade Vila Velha – UVV (ES)
VICE-CAMPEÃO: UPIS – União Pioneira de Integração Social – Brasília (DF)
3º COLOCADO: FTC – Faculdade de Tecnologia e Ciências – Salvador (BA)
4º COLOCADO: Universidade Católica de Brasília – UCB (DF)
O 14º
Campeonato Brasileiro acontecerá em outubro próximo, na cidade de São Paulo.
Fonte:
Confederação Brasileira de Desporto Universitário – CBDU