Arquivo do Autor: Jose Ricardo Almeida

Sobre Jose Ricardo Almeida

Nasci na cidade de Nazaré (BA), no dia 28 de março de 1957, ano em que o meu Botafogo foi campeão carioca. Sou casado, tenho cinco filhas e seis netos, moro em Brasília desde o ano de 1972 e pesquiso a história do futebol brasileiro desde que me entendo por gente.

CLUBES DE BRASÍLIA: A. E. CRUZEIRO DO SUL

No mesmo dia em que Brasília completava seu primeiro ano de vida (21 de abril de 1961), às dez horas, na Casa 1 da Quadra 16 do Setor Residencial Econômico Sul – SRES, reuniram-se 93 moradores do então bairro do Cruzeiro para a organizar uma associação recreativa e esportiva.
Foi pelos presentes escolhido João Scarano para presidir a seção e para secretariá-la Norberto Fernandes Teixeira.
João Scarano explicou o motivo da criação de uma associação esportiva e recreativa, dizendo que, com a criação daquela entidade o setor teria mais vida e seus moradores não precisariam recorrer a outros lugares para se distraírem, porque a agremiação que estava sendo fundada iria lhes proporcionar o que de melhor existia no setor recreativo e esportivo. Continuou dizendo que já estava sendo providenciada a sua sede provisória, com sua praça de esportes para competições oficiais e que, em breve, seria passada a “patrola” (espécie de trator para nivelar terrenos) para os primeiros passos do futebol no bairro.
A seguir foi escolhida uma comissão para elaborar os estatutos da agremiação, sendo Felinto Epitácio Maia, o Presidente, e tendo como auxiliares Zorobabel Josué dos Passos, Francisco Jacob dos Santos, Geraldo da Silva Santos e Norberto Fernandes Teixeira.
O novo clube recebeu o nome de Associação Esportiva Cruzeiro do Sul e tinha como cores oficiais a azul e a branca.
O uniforme tinha duas variações: o primeiro com camisa azul, calção branco e meias azuis (semelhante do Cruzeiro, de Belo Horizonte) e o segundo com camisas com listras verticais em azul e branco, calção branco e meias com listras horizontais também em azul e branco.
Tinha um gavião como símbolo.
Norberto Fernandes Teixeira foi eleito o primeiro Presidente da A. E. Cruzeiro do Sul.
Aproveitando a paralisação do certame oficial de 1961, o Cruzeiro do Sul fez um amistoso visando a assegurar boa estrutura para sua equipe. No dia 14 de janeiro de 1962, venceu o Carioca, por 4 x 3.
No dia 20 de janeiro de 1962 foi até a cidade goiana de Luziânia, vencendo o clube local por 2 x 0, quebrando uma invencibilidade de 54 jogos do Luziânia.
Nos dias 30 de maio e 3 de junho de 1962 participou do Torneio “Antônio Carlos Barbosa”, quadrangular promovido pelo Alvorada, reunindo também Presidência e Guanabara.
No dia 30 de maio, estragou a festa do clube promotor, vencendo o Alvorada por 6 x 1. No dia 3 de junho, perdeu a final para a A. E. Presidência, por 3 x 1.
Veio o Torneio Início, em 10 de junho de 1962, no Estádio “Ciro Machado do Espírito Santo”. Logo no primeiro jogo, foi derrotado pelo Rabello, por 3 x 0.
Cedeu o zagueiro Edilson Braga para a Seleção que representou o Distrito Federal no Campeonato Brasileiro de 1962.
O Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão de 1962 dividiu-se em duas zonas: Norte e Sul. O Cruzeiro do Sul ficou na Zona Sul, onde fez sua estréia na competição no dia 8 de julho de 1962, no Estádio Vasco Viana de Andrade, perdendo para o Grêmio por 1 x 0. Só foi conseguir a primeira vitória já no segundo turno da competição, no dia 19 de agosto de 1962, ao derrotar o Colombo, por 4 x 2. Morales (2) e Walmir (2) marcaram os gols do Cruzeiro do Sul. E foi só essa. Foram oito jogos no total e mais dois empates e cinco derrotas. Marcou 7 gols e sofreu 15. Ficou na penúltima e nona colocação, à frente somente do Alvorada, que desistiu da competição.
Utilizou os seguintes jogadores: goleiros – David e Assis; defensores – Vicente, Meridian, Mello, Adalberto, Morales e Miro; atacantes – Laerte, Foguinho, Barros, Chumbinho, Chaves, Walmir, Isnard e Aguinaldo.
O ano de 1962 não foi de todo ruim para o Cruzeiro do Sul, pois este venceu o primeiro campeonato brasiliense da categoria de juvenis, com apenas um ponto perdido. Participaram da competição os mesmos clubes que disputaram a Primeira Divisão.
Para o ano de 1963, o Cruzeiro do Sul passou a contar com a administração da dupla Norberto Teixeira e Jackson Roedel, o que lhe renderia bons frutos.
Além de manter os bons jogadores de 1962, tais como Edilson Braga e Morales, o Cruzeiro do Sul reforçou o time, contratando bons jogadores dos clubes locais e também de outros Estados, tais como Ceninho, que jogou no futebol carioca (no Fluminense e no América), e Beto Pretti, que era jogador do Atlético Mineiro.
Com isso, conquistou de forma brilhante o título de campeão brasiliense de 1963, com uma campanha impecável: nos 16 jogos que disputou, venceu 10, empatou 5 e perdeu apenas 1. Marcou 39 gols e sofreu 14. Além disso, teve os dois principais artilheiros do campeonato, Ceninho, em 1º (com 10 gols) e Beto Pretti, em 2º (juntamente com Nilson, do Nacional), com 9.
Os jogadores utilizados pelo Cruzeiro do Sul foram: Goleiros – Zezinho e João Luís; Defensores – Edilson Braga, Aderbal, Mello, Davis, Morales, Humberto, Remis, Valdemar, Pedrinho e Pedersoli; Atacantes – Foguinho, Zezito, Ceará, Beto Pretti, Moisés, Ceninho, Omar, Quarteroli, Belini, Raimundinho, Paulinho, Isnard e Zezé.
Na “Seleção do Ano” escolhida pelo DC-Brasília, o Cruzeiro do Sul cedeu Beto Pretti, Ceninho e Quarteroli. Além disso, Beto Pretti foi escolhido o “craque do campeonato” e Gil Campos, o melhor treinador do ano de 1963.
No final deste ano, com a saída de Jackson Roedel para o Rabello (que iria aderir ao profissionalismo no ano seguinte), vários jogadores do Cruzeiro do Sul foram com ele, tais como Aderbal, Ceninho, Beto Pretti e outros.
Assim sendo, não estava mais com sua força máxima quando enfrentou o Vila Nova, de Goiânia (GO) pela Taça Brasil de 1964. No primeiro jogo, em 26 de julho de 1964, em Goiânia, perdeu por 3 x 1. No jogo de volta, em Brasília, foi desclassificado com o empate de 2 x 2.
Defenderam o Cruzeiro do Sul na Taça Brasil os seguintes jogadores: João Luís, Zé Paulo, Melo, Davis e Pedersoli; Mário César e Fino (Beline) (Waldemar); Zezito, Baiano, Paulinho (Abel) e Zezé.
Não adotou o profissionalismo no ano de 1964 e ficou em quarto lugar no campeonato brasiliense de amadores, atrás de Guanabara, Dínamo e Nacional. Foram sete vitórias, dois empates e três derrotas nos doze jogos que disputou.
Como consolo, conquistou a Taça Eficiência de 1964, três pontos à frente do campeão Guanabara, e novamente venceu o campeonato brasiliense de juvenis, com apenas três pontos perdidos.
Continuou perdendo peças importantes para os clubes que aderiram ao profissionalismo e em 1965 realizou péssima campanha no campeonato brasiliense de amadores, chegando em último lugar, sem conquistar ao menos uma vitória.
Em 1966, mais um ano ruim para o Cruzeiro do Sul, novamente último colocado no campeonato brasiliense de amadores.
Em 20 de fevereiro de 1967, a A. E. Cruzeiro do Sul enviou ofício nº 3/67 a Federação Desportiva de Brasília solicitando sua inscrição no campeonato de profissionais. Uma semana depois, aconteceu a Assembléia Geral que elegeu sua nova diretoria, tendo à frente o ex-presidente da Federação, Wilson Antônio de Andrade.
Para concorrer com os fortes adversários, trouxe muitos jogadores do interior de Minas Gerais e também aproveitou alguns jogadores da sua base, sendo o de maior destaque o meio-de-campo Alencar (que mais tarde jogaria no Ceub).
E os resultados não demoraram para aparecer. Foi vice-campeão do Torneio Início (disputado em 11 de junho de 1967). Logo depois, nos dias 16 e 18 de junho, conquistou o torneio interestadual em comemoração ao 9º aniversário de Taguatinga. Os
jogos foram realizados no recém-inaugurado estádio do Flamengo (Ruy Rossas do Nascimento). O Cruzeiro do Sul venceu o Flamengo (3 x 2) e, na decisão, contra o Clube do Remo, do Pará, vitória de 1 x 0,  gol de Ribamar.
Também conquistou um torneio quadrangular realizado na cidade do Gama, em novembro de 1967, vencendo a A. A. Cultural Mariana (2 x 1) e, na decisão, marcou 4 x 3 sobre o Coenge. O outro time que participou do torneio foi o Rabello.
Para coroar o seu bom primeiro ano no profissionalismo, ficou com o vice-campeonato brasiliense, somente atrás do Rabello, à frente de Colombo, Defelê, Flamengo e Guará.
Utilizou os seguintes jogadores: Goleiros – Waldemar e Vicente; Defensores: Juca, Grover, Elias, Maninho, Brigadeiro, Adilson, Ercy, Elinho e Aderbal; Meias e Atacantes – Ramalho, Geraldo, Alencar, Mário César, Paulada, Nando, Luciano e Edgard.
Não conseguiu manter a ótima performance de 1967 no ano seguinte (1968). No campeonato brasiliense deste ano, disputado por apenas cinco equipes, o Cruzeiro do Sul ficou em 4º. Foram apenas duas vitórias nos oito jogos que disputou.
Sua última participação no campeonato de 1968 aconteceu no dia 22 de maio, com derrota de 3 x 0 diante do Defelê. Foi a última vez de forma oficial que o Cruzeiro do Sul entrou em campo.
Preferiu ficar de fora do campeonato brasiliense de 1969, quando a Federação resolveu juntar em sua competição oficial clubes profissionais com amadores, e também do ano seguinte, 1970.
Em 22 de junho de 1971 aconteceu a Assembléia Geral de Clubes que aprovou a desfiliação do Cruzeiro do Sul.

CLUBES DE BRASÍLIA: JAGUAR

O clube que viria a ser o Jaguar Esporte Clube, do Núcleo Bandeirante, foi fundado em 16 de março de 1968, nas dependências do Departamento Administrativo da Fundação Zoobotânica do Distrito Federal, com o nome de Clube Recreativo Fundação Zoobotânica.
Reuniram-se, entre outros, José Daniel Belluco, Clóvis Fleury de Godoy, João Batista de Lacerda, Malvino Araújo Xavier, Antônio Antunes Figueiredo, Hélio Batista de Deus, Mário Alves da Silva, André Vieira Macarini, Oscar Rodrigues
da Costa, José Jerônimo Ferreira, Josino Lopes Viana e Vicente Pinto de Souza, com o intuito de desenvolver entre os funcionários desta Fundação a prática do esporte, bem como incrementar atividades sociais e culturais.
A primeira diretoria eleita ficou assim constituída: Presidente – José Daniel Belluco; 1º Vice-Presidente – Rádio Lima Fialho; 1º Tesoureiro – João Batista de Lacerda, 2º Tesoureiro – Joaquim Rodrigues de Souza; 1º Secretário – Josino Lopes Viana; 2º Secretário – Oscar Rodrigues da Costa e Diretor de Esportes – Malvino Araújo Xavier.
As cores oficiais do novo clube eram a preta e a branca. O primeiro uniforme era composto de camisa branca com detalhes em preto na gola e nos punhos, calção preto e meias brancas. O segundo tinha camisa com listras verticais pretas e brancas, calção branco e meias com listras horizontais pretas e brancas.
Alterou o nome para Jaguar Esporte Clube em Assembléia Geral de 12 de março de 1969.
Inicialmente, o Jaguar comunicou que disputaria o Campeonato do Departamento Autônomo em 1969. Mas, para este ano, a Federação Desportiva de Brasília resolveu promover um campeonato reunindo clubes amadores e profissionais.
Assim, o Jaguar nem chegou a disputar o campeonato do Departamento Autônomo, já fazendo sua estréia diretamente no campeonato oficial de Brasília.
Sua estréia aconteceu no dia 19 de abril de 1969, no Estádio Ciro Machado do Espírito Santo, do Defelê. Empatou em 1 x 1 com o CSU, clube da Universidade de Brasília.
Ao final do 1º turno, o Jaguar classificou-se em segundo lugar no Grupo A, um ponto atrás do líder, o Grêmio Brasiliense. Eram onze clubes no Grupo A e treze no B, dos quais os seis primeiros colocados passavam para a Fase Final. Nos dez jogos que disputou, o Jaguar venceu sete, empatou dois e só perdeu um (para o Piloto: 1 x 2). Marcou 16 gols e sofreu 5.
Na Fase Final não foi tão bem assim, empatando muitos jogos. Ficou com a terceira colocação no final, com 13 pontos ganhos, atrás do campeão Coenge (19) e do vice-campeão Grêmio Brasiliense (17).
Foram onze jogos, com quatro vitórias, cinco empates e duas derrotas. Marcou 18 gols e sofreu 11.
Sua formação básica foi Silva, Paulo Henrique, Dão, Noel e Felipe; Baiano e Pedrinho; Gildo (Zé Raimundo), Cascorel, Heitor e Reco.
Em 1970 ficou na quarta colocação do Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira”, disputado por oito equipes.
No campeonato brasiliense de 1970 ficou em quarto lugar na Primeira Fase, que classificava seis clubes entre os dez participantes para uma etapa decisiva.
No turno final, ficou com a sexta e última colocação. Disputou cinco jogos, não venceu nenhum e perdeu quatro vezes (empatou um). Marcou apenas dois gols e sofreu nove.
Em 1971, venceu o Torneio Governador do Distrito Federal, com uma excelente campanha. Nos dez jogos que disputou, venceu oito, empatou um e perdeu um. Marcou 19 gols e sofreu 8.
Formou, basicamente, com Silva, Dão, Cláudio Oliveira, Noel e Emábio; Lúcio e Jorrâneo; Zinho, Paulinho, Batista e Oliveira.
Não repetiu suas boas atuações no campeonato brasiliense, disputado por apenas cinco equipes. Ficou na quinta e última colocação, vencendo apenas um dos oito jogos disputados.
No dia 1º de agosto de 1972 efetuou pedido de licença dos campeonatos e torneios da Federação pelo prazo de um ano.
Retornou em 1973, disputando o campeonato brasiliense daquele ano com mais nove equipes e chegando na quarta colocação (17 jogos, 8 vitórias, 2 empates e 7 derrotas; 18 gols a favor e 20 contra).
Seu artilheiro no campeonato foi Tita, com 7 gols. Por outro lado, conquistou a Taça Disciplina, com seis pontos negativos.
Defenderam o Jaguar em 1973: Goleiros – Silva e Carlos; Defensores – Aderbal, Dão, Pedro, Baiano, Ventura, Felipe, Lúcio e Max; Atacantes – Ariston, Djalma, Carlos Alberto, Batista, Ceará, Paulinho e Tita. O técnico foi Airton Nogueira.
Venceu o primeiro turno do campeonato brasiliense de 1974 e ficou atrás do Pioneira no segundo, posicionamentos que tornaram obrigatória a decisão do campeonato em melhor-de-três.
Perdeu os dois jogos para o Pioneira e ficou com o vice-campeonato.
No segundo jogo, em 8 de dezembro de 1974, atuou com apenas dez jogadores. Jogou desfalcado de quatro titulares: Leocrécio, Salvador, Décio e Ariston, que viajaram com a equipe de juvenis do Ceub, emprestados ao clube universitário para a disputa da Taça Cidade de São Paulo de Juniors. Um dos jogadores de linha, Roberto, era goleiro.
Em 5 de junho de 1975, o Jaguar solicitou licença pelo prazo de um ano, por não dispor de recursos para participar do certame oficial daquele ano.
Em 1976, o profissionalismo foi definitivamente implantado no futebol do Distrito Federal. O Jaguar nunca mais voltou a disputar uma competição oficial.

CLUBES DE BRASÍLIA: CLUBE ATLÉTICO COLOMBO


Mineiro de Uberlândia (MG), Adolfo Luís Rizza chegou para Brasília ainda em 1957. Juntamente com seu irmão Antônio, era proprietário do Posto e Recapagem Colombo, na Cidade Livre, hoje Núcleo Bandeirante, durante a construção de Brasília. Seus irmãos Pedro e Luiz também atuaram como empresários na Cidade Livre.
Formada por vários desportistas, a família Rizza foi a maior incentivadora para a fundação, na Cidade Livre, do Clube Atlético Colombo, em 6 de abril de 1960.
A primeira diretoria do Colombo ficou assim composta: Presidente: Francisco Correia Bento; Vice-Presidente: José Ribeiro Costa, Diretor Secretário: Jason Santana; Diretor Tesoureiro: Manoel Ribeiro da Costa; Diretor Esportivo: Adolfo Rizza e Vice-Diretor Esportivo: Pedro Rizza. Adolfo Rizza também era o representante do clube junto a Federação Desportiva de Brasília – FDB.
As cores oficiais do novo clube foram escolhidas na mesma reunião: amarela e azul.
Disputou campeonatos oficiais da Federação desde o ano de sua fundação até o ano de 1972.
A primeira participação do Colombo em competições oficiais da FDB aconteceu no dia 9 de julho de 1961, no Torneio Início da Segunda Divisão. Ficou com a segunda colocação, perdendo a final para o Guanabara, por 3 x 1. Real e La Salle foram os outros clubes participantes.
Sua estréia no certame da Segunda Divisão de 1961 aconteceu no dia 6 de agosto de 1961. No Estádio “Israel Pinheiro”, o Colombo marcou 3 x 0 no Real.
Depois de dois turnos disputados, chegou a uma melhor-de-três em igualdade de condições com o Guanabara. Após dois empates (1 x 1 e 2 x 2) e uma derrota de 1 x 0 no dia 3 de dezembro de 1961, o Colombo ficou com o vice-campeonato.
Revelaria bons jogadores, tais como Tião I, Vonges, Nilo, Baiano, Ventura, Paulista, Tião II e Cid.
No ano de 1962, já como clube da Primeira Divisão, participou, nos dias 28 de abril e 1º de maio, da Taça Candango, torneio patrocinado pela Companhia Antarctica Paulista, juntamente com Guará, Defelê e Rabello. Foi derrotado pelo Guará.
No Torneio Início de 10 de junho, no Estádio “Ciro Machado do Espírito Santo”, em seu primeiro e único jogo empatou em 0 x 0 com o Defelê, sendo derrotado nos pênaltis por 3 x 1).
No dia 9 de setembro foi até a cidade goiana de Anápolis e trouxe um ótimo resultado: empate de 3 x 3 com o Anápolis.
Sua estréia na Primeira Divisão foi no dia 1º de julho de 1962, no Estádio “Israel Pinheiro”, com vitória de 3 x 0 sobre a A. E. Presidência, com dois gols de Tião I e um de Tião II.
Realizou uma brilhante campanha (18 jogos, 11 vitórias, 3 empates e 4 derrotas; 47 gols a favor e 19 contra), mas ficou com a segunda colocação, atrás apenas do bicampeão Defelê. Dez equipes disputaram o campeonato brasiliense de 1962.
Além da campanha, três jogadores do Colombo terminaram o campeonato entre os quatro maiores artilheiros da competição: 1º Cid, com 14 gols; 2º Tião I, com 11 e 4º Tião II, com 9.
A formação básica foi Chico Itacarambi, Vonges, Nilo, Landulfo (Índio) e Nenê; Paulista (Léo) e Cascorel; Baiano (Almir), Tião I, Cid e Tião II. O treinador era Edvard Brandão.
Ainda neste ano de 1962 teve três de seus jogadores convocados para representarem o Distrito Federal no Campeonato Brasileiro de Seleções: os atacantes Cid, Tião I e Tião II. O DF passou por Mato Grosso mas foi desclassificado por Goiás.
Iniciou o ano de 1963 com bons resultados: no dia 17 de fevereiro, em Anápolis, empatou com o clube do mesmo nome em 2 x 2. Um mês depois, novamente em Anápolis, venceu o Ipiranga local por 3 x 2.
No Torneio Início, realizado em 12 de maio, no campo do Grêmio, Estádio “Vasco Viana de Andrade”, chegou até a final, contra o Defelê. No tempo normal de jogo, empate em 1 x 1. Na cobrança de pênaltis, seu ex-jogador Cid (contratado pelo Defelê) decidiu o torneio em favor do seu novo clube, convertendo 2 em 3 cobranças, enquanto Nilo, do Colombo, perdeu dois.
No campeonato, não reeditou sua campanha anterior, ficando em quinto lugar entre nove participantes.
Em 1964, foi aprovada a implantação do profissionalismo no futebol de Brasília e o Colombo resolveu aderir à novidade.
Logo no dia 5 de abril, conquistou um grande resultado ao ganhar o amistoso interestadual contra o Vila Nova (GO), por 3 x 2.
Antes, no dia 8 de março de 1964, estreou no Torneio “Prefeito Ivo de Magalhães” derrotando o Luziânia por 2 x 1. Ficou em terceiro lugar no torneio.
No campeonato de profissionais, que reuniu cinco equipes, estreou com derrota de 3 x 0 para o Defelê, no dia 6 de outubro de 1964. No final do certame, ficou na terceira colocação, atrás de Rabello e Defelê.
Seus maiores destaques foram o goleiro Dico (que mais tarde defenderia o Rabello e o Clube do Remo), o zagueiro Sir Peres e o meio-de-campo João Dutra, além de continuar contando com a eficiência da dupla Tião I e Tião II.
Preparando-se para o campeonato de 1965, disputou alguns amistosos interestaduais, com destaque para estes: 26 de maio – 1 x 2 Moto Clube, do Maranhão, e 27 de junho – 1 x 0 Uberlândia (MG), ambos em Brasília.
No campeonato de profissionais de 1965, disputado por apenas quatro clubes, ficou em segundo lugar, um ponto atrás do Rabello, o campeão, e à frente de Guará e Defelê. Voltou a contar com a força do atacante Cid e teve como treinador Didi de Carvalho.
Em 1966, perdeu João Dutra para o Rabello. Chegou à semifinal do Torneio Início, quando foi derrotado pelo Defelê. No campeonato de profissionais, que passou a contar com sete equipes, ficou em terceiro lugar, e teve o artilheiro
do campeonato, Cid, com 11 gols, e o segundo colocado (junto com outros dois jogadores), Baiano, com 9.
Logo depois, a FDB promoveu o Torneio de Profissionais “Engenheiro Plínio Cantanhede”, com a participação das mesmas equipes que disputaram o campeonato.
O título foi decidido em um jogo extra entre Colombo e Defelê. Aconteceu empate de 3 x 3, com Zezé, Tião e Baiano marcando para o Colombo e Invasão (2) e Sabará para o Defelê. Com o empate, o título foi decidido no “gol-average”, critério que beneficiou o Colombo, declarado campeão do torneio.
Individualmente, o destaque do Colombo foi o zagueiro Juci, que tempos depois defenderia a Desportiva Ferroviária, do Espírito Santo. Além dele, o Colombo colocou mais dois jogadores na “Seleção do Ano” escolhida pela Editoria de Esportes do jornal Correio Braziliense: o lateral-esquerdo Oliveira e o atacante Cid.
Em 1967, perdeu seu grande artilheiro Cid para o Rabello, o mesmo acontecendo com seu goleiro Dico. Sua primeira competição no ano foi o Torneio Brasil Central, disputado por duas equipes de Goiânia (GO), duas de Anápolis (GO) e mais o Defelê, do DF, de 30 de abril a 28 de junho. O Colombo chegou na sexta e última colocação, sem vitória nos dez jogos que disputou.
Venceu o Torneio Início de Profissionais, no dia 11 de junho. Na decisão: Colombo 1 x 0 Cruzeiro do Sul, gol de Milton (contra).
No campeonato de profissionais, jogando contra outras cinco equipes, ficou com a terceira colocação. O campeão foi o Rabello.
O ano de 1968 já começou ruim para o Colombo depois que Juci e Crispim, dois dos seus melhores jogadores, se transferiram para o América, de Belo Horizonte (MG). E terminou mal, com o clube chegando na quinta e última colocação no campeonato de profissionais de 1968.
Preferiu não se inscrever no campeonato misto (profissionais e amadores) que a Federação resolveu promover em 1969.
Retornou em 1970 e em 2 de maio deste ano realiza Assembléia para escolher sua nova diretoria. O Diretor de Esportes e representante na FDB era Adolfo Rizza.
Não participou do Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira”, iniciado em 5 de julho de 1970. Por outro lado, tomou parte do campeonato, onde estreou no dia 7 de setembro, com vitória de 2 x 0 sobre o Jaguar, gols de Zequinha e Paulinho. O Colombo ficou com a quinta colocação entre dez equipes.
Não foi bem no Torneio “Governador do Distrito Federal”, primeira competição oficial do ano de 1971 e marcada por muitos WO, pois muitos clubes estavam irregulares (débito com a Tesouraria da FDB) e suspensos de suas obrigações. Disputado por 11 equipes, o Colombo chegou em 8º lugar.
Em compensação, conquistou invicto o título do campeonato oficial de 1971, com direito a vencer os dois turnos disputados.
Em seu último jogo, no dia 31 de outubro de 1971, o Colombo formou com Carlos José, Luiz Gonçalves, Sir Peres, Jonas e Paulo Moreira; Zoca e Pedro Léo; Procópio (Gonçalves), Zé Carlos, Diogo (Hermes) e Macalé.
Foram oito jogos disputados, com cinco vitórias e três empates. Marcou 12 gols e sofreu 3. Somou treze pontos ganhos, quatro a mais que Serviço Gráfico, o vice-campeão. Os demais participantes foram Ceub, Grêmio Brasiliense e Jaguar.
Seus artilheiros foram: Zé Carlos, com cinco gols; Pedro Léo, com 2 e Paulinho, Hermes, Procópio, Macalé e Zoca, todos com um.
O goleiro menos vazado foi Carlos José, do Colombo, com 3 gols sofrido, tendo disputado todas as partidas.
Logo no começo de 1972, mais precisamente em 8 de fevereiro, aconteceu nova Assembléia do C. A. Colombo, para eleição da nova Diretoria. Entre os dirigentes escolhidos estavam o 2º Vice-Presidente João Batista Rizza (filho de Adolfo Rizza) e o Diretor Financeiro: Milton Rizza, primos.
No campeonato daquele ano, que seria o último disputado, o Colombo chegou na terceira colocação entre sete equipes. Foram 12 jogos, com seis vitórias, quatro empates e duas derrotas. Vinte gols a favor e doze contra.
O último jogo disputado pelo Colombo foi no dia 26 de novembro de 1972, no Estádio Pelezão, contra o Ceub. Sob a arbitragem de Alaor Ribeiro, aconteceu empate em 1 x 1. O gol do Colombo foi marcado por Sérgio, do Ceub, contra suas próprias redes.
Numa Assembléia Geral Extraordinária de 16 de agosto de 1973, o Colombo transformou-se em Sociedade Esportiva Bandeirante e tinha como presidente João Batista Rizza. Não disputou nenhuma competição oficial naquele ano.

CLUBES DE BRASÍLIA: UNIDOS DE SOBRADINHO ATLÉTICO CLUBE

 

 

O Unidos de Sobradinho Atlético Clube foi fundado em 10 de maio de 1962, na cidade de Sobradinho (DF).
Geraldo Ribeiro foi o seu primeiro presidente.
Constam dos seus estatutos dois escudos (conforme acima) e quatro uniformes, a saber:
Uniforme nº 1: camisa azul, calção e meia brancos;
Uniforme nº 2: camisa com listras verticais em azul e branco, calção branco e meias com listras horizontais em azul e branco.
Uniforme nº 3: camisa branca com golas azuis, calção azul e meias brancas.
Uniforme nº 4: camisa azul com três faixas brancas verticais, calção e meias brancas com detalhes em azul.
Filiou-se a Federação Desportiva de Brasília em 1966. Neste ano, participou do campeonato do Departamento Autônomo da F.D.B. Na primeira fase dessa competição, os clubes foram divididos em três seções: Taguatinga, Plano Piloto e Sobradinho. Nesta última, o Unidos de Sobradinho ficou com uma das duas vagas, superando outras quatro equipes, classificando-se para a Fase Final da competição.
Em 1967, novamente disputou o campeonato do Departamento Autônomo (desta vez contando com mais uma seção, a do Gama), passando de novo para a Fase Final, quando chegou na sétima colocação.
Em 1969, foi um dos 24 clubes a disputar o campeonato brasiliense. Em sua estréia, no dia 13 de abril, foi goleado pelo Serviço Gráfico, por 4 x 1. Recuperou-se no jogo seguinte, em 20 de abril, ao golear o Rabello, por 6 x 2.
Sua campanha na Primeira Fase da competição foi muito fraca: nos dez jogos que disputou venceu três, empatou um e sofreu seis derrotas. Marcou e sofreu 18 gols, ficando com 0 de saldo. Com isso, ficou na oitava colocação entre os onze clubes do Grupo A e não passou para a Fase Final (somente os seis primeiros se qualificavam).
De 1970 a 1972, não disputou competições oficiais promovidas pela então Federação Metropolitana de Futebol.
No dia 16 de agosto de 1973 aconteceu a Assembléia Geral que aprovou a filiação do Unidos de Sobradinho.
Inscreveu-se no campeonato brasiliense de 1973, no qual estreou no dia 2 de setembro, sendo derrotado pelo Ceub, por 2 x 0.
Formou com Marcos, Sabará, Sir Peres, Jonas e Xavier; Sidney, Paulinho e Santos; Litinho, Geraldino e Reinaldo (Carrasco).
No primeiro turno, entre 10 times, ficou com a quinta colocação (dois pontos atrás do primeiro colocado, o Ceub) após a seguinte campanha: nove jogos, cinco vitórias, um empate e três derrotas. Marcou 18 gols e sofreu 8.
Veio o segundo turno, e não conseguiu repetir a boa campanha do primeiro. Ficou na sétima colocação. Nos oito jogos que disputou, venceu apenas um, empatou quatro e perdeu três. Marcou oito gols e sofreu 14.
No cômputo geral, somando os dois turnos, ficou com a quinta colocação.
Carlinhos e Santos foram seus artilheiros, cada um com seis gols.
Defenderam o Unidos de Sobradinho: Goleiros – Batista, Marcos e Gato; Defensores – Zezão, Sabará, Sir Peres, Sidney, Orlando e Xavier; Atacantes – Santos, Carlinhos, Litinho, Paulinho, Cid, Wesley, Jonas, Geraldino e Reinaldo. Técnicos: Manga, depois Chileno.
Em 1974, chegou a disputar o Torneio Início, no dia 14 de julho, sendo eliminado logo no primeiro jogo diante do Humaitá.
Disputou ainda o 1º turno do campeonato daquele ano. Antes de ser iniciado o segundo turno, o Unidos de Sobradinho desistiu de continuar disputando o campeonato e a Federação determinou a contagem de pontos para todos os seus adversários.
Em 13 de dezembro de 1974, uma Assembléia Geral Extraordinária decidiu por desfiliar o Unidos de Sobradinho.
Afastado da Federação, o Unidos de Sobradinho disputou a I Copa Arizona de Futebol Amador, que teve início no dia 19 de março de 1975, reunindo 64 equipes amadoras de todo o Distrito Federal.
Em uma das semifinais, o Unidos de Sobradinho marcou 2 x 0 sobre o Penharol, gols de Zezinho e Nidoval-contra.
Na final, em 25 de maio, nova vitória do Unidos de Sobradinho de 2 x 0, desta vez sobre o Humaitá, gols de Chenco.
Disputou as finais da Copa Arizona em São Paulo, nos dias 19, 20, 21 e 22 de junho de 1975 (não temos os resultados), juntamente com Colorado (Paraná), Romeu Martins (Fortaleza-CE), Ajax (Florianópolis-SC), Ouro Verde (Ijuí-RS),
Real Madrid (Belo Horizonte-MG), G. E. 2º Registro (São Paulo-SP) e E. C. Golfinho (Guarulhos-SP).
Antes do início do campeonato oficial de 1975 (no dia 20 de setembro), 13 jogadores que pertenciam ao Unidos de Sobradinho foram transferidos para o Campineira Futebol Clube.
O Campineira acabaria vencendo o campeonato brasiliense de 1975.
Passou, então, a disputar o Campeonato Regional de Sobradinho.
No ano de 1978 voltou a vencer a Copa Arizona de Futebol Amador. Na final, aconteceu empate de 1 x 1 entre Unidos de Sobradinho e Royal. Nos pênaltis, vitória e o título do Unidos de Sobradinho.
Ainda em 1978, participou do 1º Campeonato de Futebol Amador depois da implantação do profissionalismo no Distrito Federal (em 1976). Vinte equipes participaram. O Unidos de Sobradinho ficou entre as oito melhores colocadas na fase semifinal.
Em 1979 não se inscreveu nessa competição.
Daí em diante só disputou competições amadoras em Sobradinho.

Agradecimentos a José Jorge Farah pelo redesenho dos escudos.

CLUBES DE BRASÍLIA: OLÍMPICO

O Olímpico Atlético Clube foi fundado em 31 de março de 1976, em uma reunião realizada na sede da ASMINTER – Associação dos Servidores do Ministério do Interior, no 11º andar do Edifício Sede do Ministério do Interior, no Setor de Autarquias Sul, em Brasília (DF).

Estiveram presentes à Assembléia que fundou o novo clube Waldyr Mattos Magno, Presidente da Mesa, Aluízio de Melo Cavalcanti, Secretário da Mesa, Antônio Gomes de Magalhães Bastos, Presidente da ASMINTER, Ayrton Emmanuel Leal Chaves,  1º Secretário da ASMINTER, Gentil Rodrigues do Nascimento, Cid Sebastião Leal Chaves, Carlos Eduardo Ferreira, Ivo José Batista e Romildo Moreira Dias.

Foram eleitos por aclamação Ayrton Emmanuel Leal Chaves para Presidente do Olímpico, Gentil Rodrigues do Nascimento para Vice-Presidente e Cid Sebastião Leal Chaves para Diretor de Futebol.

O Olímpico era uma sociedade vinculada a ASMINTER através do seu Departamento de Esportes, com personalidade jurídica distinta da de seus sócios.

As cores oficiais do Olímpico eram vermelha, branca e azul.

No dia 9 de outubro de 1976 aconteceu outra Assembléia que aprovou a desvinculação do Olímpico da ASMINTER.

O novo clube não teve nenhuma atividade entre os profissionais no ano de 1976. Por outro lado, inscreveu-se no campeonato brasiliense de juniors, quando foi 5º colocado no primeiro turno, e segundo do Grupo A no 2º turno, quando os dez
clubes participantes foram divididos em duas chaves, cada uma com cinco clubes.

No ano seguinte, resolveu investir para fazer boa campanha no campeonato de 1977. Contratou jogadores bastante conhecidos no futebol brasiliense como o goleiro Elizaldo, o lateral-artilheiro Aderbal e o centro-avante Humberto.

Estreou no Torneio Imprensa (disputado por 9 equipes) no dia 8 de março de 1977, vencendo o Taguatinga, por 2 x 1. Além desse jogo, teve uma seqüência de quatro jogos sem derrota (0 x 0 Corinthians, 1 x 1 Gama, 2 x 0 Grêmio e 0 x 0 Demabra), até conhecer sua primeira derrota em 16 de abril, diante do Canarinho (2 x 1).

Terminou o torneio na quinta colocação, com a seguinte campanha: 8 jogos, 2 vitórias, quatro empates e duas derrotas, a segunda delas para o campeão Brasília, em 7 de maio de 1976.

Depois disso, ficou de fora do Torneio Incentivo e do campeonato oficial de 1977. Não voltou a atuar em competições promovidas pela Federação Metropolitana de Futebol.

CLUBES DE BRASÍLIA: O PEDERNEIRAS E. C.

O Pederneiras Esporte Clube, assim denominado em homenagem à Companhia
Construtora Pederneiras S. A., foi fundado em 18 de janeiro de 1959, na casa de
Walfredo Aleixo Martins e Souza, situada no Acampamento “Dr. Sérgio Seixas
Corrêa”, na Vila Planalto, em Brasília (DF).

Além de Walfredo, que foi escolhido primeiro Presidente do clube, compareceram
Edgardo Coutinho Gomes, Antônio Batista do Sacramento, Cícero Bezerra da Silva,
Aloísio Queiroz de Araújo, Leorne Feitosa Dantas, Walderez Marques da Silva,
Waldir de Souza Fonseca, Edgard dos Santos, Manoel de Jesus Tôrres Bouéres e
Antônio Batista da Silva.

Na mesma reunião, foram definidas as cores oficiais do novo clube: azul celeste
e branca e também os uniformes, sendo o número 1 constando de camisas listradas
nas cores azul e branca no sentido vertical, com gola e punhos brancos, calção
azul e meias brancas com detalhes em azul; o número dois seria a camisa toda branca
com gola e punhos azuis e os calções azuis e meias iguais ao número 1.

A primeira competição de que o Pederneiras tomou parte foi o Troféu “Israel Pinheiro” (instituído por iniciativa do presidente da Construtora Ribeiro Ltda., Cesar Ribeiro), a ser disputado pelas companhias construtoras de Brasília.

No sistema “mata-mata”, jogou no dia 12 de junho de 1960, perdendo para a ECRA,
por 2 x 1, sendo eliminado do torneio.

Menos de um mês depois, participou de outra competição, o Troféu “Danton Jobim”, em homenagem ao DC-Brasília e aos jornalistas brasileiros, desta vez misturando clubes de construtoras com equipes filiadas à Federação Desportiva de Brasília.

O Pederneiras caiu na Chave C, juntamente com o Ribeiro, B.G.P. – Batalhão da
Guarda Presidencial e o Caeira (time da Construtora Cavalcante Junqueira).

Estreou no dia 3 de julho, vencendo o Caeira, por 3 x 1. Nos outros dois jogos,
em 10 e 17 de julho, respectivamente foi derrotado pelo B.G.P. (2 x 0) e
goleado pelo Ribeiro (6 x 0).

Somente em 2 de agosto de 1960 a Federação Desportiva de Brasília recebeu o ofício
do Pederneiras para dar andamento no processo de filiação do clube.

Em 26 de agosto aconteceu a Assembléia Geral que aprovou os estatutos do Pederneiras E. C.

Dois dias depois fez sua estréia como novo filiado da Federação, perdendo o
amistoso para o Nacional, por 2 x 1.

Veio o Torneio Início de 1960, no dia 4 de setembro, competição que levou o
nome de Taça “Governador Roberto Silveira”). Solicitaram inscrição 16
clubes. Os jogos foram realizados no Estádio Israel Pinheiro, do Guará.

No sexto jogo do dia, o Pederneiras venceu o Nacional, por 2 x 0, com gols de
Gote e Marcionilo. No décimo-primeiro foi derrotado pela A. E. Edilson Mota,
por 1 x 0.

Na Assembléia Geral de 14 de setembro, em virtude do elevado número de clubes
inscritos (16), a Federação Desportiva de Brasília resolveu fazer um torneio
para determinar as oito equipes que disputariam o campeonato da Primeira
Divisão (os dois primeiros colocados de cada grupo) e as oito que comporiam a
Segunda.

Os 16 clubes foram divididos em 4 grupos. O Pederneiras integrou o Grupo C, com
jogos no campo do Planalto, juntamente com Defelê, Guanabara e o anfitrião.

E foi justamente com o anfitrião Planalto que o Pederneiras iniciou sua campanha,
no dia 18 de setembro, sendo derrotado por 3 x 0.

Recuperou-se plenamente uma semana depois ao golear o Guanabara, por 4 x 1. Os
quatro gols do Pederneiras foram marcados por Cri-Cri.

A terceira e última rodada do torneio classificatório estava marcada para o dia 9 de
outubro, contra o Defelê. Quando a maioria achava que o favorito Defelê fosse
se classificar, o Pederneiras o surpreendeu, vencendo-o por 4 x 3. Os
classificados foram Planalto (em 1º) e Pederneiras (em 2º). Depois, com a
desistência de alguns clubes, o Defelê também garantiria sua vaga na primeira
divisão e acabaria por se tornar o campeão daquele ano.

Na sua primeira participação no campeonato da Primeira Divisão, o Pederneiras
não levou sorte. Algumas obras da Companhia Construtora Pederneiras chegaram ao
seu final e com isso vários operários foram dispensados. Entre eles, vários
jogadores, o que, conseqüentemente, ocasionou o desfalque na equipe de futebol.

O resultado não poderia ser outro: oitavo e último colocado: nos sete jogos que
realizou, perdeu todos. Marcou apenas quatro gols e sofreu trinta e seis. No
dia 18 de dezembro, foi humilhado pelo poderoso Guará, que o goleou pelo
elástico marcador de 10 x 0.

Os vexames de 1960 ainda não tinham terminado.

A Lei de Acesso previa que o último colocado da Primeira Divisão deveria
enfrentar o primeiro colocado da Segunda.

A melhor-de-três entre Pederneiras, último colocado da Primeira Divisão, e
Sobradinho, campeão da Segunda, somente aconteceu em fevereiro de 1961. No dia
5, o Sobradinho goleou por 3 x 0. Para a segunda partida, prevista para o dia
19, o Pederneiras não compareceu. A FDB deu os pontos ao Sobradinho,
classificou o mesmo para a Primeira Divisão em 1961 e rebaixou o Pederneiras
para a Segunda.

No dia 22 de fevereiro de 1961, o Pederneiras encaminhou ofício solicitando seu
desligamento da Federação, dada a extinção do seu quadro de futebol.

Só retornaria ao futebol em 1963, disputando o campeonato da Segunda Divisão
com outros cinco times, mais uma vez realizando péssima campanha.

Em 25 de fevereiro de 1964 aconteceu a Assembléia Geral que aprovou a reforma
nos estatutos da Federação. As categorias passaram a ser: Divisão de Futebol
Profissional, Primeira Divisão de Futebol Amador, Segunda Divisão de Futebol
Amador, Departamento Autônomo e Divisão de Juvenis.

O Pederneiras então passou a integrar a Primeira Divisão de Amadores, cujo Torneio Início foi disputado no dia 10 de maio, no Estádio “Aristóteles Góes”. Logo em sua
primeira participação, foi derrotado por 1 x 0 pela A. A. Guanabara.

Sete equipes, entre elas o Pederneiras, tomaram parte do campeonato oficial da
Primeira Divisão de Amadores, iniciado em 17 de maio de 1964. O primeiro jogo
do Pederneiras aconteceu duas semanas depois, empatando em 1 x 1 com o Nacional.

Encerrado o campeonato, disputado em dois turnos, o Pederneiras foi novamente o
último colocado. Nos doze jogos que realizou, conseguiu apenas uma vitória e um
empate. Marcou seis gols e sofreu vinte e oito.

Em 1965, finalmente, o clube passaria a ter algumas alegrias. Perdeu a final do
Torneio Início para o Vila Matias (1 x 0, em 30 de maio) mas, em compensação,
no campeonato oficial de amadores, disputado por cinco equipes, não deu chance
aos adversários, sagrando-se campeão invicto ao sobrepujar Guanabara, Cruzeiro
do Sul, Grêmio Brasiliense e Vila Matias. Foram oito jogos, com seis vitórias e
dois empates. Seu ataque marcou 23 gols e a sua defesa sofreu 6. Além disso,
teve os dois principais artilheiros da competição, Zezito, com 10 gols, e Zeca,
com 6. Os demais gols foram marcados por Eraldo (3), Doca (2) e Maracanã e
Firmo, um cada.

A formação mais utilizada pelo Pederneiras foi Chico, Tarcízio e Eufrásio; Logodô, Maracanã e Firmo; Zeca, Eraldo, Doca, Zezito e Xixico.

Para o ano de 1966 resolveu apostar suas fichas no profissionalismo. Logo em
sua primeira participação, o Torneio Início disputado em 12 de junho, no novo
Estádio de Brasília (futuro “Pelezão”), venceu o Luziânia, na estréia, por 1 x
0, gol de Zezito, e perdeu no segundo jogo para o Rabello, pelo mesmo placar.

Mas, o grande resultado do ano foi conseguido num amistoso. O Esporte Clube
Bahia, na época com o título de campeão da Taça Brasil de 1959 em cima do
poderoso Santos de Pelé, fez uma excursão ao Distrito Federal para enfrentar
três equipes locais, uma delas, o Pederneiras. Logo em sua estréia, no dia 31
de agosto, o tricolor baiano foi derrotado por 1 x 0. Depois venceria Colombo e
Rabello.

No campeonato de profissionais de 1966, atuando contra seis equipes, realizou
campanha bastante irregular, ficando na quinta colocação, na frente de Flamengo
e Guará. Foram cinco vitórias, dois empates e cinco derrotas. O saldo de gols
foi zero: marcou e sofreu 19 gols.

Logo depois, a Federação realizou outro torneio entre os clubes profissionais, para
homenagear o então Prefeito do Distrito Federal, Plínio Cantanhede.

A campanha do Pederneiras não foi das melhores (ficou em quarto lugar), mas no
dia 10 de novembro de 1966, sentiu um gostinho de vingança ao aplicar 8 x 0 no
Guará, o mesmo Guará que lhe havia imposto aqueles 10 x 0 no campeonato de
1960.

Na categoria “juvenis”, o Pederneiras ficou com o título, com apenas um ponto
perdido na competição. Nas demais colocações chegaram: 2º Rabello, 8; 3º Guará,
10; 4º Colombo, 12; 5º Defelê, 14; 6º Luziânia, 17 e Flamengo, 22. O maior
destaque desse time era o zagueiro Pedro Pradera.

No dia 13 de novembro de 1966, no Estádio “Ciro Machado do Espírito Santo”, o
Pederneiras enfrentou o Rabello e foi derrotado por 4 x 1. Doca marcou o gol de
honra. Foi a última vez que o time do Pederneiras entrou em campo.

Antes do início do campeonato (20 de julho), o Pederneiras solicitou licença de todas
as suas atividades durante o ano de 1967. Nunca mais voltou!

Nota:
Foram responsáveis pela “descoberta” e “redesenho” do escudo do Pederneiras as
seguintes pessoas: Márcio Almeida, Marcus Amorim, José Jorge Farah Neto,
Rodolfo Kussarev e o autor dessa matéria, José Ricardo Almeida.

CLUBES DE BRASÍLIA: PIONEIRA

O Pioneira Futebol Clube foi fundado em 18 de fevereiro de 1974, por servidores da Viação Pioneira e Viação Planeta Ltda., em sua sede social situada a QI 24, Lotes 1 a 27, Setor Norte de Taguatinga.
A diretoria executiva para o biênio 1974/1975 ficou assim constituída:
Presidente: Yukyio Matsunaga, 1º Vice-Presidente: Saburo Matsunaga, 2º
Vice-Presidente: Joaques Makoto Inoi, 1º Secretário: Evandro Alves da Silva, 2º
Secretário: José Weliton Cortes Melo, 1º Tesoureiro: José Braga da Silva, 2º
Tesoureiro: Jeová Dias Monteiro, Diretor Geral dos Esportes: José Macedo
Figueiredo, Diretor Social e Relações Públicas: Francisco Martins Leite
Cavalcante, Diretor de Promoções: Ailton Pereira de Almeida, Diretor
Administrativo: Aquiochi Kawano, Diretor de Patrimônio: Shigueo Matsunaga,
Departamento Médico: Masso Kuriki e Consultor Jurídico: Antônio Lopes Batista.
Nota: os irmãos Matsunaga, de origem japonesa, radicaram-se em Brasília no ano
de 1957, antes mesmo dela ser inaugurada, para dedicar-se a agropecuária. Mais
tarde, constituíram a Viação Pioneira (pertencente a empresa Irmãos Matsunaga
Ltda.), responsável pelo transporte coletivo urbano.
Foram assim definidas as cores oficiais do Pioneira: amarela, verde e vermelho.
O uniforme nº 1 do Pioneira era: camisa amarela, calção azul e meias verdes. Já
o nº 2 tinha: camisa vermelha com faixa horizontal verde, calção branco e meias
vermelhas.
No dia 10 de junho de 1974 aconteceu a Assembléia Geral Extraordinária da
Federação Desportiva de Brasília que concedeu filiação ao Pioneira Futebol
Clube.
Pouco mais de um mês depois, em 14 de julho de 1974, fez sua estréia em
competições oficiais, ao participar do Torneio Início, realizado no Estádio
Edson Arantes do Nascimento, o Pelezão. No primeiro jogo, venceu o Luziânia por
1 x 0 e, no penúltimo jogo, foi derrotado pelo Ceub, também por 1 x 0, não
chegando à decisão.
Uma semana depois estreou no Campeonato Oficial de Brasília, ainda amador. Em
21 de julho de 1974, com gols de Peixoto e Borges, ganhou do Relações
Exteriores, por 2 x 0. Terminou o primeiro turno desse campeonato na terceira
colocação, atrás de Jaguar e Humaitá, com 3 vitórias, 2 empates e 1 derrota.
Veio o segundo turno e a recuperação, ficando com a primeira colocação e
habilitando-se para decidir o campeonato com o Jaguar, vencedor do primeiro.
Na decisão, não deu chances ao Jaguar, vencendo as duas partidas, no Pelezão. A
primeira, em 1º de dezembro, 3 x 0, gols de Nemias, China e Vital. No segundo,
no dia 8 de dezembro, nova vitória, por 2 x 0, com dois gols de Boy. Jogou a
última partida com essa formação: Adriano, Aldair, Dão (Diogo), Ruy e Vaninho;
Maurício e Nemias; Delfino, Vital (Déo), Boy e Piau. A campanha do campeão foi
a seguinte: 12 jogos, 9 vitórias, 2 empates e 1 derrota; 18 gols a favor e 5
contra. Além do título de campeão, teve os artilheiros do campeonato, Nemias e
Boy, ambos com 6 gols. O técnico foi Eurípedes Bueno de Morais.
Para manter o elenco em forma, nos meses de janeiro e fevereiro de 1975,
realizou quatro amistosos, sendo três interestaduais: no dia 19 de janeiro, no
Pelezão, venceu o G. E. Trindade (GO), por 2 x 0 (gols de Piau e Delfino); uma
semana depois, 26 de janeiro, perdeu para o Ceub por 3 x 0; em 23 de fevereiro,
no Pelezão, empatou de 0 x 0 com o Anápolis (GO) e, três dias depois, novamente
no Pelezão, foi derrotado pelo Rio Branco, de Vitória, por 3 x 1.
Estes foram os quatro derradeiros jogos do Pioneira.
Já no mês de março de 1975 começaram a aparecer os primeiros boatos (logo
confirmados) de que Brasília se preparava para receber outro clube
profissional. O comércio da cidade-satélite de Taguatinga resolveu armar uma
equipe para brigar com o Ceub. Assim, em 1º de julho de 1975, na sede da
Associação Comercial e Industrial de Taguatinga – ACIT, diretores da ACIT, a
Administração Regional de Taguatinga e representantes da Viação Pioneira
promoveram Assembléia Geral Extraordinária para a transformação do Pioneira
Futebol Clube em clube profissional de futebol, a mudança do nome para
Taguatinga Esporte Clube e a troca das cores do uniforme para azul e branca.
Yukyio Matsunaga foi eleito Presidente de Honra do Taguatinga E. C.
No dia 12 de julho de 1975 aconteceu o primeiro amistoso do novo clube,
vencendo a URT, de Patos de Minas (MG), por 2 x 0, no Pelezão.
O Taguatinga viria a ser campeão do DF nos anos de 1981, 1989, 1991 a 1993. Disputou seu último campeonato brasiliense em 1999. Hoje se encontra desativado.

Escudo: Zamorim Futebol de Botão

CLUBES DE BRASÍLIA: ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA E CULTURAL MARIANA

A Associação Atlética e Cultural Mariana do Gama foi fundada em 11 de novembro
de 1962 e tinha por finalidade criar cursos de alfabetização e profissionais,
desenvolver a Educação Física e os desportos, promovendo e organizando jogos,
exercícios desportivos e reuniões sociais capazes de favorecer o desenvolvimento cultural, físico, social e cívico da mocidade do Gama.

Eram duas as categorias de sócios: os efetivos, que eram todos os membros da Congregação Mariana Nossa Senhora Divina Pastora e São Sebastião, do Gama, e os honorários, aqueles que, pertencendo ou não ao corpo social, merecessem essa distinção por deliberação da Assembléia Geral.

Jader Carrijo foi o primeiro Presidente da Cultural Mariana.

As cores oficiais da associação eram o verde, o azul, o amarelo e o branco.

Os uniformes eram os seguintes: um com as camisas verdes, com golas e punhos
amarelos, e o outro branco com duas listras horizontais, punhos e golas azuis.
Os calções e meiões eram azul ou branco.

A única participação da A. A. Cultural Mariana no campeonato de futebol de
Brasília aconteceu em 1969, quando 24 equipes disputaram a competição
(divididas em dois grupos). Na estréia, no dia 13 de abril daquele ano, foi
derrotado pelo Brasília Futebol Clube, de Taguatinga (que nada tem a ver com o
Brasília Esporte Clube, fundado em 2 de junho de 1975), por 3 x 0.

Uma semana depois, em seu campo, derrotou outro time de Taguatinga, o Flamengo,
por 2 x 1. Zé Maria (contra) e Parada marcaram os seus gols.

Terminou a primeira fase na terceira colocação, apenas atrás do Brasília e do
Coenge (que acabaria vencendo o campeonato). Foram doze jogos, oito vitórias e quatro derrotas. Vinte e quatro gols a favor e quinze contra.

Na fase final, disputada pelos 12 melhores colocados da primeira fase (seis de
cada grupo), empatou muitos jogos (seis) e ficou na sétima colocação, com 12
pontos ganhos (mesma pontuação de Brasília e Serviço Gráfico, que levaram
vantagem após aplicação dos critérios de desempate. Foram onze jogos, com três
vitórias, seis empates e duas derrotas. Marcou 16 gols e sofreu 13.
Curiosamente, não foi derrotado pelo campeão Coenge (2 x 2) e pelo vice-campeão
Grêmio Brasiliense (1 x 1).

Os jogadores que defenderam a Cultural Mariana foram:

Goleiros: Sindásio e Faustino;

Defensores: Domingos, Fernando, Crente, Juvenil, Barbosa, Fula, Chiquinho,
Barreto e Dimenor;

Atacantes: Tadeu, Ivan, Paulinho, Mangabeira, Gildásio, Baiano, Jorge e Parada.

No dia 8 de fevereiro de 1970, Amado Inocêncio, presidente da entidade,
convocou uma Assembléia Geral Extraordinária, que foi realizada na sede social
do clube, onde foi decidida a troca do nome do clube, argumentando que o clube
atravessava uma fase muito difícil e que não encontrava apoio da população da
cidade. Surgia, assim, o Clube Atlético Planalto.

O grande legado que a A. A. Cultural Mariana deixou para o futebol do Gama e do
Distrito Federal foi o seu campo de futebol. Naquele local hoje fica a sede da
Sociedade Esportiva do Gama.