Foto rara de 1980: Clube Atlético Liberato de Castro – Belém (PA)

A Associação Atlética Liberato de Castro (depois da década de 60, passou a se chamar: Clube Atlético Liberato de Castro) foi uma agremiação da cidade de Belém (PA). O Rubro–Verde foi fundado na segunda-feira, do dia 15 de Julho de 1957, no bairro da Matinha (atual: Fátima).

O clube tinha uma sede provisória na Avenida Primeiro de Dezembro (hoje João Paulo II), mas a F.P.D. (Federação Paraense de Desportos) ameaçou excluir a equipe de competições oficiais, caso não obtivesse uma sede fixa.

O jeito foi fazer um acordo e mudar sua “sede” para o Sport Ouro Negro (clube social), localizado na Travessa Humaitá, no bairro do Marco, em Belém.

Quem foi Liberato de Castro?

Natural do município de Aracati/CE, Liberato de Castro Carreira, nasceu no dia 24 de agosto de 1820 e faleceu em 12 de julho de 1903, aos 82 anos. Liberato de Castro foi um médico e senador do Império do Brasil de 1882 a 1889.

Clube existiu entre 1957 a 1980

O Atlético Liberato de Castro começou sua história no futebol amador da capital. Em 1960, o clube participou do seu 1º estadual, e conseguiu resultados expressivos, como a goleada de 9 a 2 diante do Yamada, 8 a 1 no Belenenses e o histórico 3 a 0 diante da Tuna Luso e o empate sem gols com o Paysandu.

Ao todo, o Liberato de Castro participou do Campeonato Paraense da 1ª Divisão em 15 edições: 1960, 1961, 1962, 1963, 1965, 1966, 1967, 1973, 1974, 1975, 1976, 1977, 1978, 1979 e 1980.

Foto posada do Atlético Liberato de Castro, no Campeonato Paraense da 1ª Divisão de 1980. 

A sua última participação foi o Campeonato Paraense da 1ª Divisão de 1980, organizado pela FPF (Federação Paraense de Futebol). A competição contou com a participação de sete clubes:

Associação Atlética Tiradentes (Belém);

Clube Atlético Izabelense (Santa Izabel);

Clube Atlético Liberato de Castro (Belém);

Clube do Remo (Belém);

Paysandu Sport Club (Belém);

Sport Club Belém (Belém);

Tuna Luso Brasileira (Belém).

A competição teve início às 10 horas, no domingo, do dia 22 de junho de 1980. O Liberato de Castro estreou com derrota para a Tuna Luso Brasileira pelo placar de 1 a 0. No 1º Turno, a campanha foi pífia com seis derrotas em seis jogos, com apenas um gol marcado e 14 tentos sofridos. Abaixo os resultados:

22-06-1980Tuna Luso1X0Liberato de Castro
29-06-1980Paysandu2X0Liberato de Castro
06-07-1980Izabelense2X0Liberato de Castro
09-07-1980Clube do Remo7X1Liberato de Castro
17-07-1980Liberato de Castro0X1Sport Belém
24-07-1980Tiradentes1X0Liberato de Castro

No 2º Turno, o Liberato de Castro conquistou o seu primeiro pontinho, com um empate e cinco derrotas; marcando um gol e sofrendo 15 tentos. Abaixo os resultados:

12-08-1980Liberato de Castro0X2Clube do Remo
17-08-1980Liberato de Castro0X6Paysandu
21-08-1980Liberato de Castro0X4Tuna Luso
07-09-1980Liberato de Castro0X1Tiradentes
10-09-1980Liberato de Castro1X1Izabelense
21-09-1980Sport Belém1X0Liberato de Castro

No 3º Turno, o Liberato de Castro encerrou a sua participação sem nenhuma vitória! Foram seis jogos e um empate e cinco derrotas; marcando quatro gols e sofrendo 20 tentos. Abaixo os resultados:

05-10-1980Liberato de Castro1X3Clube do Remo
08-10-1980Liberato de Castro0X7Tuna Luso
11-10-1980Sport Belém1X0Liberato de Castro
19-10-1980Izabelense3X1Liberato de Castro
1º-11-1980Paysandu4X0Liberato de Castro
09-11-1980Tiradentes2X2Liberato de Castro

Assim, o Clube Atlético Liberato de Castro encerrou a sua participação na 7ª e última colocação: foram dois pontos em 18 jogos; com dois empates e 16 derrotas; marcando seis gols, sofrendo 49 tentos e um saldo negativo de 43 gols.

FOTO: Acervo de Marco André Araujo Pinheiro

FONTES: Rsssf Brasil – O Liberal (PA) – Diário do Pará (PA)

Foto rara da década de 60: DER Atlético Clube – Bauru (SP)

O DER A.C. (Departamento de Estradas de Rodagem Atlético Clube) foi uma agremiação do município de Bauru (Com uma população de 379.146 habitantes, segundo o censo do IBGE/2022), que fica a 331,6 km da capital do estado de São Paulo (cerca de 4 horas de viagem pela via SP-300 e BR 374).

Apesar da escassez de informações, o que foi encontrado de mais relevante no futebol, aconteceu no ano de 1965, quando o DER A.C. se sagrou campeão do Campeonato Citadino de Bauru, organizado pela LBFA (Liga Bauruense de Futebol Amador).

P.S: Alguém se atreve a escalar os jogadores posados na foto acima?

FOTO: Acervo pessoal

FONTES: Wikipédia – Rsssf Brasil    

Fotos raras de 1969: Seis Craques da Seleção Brasileira

Zagueiro – Joel Camargo
Zagueiro – Djalma Pereira Dias Júnior, ‘Djalma Dias
Lateral-direito – Carlos Alberto Torres
Meia direita – Gérson de Oliveira Nunes
Ponta esquerda – Jonas Eduardo América, ‘Edu’
Ponta direita – Jair Ventura Filho, ‘Jairzinho’

FOTOS: Acervo pessoal

Fotos raras, entre 1945/48: Sociedade Esportiva Palmeiras – São Paulo (SP)

EM PÉ (esquerda para a direita): Gengo, Túlio, Caieira, Waldemar Fiúme, Oberdan Cattani e Og Moreira;

AGACHADOS (esquerda para a direita): Lula, Eduardo Lima, Villadóniga, Canhotinho e Ary Mantovani.

Nesta foto corresponde ao time que venceu o Torneio Início, no domingo, do dia 31 de Março de 1946. EM PÉ (esquerda para a direita): Tremembé, Waldemar Fiúme, Turcão, Túlio, Índio e Manduco;

AGACHADOS (esquerda para a direita): Osvaldinho, Gengo, Lima IV, Renatinho e Ary Mantovani.

FOTOS: Acervo pessoal

Maior público, entre clubes, da história do futebol mundial! Fla-Flu, com 194.603 presentes, em 1963!

EM PÉ (esquerda para a direita): Luiz Luz (massagista), Murilo, Marcial, Ananias, Luiz Carlos, Carlinhos e Paulo Henrique;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Espanhol, Nelsinho, Airton, Geraldo e Oswaldo.

A cidade estava inteiramente dominada pelo espetáculo que se desenrolou no Maracanã, que definiu o Flamengo como o campeão Estadual de 1963. Nessa partida, no domingo, às 17 horas, do dia 15 de dezembro de 1963, o Fla-Flu registrou o recorde do maior público, entre clubes, no futebol brasileiro e mundial: 194.603 presentes.

O goleiro Marcial saltava para defender, salvando o Flamengo, o juiz Cláudio Magalhães encerrou a partida. Luís Carlos (3) salta de alegria enquanto Murilo (2) corre para comemorar o título de 1963.

O Flamengo, que jogava pelo resultado igual, conquistou o título do Campeonato Carioca ao empatar com o Fluminense em 0 a 0, no Estádio do Maracanã. O Jornal dos Sports destacou o frenesi do pós-jogo pela torcida rubro-negra, que lotou e quebrou o recorde do então, maior estádio do mundo!

(…) a cidade inteira mergulhou em alegrias e comemorações, que se estenderam até a madrugada, em autêntica antecipação do Carnaval Carioca.

O Fla-Flu decisivo sob grande nervosismo, em prejuízo da técnica, mas não decepcionou os 200 mil torcedores que compareceram ao estádio, incluindo os sócios do Flamengo e os ingressos gratuitos.

O Fluminense começou melhor, pressionando bastante os 10 minutos iniciais, mas ao final do primeiro tempo havia igualdade nas ações. Na fase final, o panorama foi idêntico, mas o Fluminense dominava a meia-cancha e teve maiores oportunidades de gol, inclusive um chute de Escurinho na trave. Os times estiveram armados no 4-2-4, mas variavam muito para o 4-3-3, com o recuo dos extremas.

Além do título máximo do futebol, o Flamengo venceu cinco dos sete páreos de remo, pela manhã, na Lagoa Rodrigo de Freitas, encerrando a temporada com ‘chave de ouro’, pois o título já estava assegurado desde a regata anterior.

No final, a campanha do campeão Flamengo foi de um total de 39 pontos em 24 jogos; com 17 vitórias, cinco empates e duas derrotas; marcando 46 gols, sofrendo 17 e um saldo positivo de 29. Airton foi o artilheiro da equipe rubro-negra com 15 gols.    

O vice-campeão Fluminense fechou com 38 pontos em 24 jogos; com 16 vitórias, seis empates e duas derrotas; marcando 48 gols, sofrendo 10 e um saldo positivo de 38. Manuel foi o artilheiro do Tricolor das Laranjeiras com 17 gols.    

Com dois pontos de vantagem sobre o vice-campeão Botafogo, o time de do Fluminense sagrou-se bicampeão de Aspirantes, vencendo o Flamengo.    
EM PÉ (esquerda para a direita): Édson, Zé Luís, Valdez, Laurício, Íris e Nonô;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Calazans, Nélio, Ubiraci, Tito e Gilson.

ADEG informa: Borderô do Jogo

Arquibancadas138.264
Gerais21.525
Gratuidade17.583
Cadeiras numeradas6.341
Concessionários600
Militares402
Cadeiras especiais290
Camarotes de curva110
Camarotes laterais49
TOTAL (Pagantes)177.020
TOTAL (presentes)194.603

Curiosidades:

Os preços dos ingressos foram vendidos pelo preço de Cr$ 350,00;

O departamento médico da ADEG (Administração dos Estádios do Estado da Guanabara), do Maracanã atendeu 48 pessoas. Entre os quais, alguns clínicos, outros curativos em escoriações, contusões e lesões esteo-articulares, e um outro que teve de ser removido para o Hospital Sousa Guiar, com fratura do crânio. Nenhum em estado grave;

Após o jogo, o lateral-esquerdo Paulo Henrique ao sair do Maracanã para ir a sua residência, foi carregado pelos torcedores rubro-negros. Foi necessária a intervenção da Polícia para que o jogador saísse inteiro. Ele revelou: “Puxaram o meu braço direito, exatamente o que me machuquei”;

Os jogadores do Flamengo receberam Cr$ 150 mil pelo empate, havendo ainda uma promessa de mais de Cr$ 1,5 a 2 milhões pelo título.  

Após os 90 minutos de angustia do Fla-Flu, a torcida invadiu furiosamente o campo e carregou nos ombros os heróis do ano. Espanhol, o novo ídolo da Gávea, foi o mais ovacionado. Andou de mãos em mãos, exibindo na face e alegria de um time que venceu o campeonato pela fé inquebrantável (incansável) inspirado por seu comandante Flávio Costa.    

C.R. FLAMENGO (RJ)      0          X         0          FLUMINENSE F.C. (RJ)

LOCALEstádio Mario Filho, o Maracanã
CARÁTERFinal do Campeonato Carioca de 1963
DATADomingo, do dia 15 de dezembro de 1963
HORÁRIO17 horas (de Brasília)
RENDACr$ 57.993.500,00 (cinquenta e sete milhões, novecentos e noventa e três mil e quinhentos cruzeiros)
PÚBLICO177.020 pagantes (194.603 presentes)
ÁRBITROCláudio Magalhães (FCF)
AUXILIARESGuálter Portela Filho (FCF) e Valdemar Meireles (FCF)
FLAMENGOMarcial; Murilo, Luís Carlos, Ananias e Paulo Henrique; Carlinhos e Nelsinho; Espanhol, Aírton, Geraldo e Osvaldo. Técnico: Flávio Costa.
FLUMINENSECastilho; Carlos Alberto Torres, Procópio, Dari e Altair; Oldair e Joaquinzinho; Edinho, Manuel, Evaldo e Escurinho. Técnico: Fleitas Solich.  
GOLNenhum
PRELIMINARFluminense 1 x 0 Flamengo (Aspirantes)
HORÁRIO15 horas (de Brasília)
ÁRBITROJorge Paes Leme (FCF)
AUXILIARESMário Vinhas (FCF) e Álvaro Siqueira (FCF)
FLAMENGOGustavo; Joubert, Paulo Lumumba, Ílton e Silas; Nélson e Carlos Alberto; Fio, Paulo Chôco, Foguete e Fraga.
FLUMINENSEÉdson; Laurício, Zé Luís, Valdez e Nonô; Iris e Tito; Calazans, Nélio, Ubiraci e Gilson.
GOLUbiraci aos 36 minutos (Fluminense), do 2º Tempo.
CURIOSDADEO Tricolor das Laranjeiras faturou o Bicampeonato Carioca de Aspirantes de 1962/63.

FOTOS: Jornal dos Sports (RJ) – Revista Manchete (RJ) O Globo/ Veja

FONTES: Diversos jornais cariocas    

Foto rara, de 1970: Tupi de Juiz de Fora (MG) 0 x 1 Flamengo (RJ)

EM PÉ (esquerda para a direita): Aluísio, João Carlos, Fred (irmão de criação do PC Caju), Campista, Duílio e Marcos (irmão do lateral Paulo Henrique);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Caldeira (falecido em SP, em 2019), Chiquinho (abandonou o futebol profissional em 1974, tornando-se Bancário, falecendo em 2016), Milton (ex-América, de Rio Preto, Flamengo e equipes do México), Ademir e Michila (irmão do Fio Maravilha).

O Clube de Regatas Flamengo descobriu que tem um bom número de torcedores em Juiz de Fora – a 2ª maior cidade mineira – e vai partir para lá com toda a suas forças, a fim de aumentar sua galera.

No domingo, do dia 11 de Outubro de 1970, o Flamengo mandou uma equipe mista para enfrentar o Tupi Foot Ball Club, no estádio Santa Terezinha, em Juiz de Fora, sem cobrar nada pelo jogo amistoso.

Nessa partida, o Galo Carijó fez a estreia de quatro jogadores: Alair, Volmir, César e Luís Augusto, recentemente contratados. A equipe rubro-negra comandado por Dorival Knipel, mais conhecido por ‘Yustrich’ venceu o Tupi pelo placar de 1 a 0.

Colaborou: José Leôncio Carvalho

FONTE: Jornal dos Sports (RJ)

Foto rara, de 1969:  Athletic Club – São João Del Rei (MG)

EM PÉ (esquerda para a direita): Cupim (Massagista), Boca, Tim, Sininho, Tiluca, Vandeir (depois jogou no Goiás, Avaí, Comercial, de Ribeirão Preto, Francana e times do Mato Grosso) e Salomão.

AGACHADOS (esquerda para a direita): Veloso, Zé Carlos, Rubens, Magno e Ademir.

Colaborou: José Leôncio Carvalho

Foto rara de 1965/66: Minas Futebol Clube – São João Del Rei (MG)

A foto em destaque se refere ao Minas Futebol Clube (Fundado em 1916), de São João Del Rei, que disputou o Campeonato Mineiro da Segunda DivisãoZona Metalúrgica 1, de 1966, sagrando-se campeão, com somente uma derrota para o rival Athletic Club, no último jogo.

Importante ressaltar que na foto não estão presentes os ponteiros direito e esquerdo, Toninho Marusquinha e Bolão, que participaram praticamente de toda a campanha do Minas Futebol Clube.

EM PÉ (esquerda para a direita): Xanguana (massagista), Zé do Vandico, Duca, Juca, Raimundinho, Suluca e Antero;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Miltinho, Baiano, Careca, Josemar (mascote) e Flavinho.  

Os grandes craques de São João Del Rei

O jogador Miltinho, jogou no Bela Vista, de Sete Lagoas, e no Valeriodoce, de Itabira, retornando ao Minas, onde começou, no segundo semestre de 1966. Quem viu jogar, considera que Miltinho foi um dos maiores jogadores de São João Del Rei, junto com Pavão (Minas), Batistinha (Athletic), Cilinho (Bonfim, Minas e Athletic, todos de São João Del Rei; Comercial, de Campo Belo, e Flamengo, de Varginha), Trovão (Athletic) e Flavinho (Minas e América de São João Del Rei), Dunga (Athletic) e Baiano (Minas).

Quanto ao jogador Baiano, o mesmo era Seminarista, em São João Del Rei, e, depois de jogar no Leão da Biquinha, foi para o Sport, de Juiz de Fora, em 1970, quando passou no vestibular de Economia da Universidade Federal.

Lá era conhecido como CABRAL, seu sobrenome, e disputou o Campeonato Mineiro de 1970, e as fases classificatórias de 1970 e 1971. Formou-se em 1973, e foi ser Professor de Economia no ITA, de São José dos Campos, sendo autor de diversos livros da citada matéria. Atacante raçudo e oportunista.

Colaborou: José Leôncio Carvalho