Atlético Acreano e Club Cienciano se enfrentaram a 3.400 metros sobre o nível do mar com um público de 26 mil expectadores no Estádio Garcilaso de Cusco
Na tarde de 28 de maio de 2009 (quarta-feira), como parte de programação da Semana da Amazônia Brasileira em Cusco, no Peru, aconteceu um jogo amistoso e histórico para o Clube Atlético Acreano que enfrentou, nada mais nada menos, o Club Cienciano, daquela cidade representante da primeira divisão do futebol peruano. A partida foi disputada no Estádio Garcilaso, às 15h30, horário local, e a 3 400 metros sobre o nível do mar.
Mesmo num dia de greve geral que paralisou os transportes publicos e fechou os principais estabelecimentos, cerca de 26 000 espectadores apareceram para ver a partida internacional.
O clima era de total festa esportiva com o público vibrando e aplaudindo a apresentação de capoeiristas acreanos do grupo do mestre Xandão, que realizou rodas próximas aos setores das arquibancadas. A expectativa pelo jogo tomou conta da cidade de Cusco e da imprensa esportiva, inclusive de Lima, a capital do país, a qual chegou a noticiar que não haveria a partida porque o clube brasileiro não havia chegado ao aeroporto daquela cidade, ignorando que a logística utilizada pelo Atlético Acreano foi pelo aeroporto de Puerto Maldonado, após viagem na linha regular terrestre desde Rio Branco pela empresa peruana Movil Tours.
Como demonstração de amizade entre Brasil e Peru, o Club Cianciano entrou no gramado com a bandeira brasileira e o Galo com a bandeira do Peru, arrancando aplausos da torcida. O gramado perfeito, considerado o melhor do Peru, impressionou a todos do time acreano, acostumados inclusive com o excelente gramado da Arena da Floresta. A aparência da grama lembrava a sintética, tamanha a perfeição do tapete verde.
Na tribuna de honra, as principais autoridades cusqueñas, representantes empresariais e dirigentes esportivos se confraternizavam num descontraído debate sobre as qualidades do futebol brasileiro e peruano. O clima era de festa e empolgação.
Já no gramado, os dois times demonstraram que não estavam de brincadeira, jogando um futebol rápido e bonito, com muitos passes de bola e oportunidades de gols. Coube ao atleticano Zidane abrir o placar aos 30 minutos do primeiro tempo, silenciando a “Furia Roja” e fazendo vibrar a pequena torcida de brasileiros e acreanos no estádio.
Com um gol à frente, o Atlético continuou um jogo aberto, propiciando aos cusqueños um contra-ataque com Morales descontando aos 35 minutos. O jogo continuou quente com varias faltas para ambos os lados, sendo que o juiz distribuiu cartões amarelos apenas para jogadores acreanos.
No segundo tempo, o Atlético voltou jogando forte e continuou surpreendendo todos com o fôlego de seus jogadores, mas logo no início o Cienciano marcou o seu segundo gol com Tomasevich e fechou o placar por 2×1. Numa tarde histórica, o Galo saiu aplaudido pelo seu desempenho para grande torcida vermelha presente ao Garcilaso.
A delegação do Atlético Acreano esteve composta por 23 pessoas: 20 jogadores, o presidente do Clube, Edson Isidorio da Silva, o diretor de futebol Alzerino Paiva, o técnico Gilmar Sales Bento e o auxiliar técnico Othon Rodríguez.
Fone: Site Times do Brasil