Em 1945, após a 2a Guerra Mundial, os nossos soldados-heróis da FEB / Força Expedicionária Brasileira, que retornaram vitoriosos a nossa Patria, em torno de 25 mil soldados sobreviventes, sentiram a necessidade de unirem forças e se organizarem para amparar e representar perante o governo e a sociedade, e assim fundaram a Associação dos Ex-Combatentes do Brasil, com secções estaduais, sendo seus sócios oriundos do Exercito, Marinha e Aeronáutica.
Na Secção do Pará, “Os Pracinhas” organizaram um time de futebol profissional competitivo, que disputou o campeonato paraense da 1a divisão de 1951 a 1958, como o nome da própria Associação dos Ex-Combatentes do Brasil.

Provavelmente por questões jurídicas e de necessidade de custeio independente, fundaram o
Grêmio Desportivo dos Combatentes, que substituiu e continuou a história de 23 anosconsecutivosno campeonato estadual, realizando jogos memoráveis com os “grandes” do Pará como o Remo, Paysandu, Tuna Luso e União Esportiva, de 1951 até 1973.  Seu melhor campeonato foi em 1968, ficando em terceiro, quando disputou jogo extra com o Paysandu para definir quem seria o vice.


fonte: RSSSF, Tabelão Revista Placar e arquivos pessoais.

5 pensou em “Associação dos Ex-Combatentes do Brasil / Belém / PA

  1. Sergio Mello

    Meu amigo Ielo,
    De fato, o futebol veio dos ingleses, mas a sua massificação veio de diversos povos, classes sociais. Inclusive dos índios.

    Talvez essa diversidade possibilitou o futebol brasileiro ser tão criativo!
    Atualmente com um “modelo engessado” o nosso futebol também congelou
    com um futebol metódico e sem criatividade alguma.
    Traduzindo: veio a modernidade e o nosso futebol entrou num retrocesso!

    Abração

  2. Antonio Mario Ielo Autor do post

    Cicero, Sergio e Edu

    Obrigado pelas palavras de incentivo.

    Este caso da Associação dos Ex-Combatentes demostra que a origem dos clubes de futebol pode ser de qualquer seguimento, temos muitos clubes de origem de operários, militares, ferroviários, rodoviários, funcionarios públicos, comerciarios, bancários, bombeiros, metalurgicos, italianos, espanhois, ucranianos, ou qualquer fato que os una em uma determinada agremiação. Observa-se que na grande maioria são categorias de trabalhadores em busca de lazer, pouco se conhece de clubes de origem de profissionais liberais como engenheiros, advogados, dentistas ou médicos.
    Os clubes crescem quando a comunidade local, seja no bairro, ou cidade, adota o clube e constitui uma torcida pela localidade, se idetificando com o morador-torcedor.
    Hoje, com os “clubes de empresários”, modelo USA-Japão (Pelé-Zico), embora utilizem na sua grande maioria do nome da cidade “gratuitamente“, e pedem colaboração ao poder publico local, que muitas e muitas vezes se utiliza dos beneficios politicos e eleitorais. Que posteriormente, rompem comercialmente ou politicamente e mudam de cidade. E nova torcida se constituirá nesta nova futura cidade.
    Observamos também a variação de modelos de gestão, existindo espaço para todos, e esta diversidade é benefica, sempre fiscalizando os custos empregados pelo poder público e um possivel desvio de verba pública, e também o descredito quando uma torcida fica orfã de seu clube que mudou para outra cidade.

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