Baltazar, o cabecinha de ouro

Nascido na cidade de Santos no dia 14 de janeiro de 1926, Baltazar foi um dos grandes artilheiros do Sport Club Corinthians Paulista. Ao lado de Cláudio, Luizinho, Carbone, Rafael, Mário e outras feras, o Cabecinha de Ouro foi figura imporantíssima para as conquistas dos Paulistas de 1951, 1952 e 1954.

Ele também conquistou pelo alvinegro do Parque São Jorge dois torneios Rio-São Paulo: 1950 e 1953. Foram 401 jogos pelo Timão: 247 vitórias, 70 empates, 84 derrotas, 266 gols marcados a favor e um contra (números do “Almanaque do Corinthians”, de Celso Unzelte). Pela Seleção Brasileira, além de disputar as copas do mundo de 1950 e 1954, foi campeão panamericana de 1952. No time principal da seleção, Baltazar fez 31 jogos (21 vitórias, seis empates e quatro derrotas) e marcou 17 gols, segundo informações do livro “Seleção Brasileira 90 anos”, de Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf.

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Clássico entre Santos e Corinthians no Pacaembu. Corinthians com meias zebradas, Santos com meias pretas. No lance, Baltazar pelo Timão e Hélvio pelo Peixe disputam a bola. Ao fundo, a Concha Acústica, magnífica, e de tanta saudades.
Eu sempre que ia ao Pacaembu ficava olhando o público presente. Aprendi por experiência que o estádio começava a ficar lotado quando os primeiros degraus estavam sendo tomados pelo público. Por ser atrás do gol e de visão não tão privilegiada, o público só ia lá na falta de lugar na arquibancada. Mas nada deixou mais saudades no Pacaembu que a Concha Acústica.

Em outra foto de Baltazar, agora pela seleção paulista, ele observa a defesa do goleiro gaucho, nos antigos torneios de seleções entre estados. Atrás dele está Antoninho ( Antonio Fernandes ), que depois viria suceder o técnico Lula no santos. Neste jogo deu São Paulo 3 x 2 Rio Grande do Sul.
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Destaco o que Jair da Rosa Pinto falou sobre a Copa de 50 e de Baltazar:
“Outro que tinha que estar em campo era o Baltazar. No último minuto, subi com o (goleiro) Maspoli e a bola passou raspando na minha cabeça. Eu, que sou baixo. Se fosse o Baltazar, o cabecinha de ouro, tenho certeza que teria marcado.

Li comentário do historiador Mario Lopomo que houve uma música feita para o Baltazar. De composição de Alfredo Borba, a música gravada por Elsa Laranjeira, tinha este refrão:
“Gol de Baltazar, gol de Baltazar, salta o cabecinha um a zero no placar”

Um dos melhores cabeceadores da história do futebol brasileiro, Osvaldo da Silva, o Baltazar, também conhecido como o “Cabecinha de Ouro”, morreu no dia 25 de março de 1997, quando estava internado no Hospital Santa Isabel da Cantareira, zona norte de São Paulo.

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