A lenda argentina com o manto alviverde
Em janeiro de 1948, Boca Juniors e River Plate vieram a São Paulo, realizar amistosos contra as equipes da capital. O River chamou atenção especial do público e da imprensa, pois tratava-se de “La Máquina”, apelido dado à melhor equipe da história do futebol argentino.
Aqui estavam para jogar pelo times argentinos, entre outros:
José Manuel Moreno, considerado por muitos especialistas que o viram jogar, como o melhor jogador argentino de todos os tempos. Cinco vezes campeão nacional, marcou 179 gols, em 321 partidas.
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Angel Labruna, mais do que o craque, referência do River Plate, é considerado hoje, e já à época, uma verdadeira lenda do futebol Sulamericano.
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Alfredo Di Stefano, eleito pela Revista France Football como o melhor jogador da Europa de todos os tempos. Campeão Europeu de Clubes pelo Real Madrid em cinco oportunidades consecutivas; Campeão Mundial, jogou em três seleções nacionais; e é um dos cinco melhores jogadores da história do futebol, além de ter sido nomeado Presidente de Honra do Real Madrid.
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Aproveitando a estada dos argentinos em São Paulo, foi marcado uma espécie de tira-teima. Os dois grandes times argentinos contra o “Trio de Ferro”, expoente máximo do futebol paulista, ou seja, uma verdadeira Seleção Paulista, contra um combinado “Boca-River”, uma verdadeira Seleção Argentina.
A Seleção Paulista chegou ao Pacaembu preparada para jogar com uniforme todo branco, neutro, enquanto que do outro lado surgiu o impasse. Os jogadores do River se negavam a vestir a camisa do Boca, e vice-versa. A rivalidade impedia tal heresia. À última hora, por interferência do craque Palmeirense, mas Argentino de nascimento, Bóvio, os portenhos decidiram jogar com a camisa do Palmeiras.
Assim, em 21 de Janeiro de 1948, uma verdadeira Seleção Argentina, uma das melhores de sua história entrou no Pacaembu, vestindo o uniforme do Palmeiras, num momento histórico do futebol mundial.
É fato que, num certo momento da partida, o ataque com a camisa alviverde foi aquele que é considerado uma poesia para os apreciadores da velha guarda futebolística: BOYE, MORENO, DI STEFANO, LABRUNA e LOSTAU , além de NESTOR ROSSI na “meia cancha”, YACONO na defesa e o célebre CARRIZO no gol.
Di Stefano, então o melhor jogador do mundo, comandou o ataque com a camisa Palmeirense e ainda fez um gol. O resultado final da partida foi 1×1 e os jornais do dia seguinte comentaram o extraordinário espetáculo técnico acontecido no Pacaembu, na noite de 21 de janeiro de 1948.
Paulistas: Oberdan, Caieira (Renganeschi) e Noronha (Turcão); Rui, Zezé Procopio e Valdemar Fiume; Claudio Cristovão Pinho, Ieso Amalfi, Servilio, Canhotinho e Teixeirinha (Remo).
Argentinos: Diano (Carizzo), Maranti e Dezorzi; Yacono, Nestor Rossi (Castelar) e Ramos
Boye; Moreno (Corquera), Di Stefano (Sarlanga) , Labruna (Lostau) e Pin
Gols: Servilio e Di Stefano
Árbitro: Artur Janeiro
Arrecadação: cr$ 461.130,00
Local: Pacaembu
ACADEMIA DE HISTORIA PALESTRA PALMEIRAS
DEPTO. DE HISTÓRIA DO PALMEIRAS
Falcon, nos anos 40 eles eram os tais. O Moreno, já ouvi várias vezes, foi o melhor dos jogadores argentinos.
Abs
Gilberto
Gilberto aida bem que estes argentinos já não atuam mais.
abraços
Falcon