Com a mudança de sede e de torcida do Grêmio Barueri e aproveitando a idéia do Grêmio Paulista que poderia vagar por todo o Estado de São Paulo, comecei a vagar minhas idéias com estas sugestões:
Grêmio Brasileiro que poderia vagar por todo o Brasil.
Grêmio Latino que poderia vagar por toda a América Latina.
Grêmio América que poderia vagar ou ter filiais por toda a América.
Grêmio Mundial ou Grêmio Global que poderia ser uma multinacional com filiais espalhadas pelo mundo todo.
Mas, o melhor mesmo seria então Grêmio Universal…
(Até porque se fosse Grêmio Cosmos teria que pagar pela marca americana).
Tirando a ironia de lado e indo além do futebol propriamente dito. Pergunto:
Nós temos o direito de apropriar do nome de uma cidade, registrá-lo como marca, e envolver emocionalmente seus habitantes para atraí-lo como consumidor?
Mas esta prática sempre foi utilizada com o nome das cidades para este fim nos mais variados comércios, exemplo: Toalhas São Carlos, Supermercados Jaú Serve, Rápido Araçatuba, Cobertores Parahyba, Casas Pernambucanas, Farmácia Campineira, entre outros.
Alguns colocam o nome para homenagear, outros para localizar a empresa, mas todos tentam influenciar seu mercado consumidor. E muitas empresas se beneficiam do nome se pagar nada a mais ao município.
Quando temos uma marca “Macarrão Itália” significa uma homenagem aos italianos ou o nome Itália foi escolhido para reafirmar que este macarrão é da Itália, que tradicionalmente tem bons produtos de massa alimentícia?
Sempre usurparam dos nomes próprios do povo para vender seus produtos. Hoje até extrapolamos os limites reais de mercado. Veja o exemplo da marca “Casas Bahia” com sua primeira loja no ABC Paulista e que nunca teve proprietários baianos, mas utilizaram o nome do Estado da Bahia para atrair os imigrantes baianos e nordestinos a comprar em suas lojas nos primeiros anos da empresa.
No caso do Grêmio Barueri temos claramente a utilização do nome da cidade e também do dinheiro público municipal no crescimento da empresa.
O Municipio de Barueri construiu um grande estádio com o dinheiro público para a 1a divisão nacional que não será utilizado pela torcida local, e agora, levam o time embora como sua propriedade para outra cidade. Empresa já estabelecida no mercado, com visibilidade e credibilidade, atraindo grandes patrocínios nacionais.
Realmente, uma “empresa” de sucesso…
Estes são os reflexos da Lei Pelé e da Lei Zico. Os dois coincidentemente foram contratados por empresas detentoras de times de futebol nos mercados americano e japonês. Mercados artificiais que a médio prazo não se desenvolveram, mas enriqueceram seus proprietários enquanto durou.
Mas e o barueriense, que ao longo desta década, prestigiou, pagou e consumiu o “clube-público-empresa”, ficou agora sem “seu” time para torcer.
Os outros esportes conquistaram a mídia e novos adeptos com clubes empresas, principalmente o vôlei, mas estes clubes sempre estão com torcidas artificiais, que perduram por alguns anos e desaparecem, não criando raizes e seus atletas profissionais buscam novos clubes-empresas sempre como nômades.
O futebol não pode seguir o caminho traçado por Pelé e Zico que incentiva empresas que só visam lucro e utilizam da ingenuidade dos torcedores em proveito próprio.
Em tempo: Com o Grêmio Universal os torcedores do ex-Gremio Barueri também poderão continuar a torcer pelo “seu” clube.
Este é meu escudo de protesto…