Quando eu vejo uma foto criativa fico pensando como colocá-la no artigo aqui no Blog. Foi assim com a foto e um artigo do blog do botafoguense Roberto Porto, conforme abaixo:
[img:Mobiliza____o_alvinegra.jpg,thumb,vazio]
Esta foto de mobiliação da torcida veio em momento de euforia da torcida do Botafogo .
História da foto de um ataque inesquecível –
[img:Esse_era_meu_Botafogo_inesquec__vel.jpg,thumb,vazio]
Esta foto, com dedicatória, veio do ponteiro-direito Rogério Hetmanek, também conhecido como Rogério Ventilador, pelo movimento que fazia com os braços quando iniciava seus dribles. A foto é histórica. Foi tirada momentos antes de o Botafogo golear o Vasco por 4 a 0 na final do Campeonato Carioca de 1968 (eu estava lá na arquibancada). O ataque era, pela ordem, Rogério Hetmanek, Gérson Nunes, Roberto Miranda, Jair Ventura Filho e Paulo César Lima. Que ataque deslumbrante, heim?
Infelizmente, de acordo com o ditado que diz que há coisas que só acontecem ao Botafogo, o clube, em 1969, não conseguiu chegar ao tricampeonato, jogando fora uma oportunidade de ouro, já que tinha conquistado o bi da Taça Guanabara e o bi nesse jogo diante do Vasco. Sei de muitas coisas ocorridas em General Severiano em 1969, mas prefiro deixar para outra ocasião. A derrota para o Flamengo no famoso ‘Jogo do Urubu’ (2 a 1) é uma das histórias tristes daquele ano em que o tri sumiu.
Fonte: Roberto Porto
Fui procurar algo sobre este famoso jogo do Urubu .
O Urubu:
Em 1969, o urubu surge como símbolo oficial do Flamengo.
História:
Na década de 60 as torcidas rivais começam a chamar os torcedores do Flamengo de “urubus”, alusão racista à grande massa de torcedores rubro-negros afro-descendentes e pobres. Tal apelido de cunho ofensivo nunca foi bem recebido pela torcida do Flamengo, até o dia 31 de maio de 1969.
Foi em um domingo, quando os torcedores rubro-negros Luiz Otávio Vaz, Romilson Meirelles e Victor Ellery resolveram levar a ave para um jogo entre o Flamengo e Botafogo no Maracanã. Na época, os dois clubes faziam o clássico de maior rivalidade pós-Garrincha e o Flamengo não vencia o rival havia quatro anos. Nas arquibancadas, os torcedores do Botafogo gritavam, como sempre, que o Flamengo era time de “urubu”.
Veja o depoimento do Luis Octávio.
“Eu era um alucinado pelo Flamengo. Eu era capaz de ir a um jogo mais cedo do Flamengo, fora do Maracanã, e depois seguia para o Maraca para “secar” os outros (Vasco, Botafogo e Fluminense). Éramos um grupo de três a quatro torcedores.
Os torcedores do Botafogo sacaneavam demais a torcida do Flamengo. Naquela época, Fla e Botafogo faziam o clássico de maior rivalidade depois da “era Garrincha”. Os botafoguenses gritavam com ironia e rancor que o Flamengo era time de urubu, ou seja, time de negros…
Um dia, reuni um grupo de amigos do Leme, onde sempre morei, e fui para a Favela da Praia do Pinto, em frente ao campo do Flamengo, achando que ali encontraria um urubu com facilidade. Mas não vi nenhum urubu e fui orientado para ir ao depósito de lixo do Caju.
Eu e meus amigos fizemos isso. Mas fomos à noite e não encontramos urubu nenhum, claro. Então fomos orientados a voltar pela manhã porque nesse horário o depósito de lixo do Caju ficava lotado de urubus.
Fizemos isso num sábado, 31 de maio de 1969, véspera de Flamengo x Botafogo no Maracanã. Havia um montão de urubus pra gente escolher. Éramos quatro amigos rubro-negros. Estávamos num DKV-Wemag e pegamos um urubu. Colocamos o bicho no carro e ele veio dando bicada na gente. Paramos na avenida Brasil e arranjamos um saco para colocar o urubu dentro. O urubu soltou-se dentro do carro em movimento e foi uma guerra…
Levamos o urubu para a garagem do meu prédio no Leme. O bicho não queria comer nada, só queria atacar a gente com bicadas.
Meu pai ajudou e deu água pro urubu. No dia seguinte, domingo, primeiro de junho de 1969, fomos para o Maracanã. Entramos com o urubu enrolado num bandeirão do Flamengo, pois naquela época ainda se podia entrar com bandeiras à vontade.
Fomos para as arquibancadas e um foguete estourou perto do urubu, assustando o bicho, que começou a se debater. Pior é que o Flamengo não entrava em campo. Parece que o técnico era o Zagallo (na verdade o técnico era Elba de Pádua Lima, o Tim), que por superstição esperava o Botafogo entrar primeiro em campo. O Flamengo não vencia o Botafogo há quatro anos.
Nenhum dos dois times queria entrar em campo e então resolvemos soltar o urubu. Levamos o bicho até a grade das arquibancadas, tiramos o urubu do saco plástico, colocamos uma bandeirinha do Flamengo presa nos pés do bicho e soltamos. O urubu saiu da torcida do Flamengo e tomou o rumo da torcida do Botafogo. Ninguém entendia o que estava acontecendo. Só quando o urubu fez a volta e ficou com a bandeira de frente para a torcida do Flamengo é que a nossa “galera” começou a vibrar e a gritar “é urubu, é urubu”.
O Flamengo venceu o jogo por 2 a 1, numa partida que marcou também a estréia de Doval, e, a partir daí, o novo mascote consagrou-se, tomando o lugar do Popeye. O cartunista Henfil, rubro-negro, tratou de humanizá-lo em suas charges esportivas em jornais e revistas, e o Urubu tornou-se um mascote popular.
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Em 2000 o mascote do Flamengo ganhou um desenho oficial e um nome: Samuca. No entanto, esse nome não se popularizou entre a torcida, que o continua chamando simplesmente de “Urubu”. Em 2007, um novo apelido é lançado, Uruba, que junto com seu filhote, Urubinha, passam a ir em alguns jogos do Flamengo.
Fonte:flamengoeternamente.blogspot