Coutinho, o grande parceiro de Pelé

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Gol de Coutinho, após passe de Pelé, em 1964. Nesse dia o Peixe fez 7 a 4 no Corinthians. Na foto, vemos o zagueiro Clóvis, o goleiro Heitor e o saudoso zagueiro gaúcho Ari Ercílio.
Neste dia fui ao Pacaembu, tinha 13 anos de idade. Pensei em entrar no estádio acompanhado por um adulto e assim não pagaria a entrada. Não consegui, o pessoal das catracas não me deixou entrar.
Então vendi um isqueiro Ronson, com certeza pela metade do que valia e paguei o ingresso. Entrei a tempo de ver Ferreirinha abrir o placar aos 7 minutos do 1° tempo. Coutinho empatou aos 15, Bazzani fez 2 x 1 aos 27 e Coutinho empatou aos 33 minutos. Logo no início do 2°, Pelé aos 4 e aos 15 , Silva diminuiu aos 35, Coutinho aumentou aos 37, Pele aos 43 e Silva diminuiu aos 45, selando os 7 x 4.

Lembro-me que Coutinho ficou vários meses sem jogar devido ao excesso de peso. Num sábado à noite, 08 de outubro de 1966, estava ouvindo pelo rádio o que seria mais um clássico Corinthians x Santos. Coutinho estava voltando….sempre contra o Corinthians as feras retornam.
48.975 torcedores presentes e esperando as equipes adentrarem o gramado. O Santos subiu os degraus e parou. Não quis entrar para ouvir as vaias da Fiel. E de repente sobe o Corinthians e…também para. Nenhum dos times quis entrar primeiro. O Corinthians queria ver o Santos ser vaiado e do lado de lá não havia vontade alguma. O impasse durou uns 2 minutos e então entrou o Corinthians e imediatamente o Santos também entrou.
Esta é uma passagem que conto pois ficou gravada na memória. Mas o que fica para a história foi os 3 x 0 para o Santos Futebol Clube, com 3 gols do “gordo” Coutinho. Impressionante era ver Coutinho dentro da área. era mortífero. Dizem que era tão mortal quanto Pelé.

Antônio Wilson Vieira Honório, conhecido como Coutinho (Piracicaba, 11 de junho de 1943) é um ex-futebolista brasileiro.

Jogou no Santos Futebol Clube durante a “era Pelé”. Era considerado o grande parceiro do Rei. Muito habilidoso fez grandes jogadas com Pelé (as famosas “tabelinhas”, ou seja, passes seguidos de um para o outro, algumas vezes usando só a cabeça, e que geralmente acabava com um dos dois chutando à gol).

Ele chegou muito novo ao Santos, descoberto pelo técnico Lula. Mas acabou encerrando a carreira precocemente, devido a sua tendência para engordar. Era para ser o titular da Seleção Brasileira na Copa de 1962, mas se machucou na véspera da competição e perdeu o lugar para o experiente Vavá, campeão de 1958.

Coutinho tinha como principais virtudes a frieza e a tranqüilidade nas finalizações. Ele tinha duas grandes características: driblava os adversários em poucos espaços e finalizava um lance com uma perfeição raramente vista. Dessa forma, recebeu o apelido de “gênio da pequena área”, superando outros centroavantes que também se destacaram no clube, como Toninho Guerreiro e Feitiço.

De 1958 a 1970, vestiu a camisa do Santos, conquistando 22 títulos e marcando 370 gols, em 457 partidas. Foi seis vezes campeão paulista (1960, 1961, 1962, 1964, 1965 e 1967), ganhou cinco Taças Brasil (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), duas Taças Libertadores da América (1962 e 63), dois Mundiais Interclubes (1962 e 1963), quatro Torneios Rio-São Paulo (1959, 1963, 1964 e 1966), uma Recopa Sul-Americana (1968), uma Recopa Mundial (1968) e um Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1968). Foi também campeão mundial pelo Brasil na Copa de 1962

LANCES DE COUTINHO
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Coutinho na disputa como lateral-direito Joel, nos grandes jogos entre Botafogo e Santos no início dos anos 60 .

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Uma cena habitual: Coutinho busca a bola em mais um gol do Santos no Maracanã.

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Coutinho comemora um dos dois gols que marcou pelo Santos na vitória de 3 a 2 sobre o Boca Juniors, no primeiro jogo da decisão da Libertadores da América de 1963, no Maracanã .Do lado esquerdo da foto, em segundo plano está o ponta-direita Dorval.

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Lance de jogo entre Santos e Prudentina na Vila Belmiro em 1965. Disputando a bola estão Toninho Guerreiro e Coutinho. No chão, dentro da pequena área, está o goleiro Glauco.

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Juventus x Santos na Rua Javari, no dia 2 de agosto de 1959. Nesse dia, Pelé fez o gol mais bonito da carreira, segundo o próprio “rei”. O goleiro é Mão de Onça. À frente dele estão Homero e Clóvis Nori. O “peixinho” foi dado por Pelé. Atrás do rei podemos ver um “pedacinho” de Pando. Do outro lado, o santista é Coutinho. A foto foi retirada do site do Juventus (www.juventus.com.br).

Fotos de Milton Neves
Curiosidades e comentários de Gilberto Maluf
Biografia de Wikipédia

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