Heitor, goleiro do Corinthians, foi um dos primeiros a pegar pênalti chutado por Pelé. Ele pegou o pênalti o no jogo Santos 1 x 1 Corinthians, disputado no dia 1º de outubro de 1964. Este jogo foi realizado numa quinta-feira à noite no Pacaembu. Como o jogo foi adiado da quarta para a quinta-feira, e sem ter como devolver os ingressos adquiridos, a Federação Paulista de Futebol permitiu o televisionamento do jogo para a capital paulista. Desta forma fiquei emocionado de ver o Heitor voar em direção à bola chutada por Pelé.
Pacaembu, 1964: Henrique Frade e o goleiro Heitor brigam pela bola, com Eduardo (à esquerda) e Amaro (ao fundo) observando. Nos anos 60, Lusa e Corinthians fizeram grandes clássicos.
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Números de Heitor pelo Corinthians e seleção
Com a camisa da seleção brasileira), Heitor fez duas partidas pelo Panamericano de 1963 (Brasil 3×1 Uruguai e Brasil 3×1 Chile), segundo revela o livro “Seleção Brasileira-90 anos”, de Roberto Assaf e Antônio Carlos Napoleão. Já pelo Corinthians, o goleiro fez 119 jogos (62 vitórias, 28 empates e 29 derrotas) e sofreu 137 gols, como revela o “Almanaque do Corinthians”, de Celso Dario Unzelte.
Acabou sendo dispensado pelo Corinthians depois de ser acusado de falhar na derrota para o Noroeste, por 4 a 3, no dia 16 de outubro de 1966, num sábado à tarde. Heitor estaria muito gripado naquela partida. O jogo estava 3 x 2 para o Corinthians, mas Lourival aos 28 e 44 do 2º tempo virou para 4 x 3.
Algumas passagens de Corinthians x Palmeiras, relatadas por Pedro Luiz Boscato:
O jogo que Heitor citou com o Palmeiras, que o Pai de Santo trocou o Corinthians pelo Palmeiras, essa história do Pai de Santo eu não sabia, mas, esse jogo, 1×0 para o Corinthians, gol de Silva, o Ney, pai do Dinei, não se contundiu, ele foi expulso, ainda no primeiro tempo, ele chutou sem bola o Djalma Dias e o árbitro o expulsou. Corinthians venceu esse jogo por 1×0, gol de Silva, cobrando penalidade máxima cometida por Tarciso em Ney.
O técnico do Corinthians era Roberto Belangero. Com a expulsão de Ney, o Corinthians ficou com dez homens. A linha do Corinthians nesse jogo era: Ney (ponteiro direito), Luizinho, Silva, Flávio e Lima. A defesa do Palmeiras era: Valdir, Rubens Caetano, Djalma Dias e Ferrari; Dudu e Tarciso.
Como Ferrari sabia atacar, Rubens Caetano não tinha essa facilidade, Roberto Belangero, inteligentemente, fêz com que o ponteiro canhoto Lima se deslocasse para a ponta direita, assim, impediria a descida de Ferrari para o ataque.
Roberto Belangero dava instruções ao time corinthiano do tunel das gerais do Pacaembu e Ney, expulso de campo, ficava nos degraus, perto do técnico, quando o árbitro se aproximava ele descia as escadas.
O técnico do Palmeiras, nessa partida, era Sílvio Pirilo. Aliás, a última partida dele no Palmeiras, depois dessa derrota, não aguentando as pressões, ele deixou o cargo.
1×0 com Heitor e Ney jogando o derbi foi em 1964.
Algumas passagens de Heitor pelo Paraná:
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O título de 1967 foi o único conquistado pelo saudoso Água Verde, que deu origem tempos depois ao Pinheiros de Curitiba. Os jogadores que entraram para a história foram os seguintes: em pé Zezinho, Sílvio, Titure, Natal, Zé Carlos, Heitor e Orlandinho; agachados Pedrinho, Teteu, Padreco, Juquinha e Russinho
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A idéia inicial veio com a lembrança do Heitor pegando o pênalti do Pelé, que vi na casa de meu vizinho, pois ainda não tinha TV na época.
O Heitor era um goleiro seguro.
Durante a narrativa eu fui colocando as diversas fontes, tais como o Celso Unzelte, Pedro Luiz Boscato e Milton Neves.
OBS: Quando aparece foto de time como o Agua Verde acho importante colocar para alegrar os torcedores deste antigo time.
Abs
Gilberto Maluf
muito bom o artigo,parabéns!!tinha um livro(que foi brejo ha tempo,que falava desse goleiro)…qual foi sua fonte?