A noite em que Ado entrou no gol do Corinthians

Depois do Náutico, Lula defendeu o gol do Corinthians. Ele chegou ao Parque São Jorge com status de um dos melhores goleiros do país, tanto que chegou a defender o Brasil nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1970. Com a chegada de Ado, Lula acabou perdendo espaço no alvinegro. Com a camisa corintiana, entre 1968 e 1970, ele fez 59 partidas e sofreu 60 gols (números do “Almanaque do Corinthians”, de Celso Unzelte). Depois do Corinthians, Lula defendeu alguns times do nordeste, entre eles o Sport Recife, o grande rival do Náutico.
Abaixo foto de uma partida noturna no Maracanã contra o Vasco em 25 de Outubro de 1969, com vitória do Corinthians por 2 x 1, gols de Ivair, Fidélis e Rivelino pela ordem. O juiz foi Agomar Martins. A foto do site Milton Neves só marca o ano de 1969 , mas a definição do jogo é esta por exclusão, já que não jogaria a próxima partida no Maracanã contra o Botafogo.
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Inexplicavelmente para nós torcedores, para mim também, 4 dias depois o goleiro Lula cedeu o lugar para Ado momentos antes da partida contra o Botafogo no mesmo Maracanã. Muitos falaram que ele não estava enxergado à noite, entre outros desmentidos. Era um grande goleiro e achamos muito estranho. Mas Ado entrou, fez grandes defesas, culminando com defesa de pênalti contra o Fluminense no jogo seguinte no Pacaembu. Ado fez aproximadamente 200 jogos pelo Corinthians entre 1969 e 1974. Foi goleiro reserva de Felix no mundial do Mexico em 1970. Certa vez encontrei o ex-centro-avante Bene na Praia Grande – Santos, aquele do gol no último minuto contra o São Paulo em 1967, e ele me falou que nunca na vida tinha visto um jogador ser tão assediado pelas mulheres.
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Esta foto mostra o clássico entre Botafogo e Corinthians no Maracanã jogado no dia 20 de dezembro de 1972. O Fogão venceu por 2 a 1 de virada diante de 68 mil pagantes e frustou o sonho da Fiel de ver o time decidir o Brasileiro. Para isso, bastava apenas um empate. Na foto vemos o goleiro Ado encaixando a bola, protegido por Baldocchi (de costeleta). Ao fundo, à esquerda, Jairzinho observa. Neste dia eu estava na churrascaria Roda Viva com meus amigos de Metrô e fiquei acabrunhado. Era a grande chance que nunca tinha visto.

As fotos são do site Milton Neves

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