Amazonas Esporte Clube – Blumenau (SC): Existiu entre 1919 a 1975

Amazonas Esporte Clube (AEC), foi uma agremiação da cidade de Blumenau (com uma população de 361.855 habitantes), que fica a 130 km da capital (Florianópolis) do estado de Santa Catarina.

Em 1911, um grupo de entusiastas da bola conhecidos como “Jogadores do Garcia” vinham dos mais variados setores da empresa Industrial Garcia (EIG), no bairro Garcia, em Blumenau.

 Jogo após jogo, a ideia de criar um clube de verdade foi amadurecendo, onde jogavam futebol num pasto, adaptado a um campo (hoje, o local fica o 23º Batalhão de Infantaria).

Assim, o “Anilado” foi Fundado na sexta-feira, do dia 19 de setembro de 1919. Suas cores eram o azul e branco. Sete anos depois, o clube já possuía a sua Praça de Esportes: o estádio da Empresa Industrial Garcia, considerado por muitos como o mais belo do estado catarinense.

Além disso, o majestoso estádio era um verdadeiro alçapão para os adversários, que sofriam para não serem abatidos pelo esquadrão Anilado. No que tange ao elenco, o clube não deixava a desejar com grandes craques, lembrados até hoje pela turma da velha guarda blumenauense.

Entre a sua fundação oficial até 1944, o AEC viveu um tempo áureo dentro do amadorismo, com diversas conquistas no Campeonato Citadino de Blumenau. Como no ano de 1939, nas celebrações dos 20 anos do então Brasil, sendo dito “convidado indesejado” da festa clube alviverde.  

Chuva torrencial destruiu o estádio

Estádio em 1970

Tornou-se um dos grandes clubes da cidade que, ao lado de Olímpico, Palmeiras, Vasto Verde e Guarani, disputavam o Campeonato Citadino organizado pela Liga Blumenauense de Futebol (LBF).

Na década de 60, o Amazonas sobrevivia as adversidades graças ao empenho das diretorias abnegadas e dos torcedores fiéis. No entanto, com a enxurrada da terça-feira, do dia 31 de outubro de 1961, que destruiu totalmente a praça esportiva, inclusive o salão, e ali foram encontradas três vitimas fatais presas ao alambrado.

O reduto Amazonense ficou em ruínas, tal a violência da água que transbordou do curso normal do Ribeirão Garcia, para causar destruição geral e deixar um rastro de calamidade. O gramado praticamente sumiu, tal o acumulo de areia, pedras, lama, árvores, móveis, balcão frigorífico, material esportivo, troféus, tudo ficou inutilizado.

Estádio reinaugurado em 1962

formação da década de 60
EM PÉ (esquerda para direita): Jepe, Hélio Cunha, Arlindo Eing, Osni, goleiro Antônio Tillmann e Oscarito
AGACHADOS (esquerda para direita): Nicácio, Joel, Maia, Boião e Felipinho
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Neste período de recuperação do estádio, que se tornou mais bonito, sediando até competições dos primeiros Jogos Abertos em Blumenau em 1962, o Amazonas treinava num estádio construído provisoriamente próximo de onde hoje é a praça Getúlio Vargas.

Nos jogos oficiais, o mando de campo era no estádio do Palmeiras Esporte Clube, O Estádio da Empresa Industrial Garcia foi reinaugurado no domingo, do dia 23 de setembro de 1962, na derrota para o Marcílio Dias pelo placar de 6 a 2.  

A partir daí o clube focou no desejo em voltar ao futebol profissional. Chegou a se sagrar campeão de torneios da Liga Blumenauense de Futebol (LBF), em 1972 e 1973, porém um fato acabou mudando o curso da história do esquadrão Anilado.

Amazonas Esporte Clube é extinto em 1975

Em maio de 1974, a empresa Artex adquiriu a Industrial Garcia. Consequentemente, em 1975, o Amazonas Esporte Clube (AEC) acabou sendo desativado e o seu estádio foi aterrado. A última partida foi a decisão da Taça Governador Colombo Salles no mesmo mês.

FOTOS: Acervo de Adalberto Day

FONTES: Wikipédia – site Alexandre José – Adalberto Day

7 pensou em “Amazonas Esporte Clube – Blumenau (SC): Existiu entre 1919 a 1975

  1. Manoel Sedrez

    Em pé da esquerda para direita: Jepe, Hélio Cunha, Arlindo Eing, Osni, goleiro Antônio Tillmann e Oscarito
    Agachados da esquerda para direita: Nicácio, Joel, Maia, Boião e Felipinho

  2. Gustavo Rlisio Seiler

    Com muito orgulho meu pai foi técnico da AMAZONAS.
    Meu pai era mestre em tecelagem da EMPRESA INDUSTRIAL GARCIA
    Com 10 anos de idade tive a oportunidade de acompanhar treinos e jogos da ANAZONAS,
    time que não temia rivais, com técnica e fibra.

  3. Gustavo Rlisio Seiler

    Sou filho de GUSTAVO SEILER que era mestre em tecelagem da Empresa Industrial Garcia.
    Quando eu tinha 10 anos, meu falecido pai foi técnico do AMAZONAS.
    Meu pai era conhecedor de futebol e se orgulhava muito de ter dirigido o AMAZONAS.
    Acompanhei jogos no estádio do Olímpico na alameda e no estádio do palmeiras,
    Fui em jogos do Amazonas em Indaial, em joinville, em Timbo e outras cidades.
    Muito contente em encontrar vi rs

  4. Paulo Cesar Becker

    Há tempos os regionais eram consideradas como primeira fase do estadual, dando aos clubes que disputavam chance de ser campeão estadual.
    Abs.

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