Renato, um craque do passado

Craque da Portuguesa – Renato Violani

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Renato Violani se consagrou no ataque da Portuguesa compondo a vitoriosa equipe campeã do Torneio Rio-São Paulo em 1952 e 1955. Nascido em 1º de março de 1922, no bairro da Saúde em São Paulo, e falecido em 13 de outubro de 2000, iniciou sua carreira futebolística em 1940, no Estrela da Saúde, clube fundado por seu pai e tios, logo passando para o Juventus e a seguir para o Palmeiras.

 

Em 1945 foi contratado pela Portuguesa, que defendeu até 1955, atuando de ponta e meia-direita. Foi na Portuguesa que obteve suas maiores conquistas, como integrante daquela que é considerada a melhor equipe da Lusa de todos os tempos: Muca, Nena e Noronha; Djalma Santos, Brandãozinho e Ceci; Julinho, Renato, Nininho, Pinga e Simão.

Pela Portuguesa conquistou ainda a Fita Azul, por turnês invictas pela Europa em 1951 e, em 1954, novamente a Portuguesa fez uma bela campanha na Europa ficando com o titulo de BI-Fita Azul.

 

Durante a primeira excursão da Portuguesa pela Europa, Renato despertou interesse do futebol francês. Contudo, devido à situação do pós-guerra e por sua família estar em São Paulo, o jogador preferiu permanecer no País.

 

Fez parte da seleção paulista que participou do confronto inaugural do Estádio do Maracanã em 1950. Os paulistas jogaram com: Osvaldo, Homero e Dema; Djalma Santos, Brandãozinho e Alfredo; Renato, Rubens (Luizinho), Augusto, Ponce de Leon, Pinga (Carbone) e Brandãozinho II (Leopoldo).

 

Fez parte também da seleção paulista campeão brasileiro de 1952, cuja base era a equipe da Portuguesa

Após se desligar da Portuguesa, em 1955, para tratar de negócios familiares, ainda encontrou tempo para jogar como amador, novamente no Estrela da Saúde, disputando o Campeonato Paulista da 2ª Divisão por mais três anos.

 

Continuou em contato com o futebol, participando ativamente do esquadrão do Veteranos Paulista FC e na várzea pelo Estado Novo FC, que defendeu até meados dos anos 70.

 

Mesmo tendo encerrado sua carreira profissional, manteve contato permanente com os clubes que defendeu e cultivou amizades feitas ao longo de sua carreira, participando sempre de eventos comemorativos dos clubes do estado de São Paulo, geralmente acompanhado dos amigos Oberdan Catani, Turcão, Canhotinho, Nena e Gustavo. Aliás amigos foi o que Renato Violani mais conquistou, com seu espírito alegre e comunicativo.

Por Mario Lopomo

Obs: Vi jogos do  Estrela da Saude em 1962 no bairro do Jabaquara em São Paulo. O Renato sempre estava presente nos jogos do Estrela.

4 pensou em “Renato, um craque do passado

  1. Gilberto Maluf Autor do post

    Li certa vez uma frase, se não me engano do Nelson Rodrigues, que o carioca era um sentimental. Do tipo: bastava cruzar a Ponte Rio Niterói para ficar com saudades.
    E o brasileiro tem um pouco disso mesmo. Mas o sentimentalismo deve cair por terra quando muito dinheiro estiver envolvido.
    Se não for por isso, como aguentar o inverno da Russia? rss
    Já Espanha, Itália já é outra conversa.
    abs

  2. Sergio Mello

    Gilberto,
    Há casos e casos.
    Por exemplo: o Viola alegou que não se adaptou ao Valencia-ESP por causa da comida! Rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
    Sem comentários!
    Já o Didi li em alguns artigos que o Di Stefano o boicotou no Real Madrid! Ao menos o Didi não reclamou da comida! Rsrss
    E como o amigo citou: quando a pessoa não tem um preparo mínimo, dificilmente conseguirá mudar de país e ter êxito!

    Abraços.

  3. Gilberto Maluf Autor do post

    Sergio,
    Acho que na época o jogador brasileiro era muito sentimental, ficava com saudades da Pátria, dos amigos, do feijão com arroz, etc. Realmente naqueles tempos sair para a Europa era uma aventura. Apesar que alguns foram e se deram bem, caso do Evaristo de Macedo entre outros. Já o grande Didi não se deu bem. O peito de aço Vavá saiu do Vasco e foi para a Espanha mas logo voltou para o Palmeiras.
    abs

  4. Sergio Mello

    Gilberto,
    Atualmente, um jogador recusar uma proposta do futebol do velho continente… É algo raro.
    Evidentemente, era uma outro tempo, a Europa ainda estava recolhendo os cacos da Segunda Guerra, mas a relação da paixão pelo futebol e país era maior.
    Hoje em dia tem muita gente que ao ouvir a palavra: patriotismo corre para catar o significado no dicionário! Rsrs
    Um grande abraço e parabéns pela postagem!!

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