Eu vi o grande Real Madrid de 1960

Eu vi o grande Real Madri de 1960. Mesmo morando em São Paulo não era fácil , afinal  televisão era para poucos na época. Lembro-me que o grande time do Real tinha o ataque formado por Canário, Del Sol, Di Stefano, Puskas e Gento.  Neste ataque o grande Didi era reserva.

Por falar em Puskas, comprei recentemente uma camisa polo que faz homenagem ao atacante, chamando-o de Major Galopante. Creio ser pela patente de major do exército hungaro que servia. Porque essa citação? Porque a camisaria faz homenagens aos grandes craques de futebol em camisas  tipo polo de boa qualidade.

Voltando aos jogos do Real em 1960 , perto de casa tinha um bar com com TV, coisa rara na época, onde víamos os jogos do time espanhol aos domingos,   às 13h .

Na época eu tinha apenas 9 anos e com o dinheiro de apenas um guaraná, sentava-me no bar esperando pelo jogo. O pessoal do bar tinha muita paciência comigo, afinal era apenas um guaraná durante toda a partida. 

Para o pessoal 15 anos mais jovem pode parecer loucura. Afinal televisão para eles foi mais tranquilo,  eles não sabem a dificuldade que era assistir a um jogo de futebol na TV. Quando a gente conseguia ver era uma alegria só. Hoje você tropeça em TV em todos os lugares.

E eu  queria continuar no bar na sequência, afinal na antiga TV Tupi, na época canal 3, entrava a transmissão do Campeonato Paulista com o locutor Ari Silva. E na TV Record os jogos do Paulista  eram transmitidos pelo Raul Tabajara. 

Hoje mal consigo ver uma partida de futebol inteira. Falta o glamour da inacessível TV, faltam os bons jogadores sem contar a banalização dos jogos de futebol.

5 pensou em “Eu vi o grande Real Madrid de 1960

  1. Sergio Mello

    Gilberto,
    Exatamente! Esse Russo era aquele que jogou no Corinthians. Aqui no Rio, confesso que me lembrava dele no final de carreira jogando na Portuguesa Carioca.
    Sobre a polêmica de alguns nomes… Bom, penso assim: uma coisa é questionar se o Socrátes foi melhor do que o Zico? Esse é um patamar elevado! O triste é discutir para saber quem é o menos pior: Felipe Melo ou Lúcio? Rsrssrs
    Já que vc aprovou a minha sugestão… Vou te passar uma ‘ajuda de reforço’.
    Se a sua lista for de times do Rio… Me passa o ano que eu te encaminho as equipes-bases dos times pequenos, pois assim facilitará vc a relembrar os jogadores. Essa ajuda é de forma totalmente filantropica! Só pelo prazer e ler as suas belas histórias!

    Um grande abraço

  2. Gilberto Maluf Autor do post

    Sergio, lembro-me de já ter postado conforme você sugeriu. Cheguei até a colocar o Rodarte que jogou no Olaria. A turma ficou brava, falando que ele não merecia estar na lista, rs. Vou procurar e acho que vem de encontro a sua sugestão.
    O Russo do Madureira era aquele do Corinthians? Se for vou dizer uma coisa. Um tanto lento mas era craque, só tocava de três dedos. Já os craques dos times pequenos não me lembro bem, só acompanhavamos os jogos do Maracanã e eram clássicos.
    abs

  3. Sergio Mello

    Verdade! Rrsssr

    Ou… O ‘Futebol é uma caxinha de surpresas’. Como vc não abriu… Continou uma surpresa! rs

    Gilberto… Se o amigo permitir vou de dar uma sugestão para vc pensar e, quem sabe, futuramente postar.
    Atualmente, quando encontramos um jogador de qualidade técnica num time já é uma festa.
    Mas antigamente, o difícil era não achar alguns numa equipe.
    E, até nas equipes pequenas tinha jogadores de qualidade.
    Não tenho uma memoria tão excelente quanto a sua.
    No Carioca de 1982, só para citar um nome por time, lembro:
    Flamengo: Zico; Vasco: Roberto Dinamite; Fluminense: Delei; Botafogo: Mendonça; América: Elói; Bangu: Arturzinho; Bonsucesso: Ataíde; Campo Grande: Pingo; Volta Redonda: Botelho; Madureira: Russo; Americano: Índio; Portuguesa: Rico.

    Seria um parametro interessante. Rsrs

    Abração

  4. Gilberto Maluf Autor do post

    Este time do Flamengo tinha início, meio e fim.
    Sergio, a lembrança que eu tenho do Real de 1960 é muito pequena, e o relato leva em conta o prazer de ver um jogo televisionado, que como você sabe os jovens jamais entenderão. Eu cheguei de Baurú em 1959, Baurú ainda não tinha TV. Na capital parece-me que desde 1954, se bem que com programação diminuta.
    Fiquei sabendo que a decisão do carioca de 1959, América x Flu ia ser televisionada. Tinha uma TV que ficava instalada na vitrine de uma padaria/rotisseria de nome ABC. Nunca vi ela ligada. Ia lá e nada. Lembro-me que o jogo foi irradiado. E ainda não conehcia aquele bar que ia ver os jogos de domingo a tarde.
    A falta de TV me fez perder a última grande partida do Mané Garrincha na decisão do carioca com o Flamengo em 1962.
    Na época dizia o antigo jornalista Antonio Guzman dos Diários e Emissoras Associados em sua coluna 20 Notícias : quem viver, verá!
    Eu não vi, rsrs
    abs

  5. Sergio Mello

    Gilberto,
    Acho que cada tem na sua infância aquele time marcante. O meu foi o Flamengo. Minha mãe é Vasco da Gama, meu pai Fluminense, meu tio América (ganhai até a camisa do Mecão, numa tentativa frustrada para me ‘converter’. Rs), mas aquele time formado por: Raul, Leandro, Marinho (Figueiredo), Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico, até hoje não sai da minha cabeça.
    Lembro-me de tantos grandes jogos, e, principalmente, um futebol arte. O que hoje as pessoas decantam, do futebol da Seleção Espanhola, o Flamengo fazia nos anos 70 e 80.
    Claro, que cada um tem nas suas lembranças fatos inesquecíveis, mas uma coisa eu conforto contigo! Atualmente, o futebol está chato. Sabe aquela relação em que você pensa quando a namorada começa a falar: “Lá vem essa chata falar a mesma história”?
    Pois é. O futebol está assim! Uma verdadeira batalha pela disputa da bola. São caneladas, cotoveladas, empurrões, carrinhos, cusparadas… Mas futebol que é bom… Quase nada!
    A partir daí fica fácil entender a nossa linha de raciocínio: “ muito melhor uma tevê em preto e branco, com Bombril na ponta da antena, imagem ruim, mas que era compensado com um futebol mágico… Do que atualmente, com a imagem perfeita, colorida, mas um futebol feio e digno de uma boa cochilada”.

    Abs.

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