[img:tupy_de_paracambi.jpg,full,alinhar_esq_caixa] Carinhosamente chamado pelos seus torcedores de “Expresso Verde e Preto”, o Tupy Sport Club começou a escrever a sua história gloriosa no dia 1º de janeiro de 1922, data de sua fundação.
Iniciou suas atividades ocupando uma área cedida por Afonso Nabuco de Araújo que detinha a posse da propriedade, que pertencia efetivamente à Companhia Têxtil Brasil Industrial e à Fazenda Nacional de Santa Cruz, administrada pelo INCRA.
Prestamos nossas homenagens aos saudosos Tupyenses que iniciaram o processo de formação desse tradicional clube, de seu patrimônio conseguido com heróicas lutas, inclusive judiciais, da sua consolidação como motivo de orgulho para a história de Paracambi e da família Paracambiense.
Devido às várias enchentes ocorridas no local, todo o acervo histórico e documental da época foi perdido (atas, estatuto, etc.), restando apenas informações através de testemunhos de pessoas da época. Desta maneira sabe-se que Gentil Costa e Júlio Marques, entre outros, foram membros fundadores.
Existe documento de estatuto do Tupy registrado em 1937 no Cartório de Maximiano de Carvalho, no antigo distrito de Paracambi, município de Vassouras.
Entre os inumeráveis craques de futebol que passaram pelo seu plantel, podemos destacar um dos maiores da história do futebol brasileiro e mundial: o zagueiro Domingos da Guia, o “Divino”.
Apesar de se acharem em estado lastimável, devido às várias enchentes ocorridas em todo o município, na época, ainda restam antigas atas, a mais antiga delas lavrada no dia 3 de fevereiro de 1948, na qual conta o termo de posse da seguinte diretoria, a mais antiga com registro oficial:
Presidente Magno Damasceno Machado
Vice-presidente Achilles Pereira dos Santos
Tesoureiro Antônio Pinto Coelho
Comissão de Esportes Osvaldo Delgado de Morais e Silvio Teixeira
Secretário Felippe Maia Soares
Nesta diretoria, devemos dar destaque ao saudoso professor Felippe, que além de seu trabalho na diretoria, secretariando todos os expedientes do clube, orientando todos os procedimentos, ainda era cidadão de destaque na comunidade. Como um dos homens mais cultos da história de Paracambi ensinou ciências exatas a mais de 80 % da população escolar, na época. Infelizmente ainda falta o reconhecimento público ao trabalho deste educador.
Das diretorias seguintes, até meados da década de 50, não poderíamos deixar de destacar: Humberto Machado (Toco), Manuel Avelino, Gelson Apecuitá, Antônio Apecuitá Filho (ex-prefeito), Miguel da Silva Borges, Délio Bazílio Leal (1º Prefeito de Paracambi), Duel Ramalho, Sabatino Giannecchini, Athaíde Filismino,, Nair Ramalho, Raphael Farnesi, Balthazar Goes, Íris Giannecchini, Veríssimo de Lucas Machado, Agostinho Felipe de Almeida, Olimpio José Soares, Isnarde Campelo, Altacy de Souza Neto, Arminio de Oliveira, Antônio Botelho, Frâncico Farnesi, José Farnesi, Almir Alves de Souza, Wilson Pinto Coelho, Vicenzo Giannecchini, Francisco Botelho, Dorival Ferreira de Azevedo, Manoel da Rocha, Amâncio Garrido Portela, José Augusto Poncioni, Armando Griecco, Orestes Tussini, Carlos Barbosa Corrêa, David Leal, Darcy Schiavo, Damião Soares de Oliveira, Almando Pinheiro da Silva, José de Andrade Costa Mattos, Ennes Reis, Edayr Nunes Netto, Oldivan Saldanha, Celso Giannecchini, Ataíde de Souza, Jaime Torturella, Aristides Canepa, Mário Bottoni, Adecy Coutinho, Norival Sericio de Gouvêa, Pedro Paulo de Souza, Durval Joaquim Pereira, Sergio Campos de Oliveira, Lucy Neves, Alberto de Paula Lanas, Moracy Franco, Osni do Amparo, Norival Alves, José Halfeld Filho, Carlos Magno Machado, Milton Alves da Silva, Dair Motta da Silva (Cirrico), Welington Raposo (Lilito), Celso Alves, Alberto Campos e especialmente do Sr. “Batuta”.
Das diretorias empossadas à partir da segunda metade da década de 50, não podemos esquecer: Manuel Villela, Wilton Pinto Coelho, Jubel Machado, Omar Monteiro dos Reis, Danilo Campana Portela, Waldemiro Dias Barreto, Valter de Almeida, Sirley Ramos, Veríssimo Omar Machado, José Amâncio Campana Portela, Amâncio Campana Portela, Walter Campana, Manoel da Silva, Hilton Bastos, Ítalo Salzano, Toninho Banana, Eldom de Paula, Antônio Canedo, José da Luz (Zezé), Jorge de Oliveira, José Aizemberg, Lindemberg Magalhães, Jorge Albernaz, Sebastião Fernando Pires, Roque Bottoni, Hamilton Raposo, Vitor de Mattos Bello, Pedro dos Santos, Paulo César Reis, Manuel Rentz (Mané Tortinho), Gisberto Giannecchini, Nelson de Almeida, Eridam dos Santos Gouvêa, Carlos César (Careca/Ida), Alair Romão da Costa, Edílson Vaz, Gilson Vaz, Joaquim de Paula Teixeira (Sabará), Jorge Roberto Ferreira, Márcio Armond da Costa, Agostinho Felipe de Almeida Filho, Antônio Ovídio, Nélio de Almeida, João Ângelo Giannecchini, Sabatino Giannecchini Neto, Edson Xavier, Giovani Giannecchini, Rogério Anderson Baptista, Júlio César Cândido Gomes, Itamar Gomes e muitos outros tupyenses, como os saudosos atletas: Drico, o maior artilheiro cabeceador da história do futebol do estado do Rio de Janeiro, Luiz Orlando, com suas incríveis bicicletas, Ferrinho e Tutina, este contundiu-se gravemente jogando pelo Tupy e infelizmente não mais recuperou-se, continuando a ser o conhecido “Federal” somente fora das quatro linhas.
Além destes citados craques, o Tupy teve dezenas de renomados jogadores, dignos de vestir a camisa de qualquer time de futebol. Entre muitos, poderíamos citar: Paulo César de Oliveira e José Robson de Menezes (vitimados em trágico acidente automobilístico).
Outros destaques na história do Tupy, que não podem ser esquecidos: Afonso Cerqueira, Dalto de Faria, Cláudio Thurler de Lima, José Eduardo de Medeiros (Zeca), todos Presidentes, com exceção do Dalto, e também os irmãos Ferreira, Lula, Célio, Nega, Fiinha, Vicki, Haroldo, Sezinando (Pepica).
Provavelmente esquecemos muitos outros mas não faltará oportunidade para que seja feita a justa recordação de todos que construíram este patrimônio.
Outros destaque, dos muitos da história do Tupy foram os “tempos dourados”, quando o clube possuía sua sede social na rua Dominique Level, onde hoje está situado a Casa de Lanches. O imóvel, na época pertencia ao saudoso Luiz de Souza Netto, que, indiretamente, teve participação importante, nos anos 50, na fixação da sede na rua Nair Ramalho, sendo que detalhes desta participação se encontram nas atas.
Após a mudança para a rua Dr., Nilo Peçanha, onde hoje se encontra a agência da Caixa Econômica Federal, o clube promoveu vários eventos sociais que deixaram saudades. Entre estes eventos despontavam os bailes animados pelo único conjunto musical de Paracambi, Silvio de Carvalho. Os diretores sociais que primavam por esses belos momentos, inclusive os concursos e bailes da Rainha do Clube e da Primavera, eram Welington Raposo, Altacy de Souza Neto (Lelica), Isnarde Campelo, Pedro dos Santos, Raphael Farnesi, Melciades Corrêa, Lucy Neves, Délio Bazílio Leal, Antônio Botelho, Carlos Morais e outros que dignificaram o passado social do clube.
Ressaltamos ainda os bailes das formandas em Corte e Costura da Escola da Professora Rosa. O Tupy teve também as suas musas, como Nilza Pinto Coelho, Aída Alfano, Marilene Poncione Menozzi, Maria José de Morais Laureano, Maria da Penha Botelho (Maricota), Gessy do Amparo, Enny Neto, Maria Aparecida Poncione, Ilza Rodrigues, Lea Flores, Marlene Lavras e Dirce Lavras, que desfilaram naquela época as suas graças e belezas em nome do verde e preto.
Esta é a história bastante resumida do Tupy, que contou também com inúmeros fatos pitorescos e inusitados, como por exemplo o fato de ter servido ao Poder Judiciário, antes da inauguração do Fórum, ao ceder a sua sede para o julgamento de um dos casos policiais mais famosos em toda a história do Brasil: o caso do “Assalto ao Trem Pagador”, executado pelo “Tião Medonho” e sua quadrilha.
Fonte: Portal de Paracambi