O juiz foi o senhor Batista Cortes, arbitro da Federação Alagoana de Desportos, hoje Federação Alagoana de Futebol. O jogo aconteceu no campo do mutange no ano de 1963 entre Guarani do Poço e CSA. Era uma partida pelo campeonato alagoano da primeira divisão. Batista Cortes nunca negou que era um torcedor do CSA.
O CSA, clube dos mais tradicionais do futebol do Nordeste, era o total favorito. O Guarani do Poço, recém integrante do campeonato alagoano, era um time bem armado, mas com poucas chances de vencer. O jogo se arrastou até quase o seu final e o zero a zero se mantinha. Quando todos acreditavam que o gol não ia acontecer, surgiu o lance aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo. Uma bola lançada na área do Guarani e o artilheiro do CSA, Clovis, meteu a cabeça na bola e marcou o gol da vitória. Alegria geral dos azulinos. Tristezas dos rubros negros. Neste momento, o arbitro que sempre foi torcedor do CSA, apitou o final do jogo, e desmaiou.
Todos, ou quase todos, afirmam que ele desmaiou de emoção pela vitória do seu clube. Outros, não acreditam. Batista Cortes afirma que desmaiou porque o sol estava muito forte (o jogo começava as 15 horas) e a cinta que usava estava apertada. A noticia ganhou o mundo e foi matéria para a revista O CRUZEIRO, na época, a melhor revista do Brasil. Esta história está registrada no depoimento feito ao Museu dos Esportes pelo artilheiro Clóvis, autor do gol do jogo.
Fonte: Museu do Esporte