Era a decisão do Campeonato da Divisão Especial da Liga Amadora de uma grande cidade mineira.
De um lado, a mais poderosa equipe do local, o União F.C., que contava com grandes jogadores, alguns inclusive, buscados em outras cidades da região, para reforçar o time. A equipe adversária, o Grêmio, era um time modesto, que contava apenas com a ajuda de alguns abnegados e, na teoria, não contava com um plantel capaz de fazer frente ao time mais poderoso do lugar.
Mas na prática, o que se viu em campo foi o Grêmio, equipe considerada mais fraca, jogar com muita garra e disposição, chegando a assustar o “bicho-papão” da cidade.
O jogo estava empatado em 1 a 1, com o Grêmio resistindo bravamente à pressão do União, quando, aos 44min do segundo tempo, num dos seus raros ataques na partida, o atacante do Grêmio, Paulinho “Trombador” foi derrubado dentro da área e o árbitro marcou a penalidade máxima.
Sentindo que a sua equipe, apesar de ser mais forte, estava prestes a perder o título, o fazendeiro mais poderoso do lugar, presidente do União, invadiu o campo, colocou a bola debaixo do braço, encostou-se em uma das traves e disse para o árbitro:
“O senhor está roubando. Não vou deixar bater o pênalti”.
O árbitro esperou esgotar o tempo regulamentar e encerrou a partida por falta de garantias.
A decisão do Campeonato foi para o “tapetão”. Como os auditores do Tribunal de Justiça Desportiva da Liga da Cidade eram também empregados da fazenda do presidente do União, adivinhe qual foi o resultado do julgamento?
Pois é, as duas equipes foram proclamadas campeãs da cidade.
Como pode se ver, o sr. “Eurico Miranda” já anda fazendo escola até no Futebol Amador.
O pênalti que ninguém cobrou
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