PRESIDENTE DO GUARANI DE CAMPINAS É DEPOSTO

A situação do meu Bugre é muito triste, nunca vi isto, mas vale contar aos que não acompanham as coisas de Campinas de perto, e o site futebol interior, descreveu o clima e toda a tensão ocorrida na assembleia desta segunda feira dia 21 de novembro, ainda assim, mesmo com o resultado tido como o melhor para o clube, os atletas ameaçam fazer greve no último e decisivo jogo que definirá a queda ou a permanencia do clube na segunda divisão do Brasileiro. Confira tudo isto:
Assembleia começou às 20hs de segunda dia 21 e terminou 2h30 de terça dia 22 de novembro.
Um clima extremamente pesado antecedeu a Assembleia Geral de Sócios do Guarani, nesta segunda-feira à noite, no Estádio Brinco de Ouro. Enquanto um grupo de torcedores protestava no lado de fora, barrados na portaria, muitos seguranças desfilavam do lado de dentro, vários deles acompanhados de cachorros ferozes.
Por alguns momentos houve um clima de confronto. Alguns rojões explodiram na parte interna do Brinco, em direção dos seguranças e perto dos radialistas e jornalistas que acompanhavam a tumultuada Assembleia Geral de Sócios. Mas os protestos foram pacíficos.
Cartola de peso
Por volta das 20h15, Beto Zini, ex-presidente, entrou na Assembleia muito aplaudido pelos sócios. A presença do ex-presidente, que renunciou em 1999, surpreendeu muita gente. Mesmo porque ele não se considera candidato a nada neste momento. Mas a reação dos associados foi espontânea e positiva. Beto Zini, elegantemente vestido de camisa verde, mostrava muita confiança na queda de Leonel Martins.
Pela manhã, uma surpresa desagradável para o presidente do Conselho Deliberativo, Antônio Sagula. Acusado por opositores de ser inoperante no cargo, ele teve o seu estabelecimento comercial “recheado” de frases de protestos, mostrando o alto grau de insatisfação dos manifestantes com estes dizeres:
“Fora Leonel!” e “Sagula omisso! ”
A partir daí, a direção do clube sentiu que “a disputa seria para valer”.
Sócio bloqueado
Muitos associados foram, injustamente, boqueados na portaria. Um deles, muito insatisfeito, era o advogado Marcelo Dias, líder do grupo Renova Guarani.
“Fui impedido de entrar porque não existe um sistema eletrônico de conferência. É uma triste realidade. Assim não participo da reunião e nem da votação”, comentou indignado.
Ele também explicou a posição do seu grupo em termos de futuro do clube:
“Parece ter ficado instustentável a permanência do Leonel (Martins) porque ele cometeu uma série de falhas na presidência, como cuidar mal do futebol do clube, atrasar salários e não ter um comportamento que se espera de um presidente”, explicou.
Mas também, Dias, mostrou cautela em relação ao futuro:
“Temos que tirar o Leonel, mas tomar muito cuidado em quem vai entrar neste momento delicado do clube. É um perigo entregar o clube em mãos perigosas, de quem tenha outros interesses que não sejam os do Guarani”, completou.
Presidência com Oposição
A reunião começou por volta das 20h20 e a primeira discussão foi sobre a presidência da mesa de trabalhos. Colocada em votação por Antônio Sagula, houve a primeira derrota da diretoria atual. Por 151 a 138 votos foi negada a mesa ao grupo de Situação.
A indicação para a presidência era de Milton Fernandes Alves, ex-empresário de sucesso que depois virou advogado pouco requisitado. Inclusive atuou no departamento jurídico do Guarani. Seu nome, porém, foi vetado pelos associados. Mas o presidente da mesa indicado e aprovado pelos associados foi o advogado Palmeron Mendes Filho, membro da ONG Garra Guarani.
A pedido de Leonel Martins de Oliveira, presidente da diretoria, a votação foi recontada por três vezes, numa clara manobra para adiar qualquer votação a tempo de chegar mais sócios ligados a ele.
A diferença mínima de votos entre Oposição e Situação confirma a expectativa de que qualquer decisão será tomada por um número muito pequeno de diferença entre prós e contra a Leonel Martins. No caso específico à sua destituição, junto com toda a sua incompetente diretoria. De qualquer forma, não houve como evitar uma demora na Assembleia, uma vez que a pauta era extensa, com oito itens. Segundo os opositores, o Edital de Convocação teria mesmo esta intenção como estrategia da diretoria.

ATLETAS DO BUGRE PODEM FAZER GRAVE NA ÚLTIMA E DECISIVA RODADA
Quando todos esperavam que o Guarani viveria outros momentos após a cassação do presidente Leonel Martins de Oliveira na madrugada desta terça-feira, os jogadores surpreenderam e deram mais uma notícia bombástica para os torcedores. Com quatro meses de salários atrasados, o elenco não descartou a possibilidade de não entrar em campo no próximo sábado, diante do Goiás, às 17 horas, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, na última rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.
Nesta tarde, os jogadores se reuniram com representantes do Sindicato dos Atletas do Estado de São Paulo (Sapesp) e convocaram uma entrevista coletiva. O porta-voz do elenco foi o atacante Fabinho, ídolo da torcida bugrina e um dos atletas com mais tempo de clube, que apenas se pronunciou e não respondeu nenhuma pergunta da imprensa.
De acordo com Fabinho, os jogadores irão treinar normalmente durante a semana, mas deixou claro que existe a possibilidade de não entrarem em campo diante do Goiás, na partida que irá decretar a permanência do Bugre na Série B ou o rebaixamento. O elenco aguarda uma posição da diretoria até sexta-feira para decidirem o que irão fazer.
“Esperamos que até sexta-feira alguém possa nos passar uma parte, seja diretoria ou empresários. Não dá para esperar mais. Vamos treinar durante a semana, mas a gente não garante que vamos entrar em campo. Se depender de nós não vamos cair, mas agora estamos em outra situação”, destacou Fabinho. Ao lado do atacante, na sala de imprensa do Guarani, estavam todos os outros 23 jogadores.
Caso os jogadores realmente entrem em greve, o Guarani deve entrar em campo contra o Goiás com juniores, aumentando ainda mais o drama da torcida bugrina, que ainda convive com o perigo iminente de rebaixamento.
Com 49 pontos, o Guarani se encontra na 13ª colocação e precisa de um simples empate para se garantir na Série B. O time campineiro será rebaixado apenas se perder para o Goiás e acontecer uma combinação improvável de resultados, como pelo menos um empate do Paraná, além de vitórias de ASA, São Caetano e Icasa.
E se tiver greve?
De acordo com o artigo 63 do regulamento geral de competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de 2011, “nos casos em que uma equipe se apresentar com menos de sete atletas ou ficar reduzida a menos de sete, após iniciada a partida, o clube correspondente perderá a quota da renda que lhe caberia, além de sofrer uma multa de R$ 10.000,00, aplicada pela CBF, sem prejuízo de sanções previstas no CBJD”.
Já o artigo 65 diz: “No caso de uma equipe não se apresentar em campo para uma partida previamente programada, o seu adversário será declarado vencedor pelo placar de três a zero”. Vale lembra que se isso acontecer, o caso será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Fonte – Futebol Interior

2 pensou em “PRESIDENTE DO GUARANI DE CAMPINAS É DEPOSTO

  1. Jorge Farah Autor do post

    Walter, estar na série B não quer dizer nada, atualmente infelizmente, o que precisavamos mesmo era pagar as dividas e ter uma gestão digna, coisa que parece estar muito dificil.

  2. Walter Iris

    Farah.
    O presidente do América do Rio, Ulisses Salgado, foi afastado do cargo por gestão temerária com base na Lei Pelé, em maio desse ano.
    O seu Guarani, pelos menos ainda está na Série B, enquanto o meu América vai disputar a Série B Carioca, em 2012.

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