Em todas as Copas sempre temos heróis e vilões, sejam jogadores, treinadores ou juizes, em 1930 no Uruguai muitas expectativas com a realização do primeiro mundial e logo na sua estréia, os donos da casa que inauguravam o Estádio Centenário em um jogo contra o Peru, adversário conhecido do continente o que poderia ser um jogo fácil, tornou-se uma angustia os bicampeões olímpicos não conseguiam encontra o caminho das redes peruanas, o goleiro Pardón segura tudo o que pode. Maquillon e Galindo se superam na defesa, enquanto Lavalle e Neyra tornam-se pesadelos para a zaga uruguaia, em sem atacante titular Anselmo que se recuperava de uma contusão, estava escalado em seu lugar o jogador Hector Castro “El Divino Manco”como era conhecido carinhosamente por não ter a mão direita, que perderá aos 13 anos ao se acidentar numa serra elétrica, isto porem não o impediu de seguir a carreira de jogador apesar do sonho de ser cirurgião, aos 19 anos iniciou sua trajetória de sucesso no futebol caudilho em 1923 e no ano seguinte já fazia parte do time campeão olímpico em Paris, bicampeão em 1928 Hector não era um titular absoluto fazia parte de um grupo seleto e era o reserva imediato do ataque, naquela tarde de 18 de julho Hector fez o gol da vitória celeste frente aos peruanos, era o primeiro gol uruguaio numa Copa era o primeiro gol do grande Estádio da América do Sul, depois deste jogo Hector voltou a reserva com o retorno de Anselmo para os jogos seguintes contra Romênia e Iugoslávia, ele retornou ao time justamente na final contra a rival Argentina para mais uma vez brilhar, o jogo estava duro e quente e os argentinos venciam por 2 a 1 ao final do primeiro tempo, no segundo o Uruguai veio pra cima com tudo e virou o placar para 3 a 2 e a pressão muda de lado, agora são os portenhos que pressionam e os uruguaios que se defendem heroicamente e lá na frente Castro luta contra a defesa Argentina, o jogo se aproxima do fim a ânsia e temor pairam sobre o estádio num ultimo lance a Argentina perde a bola e o Uruguai parte ao ataque rapidamente a bola é alçada na área e Castro menor que o zagueirão Della Torre e fumina o goleiro Botasso era o gol do alivio era o gol do título, após o gol ouve-se um som do relógio pois naquele tempo que terminava a partida era o marcador e não o arbitro festa celeste era a coroação máxima de uma equipe que dominava o mundo por seis anos. Foram apenas quatro jogos mais a Taça estava em boas mãos e em dois deste quatros jogos um jogador de raça de gana de vencedor pois jamais se deixara abater-se por ser um deficiente com sua determinação e coragem escreveu com letras maiúsculas seu nome na grande galeria de heróis de mundiais.
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Raul Hector Castro
Nascido em 29/11/1904 em Montevidéu
145 gols na carreira entre Nacional e a Seleção Uruguaia
Inicio da carreira em 1923
Encerrou em 1935
Faleceu em 15/09/1960
fontes: Texto Galdino Silva
Dados: NOV9, Histórias das Copas de Orlanda Duarte