Em 1986, a América de São José do Rio Preto, treinado por Avelino iria jogar contra o Palmeiras em pleno estádio Palestra Itália. A diretoria do Corinthians interessada no placar, torcia pelo menos por um empate, negociava com o técnico americano uma “injeção de animo” (famosa mala branca) para a equipe do interior. Assim só faltava o resultado da partida para abocanhar a “bolada”.
Voltando do “acerto”, “71”(lembrem-se era o apelido de Avelino) encontrou o cineasta Zé do Caixão na rua. Como vai Zé? Não nos vemos desde o tempo da política! (Avelino foi candidato a vereador em São Paulo em 1982, recebendo 17700 votos, não conseguindo se eleger). Foi quando teve mais uma de suas idéias pouco convencionais, Zé, hoje é você que vai dar a palestra para os jogadores! E lá foi o sinistro José Mujica Marins para sua missão futebolística. “Ele tem aquelas unhas enormes e ficava apontando na direção dos jogadores. No final uma praga no Palmeiras para garantir a vitória, contou Avelino.
Antes do jogo começar, Avelino orientou o zagueiro Orlando Fumaça a chamar o Mirandinha (centroavante palmeirense) e tirar a dentadura na frente dele. Mandei dizer que a América estava numa “pindaíba”, não pagava ninguém e o treinador era um desgraçado, por isso iria “baixar a bota”. Dito e feito. O atacante sumiu na partida e o América conseguiu o empate jogando em uma retranca danada 0x0 e o bicho extra corintiano. Mais uma historia do livro do João Avelino.
Mais uma do “71″
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