Antes de tudo, esta minha narrativa leva em conta minha idade na época, entre 10 e 13 anos de idade. Tudo começava indo aos relojoeiros para conseguir, alguns se lembram, tampas de relógio de modelos masculinos, os maiores, também chamados celulóides. Estes eram destinados de preferência para a defesa e para a proteção da defesa , onde jogavam os Centro-Médios, que também auxiliavam na armação das jogadas. Já os relógios femininos, menores, eram bons para os atacantes, leves e com muita facilidade para encobrir o goleiro adversário. Das figurinhas de futebol a gente recortava o nome e quando dava, o rosto do jogador. Depois de devidamente colado com fita scotch ( durex ) na parte inferior do celulóide, estava pronto o nosso time de botão.
Ah, ia esquecendo do goleiro que era resultado de uma caixa de fósforo com chumbo por dentro para resistir às “bombas” dos adversários. Estas bombas eram desferidas pelos jogadores da linha média , maiores e com potencial de chute forte. Os celulóides côncavos eram ideais para chutes fortes. Os convexos, não planos, lançavam chutes cruzados e por coberturas.
Salienta-se que os goleiros eram revestidos com as fitas scotch e de preferência com a cor do time do coração. Os palmeirenses usavam a cor verde, os são-paulinos a vermelha e os corintianos a preta.
Segue algumas fotos dos relógios antigos, a título ilustrativo, dos quais viravam nossos jogadores:
Este certamente devia jogar de linha média para a armação das jogadas.
Deste tamanho eu utilizava nas pontas direita e esquerda.
O celulóide abaixo era daqueles que mandavam as “bombas” para o gol.
Já a bola nós utilizavamos aquelas que vinham nos jogos das lojas, que parecia um trapézio, com duas medidas . Com a base maior no chão, era difícil levantar, iam quase que rasteiras. Já com a base menor no chão, era perfeita para encobrir os goleiros.
Em determinados lugares a bolinha era feita de piche de asfalto. Certamente o controle dela era mais difícil.
Li de um internauta que na mesma época, início dos anos 60, que o seu time de botão ficou 40 jogos em perder e o tabu foi quebrado para um time de tampa de relógio por 7×6. Será que era as maiores medidas?
Eu não gostava de jogar com aqueles times mesclados, ou seja, na defesa colocavam aqueles jogadores de plástico dos times da Fábrica de Brinquedos da Estrela. Eles eram altos e serviam para dificultar nossos chutes a gol.
Segue foto de times da Estrela para ilustrar:
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Este artigo me fez voltar a década de 90, minha mãe trabalha em um prédio
e todos os dias meu irmão e eu pediamos para ela trazer os jornais, que os moradores jogavam fora, nossa preferencia eram os de esportes.
Porque dali tiravamos os simbolos para fazer os times de botão, e um fato raro naquela época era encontra um símbolo colorido, mas quando aparecia um era uma festa só, pois este era o camisa dez o capitão.
Hoje em dia está tudo bem diferente.
Parabéns pelo artigo, este para mim foi realmente marcante.
Entrei no coleçãodebotão e gostei dos times. O Farah então é o maior cartola da CBFM. rsrs.
Parabéns! De vez em quando vou passar pelo site.
abs
Aos interessados temos alguns sites, http://www.futeboldemesanews.com.br e http://www.futmesa.com.br, hoje sou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol de Mesa e da Federação Paulista de Futebol de Mesa que é o esporte predecessor do jogo de botão que os amigos falaram, se quizerem maiores informações é so pedir. Não se esqueçam de meu blog http://colecaodebotao.wordpress.com/
Depois dos 13 anos nunca mais joguei.
abs
Gil sou um butonista nato apesar de ter uns 4 anos ausentes de pratica do futebol de mesa, desde pequeno que jogo desde dos feitos com casca de côco aos times de paladon, Aqui em Salvador fui Presidente das Ligas do Engenho Velho de Brotas onde tinhas campeonatos da 1ª e 2ª divisões, Copa do Mundo e Torneios, além de participar de outras ligas, tive vários times como Galicia, Atlético de Alagoinhas, Milan, Lazio, River-PI, Roma e Valência