Em 1975, Otávio Pinto Guimarães era o presidente da Federação Carioca de Futebol e João Ellis o Diretor do Departamento de Árbitros da entidade. Naquela época ninguém podia duvidar a integridade moral dos juizes mesmo sabendo que eles não eram santos. Apenas, todos eles viviam sob uma pressão constante dos cartolas, estes sim, os grandes, os verdadeiros culpados do péssimo período que viveu os árbitros do futebol carioca.
Vamos comentar apenas um caso que aconteceu com José Roberto Wright. O juiz se dizia perseguido por Otávio Pinto Guimarães. Ele foi escalado por João Ellis para o Fla-Flu do segundo turno. A escalação foi parar nas mãos de Otávio Pinto Guimarães, que substituiu seu nome pelo de Luis Carlos Felix. Por esse motivo, Roberto Wright entrou com um pedido de licença.
Tudo começou num sábado de carnaval, no amistoso Fluminense e Corinthians. Wright foi agredido por Lance, jogador do Corinthians. Otávio pediu ao juiz que não fizesse carga contra o jogador – entenda:se; não denunciar a agressão na súmula. Roberto Wright disse que escreveria na súmula tudo que aconteceu. Foi além, quando sentiu que Lance poderia ser absolvido por manobras no tapetão, colocou a boca no trombone e foi depor no Tribunal. Lance pegou um ano de suspensão. Depois disso, o presidente da Federação Carioca não permitiu que ele apitasse nenhum clássico.
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