Videira Atlético Clube – Videira (SC): Fundado em 1975!

Por Sérgio Mello

O Videira Atletico Clube (VAC) foi uma agremiação do município de Videira, que está situado no Vale do Rio do Peixe, no estado de Santa Catarina. Com uma população de 55.466 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022, está a 381 km da capital de Florianópolis.

Segundo o Estatuto: Foi Fundado no sábado, do dia 21 de Junho de 1975, nesta cidade de Videira (SC) e entidade desportiva e social, com personalidade distinta de seus membros, constituída de simpatizantes, desportistas, comerciários, comerciantes, Industriários e Industriais da Região de Videira.

O Videira Atletico Clube tem por finalidade promover e estimular entre seus associados e membros a prática e desenvolvimento de todos os esportes, bem como reuniões sociais, festas excursões.

O seu primeiro presidente foi o Sr. Tadeu José Correriatto; enquanto o 1º secretário foi Osvino Dácio Martins de Mello.

O patrimônio da agremiação, será constituído pelos bens móveis e imóveis que a agremiação possua ou venha a possuir. A dissolução da agremiação, somente poderá ser efetuada mediante a decisão de no mínimo 3/4 dos sócios com direito a voto. Neste caso o destino do patrimônio será deliberado pela assembleia que o dissolver.

FOTO de 1975: quando o Videira AC recebeu o Avai de Florianópolis em amistoso, no estádio Municipal Luiz Leoni, em Videira. Balduíno (Avaí) e Valter, ex-Perdigão campeão estadual em 1966.

Avaí bateu o Videira A.C. por 4 a 2

No domingo, às 15h15min., do dia 21 de setembro de 1975, debaixo de muita chuva, o Avaí Futebol Clube venceu o Videira Atlético Clube pelo placar 4 a 2, em amistoso, no Estádio Municipal Luiz Leoni, em Videira/SC.

Com o triunfo, o Avaí, além de ter ganho o troféu Irmãos Pretto, manteve sua invencibilidade no Oeste. A partida, agradou ao bom público que deixou nas bilheterias a importâncias de Cr$ 13.500,00 e aplaudiu no final da partida o time da capital.

No primeiro tempo, sem forçar o ritmo e evitando as jogadas divididas, o Avaí já vencia com facilidade por 3 a 0, gols de Lourival, Orivaldo e Carlos. Na etapa final, o treinador Áureo fez cinco alterações e a equipe caiu um pouco de produção, permitindo que o Videira marcasse dois gols, através de penalidades inexistentes, assinaladas pelo árbitro Oscar Rego. Zenon marcou o quarto gol do Avaí, num chute forte de fora da área.

O Avaí venceu com Danilo; Souza (Jaico), Maneca (Ari Prudente), Veneza e Orivaldo (Emilson), Lourival, Balduino e Zenon; Paulo Roberto (Sabará), Carlos (Beto) e João Carlos. Técnico: Áureo Malinverni.

Rubens e Vado, por indisciplina foram desligados da delegação e dependendo do relatório de Alcenor Cardoso, poderão ser dispensados. A delegação do Avaí retornou pela manhã para Concórdia onde decidirá o título do quadrangular com o Sadia na quarta-feira, no dia 24 de setembro de 1975.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTO: Acervo de Válter Klüser

FONTES: Prefeitura de Videira/SC – Arquivo Público do Estado de Santa CatarinaO Estado de Florianópolis (SC) 

Clube de Regatas Vasco da Gama – Fortaleza (CE): Campeão Estadual da 3ª Divisão de 1968!

Por Sérgio Mello

O Clube de Regatas Vasco da Gama foi uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). O ‘Vasquinho’ foi Fundado no sábado, do dia 30 de Outubro de 1954. A sua Sede ficava localizada na Rua Major Facundo, nº 2.151, no bairro José Bonifácio, em Fortaleza/CE.

Constava no Estatuto do clube que o escudo e o uniforme a seguinte explicação: “Os símbolos, as cores e uniformes do C.R.V.G. serão sempre idênticos as do clube de Regatas Vasco da Gama do Rio de Janeiro”.

O Vasco disputou algumas edições do Campeonato Cearense da Segunda Divisão (na realidade o Estadual da Terceira Divisão), organizado pela Federação Cearense de Desportos (FCD), obtendo o melhor resultado em 1968, quando se sagrou campeão.

Importante esclarecer que o Estadual Cearense, na quele período, era dividido em três níveis, com as seguintes nomenclaturas:

Divisão Especial (equivalente à Primeira Divisão);

Primeira Divisão (proporcionalmente à Segunda Divisão);

Segunda Divisão (correspondente à Terceira Divisão).

EM PÉ (esquerda para a direita): Valtinho, Zé Renato (excelente violonista que morreu em 2010), Neto Granjeiro, Jairinho, Chico Cabeção, Macaúba e Ivo.
AGACHADOS (esquerda para a direita): Pitota, Pinga, Zé Neguinho, Saúde e Joacy (brilhou no Ceará).

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FONTES: Estatuto do clube – Fabiano Batista

Escudo inédito de 1916: Clube Atlético Pirassununguense – Pirassununga (SP)

Por Sérgio Mello

O Clube Atlético Pirassununguense (CAP) é uma agremiação da cidade de Pirassununga, que fica Região Centro-Leste do estado de São Paulo. Com uma população é de 76.877 habitantes (segundo o Censo do IBGE de 2020), fica a 208 km da capital de São Paulo.

Sediado, na Avenida Newton Prado, nº 1.783, no Centro de Pirassununga/SP, o “Gigante do Vale” foi Fundado no sábado, do dia 07 de Setembro de 1907, se tornando o 3º clube mais antigo do estado de São Paulo, atrás apenas da Ponte Preta (1900) e da Internacional de Bebedouro (1906), e o 14º mais antigo do Brasil.

Breve História

A 1ª partida oficial do Pirassununguense correu no dia 23 de fevereiro de 1908, contra o antigo Paulista de São Carlos. Naquele jogo amistoso o CAP venceu por 2 a 1.

Em 18 de junho de 1916, em assembleia, foi eleita a nova diretoria que estaria à frente do CAP, tendo sido eleito o Major Henrique Leme Waldvogel como presidente e o Capitão Abner Borges, como vice-presidente.

Nesta assembleia mesmo aconteceu, por indicação de Rahael Nico, o Faé Nico, A unificação do Clube Sportivo Pirassununguense e o Clube Atlético Paulista (clube recém fundado que representava para o Sportivo um forte adversário), estancando uma terrível oposição que se fazia urgente e eliminando as rivalidades entre ambas que eram enormes, ficando a data de 7 de setembro de 1907 como a data de fundação do recém criado Clube Atlético Pirassununguense.

Liga do Interior

No ano seguinte, 1917, o Comercial de Ribeirão Preto convidou o CAP para uma reunião quando então seria formada a Liga do Interior, para a disputa da rica Taça Castelões.

Várias partidas de futebol foram realizadas, sendo a de grande importância, na época, o empate conseguido frente ao Comercial Futebol Clube, da cidade de Ribeirão Preto, que era um dos mais importantes do Estado de São Paulo.

Em abril de 1917 assumiu a presidente o sr. Dante Bonafé, tendo como vice Vicente Laureano. O curioso desta época é que as reuniões eram realizadas na casa do presidente ou no cinema existente na cidade na época.

Não tinha ainda o CAP uma sede social. Usavam os sócios, somente como do clube, a praça de esportes. Já nesta época o clube possuía quadros infantis e juvenis.

Clubes de São Paulo e do estado continuavam a jogar em Pirassununga e o CAP realizava partidas em outras cidades. Guarani de Campinas, Club Athletico Ipiranga, e outros times sempre nos visitavam.

Primeira Sede

Em 1918, ainda com Dante Bonafé na presidência, o clube teve sua 1ª sede social na rua General Osório, antigo número 20 e no campo, foram iniciadas as obras da construção de arquibancadas de madeira, com o auxílio dos sócios e simpatizantes do clube.

O seu quadro social cresceu e as glórias obtidas pelas belas vitórias dos seus 1º, 2º e 3º quadros de futebol já estavam se consolidando perante a opinião pública.

Em 1920, Raphael Nico passou a ser o treinador dos times principais do clube, ganhando assim os quadros alvinegros maior consistência técnica. Neste ano, militavam-no quadro principal os atletas sócios (Juca, Maneco, Calá, Fritz, Antonio, Gradim, Unda, Petrelli, Casusa, Gino e Domingos).

E o clube continuava a ter vitórias expressivas. Uberaba, Campinas, Jundiaí e São Paulo já conheciam o amargor da derrota frente ao alvinegro Pirassununguense.

HINO

Em 1922, sob a presidência de Eurico Miranda, o prof. Lulla Guasca, com letra do prof. Elias de Mello Ayres compôs o Hino do CAP, e o maestro Passarelli o Dobrado CAP.

Em 1923 volta a presidência o sr. Dante Bonafé e novos jogadores se juntam ao clube: Galício Del Nero, Therense, Gruninger, Zé Petrelli, Júlio Tesche, Arildo e Urbano Ribeiro, demonstrando em suas ações um grande mor pelo clube.

Campeão do Campeonato Paulista do Interior de 1954

Na década de 50, afastou-se do profissionalismo e conquistou o título de Campeão Amador do Interior, em 1954, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF). Durante sua história centenária, contou com jogadores que foram destaque no Brasil e no mundo, ente eles os meio-campistas Del Nero e Alex, que chegaram até a seleção brasileira.

Inauguração do Estádio Belarmino Del Nero

Com capacidade para 5.300 pessoas, o estádio Belarmino Del Nero foi inaugurado no dia 7 de fevereiro de 1931. E a 1ª partida foi entre o CAP e o Juventus, vencida por 2 a 0 pelos donos da casa.

Após 25 apresentações no Campeonato Paulista profissional, paralisou suas atividades no esporte bretão em 1992. Retornou, em 2000, uma parceria com o Guarani de Campinas e, a partir de 2001, voltou às disputas montando um bom elenco, mas não obtendo o acesso para o Campeonato Paulista da Série A3. Participou do Campeonato Paulista da Série B, em 2007 (eliminado na primeira fase) e a partir daí se licenciou.

ARTE: escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: Acervo da Exposição “100 Anos de Lutas e Glórias”

FONTES: Livro “Amor, Garra e Tradição”, de autoria de José do Valle Sundfeld – Roberto Bragagnollo – Israel Foguel

Escudo raro de 1937! Riachuelo Atlético Clube – Fortaleza (CE): Fundado em 1915

Riachuelo Atlético Clube, o RAC, foi uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). A sua Sede ficava localizada na Rua Dom Joaquim (esquina com a Rua Tenente Benévolo), s/n, no Centro da cidade.

FOTO (Acervo de Miguel Angelo Azevedo Nirez) de 1937 – EM PÉ (esquerda para a direita): Antônio Mota, Damião, Paulo Siqueira, José Cirino, Coelho, Juquinha e Zepretinho; AGACHADOS (esquerda para a direita): Nélson, Sandoval, Zealbano, Lopes e Cafuçu.

O RAC foi Fundado na quinta-feira, do dia 11 de Novembro de 1915, pelo jovem Alcides, então com apenas 16 anos. Na quarta-feira, do dia 14 de Abril de 1937, o clube foi reorganizado com o nome de Riachuelo Sport Club.

Nesse período, uma curiosidade: como a sede do clube ficava próximo ao Seminário da Prainha, acabou ganhando a alcunha de o “Alvinegro do Seminário“. A última Sede ficava situada na Rua Padre Justino, nº 55, na Praia de Iracema, em Fortaleza.

Em pé (esquerda para a direita): Armando, Edilson, José, Gil, Valdemir, Pinheiro e Luizinho;
Agachados (esquerda para a direita): Cesinha, Totonho, Chico, Leonel, Iratan e Geraldo Cavalcanti.

RAC participou de diversas edições do Campeonato Cearense da Segunda Divisão, de 1966, que na realidade equivalia a Terceira Divisão. Neste ano se sagrou campeão!

Na Segundona, foram três participações: 1967 (5º colocado),  1968 (2ª posição), 1969 (3º colocado).

Campeão da Terceirona de 1966

Riachuelo foi campeão do Campeonato Cearense da Segunda Divisão, organizado pela Federação Cearense de Futebol (FCF); de 1966. Na final, bateu o Tiradentes. O clube acabou não aceitando o acesso para a Elite do Futebol Cearense, porque o “homem forte” do RAC, Silvio Carlos não tinha condições financeiras para arcar com todas as despesas necessárias para disputar o certame.

Campeão da Copa Arizona de 1977

Outra conquista do “Alvinegro do Seminário” aconteceu 11 anos depois. Na Copa Arizona de 1977 (competição esta promovida pela Souza Cruz, então maior produtora de cigarros do Brasil), onde se sagrou campeão.

Na decisão nacional, acabou perdendo para o Botafogo, do Bairro da Penha, na capital paulista (SP). Essa eliminação foi muito contestada pelos jogadores do Riachuelo, que reclamaram de uma atuação do trio de arbitragem “caseira“.

RAC revelou grandes craques como por exemplo, Lucinho, Cacá, Leonel, TotonhoTúlio entre outros. O clube aproveitava muitos jogadores vindos do Futebol de Salão.  Em 1979, fez a Final contra o Floresta pela Copa Arizona, conquistando o título.

AGRADECIMENTO ESPECIAL: Ao amigo e ex-jogador Luizinho, obrigado pela colaboração, tanto com as fotos quanto informações! 

ARTE: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

COLABOROU: Fabiano Batista

FONTES: Futebol na Veia – Acervo de Luizinho (ex-jogador do Fortaleza e do Riachuelo) – Jornal O Povo 

Escudo raro de 1965: Fortaleza Esporte Clube – Fortaleza (CE)

Por Sérgio Mello

Fortaleza Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). A sua Sede e o CT ficam localizados na Avenida Senador Fernandes Távora, nº 200, no bairro do Jóquei Clube, em Fortaleza/CE. As suas cores são o vermelho, branco e azul. A mascote é o Leão do Pici.

A história ganhou os seus primeiros rascunhos seis anos antes, com o Sr. Alcides de Castro Santos, que fundou um clube também chamado Fortaleza, em 1912, que depois veio a ter suas atividades encerradas.

Três anos depois, fundou o Stella Foot-Ball Clubno domingo, do dia 30 de maio de 1915Stella foi inspirado no colégio suíço onde os filhos de alguns representantes da alta sociedade de Fortaleza estudavam.

Também por causa de seu nome, o escudo do clube era uma estrela (Stella) vermelha. O clube acabou sendo extinto nos fins dos anos 20. O Stella teve certa ligação com o Fortaleza Sporting Club – antiga denominação do Fortaleza Esporte Clube até a Segunda Guerra Mundial, mudada por decreto governamental nos anos 1940 – já que Alcides Santos também foi o fundador deste último.

Modelo do escudo e uniforme de 1940

Cumpre esclarecer, portanto, que se trata de duas agremiações esportivas diferentes e independentes, ainda que, por vezes, a primeira seja considerada inspiradora da segunda.

Modelo do distintivo e uniforme de 1960

Estudou na Europa de onde trouxe a paixão pelo esporte bretão. Foi próspero comerciante, sendo sócio e fundador de diversas empresas cearenses, além de primeiro representante da Ford Company no Brasil.

Posteriormente, na sexta-feira, do dia 18 de Outubro de 1918, o Sr. Alcides de Castro Santos, aos 29 anos, fundou o Fortaleza Sporting Club. Como grande desportista, também estimulou e participou da fundação dos clubes, como RiachueloTabajara e Maranguape, todos antes de 1918.

Os demais 24 escudos da minha coleção

Esteve ligado ao Fortaleza Esporte Clube em seus primeiros 20 anos de história. Alcides Santos (nascido em 04/11/1889), filho do político e professor Agapito dos Santos.

Foi fundador da Sociedade Cearense de Filatelia e Numismática. Comprou e doou ao Fortaleza o campo do Alagadiço (próximo de onde hoje é a Igreja de São Gerardo, na cidade de Fortaleza), além de construir o Campo do Prado (onde se situa a Escola Técnica Federal – atualmente IFCE) e doá-lo à ADC (Associação Desportiva Cearense, fundada em 23/03/1920, sob sua liderança).

FOTO (Acervo de Pedrinho Simões) da partida amistosa, no dia 03 de Julho de 1960: Fortaleza (CE) 2 x 1 Madureira (RJ)
EM PÉ (esquerda para a direita): Pedrinho Simões, Mesquita, Toinho, Sapenha, Célio e Ninoso;
EM AGACHADOS (esquerda para a direita): Moésio Gomes, Nagib, Walter Vieira, Charuto e Bececê.

Trouxe o primeiro atleta de fora do estado para jogar oficialmente em Fortaleza – Nelsindo em 1919. Além disso, foi atleta de remo do Flamengo, quando sua família morou no Rio de Janeiro, acompanhando seu pai, à época deputado federal.

Excursão do Fortaleza Esporte Clube à Mossoró (RN) em 1940. Fortaleza 4 X 0 Seleção de Mossoró.
Arquivos do meu saudoso pai Zécandido Fontenele ex jogador do Fortaleza.
FOTO (Acervo de Osvaldo Fontenele): Anibal 1, Jandir 2, Pirão 3, Agapito 4, Juracy 5, Bacurim 6, Waltério 7, Gavião (técnico) 8, Capibaribe (promotor de eventos) 9, Liberato 10, Zéfelix 11, Waldemar 12, Valter Sátiro 13, Alberto 14, Corado 15, João César 16, ZéAugusto 17 e Firmino 18.

No que se refere ao Fortaleza Esporte Clube, podemos citar, entre seus fundadores, o próprio Alcides Santos (o primeiro presidente do clube), Oscar Loureiro, João Gentil, Pedro Riquet, Walter Olsen, Walter Barroso, Clóvis Moura, Jayme Albuquerque e Clóvis Gaspar, dentre outros.

ARTE: desenhos dos escudos, uniformes e texto – Sérgio Mello

COLABOROU: Fabiano Santos

FOTOS: Acervos de Pedrinho Simões e Osvaldo Fontenele

FONTE: Site do clube

Paulista Futebol Clube – Guaiçara (SP): disputou o Campeonato do Interior de 1947

Modelo de 1943

Por Sérgio Mello

O Paulista Futebol Clube (Paulista de Guaiçara) é uma agremiação do município de Guaiçara, que fica no Interior do estado de São Paulo. Localizado a 470 km da capital paulista, conta com uma população de 10.671 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010.

Paulista FC de 1943

O “Glorioso” foi Fundado no sábado, do dia 2 de Agosto de 1930, com o nome de “Ranca Touco Futebol Clube” e logo se tornou o ‘xodó’ da cidade e da região, pelos bons resultados nas disputas amadoras e acabou conhecido como.

O Paulista de Guaiçara mandava os seus jogos no Estádio Municipal Virgílio Zanotto, com capacidade para cerca de 2 mil pessoas, localizado na Avenida Oswaldo Cruz, nº 178, no Centro de Guaiçara/SP.

Modelo de 1972

A sua Sede social está situada na Rua Yoshi Sato, nº 377, no Centro de Guaiçara/SP. O “Glorioso” se tornou um fenômeno nas competições amadoras.

A competição de maior destaque foi, sem dúvida, o Campeonato do Interior de 1947 (organizado pela Federação Paulista de Futebol), quando esteve presente na 7ª Zona, no Setor 31, com mais quatro equipes:

Time posado de 1958
EM PÉ (esquerda para a direita): Carmelo, Leandro, Leiva, Milton Pavezzi, Herminio, Zé de Souza e Tião;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Souzinha, Jaime, Didi, Quinca e Celso Bittencourt.

Clube Atlético Linense (Lins); Clube Atlético Comercial (Lins); Bandeirantes Esporte Clube (Birigui) e São Paulo Futebol Clube (Araçatuba).

Fachada de 1950, do Estádio Municipal Virgílio Zanotto
Atual Estádio Municipal Virgílio Zanotto

ARTE: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTOS: site ‘As Mil Camisas’ – Live 90 anos Paulista FC – Google Maps

FONTES: site ‘As Mil Camisas’ – Livro “Os Esquecidos – Arquivos do Futebol Paulista”, do autor Rodolfo Kussarev

Campeonato Gaúcho Amador de 1970: XV de Novembro de Campo Bom se sagrou campeão Invicto!

Por Sérgio Mello

O Esporte Clube XV de Novembro de Campo Bom voltou a conquistar o Campeonato Gaúcho Amador de 1970 (faturando depois o tetracampeonato). Anteriormente, o clube se sagrou campeão cinco vezes nas Séries Branca (1960, 1961, 1963, 1964 e 1966) e uma na Especial (1968).

O XV de Novembro de Campo Bom depois levantou os títulos de 1971, 1972, 1973, 1975 e 1976. Abaixo a campanha Invicta de 1970:

ETAPA CLASSIFICATÓRIA

24/05/1970  Campo Bom    15 de Novembro  4 X 0  Brasil, Sapiranga
                         Gols de Rogério (2), Schuetz e Ismar
Equipe neste primeiro jogo: Raul (Segala); Hélio, Luia, Pulica e Naldo; Ismar e Schuetz; Paulinho, Rogério, Paulo Juarez e Ademir.

14/06/1970  Santo Antonio           Jaú  0 X 3  15 de Novembro
                         
Gols de Schuetz, Paulo Juarez e Luiz.

27/06/1970  Sapiranga             Cairu  0 X 0  15 de Novembro

19/07/1970  Campo Bom    15 de Novembro  4 X 0  Oriente
                         
Gols de Ademir (2), Paulinho e Feltes (contra)

26/07/1970  Sapiranga         Sapiranga  1 X 1  15 de Novembro
                         
Gol de Rogério

02/08/1970  Igrejinha   15 de Igrejinha  0 X 2  15 de Novembro
                         
Gols de Rogério e Elúcio

09/08/1970  Campo Bom    15 de Novembro  5 X 0  Internacional,    
                                                Rolante

Gols de Rogério (2), Pulica, Luia e Ismar

16/08/1970  Campo Bom    15 de Novembro  1 X 0  Farroupilha.
                                                Rolante
                         
Gol de Pulica

30/08/1970  Sapiranga            Brasil  1 X 3  15 de Novembro
                         
Gols de Pulica, Ademir e Schuetz

13/09/1970  Campo Bom    15 de Novembro  3 X 0 Cairú, Sapiranga
                         
Gols de Elúcio, Pulica e Paulinho

20/09/1970  Rolante         Farroupilha  1 X 3  15 de Novembro
                         
Gols de Pulica, Paulo Schuch e Paulinho

27/09/1970  Campo Bom    15 de Novembro  4 X 1  15 de Novembro,
                                                Igrejinha
                         
Gols de Pulica, Ademir, Luia e Paulinho

04/10/1970  Rolante       Internacional  1 X 1  15 de Novembro
                         
Gol de Pulica

11/10/1970  Campo Bom    15 de Novembro  1 X 1  Jaú, Santo Antonio
                         
Gol de Paulo Schuch

25/10/1970  Campo Bom    15 de Novembro  6 X 0  Sapiranga
                         
Gols de Schueta (2), Ademir, Pulica, Ismar
                                 e Paulo Schuch

31/10/1970  Campo Bom           Oriente  2 X 7  15 de Novembro
                         
Gols de Ademir (3), Pulica (2) e Paulo Schuch (2)

O 15 de Novembro se sagrou campeão invicto de sua chave, garantindo o direito de disputar com os vencedores de outras chaves, no sistema de “mata-mata“. Foram, 16 jogos, com 12 vitórias e quatro empates; marcando 44 gols, sofrendo sete e um saldo pomposo de 37 tentos.

EM PÉ (esquerda para a direita): Erny Hilgert (técnico), Puvinho, Hélio, Luia, Jair, Ismar e Naldo;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Paulinho, Pulica, Paulo Schuch, Celso, Ademir e Edo Schein (massagista).



Primeira eliminatória :

08/11/1970  Campo Bom    15 de Novembro  3 X 0  Maracanã, Canoas
                         
Gols de Ademir, Paulinho e Luia

22/11/1970  Canoas             Maracanã  0 X 1  15 de Novembro
                         
Gol de Pulica

Segunda eliminatória :

29/11/1970  B.Gonçalves   União Serrano  1 X 1  15 de Novembro
                         
Gol de Paulinho

06/12/1970  Campo Bom    15 de Novembro  2 X 2  União Serrano,
                                                Bento Gonçalves
                         
Gols de Ademir e Edemar

    * Não foi disputado o jogo de desempate. Houve desistência do União Serrano.

Jogos Finais :

28/03/1971  Soledade           Pampeiro  0 X 1  15 de Novembro
                         
Gol de Paulo Schuch

04/04/1971  Campo Bom    15 de Novembro 11 X 3  Operário,Rio Pardo
                         
Gols de Pulica (5), Ademir (4) Luia e
                                 Paulo Schucch

11/04/1971  Rio Pardo          Operário  0 X 2  15 de Novembro          
                         
Gols de Ademir e Ismar

25/04/1971  Campo Bom    15 de Novembro  4 X 0  Pampeiro, Soledade
                         
Gols de Celso (2), Ademir e Paulo

O Esporte Clube XV de Novembro de Campo Bom fechou com “Chave de ouro” faturando o caneco sem nenhuma derrota.  Ao todo foram 24 jogos, com 18 vitórias e seis empates; marcando 73 gols, sofrendo 13 e um saldo positivo de 56 tentos.

Acervo de Fabiano Rosa Campos

ARTILHARIA

16 gols – Pulica e Ademir;

7 gols – Paulo Schuch;

6 gols – Paulinho;

5 gols – Rogério e Schuetz;

4 gols – Luia e Ismar;

2 gols – Elúcio, Celso e Paulo Juarez;

1 gol – Rogério, Edemar e Luiz.

A equipe no jogo final: Jair; Hélio, Luia, Puvinho e Naldo; Ismar e Celso; Paulinho, Pulica, Paulo e Ademir. Jogaram ainda Schuetz e Carlos Emílio.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FONTES e FOTO: site do clube – Rsssf Brasil

Campeonato Fluminense de Seleções de 1947: Campos dos Goytacazes foi o campeão!

Por Sérgio Mello

O Campeonato Fluminense de Football de Seleções de 1947, teve uma final eletrizante, sendo definido na terceira e decisiva partida.

E quem ‘soltou o grito de Campeão‘ foi o selecionado de Campos dos Goytacazes que goleou a Seleção de Petrópolis pelo placar de 6 a 0, ficando com o título do Campeonato Fluminense de Football de Seleções de 1947.

Vamos contar um pouco dessa final, numa melhor de três, que acabou sendo decida no começo da temporada de 1948.

Petrópolis sai na frente

Na melhor de três, o 1º jogo foi realizado no domingo, do dia 1º de fevereiro de 1948, e o Petrópolis venceu o Campos, pelo placar de 2 a 1, na Região Serrana. Renda Cr$ 14.428,00. Os gols foram de Jardel e Zezinho para os petropolitanos; enquanto Cliveraldo fez o tento de honra dos campistas. O árbitro foi Belgrano dos Santos.

Petrópolis: Jorge; Dadai e Neri; Alaor, Geraldo e Dumas; Quadrelli, Zezinho, Milton, Jardel e Didi.

Campos: Cabrita; Catosca e Jarbas; Votinha, José Alves e Hugo; Chico Leão, Cesar, Amaro, Santana e Cliveraldo.

Campos vence e deixa decisão empatada

Na “Pérola da Paraíba”, foi realizado o 2º jogo no domingo, do dia 15 de fevereiro de 1948. A Seleção de Campos bateu Petrópolis por 5 a 3, em Campos dos Goytacazes. Os gols foram assinalados por Cliveraldo, Santana e Amaro (três gols) para o escrete campista; enquanto Quadrelli (duas vezes) e Jardel marcaram para os petropolitanos.

O árbitro foi Francisco de Assis. O “velhoChico apresentou várias falhas, as quais, felizmente não interferiu no resultado da peleja. A Renda foi de Cr$ 12.365,00, uma das melhores do certame.

Campos: Cabrita; Catosca e Jarbas; Votinha, José Alves e Hugo; Chico Leão, Cesar, Amaro, Santana e Cliveraldo.

Petrópolis: Jorge; Dadai e Neri; Geraldo, Waldir e Dumas; Quadrelli, Zezinho, Juquinha, Jardel e Nelson.

Campos goleia e fica com o título de 1947

Diante de uma assistência das mais numerosas, realizou-se na tarde de domingo, do dia 22 de fevereiro de 1948, no Estádio Caio Martins, a finalíssima entre Petrópolis e Campos, em decisão do título de campeão do Estado do Rio.

E a partida, embora os petropolitanos não tenham de modo algum confirmado as suas atuações anteriores, agradou principalmente pela soberba atuação dos campistas e que lhes valeu um triunfo espetacular. O árbitro foi José Fernandes Duarte, que teve boa atuação.

A partida

Logo de início os campistas deixaram patenteados que dificilmente seriam derrotados. E isso porque o seu quadro se locomovia dentro do gramado como uma máquina, tal a harmonia de suas linhas.

Por outro lado, a intermediária de Campos numa esplendida atuação foi a mola propulsora de todo o quadro, quer avançando, quer recuando punham em prática um ótimo trabalho técnico.

E depois de aberta contagem, os campistas passaram a controlar a partida não dando tréguas aos petropolitanos, cuja retaguarda, com a intermediária atuando fracamente, era impotente para impedir a contagem que foi subindo até a casa dos seis.

A seleção de Petrópolis não se exibiu bem. Fracassou, mais uma vez, a linha intermediária que, como não podia deixar de ser, influiu na atuação de todo o conjunto.

A vanguarda agindo isoladamente não conseguiu se entender e a retaguarda não pode evitar a goleada, pelas arrancadas fulminantes pelos flancos e bem concluídos pelo centroavante campista.

Assim sendo, o triunfo campista foi lógico tecnicamente, e brilhante pela lisura e bravura nos seus jogadores. E não resta dúvida que o título de campeão ou campeões nunca expressou tão bem um feito como esse conquistado pela representação de Campos.

Os tentos

Aos 7 minutos, os campistas abriram a contagem por intermédio de Santana. Aos 40 minutos, Amaro marca o 2º tento e um minuto depois Cliveraldo encerra a contagem do 1º tempo.

Na fase final logo no início Amaro consigna o 4º tento. Aos 13, novamente Cliveraldo marca o 5º e aos 26 Amaro marca o 6º e último tento da série campista.

O governador do Estado presente ao jogo

Entre outras autoridades assinalamos à presença do governador do Estado do Rio, Sr. Macedo Soares (Partido Social Democrático, governou de 24/02/1947 a 30/01/1951). E também o Dr. Mário Mota, presidente da FFD (Federação Fluminense de Desportos).

SELEÇÃO DE CAMPOS (RJ)     6        X        0        SELEÇÃO DE PETRÓPOLIS (RJ)

LOCALEstádio Caio Martins, em Niterói (RJ)
CARÁTERFinal do Campeonato Fluminense de Football de Seleções de 1947
DATADomingo, dia 22 de fevereiro de 1948
HORÁRIO15 horas e 30 minutos
PÚBLICOСr$ 27.235,00
ÁRBITROSr. José Fernandes Duarte (Liga Iguaçuana)
CAMPOSCabrita; Catosca e Jarbas; Votinha, José Alves e Hugo; Chico Leão, Cesar, Amaro, Santana e Cliveraldo. Técnico: Cezar
PETRÓPOLISJorge; Dadai e Neri; Waldir, Evaldo Dumas; Anadrelli, Zezinho, Zequinha, Jardel e Didi.
GOLSSantana aos sete minutos (Campos); Amaro aos 40 minutos (Campos); Cliveraldo aos 41 minutos (Campos), no 1º Tempo. Amaro aos três e 26 minutos (Campos); Cliveraldo aos 13 minutos (Campos), no 2º Tempo.

FONTE E FOTOS: A Noite (RJ) – Jornal dos Sports (RJ)