O Miramar Esporte Clube é uma agremiação do município de Cabedelo, da Região Metropolitana de João Pessoa, do estado da Paraíba. Localizado a 18 km da capital paraibana, conta com uma população de 69.773 habitantes, segundo as estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2021.
O “Alviverde Praieiro” ou “Tubarão do Porto de Cabedelo” foi Fundado no dia 28 de março de 1928, por Antônio Sálvio de Azevedo, conhecido como “Menininho”; Pedro Toscano Pinho; Augusto Gomes Viana; João Balduino Silva; Niltinho Custódio e Pedro Costa.
A sua Sede fica localizada na Rua João José Viana, s/n, no Centro de Cabedelo/PB. No início dos anos 50, o time mandava os seus jogos na canchaCarlos Teles, no bairro praiano de Ponta de Matos. Já em meados de 50, jogava no Estádio Nivan Costa, no bairro Jardim Miramar.
Atualmente, embora possua um estádio próprio, o Francisco Figueiredo de Lima, com capacidade para 5 mil pessoas, porém não é utilizada em decorrência de sua frágil infraestrutura.
Miramar goleou time argentino
Uniforme de 2003
No domingo, do dia 18 de fevereiro de 1951, o Miramar Esporte Clube enfrentou, em amistoso, o Combinado de tripulantes argentinos dos navios “Campero” e “Lancero”. Na ocasião, o time cabedelense goleou pelo placar de 5 a 1. O jornalO Norte assim descreveu o amistoso internacional:
“Em geral os navios de nacionalidade argentina que transitam por Cabedelo, possuem a bordo quadros de futebol, demonstrando do desta maneira, o amor que os platinos têm ao belo esporte inglês.
Por isto, já se tornou comuns as disputas de partidas amistosos entre os filhos da terra de Peron com os times cabedelenses cabendo, no entanto, ressaltar, que muitas das vezes os argentinos têm levado a melhor nas lutas travadas nos gramados de Cabedelo.
No domingo, os simpatizantes do futebol. presenciaram movimentada e interessante partida entre o Miramar e um combinado, composto de tripulantes dos navios “Campero” e “Lancero”, surtos no nosso ancoradouro externo, tendo o campeão cabedelense vencido a pugna pelo escore de 5 a 1.
A partida estava esperada com certa ansiedade, porque da última visita do “Campero”, o seu time quase surpreendeu o Miramar. Desta vez, porém, o alviverde se apresentou mais arregimentado conseguindo impor a sua classe sobre os nobres visitantes.
O Miramar de Francisco Figueiredo de Lima, formou assim: Besourinho; Regel e João Viana; Cicero, Fonseca e Geraldo; Zé Viana (Oliveira), Aurelio, Enivaldo (Didi), Primeiro e Regi.
Os gols foram assinalados por Regi (três vezes), Aurelio e Oliveira (um tento cada). Apitou a partida um tripulante argentino, cuja atuação foi uma verdadeira lição de arbitragem demonstrando acerto e segurança nas suas decisões. Durante os 90 minutos de jogo, reinou a maior camaradagem e educação esportiva entre argentinos e brasileiros”.
Miramar fica com o título do Torneio Início de Cabedelo de 1952
No domingo, do dia 24 de agosto de 1952, no estádio Carlos Teles, no bairro praiano de Ponta de Matos, onde foi realizado o Torneio Início, colegiado pela Organização Desportiva Cabedelense (ODC). O evento contou com um numeroso público.
Na 1ª partida, entre Náutico e Santa Cruz, foi vencida pelo ‘Tricolor de Camalaú’ pelo escore de 2 a 0. No 2º jogo, o Miramar goleou o Conferentes pelo placar de 5 a 1.
Na 3ª peleja, que foi considerado o melhor do torneio, o Arsenal fez uma bela exibição, porém acabou derrotado pelo poderoso Portuários por 2 a 0. Na semifinal, o Miramar venceu, sem sustos, o Santa Cruz pelo placar de 3 a 0.
Na grande final, Miramar e Portuários mediram forças para definir o campeão! Os dois arqueiros foram bastante exigidos durante o jogo. Faltando cinco minutos para o termino da peleja, uma falta marcada pelo árbitro Cipriano, gerou protestos do capitão Vanderlei Amorim, dos Portuários e também nas arquibancadas com atitude de torcedores exaltados de ambos os clubes.
A confusão foi instalada e os jogadores dos Portuários se retiraram de campo, desistindo de continuar o jogo. Com isso, o Miramar foi declarado campeão, com o Portuários Esporte Clube (o alvinegro foi fundado no domingo, do dia 28 de outubro de 1951) ficando em segundo lugar e o Santa Cruz Esporte Clube, fechando o pódio, na 3ª posição.
Em 1952 (que se encerrou em abril de 1953), já sob a chancela da Liga Desportiva Cabedelense (LDC), o Miramar se sagrou campeão de forma invicta. O Portuários terminou com o vice-campeonato de Cabedelo. O Arsenal ficou na 3ª colocação.
Escudo atual
Campeão Paraibano da Série B
Após anos competindo no campeonato citadino, o Miramar Esporte Clube faturou o seu 1º título na esfera profissional. No Campeonato Paraibano da 2ª Divisão de 2001, o “Alviverde Praieiro” conquistou, de forma invicta, o título. Em seguida, participou de cinco edições do Campeonato Paraibano da 1ª Divisão: 2002, 2003, 2004, 2011 e 2015, sendo vice-campeão da Copa Paraíba.
Já no Estadual (2004), o Miramar acabou na 9ª e última colocação(foram quatro pontos em oito jogos: uma vitória, um empate e seis derrotas; marcando 10 gols, sofrendo 23 tentos e um saldo negativo de 13), resultando no rebaixamento para o Estadual da Segunda Divisão.
Após cinco temporadas ausente, o “Tubarão do Porto de Cabedelo” retornou à ativa em 2010, a fim disputar o Campeonato Paraibano da 2ª Divisão, e foi promovido com o vice-campeonato, junto com o CSP(campeão).
No entanto, no seu retorno à Primeira Divisão de 2011, com a presença de 10 clubes, o Miramar não foi bem e amargou a lanterna(foram quatro pontos e 18 jogos: quatro empates e 14 derrotas; 16 gols pró, 50 tentos contra e um saldo negativo de 34), sendo rebaixado.
De volta a Segundona de 2012, o Miramar ficou no Grupo Litoral, composto por quatro equipes (Desportiva Guarabira, Santa Cruz e Sport Campina). O “Alviverde Praieiro” ficou na 2ª posição, avançando para a Fase Final.
No quadrangular derradeiro (Atlético-PB, Cruzeiro-PB e Desportiva Guarabira), o Miramar não foi bem terminando em 4º lugar. O clube se ausentou no ano seguinte, retornando em 2014.
O Estadual da 2ª Divisão de 2014, contou com a participação de 11 clubes, divididos em três grupos (Agreste, Litoral e Sertão). Pelo Grupo Litoral, o campeão foi o Lucena Sport Club. Apesar ter ficado em 2º lugar, o Miramar avançou para o Triangular Final.
Após quatro rodadas, o Lucena Sport Club ficou com o título, enquanto o Miramar ficou com o vice-campeonato da Segundona. Com isso, o “Tubarão do Porto” disputaria novamente a divisão principal do futebol paraibano em 2015.
Porém, na Elite do Futebol Paraibano, o Miramar voltou a decepcionar, terminando na 10ª e última colocação(foram cinco pontos em 18 jogos: uma vitória, cinco empates e 15 derrotas; marcando 12 gols, sofrendo 40 e um saldo de menos 28), sendo rebaixado.
Em 2016 e 2017, o time fez uma campanha ruim na Segundona, terminando em ambos, em último na sua chave. Em 2018, acabou se ausentando e retornando em 2019. Porém, o Miramar fez uma péssima campanha e acabou rebaixado para o Campeonato Paraibano da 3ª Divisão.
Com a pandemia da Covid-19, a competição só se realizou em 2021, mas o Miramar não participou. Retornou na Terceirona de 2022, com quatro equipes, lutando por duas vagas de acesso. Mas o somou apenas um ponto e ficou pelo caminho.
Campeão Paraibano da Terceira Divisão
Após ausência no ano seguinte, o Miramar voltou com uma postura. O Campeonato Paraibano da 3ª Divisão de 2024, contou com a presença de quatro equipes: Socremo Serrano, Sabugy, FEMAR e Miramar.
Na 1ª Fase, o “Alviverde Praieiro” ficou na 2ª colocação(seis pontos em três jogos: duas vitórias e uma derrota; marcando cinco, sofrendo quatro e um saldo de um gol), só atrás do Socremo Serrano que somou nove pontos.
O regulamento determinava que a final entre o primeiro e segundo lugares, fosse em um jogo com o mandando de campo para o time de melhor campanha.
No domingo, do dia 15 de dezembro de 2024, às 16h30min., o Socremo Serrano recebeu o Miramar, no Estádio Inácio José Feitosa, o ‘Feitosão’, em Monteiro/PB. Após empate no tempo normal em 1 a 1, a decisão foi para os pênaltis, e o Miramar teve mais ‘sangue frio’ e bateu o seu oponente por 4 a 3, ficando com o inédito título.
Esse ano, no Estadual da 2ª Divisão de 2025, fechou a Primeira Fase na 4ª posição, garantindo vaga nas Quartas de Final. Apesar de jogar em casa, o Miramar acabou goleado pela Desportiva Guarabira por 4 a 1, e acabou dando adeus ao sonho de retornar à Primeira Divisão.
Algumas formações da década de 50
Time base de 1951: Besourinho; Regel e João Viana; Cicero, Fonseca e Geraldo; Zé Viana (Oliveira), Aurelio, Enivaldo (Didi), Primeiro e Regi. Técnico: Francisco Figueiredo de Lima.
Time base de 1952: Ives (Manguzá); Regel e Natanael; Cicero, Pihino (Soares) e Magalhães (Geraldo); Regi (Nelson), Betinho (Teles), Paraíba (Prazeres), Tota (Bombeiro) e Aurelio (Zé Viana). Técnico: Francisco Figueiredo de Lima.
Time base de 1953: Manguzá; Geraldo (Paraíba ou Betinho) e Regel (Galego); Soares, Pihino (Neco) e Cicero (Biu); Zé Viana (Joãosinho), Prazeres (Aurélio), Tota (Nelson), Bombeiro (Samuca) e Regi. Técnico: Francisco Figueiredo de Lima.
Time base de 1954:Regis; Cicero e Xexéu; Graça, Onildo e Valdomiro; Pihino, Regel, Joel, Prazeres e Edgard.
Time base de 1955:Moribundo; Leca e Galego; Nido (Cicero), Garça e Ivanildo; Regel, Prazeres, Renato, Onildo e Joel.
Time base de 1956:Milson (Aldemir); Aluilce (Guilherme) e Nordio; Joubert, Walter (Fernando) e Antônio; Dez (Chiquinho), Miluca (Tartaruga), Huguinho (Petronio), Demostheres, Cacabeiras e Djair (Binha). Técnico: Vicinho.
ARTE: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello
Colaborou: Adeilton Alves
FOTO: Mercado Livre
FONTES: site do clube – Rsssf Brasil – Bola n@ Área – O Norte (PB)
America posado, em PÉ (esquerda para a direita): Russo, Uchoa, Alex, Wilson, País e Álvaro; AGACHADOS (esquerda para a direita): Serginho, Léo Oliveira, Mário, César e Aílton.
America posado, em PÉ (esquerda para a direita): Russo, Uchoa, Alex, Wilson, País e Álvaro; AGACHADOS (esquerda para a direita): Serginho, Léo Oliveira, Mário, César e Aílton.
FOTO: Acervo de Alexandre Kamianecky (ex-jogador Alex, do America FC)
O Mavilis Football Club foi uma agremiação do bairro do Caju, situado na zona norte (vizinho a zona portuária), da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A história começou com o surgimento da Fábrica de Tecidos Pau Grande, em 1878, no bairro de Pau Grande (terra de Mané Garrincha), no distrito de Vila Inhomirim, em Magé (na região Metropolitana), do estado do Rio de Janeiro.
Em 1885, passou a se chamar Companhia de Fiação e Tecidos Pau Grande (CFTPG). Um de seus diretores era o gaúchoManuel Vicente Lisboa, comerciante e atacadista de tecidos, considerado pelos demais sócios o responsável pela reorganização da empresa. De 1889 a 1896, foi o presidente.
Em 1891 a CFTPG adquiriu da Companhia Manufatureira Cruzeiro do Sul a Fábrica Cruzeiro, que estava em construção na área de uma chácara existente na Rua Barão de Mesquita, nº 82, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Em 1892, a CFTPG passou a se chamar Companhia América Fabril.
Em 1903, a empresa cresceu ainda mais, ao comprar a Fábrica Bonfim, que havia pertencido à Companhia União Industrial São Sebastião, e que se localizava na Rua General Gurjão, nº 25, no bairro do Caju – próximo à estação inicial da Estrada de Ferro Rio d’Ouro.
Em 1910, construiu uma nova unidade fabril ao lado da Fábrica Bonfim, no nº 81 da mesma rua. Em homenagem ao Manuel Vicente Lisboa, essa fábrica acabou sendo batizada de “Mavilis”, sigla formada pelas primeiras sílabas de seu nome.
Para controlar o lazer de seus funcionários, a empresa criou, em 1919, a Associação dos Operários da América Fabril. Mas além dela, as unidades fabris também tinham seus times próprios.
Por exemplo, a Fábrica Pau Grande sustentava o S.C. Pau Grande, em que, a partir de 1947, jogou um garoto de 14 anos chamado Manuel dos Santos, mais conhecido por “Garrincha”.
A Fábrica Cruzeiro apoiava o Andarahy Athletico Club, que jogava num terreno vizinho, situado na rua Barão de São Francisco, nº 236, que depois pertenceu ao America F.C., que nada tinha a ver com o América Fabril.
Nessa leva, surgiu a ideia de se criar um time, inspirado no antigo Mavilis Brasileiro F.C., que foi fundado por moradores do Bairro de São Cristóvão, principalmente os operários da Fábrica Mavilis e Bonfim (um dos tentáculos da Cia. América Fabril).
Time posado do Mavilis, em 1930
Fundação do Mavilis F.C.
Assim, foi Fundado na terça-feira, do dia 23 de setembro de 1913, por Manuel Vicente Lisboa, que definiu o nome utilizando as primeiras silabas do nome e sobrenomes: MAnuel VIcente LISboa = MAVILIS. O sócio nº 1, foi Joel de Sousa Martins(ex-jogador do Fluminense).
Foram os seus pioneiros: Silva, Constantino, Isnard Pires, Evaristo Teixeira e muitos outros que não mediram sacrifícios e deram o passo inicial para fundar uma nova agremiação. Pelo apoio que receberam da Fábrica Mavilis.
Primeira Diretoria
A 1ª Diretoria foi liderado pelo PresidenteManuel Vicente Lisboa, que tinha os seguintes diretores: Evaristo Teixeira Ferreira; Guilherme Paraense Filho; Manuel Silva, Adelino da Fontes, Antônio Corrêa Torres, Antônio da Silva Guimarães, Constantino Teixeira e Pedro Chagas.
Dentre os nomes acima, uma curiosidade: Guilherme Paraense Filho era filho do tenente do Exército e atleta de Tiro Esportivo do Fluminense, Guilherme Paraense, que foi o 1º brasileiro a conquistar medalha de ouro, na Olimpíada de Antuérpia (Bélgica), na terça-feira, do dia 3 de agosto de 1920.
As cores e o responsável pela aquisição do campo
As cores escolhidas foi o vermelho e azul, inspirado na bandeira inglesa, que na época dominavam as indústrias nesta cidade. A sua Sede e a Praça de Esportes (Praia do Retiro Saudoso) ficavam localizados na Rua Carlos Seidl, nº 993, no simpático bairro do Caju, na zona norte do Rio.
A construção de seu campo teve no desportista Afonso Bebiano um abnegado ao extremo, pois foi quem doou ao clube uma vasta área, na ocasião pantanosa, mas que graças aos verdadeiros mavilenses, conseguiram aterrá-la e construir ali sua praça de esportes.
Uma das primeiras preocupações de seus dirigentes, foi estipular a mensalidade de um tostão antigo, importância essa que em 1913, os seus fundadores encontravam dificuldade para saldar.
Outras modalidades
Além do futebol, o Mavilis foi um dos pioneiros no Futebol de Salão (Futsal) na Guanabara, contando com uma equipe de voleibol. Na década de 60, tinha a ‘queda de braço’, onde clube foi bicampeão com o seu atleta Raimundo Teixeira, na categoria de peso mosca; assim como uma equipe da Pesca Desportiva, criada sob a direção do sr. José Secundo, e filiada à Federação de Pesca.
Fase áurea na década de 30
Em que pese ter permanecido como um clube amadorista a ‘era de ouro’ do Mavilis FC, foi ainda no período amadorista do futebol brasileiro, isso até o ano de 1932. Em 1929, com os seus Primeiros e Segundos Quadros, o Mavilis Football Club, sagrou-se campeão da Liga Suburbana.
Em 1932, quando o Botafogo levantou o último título do amadorismo, o Mavilis realizou excelente campanha, chegando ao vice-campeonato, na antiga AMEA. Mais tarde passou a ser filiado da Liga Suburbana de Desportos e finalmente ajudou a fundar o Departamento Autônomo da Federação Carioca de Futebol (FCF).
Duas participações na Elite do Futebol Carioca
O Rubro-anil do Caju disputou duas edições do Campeonato Carioca da 1ª Divisão, em 1933 e 1934. O maior momento feito do Mavilis aconteceu em 1934, quando terminou na 2ª colocação do Campeonato Carioca da 1ª Divisão, organizado pela AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos).
Como o Mavilis ingressou no Carioca da 1ª Divisão? Na quinta-feira, do dia 9 de Março de 1933, a AMEA se encontrava em “maus lenções”, com a debandada do Fluminense, Vasco, Flamengo, America, Bangu e Bonsucesso. Diante dessa crise, a entidade convidou o Mavilis, Confiança, River, Olaria e Carioca para recompor o certame.
Mavilis é eliminado pelo Botafogo no Torneio Início de 1933
O Torneio Início do Carioca da AMEA de 1933, foi realizado no domingo, às 11h25min., do dia 16 de abril, no Estádio General Severiano, no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio. O Mavilis estreou com vitória diante do Sport Club Brasil (Urca), pelo placar de 1 a 0. O time formou: China; Genaro e Bagueth; Nenê, Silvério e Procópio; Alvinho, Pisca, Aragão, Hélio e Honorino.
O árbitro foi Vicente Neiva Filho. Porém, na segunda fase, o Rubro-Anil do Caju caiu para o Botafogo, que venceu por 3 a 0. O clube da Estrela Solitária chegou na final, mas acabou derrotado pelo São Christóvão Athletico Club por 3 a 0. O time Cadete ficou com o título, enquanto o Botafogo ficou com o vice.
Mavilis fica na 7ª posição no Carioca de 1933
Na tarde chuvosa de domingo, do dia 21 de maio de 1933, o Mavilis debutou na Elite do Futebol Carioca, diante do Engenho de Dentro, no EstádioRetiro Saudoso, na Rua Carlos Seidl, no Caju, na zona norte do Rio.
Um bom público compareceu para prestigiar o Rubro-Anil do Caju, que apesar da boa atuação, ficou no empate em 2 a 2. Na primeira etapa, o Mavilis abriu o 0000ppppplacar por intermédio do atacante Honorino.
Na etapa complementar, Mario soltou um foguete para deixar tudo igual. Aos 40 minutos, novamente, Mario fez o 2º tento, colocando o Engenho de Dentro em vantagem. Logo depois, após um escanteio, Pisca I testou de forma fulminante deixando placar em ippgualdade. O árbitro foi o sr. Pedro Gomes de Carvalho. Nos Segundos Quadros, o Mavilis goleou o oponente por 4 a 0.
O Mavilis: Medonho; Nenê e Bagueth; Camisa, Silvério e Pequenino; Araujo, Harven (Pisca I), Aragão, Honorino e Camarinha.
Engenho de Dentro: Walter; China e Virada; Quino, Adelino e Rubens; 23, Mario, Manolo, Antônio e Aduane.
Em junho de1933, o Mavilis acabou perdendo um dos destaques, o atacante Honorino, que se transferiu para o Bonsucesso Futebol Clube.
Somente na sexta rodada, o Mavilis obteve a sua 1ª vitória no Carioca de 1933. No domingo, do dia 09 de julho, o Rubro-Anil do Caju foi até a Rua João Pinheiro, no bairro da Piedade, vencendo de forma convincente o brioso River Football Club pelo placar de 3 a 0.
Os gols foram assinalados por Camarinha, no final do 1º tempo. Anníbal no início da segunda etapa e, novamente, Camarinha, deu números finais ao jogo. Carlos de Carvalho, o “Americano” (Andarahy AC), foi o árbitro da peleja.
River: Nicanor; Pery e Luiz II; Orestino, Gradim e Bolão; China, Manoelzinho, Alemão (Bebeto) e Mies.
Mavilis: Medonho; Bagueth e Genaro; Pequenino, Camisa e Annibal; Alô, Aragão, Goulart, Galhoti e Camarinha.
Campanha do Mavilis em 1933
21 de maio
Mavilis FC
2
X
2
Engenho de Dentro AC
28 de maio
Olaria AC
2
X
2
Mavilis FC
11 de junho
Mavilis FC
3
X
3
SC Cocotá
18 de junho
Mavilis FC
1
X
4
Botafogo FC
25 de junho
SC Brasil
1
X
1
Mavilis FC
09 de julho
River FC
0
X
3
Mavilis FC
23 de julho
Mavilis FC
3
X
3
Andarahy AC
30 de julho
AA Portuguesa
3
X
3
Mavilis FC
27 de agosto
Mavilis FC
2
X
2
Confiança AC
03 de setembro
Engenho de Dentro AC
3
X
1
Mavilis FC
10 de setembro
Mavilis FC
2
X
4
Olaria AC
1º de outubro
Botafogo FC
3
X
0
Mavilis FC
29 de outubro
Mavilis FC
4
X
1
River FC
05 de novembro
Andarahy AC
2
X
2
Mavilis FC
12 de novembro
Mavilis FC
3
X
2
AA Portuguesa
19 de novembro
Confiança AC
4
X
2
Mavilis FC
26 de novembro
Mavilis FC
2
X
1
SC Brasil
03 de dezembro
SC Cocotá
WO
X
–
Mavilis FC *
*Um dia antes da partida, o Mavilis entregou os pontos ao Cocotá, enviando Ofício a AMEA, comunicando que não iria comparecer na Ilha do Governador.
No final, o Mavilis fechou o Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1933, na 7ª posição (num total de 10 clubes): foram 16 pontos em 18 jogos; com quatro vitórias; oito empates e seis derrotas; marcando 36 gols, sofrendo 40 e um saldo negativo de quatro.
O time-base de 1933, do Mavilis: Medonho (Agostinho, Ismael ou China); Nenê (Genaro ou Mello) e Bagueth (Oswaldo ou Genesio); Annibal (Pequenino), Silvério e Camisa; Alô (Ernani ou Araujo), Hermes (Harven ou Tita), Aragão (Mario ou Pisca I), Honorino (Freire ou Goulart) e Camarinha (Galhoti).
Mavilis vice-campeão do Torneio Início de 1934
Um pequeno público compareceu no estádio do Andarahy, na Rua Barão de São Francisco, no bairro do Andaraí, na zona norte do Rio, a fim de assistir o Torneio Início entre os clubes da 1ª Divisão da AMEA, tanto que a renda não chegou a alcançar oitocentos mil réis!
O Mavilis estreou vencendo, no 2º jogo, o River pelo placar de 2 a 1. Arbitragem ficou a cargo do sr. Alfredo da Silva Mesquita. O Mavilis jogou assim: Antônio; Alfredo e Genaro; Silvério, Alô e Antônio; João, Augusto, Ary, Freire e Motta Filho.
O River: Alipio; Francisco e Mello; Rocha, Malaquias e Antonio; Canedo, Oliveira, Couto, Dutra e Luiz.
Na segunda fase, com arbitragem do sr. Carlos de Carvalho, o Mavilis bateu o Confiança, por 2 a 0. O Mavilis: Antônio; Alfredo e Genaro; Silvério, Alô e Antônio; João, Augusto, Ary, Freire e Motta Filho.
Confiança: Couto, Altair e Josué; Elias, Waldemar e Syrio; Euclydes, Rosas, Freitas, Salvador e Martiniano.
Na semifinal, o Mavilis e Olaria empataram sem gols, porém no 1º critério de desempate, o Rubro-Anil do Caju avançou por 2 escanteios a zero. O árbitro foi Alfredo da Silva Mesquita.
O Mavilis: Antônio; Alfredo e Genaro; Silvério, Alô e Antônio; João, Augusto, Ary, Freire e Motta Filho.
Olaria: João; Alfredo e Armindo; Germano, Augusto e Joaquim (Viveiros); Horácio, Rubem Gago, Vieira; Corrêa e Pierre.
Na grande final, com arbitragem de Sebastião de Campos Cesário, Botafogo e Mavilis empataram sem gols, no tempo normal. Na prorrogação, o clube da Estrela Solitária venceu por 1 a 0. O herói foi o atacante Pirica, autor do gol do título. Com isso, o Mavilis ficou com o vice do Torneio Início de 1934.
O Mavilis: Antônio; Alfredo e Genaro; Silvério, Alô e Antônio; João, Augusto, Ary, Freire e Motta Filho.
Botafogo: Germano; Orlando e Vicente; Affonso, Waldyr e John; Eloy, Beijinho, Carvalho Leite, Jayme e Pirica.
Vice-campeão Carioca de 1934
Na estreia do Carioca de 1934 – no domingo, do dia 15 de abril – O Mavilis venceu o Engenho de Dentro por 2 a 1, no EstádioRetiro Saudoso, na Rua Carlos Seidl, no Caju.
Os gols foram assinalados por Ary e Aragão para o Mavilis; enquanto Mário fez o tento de honra do Engenho de Dentro. Sebastião de Campos Cesário foi árbitro da partida. O time do Caju formou assim: Ninho; Alfredo e Genaro; Parreira, Silvério e Alô II; Antoninho, Juca, Aragão, Pisca II e Ary e Alô II (Cap.).
No returno, o Mavilis venceu o Botafogo, que foi o campeão, por 2 a 0(Gols de Honório e Chavão, ambos na etapa final), em casa, no domingo, do dia 22 de julho de 1934. No final foram 13 pontos em 11 jogos; com seis vitórias, um empate e cinco derrotas; marcando 29 gols, sofrendo 26 e um saldo positivo de três tentos, terminando na 2ª colocação.
Campanha do Mavilis em 1934
15 de abril
Mavilis FC
2
X
1
Engenho de Dentro AC
22 de abril
Botafogo FC
4
X
2
Mavilis FC
29 de abril
Mavilis FC
4
X
2
Olaria AC
13 de maio
SC Cocotá
4
X
3
Mavilis FC
20 de maio
Mavilis FC
3
X
3
Andarahy AC
03 de junho
AA Portuguesa
1
X
3
Mavilis FC
10 de junho *
Mavilis FC
WO
X
–
River FC
24 de junho
SC Brasil
–
X
WO
Mavilis FC
1º de Julho
Confiança AC
–
X
WO
Mavilis FC
15 de Julho
Engenho de Dentro AC
–
X
WO
Mavilis FC
22 de julho
Mavilis FC
2
X
0
Botafogo FC
29 de julho **
Olaria AC
3
X
0
Mavilis FC
5 de agosto
Mavilis FC
WO
X
–
SC Cocotá
12 de agosto
Mavilis FC
7
X
3
AA Portuguesa
9 de setembro
River FC
–
X
WO
Mavilis FC
23 de setembro
Mavilis FC
WO
X
–
SC Brasil
30 de setembro
Mavilis FC
WO
X
–
Confiança AC
13/01/1935
Andarahy AC
5
X
3
Mavilis FC
*Em razão da recusa da AMEA, em não inscrever o atleta Alfredo daSilva, do River FC, por não conter a assinatura do presidente do clube ehaver este atestado o boletim em data anterior a do requerimento feito pelojogador. O River FC, em represália, não compareceu ao jogo do dia 10 dejunho contra o Mavilis FC, perdendo por WO.
**A partida foi interrompida e concluída em 28 de outubro de 1934.
Os demais WO não foram computados, pois os clubes abandoram a competição.
Mavilis é colocado na 2ª Divisão da FMD e desiste de participar do Carioca de 1935
Arquibancadas do tradicional Mavilis, que com apoio dos moradores e comércio da localidade poderá desaparecer, dando lugar a outra, confortável e digna de clube.
Com a criação da nova entidade carioca(Federação Metropolitana de Desportos, no dia 11 de dezembro de 1934), ficou definido em reunião, na sexta-feira, do dia 08 de março de 1935, os seguintes integrantes da Primeira Divisão: Vasco da Gama, Botafogo, Bangu, Carioca, Andarahy, Olaria, Brasil e Madureira.
A decisão de colocar o clube para a Segunda Divisão, da FMD, não agradou a diretoria do Mavilis. Após Assembleia, na terça-feira, do dia 07 de maio de 1935, ficou decidido que o clube não iria participar do campeonato da FMD. E assim, o Mavilis nunca mais voltou a disputar a Elite do Futebol Carioca.
Campeão na Federação Suburbana de 1938
Acervo de Sérgio Mello – campo do Mavilis, na década de 70
O Mavilis ajudou a fundar a Federação Athletica Suburbana (FAS), onde se sagrou campeão da Zona Sul, no domingo, do dia 5 de julho de 1938, ao bater o Sport Club Rodrigues pelo placar de 4 a 2, no estádio da Avenida Francisco Bicalho, que margeia os bairros do Santo Cristo e de São Cristóvão, situados na Zona Central do Rio.
Os gols foram assinalados pelo meia esquerda Hugo e João, com dois tentos cada para o Mavilis; enquanto Alyrio e Gato fizeram os gols do SC Rodrigues. O árbitro foi o sr. Abilio dos Santos. Na preliminar, os Segundo Quadros, do Mavilis goleou o SC Rodrigues pelo placar de 7 a 2.
Mavilis: Waldemar; Deport e Oswaldo; Alô, Leleco e Tavares; João, Carlos, Walter, Hugo e Moinho.
SC Rodrigues: Phantasma; Alberto e Carijó; Nunes, Herculano e Carestia; Lindo, Bahia, Gato, Marinho e Alyrio.
Conforme pretensões da diretoria mavilense, no lugar desta velha sede esportiva, deverá surgir um belo ginásio.
Mavilis foi um dos fundadores do DA
Na quinta-feira, do dia 07 de julho de 1949, o Mavilis foi um dos fundadores do Departamento Autônomo (DA). O seu melhor resultado aconteceu em 1969, quando terminou com o vice-campeonato, ao perder na decisão para o Atlético Clube Nacional.
Mavilis enfrentou o Flamengo
Na tarde de domingo, do dia 04 de janeiro de 1942, os profissionais do Flamengo enfrentaram, em amistoso, o Mavilis (que tinha ingressado recentemente na Federação Metropolitana, para disputar a Segunda Divisão), no Caju.
Venceu o Rubro-Negro
A luta, como não podia deixar de ser, atraiu ao seu local um público numeroso, que não regateou aplausos ante o espetáculo movimentado que caracterizou o match durante todo o seu transcurso.
A arbitragem do match, esteve a cargo do sr. Pereira da Silva, cujo desempenho satisfez plenamente. Na preliminar, o Tira Teima F. C. venceu o Sapucaia, pela contagem de 3 a 1.
Embora o Flamengo fosse apontado como franco favorito, todavia o seu triunfo não foi fácil. Lutaram os rubro-negros frente a um conjunto que, além de soberanamente organizado, possui ainda um entusiasmo que em certos momentos superou a técnica a superioridade da equipe do campeão de terra e mar.
Assim, o Flamengo teve que agir com bastante cautela, para vencer após uma batalha renhida pela contagem de 5 a 3. Os gols foram marcados pelos rubro-negros por Waldyr(três tentos), Nandinho e Lupércio, um gol cada. Pelo Mavilis, o atacante Vareta, duas vezes, e Djalma, de pênalti, fizeram os gols.
Quadros
Flamengo: Hélio; Barradas e Assumpção; Biguá, Hélio e Médio; Lupércio, Nandinho, Waldyr, Vevé e Jarbas.
Mavilis: Jagunço; Tavares e Waldyr; Aguiar, Tarzan e Flavio; Leléco, Otto, Osmar, 64 (Djalma) e Vareta.
Utilidade Pública
Acervo de Sérgio Mello – campo do Mavilis, na década de 70
O clube foi declarado de Utilidade Pública pela Lei Municipal nº 936, na terça-feira, do dia 15 de setembro de 1959.
Números de sócios em 1967
Em 1967, o uniformeera camisa branca listras azuis e vermelhas, horizontais e calções azuis. Além do Futebol, o clube ainda contava com Futebol de Salão (Futsal), Voleibol, Tênis de Mesa, Torneios de Pesca e Queda de Braço. Nesse ano (1967), o clube contava com o seguinte número de associados: 326 contribuintes; 578 remidos; 22 beneméritos e 13 atletas.
Anos 60: tempos de ‘vacas magras’
Embora o futebol fosse a sua principal atividade esportiva, várias vezes o clube viu-se obrigado a ficar afastado do campeonato amador promovido pelo DA, por dificuldades financeiras.
Em 1966, por faltar-lhes condições ficou ausente do campeonato, com a finalidade de poder brilhar em 1967, contudo houve a falta de sorte do Mavilis, que foi atingido pelas enchentes do princípio do ano e os muros que circundam o seu estádio ruíram e na reconstrução dos mesmos.
O dinheiro reservado para custear sua participação no DA foi usado nas obras. Com isso, o Mavilis não disputou o certame do Departamento Autônomo (DA) de 1967.
Diretoria de 1967:
Presidente – Jaime de Melo Borges;
Vice-presidente – Luís de Oliveira;
1º Secretário – Antônio Teixeira Filho;
2º Secretário – Irio Ferreira dos Santos;
1º Tesoureiro – Sátiro da Conceição;
2º Tesoureiro – Paulo dos Santos Sportistch;
Diretor do Departamento de Veteranos – Pedro Fonseca.
Vitrine de troféus do Mavilis, dentre eles um busto de Getúlio Vargas.
Títulos conquistados em 1913 a 1969:
Campeão do 1º e 2º Quadros da Liga Brasileira de Desportos (1923);
Campeão da Liga Suburbana (1929);
Campeão Carioca dos Segundos Quadros da Segunda Divisão (1931);
Vice-campeão da ANEA, sendo que o Botafogo foi o campeão (1932);
Vice-campeão do Torneio Início do Campeonato Carioca (1934);
Campeão da Zona Sul da Federação Atlética Suburbana (1938);
Campeão de Aspirantes do Departamento Autônomo (1951);
Campeão da Série Urbana, na categoria de Aspirantes (1951);
Supercampeão de Aspirantes do Departamento Autônomo (1957);
Campeão de Aspirantes da Série Alfredo Tranjan (1957);
Campeão de Aspirantes do Departamento Autônomo (1958);
Campeão da Disciplina (1960);
Vice-campeão do Torneio Major Aulio Nazareno, na categoria Infanto-juvenil (1961);
Campeão do Torneio Início Infanto-juvenil (1962);
Vice-campeão de Aspirantes da Série Durval Figueiredo (1963);
Campeão da Série Durval Figueredo de amadores (1963);
Vice-campeão de Aspirantes da Série Almir Santos (1964);
Bicampeão Carioca de ‘Queda Braço’, na categoria Mosca médios (1963-64);
Vice-campeão Carioca de ‘Queda Braço’, na categoria nos Médios (1963-64).
Campeão da Série Comitê Olímpico Brasileiro, do Departamento Autônomo (1969);
Vice-campeão do Departamento Autônomo, categoria adultos (1969);
Alguns jogadores revelados:
Pascoal, Espanhol e Vicente (o Pé de Ouro), no amadorismo (Vasco da Gama e depois, São Cristóvão); Djalma (Flamengo); Gualter (Bangu, Fluminense e São Cristóvão); Joel (Fluminense); Santo Cristo (São Cristóvão, Vasco da Gama e outros); Constantino (Sedan, da França); Sérgio (Vasco da Gama); Jurandir (Athletico Paranaense); Tião (Coritiba);. o ponta-direita Tonho (Bangu, em 1967); O ponta esquerda Antônio Carlos (Botafogo, em 1989), centroavante Nando (Flamengo, em 1989).
O alambrado do campo do Mavilis, no Caju. O clube está trabalhando para construir o novo muro, pois o antigo foi derrubado pelos temporais no início de 1967.
Fim da linha do Mavilis
Na década de 70, o clube participou com as equipes de base. Além disso, o campo era utilizado pela escolinha de futebol e o juvenil do Fluminense treinavam ali. Em 1980, começou a derrocada, após a Cia.América Fabril ter entrado na justiça com pedido de reintegração da posse, pelo que fez um depósito de Cr$ 42 milhões como indenização pelas benfeitorias da sede do Mavilis Futebol Clube. Vale lembrar que os terrenos da Rua Carlos Seidl, no Caju foram cedidos pela União e Indústria América Fabril, em 1913.
A Associação de Moradores do Caju e a diretoria do Mavilis, alegavam que parte dos terrenos pertencia a Marinha e ao Arsenal de Guerra, e, além disso, a fábrica, falida em 1975, não poderia dispor da quantia depositada, a menos que houvesse algum grupo interessado na utilização da área.
O espaço físico possuía 10 mil m² divididos em um campo de futebol, duas quadras de futebol Society, bar, vestiários e um galpão para festas e prática de esportes.
A relação entre o clube e os moradores da região era estreita, uma vez que o Mavilis cumpria uma função social, cedendo espaço para o lazer dos moradores mais humildes e acolhendo os desabrigados.
Na época, a presidente da Associação de Moradores do Caju, Shirley Salim, revelou que o Mavilis “foi a salvação” quando 30 barracos da comunidade do Buraco da Lacraia foram destruídos por um incêndio em outubro de 1982: “Os moradores foram instalados justamente aqui. E agora estou pedindo espaço para quatro famílias que não têm onde ficar“.
As cinco favelas do bairro, segundo o diretor social Edgar Antônio da Silva, eram as mais beneficiadas, pois ali elas promoviam festas e partidas de futebol sem que nada lhes seja cobrado.
O Mavilis contava com 384 sócios que, desde 1976, não pagavam a taxa de manutenção mensal de Cr$ 50,00. O barzinho estava arrendado e os Cr$ 100 mil que a diretoria do clube receberia não seriam suficientes para o pagamento de Cr$ 140 mil pelo fornecimento de energia ou de Cr$ 20 mil semanais pelo trabalho do zelador.
Infelizmente, após uma longa batalha judicial com a Cia. América Fabril, então em liquidação judicial, o Mavilis Futebol Clube acabou perdendo. Mesmo com o clamor dos moradores do Caju, o Rubro-Anil do Caju acabou sendo despejado, a sede destruída, colocando um ponto final em mais de 70 anos de história!
Imagem visto de cima de como está atualmente a antiga sede e o campo do Mavilis (linha vermelha)
ARTE: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello
FOTOS: Estadio – Supplemento Semanal Sportivo de O Cruzeiro (RJ) – O Globo Sportivo (RJ) – Google Maps Street View– Acervo de Sérgio Mello
FONTES: A Luta Democrática (RJ) – Jornal do Brasil (RJ) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Globo (RJ) – Nilo Dias – O Jornal (RJ) – Última Hora (RJ)
EM PÉ (esquerda para a direita): Leleu, Ivan Silva, Otávio, Cosme, Afonsinho e Djalma; AGACHADOS (esquerda para a direita): Ronaldinho, Mozart, Pedrada, João Daniel e Reynaldo.
EM PÉ (Esquerda para a direita): Babá, Sarkis, Othilio, Barote, Claudio (campeão de goals), Waldemiro, DODA e Lago (Director esportivo); AGACHADOS (Esquerda para a direita): Alceu, Jano, Bosambo e Hildebrando.
O GREFFEM – Grêmio Recreativo e Esportivo dos Funcionários da FEM (Fábrica de Estruturas Metálicas) S/A, é uma agremiação esportiva e recreativa vinculada à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) da cidade de Volta Redonda (RJ).
Localizado na Região Sul Fluminense, a Cidade do Aço fica a 127 km da capital do estado do Rio de Janeiro, contando com uma população de 261.584 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022.
Fundado na quinta-feira, do dia 26 de Junho de 1986, a fábrica (FEM) é uma unidade da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), com intuito de promover atividades sociais, culturais e esportivas para seus associados, que são funcionários da FEM/CSN.
A sua Sede(edifício Guilherme Guinle, no Clube dos Funcionários da CSN) fica situada na Rua Gal. Osvaldo Pinto da Veiga, 231/ 8º andar, no bairro Vila Santa Cecília, em Volta Redonda (RJ).
O GREFFEM tem uma história ligada ao esporte na região, tendo participado de competições de futebol em divisões inferiores do Campeonato Carioca, na década de 90.
Em 1993, o clube participou da IVCopa Vale do Paraíba de Futebol Amador, promovida pela Liga Desportiva de Volta Redonda (LDVR). Participaram da competição:
AE Retiro – América – Campo Alegre – ASFUSVE – Fluminense de Vassouras – Humaitá – Juventude – Nacional de Barra Mansa – Nacional de Itatiaia – Nova Geração – Parreiras – Porto Futebol Clube – Opala Sport – Verona –Unidos – XV de Novembro.
Clubes de funcionários de grandes empresas, como o “Clube dos Funcionários da CSN” (que parece ser a entidade principal que gerencia as atividades sociais e esportivas dos funcionários da CSN em geral, incluindo os da FEM), são comuns em Volta Redonda e oferecem uma ampla gama de atividades, como:
Diversas modalidades esportivas (futsal, vôlei, basquete, ginástica artística, etc.); Eventos sociais e culturais; Infraestrutura de lazer (piscinas, quadras, etc.).
ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello
FONTES: Anotações pessoais – Jornal dos Sports (RJ)
O Alecrim Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Natal (RN). A sua Sede fica localizada na Rua dos Caicós (antiga Avenida Sete), nº 1.722, no bairro Alecrim, em Natal/RN.
História
Fundado no domingo, do dia 15 de agosto de 1915, por um grupo de rapazes formado por Lauro Medeiros, Pedro Dantas, Cel. Solon Andrade, José Firmino, Lauro Medeiros, Humberto Medeiros, Gentil de Oliveira, José Tinoco, João Café Filho, Juvenal Pimentel e Miguel Firmino.
O local da fundação foi o sítio Vila Maria, pertencente a Cândido Medeiros, na atual Rua General Fonseca e Silva, próximo da atual Igreja São Pedro em Natal/RN, no então longínquo bairro do Alecrim (na época o bairro era considerado zona rural de Natal-RN). Lauro Cândido de Medeiros foi o 1º presidente.
A ideia inicial que motivou a fundação do clube esmeraldino tinha como objetivo principal ajudar de forma filantrópica as crianças pobres do bairro que lhe deu origem. Com efeito, o clube esmeraldino fundou e manteve uma escola noturna para essas crianças.
Dessa forma o Alecrim atendia a um apelo de uma campanha nacional patrocinada pelo Presidente da República do Brasil Venceslau Brás, que tinha como objetivo erradicar o analfabetismo no país.
No início o time era formado por negros e índios
Além do mais, na época, jogadores e torcedores de ABC e América de Natal faziam parte da elite da cidade, enquanto o Alecrim FC era composto basicamente por negros e descendentes de índios(moradores do bairro), o que os expunham a todo tipo de preconceito, que aliás, era muito comum no início do desenvolvimento do esporte bretão em nosso país.
O Vingador
O Alecrim nos anos 60 era chamado de “o vingador” do futebol do Rio Grande do Norte, pois os times de outros estados quando vinham a Natal ganhavam de ABC e América de Natal e perdiam para o esquadrão esmeraldino.
Exemplo de força do clube verde nesta década foi o caso do Rampla Júnior do Uruguai que numa excursão ao Brasil estava invicto: 0 a 0 com o Americano (RJ); 2 a 1 no Democrata de Governador Valadares (MG); 2 a 0 no Fortaleza (CE); 1 a 1 com o Treze (PB); 2 a 2 com o Náutico de Recife; vindo a perder finalmente para o Alecrim por 1 a0 com gol do artilheiro Rui.
Único Presidente da República a jogar num clube de futebo
O Alecrim é o único clube da história do futebol brasileiro que teve um (futuro) presidente da república jogando em suas fileiras. Trata-se de João Café Filho, 18º presidente do Brasil(1954-1955). Café Filho foi goleiro titular da onzena “periquito” em 1918 e 1919.
Mané Garrincha
O Alecrim teve a honra de ter contado com Garrincha por uma partida, foi no dia 4 de fevereiro de 1968, no estádio Juvenal Lamartine. O craque das “pernas tortas”, usou a camisa 7 do Alecrim num amistoso contra o Sport de Recife, que venceu por 1 a 0, gol de Duda.
Com público de mais de 6 mil pagantes, e renda de Cr$ 21.980,00, o Alecrim formou com: Augusto; Pirangi, Gaspar, Cândido e Luizinho; Estorlando e João Paulo; Garrincha (Zezé), Icário, Capiba (Elson) e Burunga.
O rubro-negro pernambucano jogou com: Delcio; Baixa, Bibiu, Ticarlos e Altair; Valter e Soares; Bife, Cici, Duda (autor do gol) e Canhoto. Nesse amistoso, o Sport lançou, para testes, os jogadores Garcia (pertencente ao Riachuelo de Natal) e Evaldo (pertencente ao América de Natal).
Augusto; Pirangi, Gaspar, Cândido e Luizinho; Estorlando e João Paulo; Garrincha (Zezé), Icário, Capiba (Elson) e Burunga
Grandes personagens
Os grandes dirigentes, baluartes e abnegados da história do Alecrim foram: Bastos Santana, Severino Lopes, Lauro Cândido de Medeiros, Humberto Medeiros, Cel. Veiga, Cel. Pedro Selva, Silvio Tavares, Clóvis Motta, Joca Motta,Cel.Veiga, Walter Dore, Brás Nunes, Rubens Massud, Wober Lopes Pinheiro, Gabriel Sucar, Cel. Solon Andrade, além do grande patrono Monsenhor Walfredo Gurgel.
Sete vezes campeão Potiguar
O clube potiguar é heptacampeão estadual: 1924, 1925, 1963, 1964, 1968, 1985 e 1986. Quatro vezes campeão do Torneio Início(1926, 1961, 1966 e 1972); e um título do Campeonato Potiguar da 2ª Divisão de 2022.
O Verdão é o 3º clube potiguar com maior número de participações na Série A, com 3 participações. Ao todo são 11 participações em campeonatos nacionais, sendo as mais recentes a Série D, em 2011, e a Copa do Brasil de 2015.
Participou da elite do futebol nacional em 1963, 1964 e 1986, sendo o único representante do estado nas três ocasiões. Nas primeiras participações do Verdão, a CBD (Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF), ainda denominava o Campeonato Brasileiro de “Taça Brasil”. Em 1986, na terceira participação, já era chamado de Brasileiro.
ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello
Colaborou: Adeilton Alves
FOTOS: Tribuna do Norte
FONTES: site do clube – texto de Carlos Alberto N. de Andrade, Prof. da Universidade do Estado do RN
Seleção Carioca de 1954 EM PÉ (esquerda para a direita): Mirim (Vasco da Gama), Ari (Flamengo), Pinheiro (Fluminense) Ivan (America), Osvaldinho (America) e Nilton Santos (Botafogo); AGACHADOS (esquerda para a direita): Mané Garrincha (Botafogo), Ademir Menezes (Vasco da Gama), Leônidas da Selva (America), Didi (Fluminense) e Sabará (Vasco da Gama).
Nesta foto aparece uma das formações da Seleção Carioca durante o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais de 1954. Na ocasião, a Seleção Carioca que tinha nomes como Ademir Menezes e os então futuros bicampeões mundiais pela Seleção BrasileiraGarrincha, Didi e Nilton Santos, alcançou o vice-campeonato, a Seleção Paulista conquistou o título nacional após duas vitórias na final (3 a 1 e 4 a 3) contra a Seleção Carioca.