O jornalista Carlos Zamith, que nos deixou em 2013, dedicou boa parte de sua vida à pesquisa sobre o futebol do Amazonas. O acervo, agora, é responsabilidade do analista de sistemas Carlyle Zamith, um dos três filhos de Carlos.
E em meio a textos e fotos do rico material dos Zamith há um Santos Futebol Clube. Não o de Pelé. O “xará” manauara do Alvinegro – que, na verdade, é azul e branco – foi extinto há 52 anos. Foram apenas 10 anos de atividade. Durante esse período participou de 08 (oito) Campeonatos Amazonenses: 1955, 1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1961 e 1962. Tempo suficiente para deixar o nome na história do futebol local com o título Amazonense de 1958.
Detalhe é que, mesmo com essa conquista, o Santos de Manaus é pouco conhecido na cidade, até por quem mora em Cachoeirinha, bairro da zona sul onde foi fundado, em 1952 – curiosamente, época em que o Peixe não tinha, nem de longe, a tradição de hoje.
A história do Santos foi contada por Carlos Zamith na coluna “Baú Velho” (que dá nome ao site com o acervo do jornalista), publicada no jornal “A Crítica”, de Manaus, em 14 de março de 1999. Fundado em 1º de maio de 1952 por “jovens desportistas” – e, dentre eles, torcedores do Alvinegro Praiano – o clube chegou à elite estadual em quatro anos.
Em 1958, após campanhas inexpressivas, o time azul e branco surpreendeu. Superou a concorrência dos tradicionais Fast, Nacional e São Raimundo, chegou à decisão e, com a vitória por 3 a 1 sobre o Guanabara, com gols de Pretinho, Silvino e Tucupi, o Santos se sagrou campeão pela primeira e única vez.
Dali em diante, a fonte secou. Segundo o historiador Francisco Carlos Bittencourt, o Santos vendeu seu principal jogador, o atacante Fabio Andrade, para quitar dívidas. Além disso, perdeu o técnico José Carlos Maranuá, que teria viajado ao Mato Grosso alegando que sua mãe estava doente para conversar com outros times – o presidente santista, Eugenio Ribeiro, descobriu que a mãe de Maranuá estava morta há tempos. Após seguidas campanhas ruins, a equipe acabou fechando as portas, em 1962.
“Apesar do pouco tempo (em atividade) e das dificuldades, a grande força de vontade dos fundadores ajudou o Santos a chegar aonde chegou. Apesar das semelhanças, nosso Santos tinha o azul na camisa. Era um charme especial também fora de campo. Sabia que não seria fácil, mas o Santos quis deixar o nome marcado na história do futebol do Amazonas. E conseguiu. Infelizmente, poucas pessoas têm interesse na manutenção desse legado. Memória é importante, sim“, revelou Bittencourt.
Fontes e Fotos: Baú Velho – Carlos Zamith – Carlyle Zamith
BEM, MEU VOVOZINHO, MELLO JOGOU NESSA EQUIPE FOI CAPEÃO AMAZONENSE,VICE, ESCUTEI MUITA HISTÓRIAS, QUE ELE CONTAVA,JOGOU ALF ESQUERDO, LATERAL, MEU PAI MELLO FILHO, DEU SEGUIMENTO NESSA EQUIPE NOS ANOS DE 1978/ HÁ 92, EQUIPE DISPUTAVA CAMPEONATO AMADOR AMAZONAS,COM EQUIPES, OLARIA BAIRRO MORRO LIBERDADE,CLIPER, HOLANDA, COMERCIAL, UNIÃO ESPORTIVA EDUCANDOS, SANTOS EDUCANDOS, ME RECORDO DESSA EPOCA, JOGOS ERAM REALIZADOS CAMPO VIVALDINHO, BASE ÁREA DE MANAUS, CAMPO BATALHÃO DE PETRÓPOLIS. REGISTROS DESSA EQUIPES ESTAVAM NA FAF,COM EX-PRESIDENTE DISSICA TOMAZ.
J
Sensacional esse resgate de fragmento histórico do Futebol Amazonense, trazendo a nosso conhecimento o SANTOS FC de Manaus – Campeão Estadual de 1958. Aqui em S.Paulo sou apaixonado torcedor do SANTOS FC (O MAIOR DO MUNDO !!!) e é sempre muito gratificante quando podemos agregar mais cultura obtendo informações como essa.
No AMAPÁ há também o SANTOS FC que tem conquistado vários campeonatos estaduais e participado de competições nacionais. E na PARAIBA há também o SANTOS FC de João Pessoa, clube de futebol profissional que no momento encontra-se licenciado.
Parabéns aos jornalistas e pesquisadores ZAMITH !