Por Sérgio Mello
O Dez de Abril Futebol Clube foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede social ficava localizado na Estrada Cruz das Almas, nº 59, no bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio/RJ.
Fundado no domingo, do dia 10 de Abril de 1955. As suas cores: verde, amarelo e azul. O clube contava com as categorias de Aspirantes e Amadores. O sócio de nº 1 foi o Sr. Antônio Martins.
A 1ª Diretoria do Dez de Abril foi construída pelos seguintes membros:
Presidente – Antônio Martins;
Vice-presidente – Atenor José da Silva;
Secretário – Benedito Oliveira;
Tesoureiro – Sebastião Estêves Ferreira;
Diretor de Esportes – Benedito de Oliveira Grijó.
Campeão do Torneio Início de Santa Cruz de 1958
No domingo, do dia 12 de outubro de 1958, foi realizado o Torneio Início do Campeonato do bairro Santa Cruz. Participaram cinco clubes: Alvinegro, Distinta, Dez de Abril, Colonial e Guanabara.
Na grande final, o Dez de Abril se sagrou campeão ao derrotar o Esporte Clube Guanabara pelo placar de 4 a 2. Os quadros que disputaram o Torneio Início tiveram as seguintes formações:
ALVINEGRO: Jorge; Hélio, Oladir, Roberto, Queirós e Jair; Evanir, Francisco, Queomeriano, Joaquim e Nilton.
COLONIAL: José; Domício e Hélcio; Altamir, Hamilton e Jorge; Gilberto, Enéas, Adilton, João e Nicanor.
DEZ DE ABRIL: Alberto; João e Paulo; João II, Ubirajara e Paulo II; Luís, Sérgio, Nedir, Edison e Dalphino.
DISTINTA: Francisco; Nelson e Joaquim; Sandoval, Sebastião e Archimedes; Alvir, José, Almir, Martins e Nilson.
GUANABARA: Edésio; Manuel e José; Alcir, Ernani e Edir; Antônio, José II, Leoci, Afrânio e Jurandir.
Curiosidades do Dez de Abril
Em 1967, desde o carnaval, o Dez de Abril estava sob intervenção. Com cerca de 100 sócios, as decisões eram tomadas pela Ala Renovadora, com 46 pessoas, sob a presidência de Altamiro da Silva Gomes.
O contava com O clube sobrevivia, além do dinheiro vindo dos sócios, de dois bailes realizados por mês. Como não possuía um campo, a equipe mandava os seus jogos no Estádio do Oriente, por meio de aluguel mensal.
Até essa data (1967), o clube tinha cedido dois jogadores para o futebol profissional do Bangu Atlético Clube: Jorge e Carlinhos. Em relação aos títulos, o Dez de Abril se sagrou Campeão da Disciplina do DA de 1962.
Em 1967, o Dez de Abril Futebol Clube contava com 30 jogadores federados: Pardinho, Cid, Dedeca, Delé, Bernardo, Lourenço, Chico, Edir, Caixote, Ubirajara, Ubirata, Jorge, Gelsinho, Antônio, Altes, Sinhô, Odinho, Cizico, Muca, Cacildo, Sérgio e Luís.
Sete participações no DA
Apesar de contar com poucos sócios, as despesas aumentando a cada mês e as receitas dos jogos ficam aquém dos gastos, simples que, sejam com a lavagem dos uniformes.
O Dez de Abril disputou na década de 60, sete edições do Campeonato Carioca de Futebol Amador do Departamento Autônomo (DA), chancelado pela Federação Carioca de Futebol (FCF):
1961 (Série Aristides Ferreira); 1962 (Série Adriano Costa); 1963 (Série Altamiro Bastos); 1964 (Série Henrique Campos); 1965 (Série Agostinho de Freitas); 1966 (Série Isolina Sofia) e 1967 (Série IV Centenário de Santa Cruz).
Dez de Abril pede licença para nunca mais
Na sexta-feira, do dia 22 de Março de 1968, a diretoria do Dez de Abril Futebol Clube enviou um oficio ao Departamento Autônomo (DA), solicitando a licença por dois anos e o Sr. João Ellis Filho, Diretor Geral da entidade, homologou o pedido.
O modesto clube resistiu o que foi possível. Com pouca grana e somado as campanhas ruins, a direção saiu da competição de 1968. A expectativa era retornar em 1970, mas a intenção não se confirmou. Sem destaque, o Dez de Abril desapareceu silenciosamente, sem deixar vestígios.
Algumas formações:
Time base de 1958: Alberto; João e Paulo; João II, Ubirajara e Paulo II; Luís, Sérgio, Nedir, Edison e Dalphino.
Time base de 1962: Cid; Badinho, Dedeca, Tio e Otávio; Zezinho e Tuiste; Beto, Sérgio (Hilton), Beto II e Serica.
Time base de 1964: Duque; Agenor, Antônio, Almir e Décio; Cléber e Dilson; Valdir, Ailton, Lourenço e Emanuel.
Time base de 1967: Luís; Delê, Osvaldo (Dexeda), Cheiroso e Inho; Amauri e Bolinha; Baiano (Nilton), Ailton (Dilon), Jorge (Zeca) e Luís Carlos (Celinho).
ARTE: escudo e uniforme – Sérgio Mello
FOTOS: O Globo Sportivo (RJ) – Google Maps
FONTES: A Luta Democrata (RJ) – A Noite (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – O Globo Sportivo (RJ) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – Tribuna da Imprensa (RJ) – Última Hora (RJ)
Valeu amigo. Obrigado pelo apoio!
Forte abraço!
Uma pena tantos clubes que se extinguaram. Não me recordo desse clube, mas gosto demais dessas postagens do História do Futebol.