A Associação Atlética e Cultural Mariana do Gama foi fundada em 11 de novembro
de 1962 e tinha por finalidade criar cursos de alfabetização e profissionais,
desenvolver a Educação Física e os desportos, promovendo e organizando jogos,
exercícios desportivos e reuniões sociais capazes de favorecer o desenvolvimento cultural, físico, social e cívico da mocidade do Gama.
Eram duas as categorias de sócios: os efetivos, que eram todos os membros da Congregação Mariana Nossa Senhora Divina Pastora e São Sebastião, do Gama, e os honorários, aqueles que, pertencendo ou não ao corpo social, merecessem essa distinção por deliberação da Assembléia Geral.
Jader Carrijo foi o primeiro Presidente da Cultural Mariana.
As cores oficiais da associação eram o verde, o azul, o amarelo e o branco.
Os uniformes eram os seguintes: um com as camisas verdes, com golas e punhos
amarelos, e o outro branco com duas listras horizontais, punhos e golas azuis.
Os calções e meiões eram azul ou branco.
A única participação da A. A. Cultural Mariana no campeonato de futebol de
Brasília aconteceu em 1969, quando 24 equipes disputaram a competição
(divididas em dois grupos). Na estréia, no dia 13 de abril daquele ano, foi
derrotado pelo Brasília Futebol Clube, de Taguatinga (que nada tem a ver com o
Brasília Esporte Clube, fundado em 2 de junho de 1975), por 3 x 0.
Uma semana depois, em seu campo, derrotou outro time de Taguatinga, o Flamengo,
por 2 x 1. Zé Maria (contra) e Parada marcaram os seus gols.
Terminou a primeira fase na terceira colocação, apenas atrás do Brasília e do
Coenge (que acabaria vencendo o campeonato). Foram doze jogos, oito vitórias e quatro derrotas. Vinte e quatro gols a favor e quinze contra.
Na fase final, disputada pelos 12 melhores colocados da primeira fase (seis de
cada grupo), empatou muitos jogos (seis) e ficou na sétima colocação, com 12
pontos ganhos (mesma pontuação de Brasília e Serviço Gráfico, que levaram
vantagem após aplicação dos critérios de desempate. Foram onze jogos, com três
vitórias, seis empates e duas derrotas. Marcou 16 gols e sofreu 13.
Curiosamente, não foi derrotado pelo campeão Coenge (2 x 2) e pelo vice-campeão
Grêmio Brasiliense (1 x 1).
Os jogadores que defenderam a Cultural Mariana foram:
Goleiros: Sindásio e Faustino;
Defensores: Domingos, Fernando, Crente, Juvenil, Barbosa, Fula, Chiquinho,
Barreto e Dimenor;
Atacantes: Tadeu, Ivan, Paulinho, Mangabeira, Gildásio, Baiano, Jorge e Parada.
No dia 8 de fevereiro de 1970, Amado Inocêncio, presidente da entidade,
convocou uma Assembléia Geral Extraordinária, que foi realizada na sede social
do clube, onde foi decidida a troca do nome do clube, argumentando que o clube
atravessava uma fase muito difícil e que não encontrava apoio da população da
cidade. Surgia, assim, o Clube Atlético Planalto.
O grande legado que a A. A. Cultural Mariana deixou para o futebol do Gama e do
Distrito Federal foi o seu campo de futebol. Naquele local hoje fica a sede da
Sociedade Esportiva do Gama.