Arquivo da categoria: Clubes de Futebol

Escudo raro de 1940: Villa do Carmo Sport Club – Barbacena (MG)

Por Sérgio Mello

Villa do Carmo Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Barbacena, situado no Interior do estado de Minas Gerais. Localizado a 169 km da capital (Belo Horizonte), conta com uma população de 125.317 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022

A “Maior das Vertentes(depois Periquito e depois Leão) foi Fundado na quinta-feira, do dia 1º de Maio de 1930, num povoado conhecido à época como uma “Villa”, situada próxima à igreja de Nossa Senhora do Carmo, no bairro do mesmo nome, na cidade de Barbacena/MG.

A partir daí, surgiu inicialmente com o nome Vila do Carmo Sport Club, e como cores oficiais o verde e o branco. Posteriormente, na década de 90, após um resgate de materiais históricos do clube, foi alterado seu nome oficial para Villa do Carmo Esporte Clube, adicionando também a cor vermelha para a identidade do clube.

Acervo de Fabiano Rosa Campos

O seu Estádio São Sebastião (Capacidade para 2.500 pessoas) e a sua Sede ficam localizados na Rua Prudente de Carvalho Araújo, nº 175, no bairro São Sebastião, em Barbacena.

A primeira mascote foi o “Periquito”, conhecido pela imprensa inclusive como “A equipe periquita de São Sebastião”. Posteriormente, foi adotado também o “Leão”, por força do então ilustre torcedor Butina.

Este usava sempre o slogan “Solto o Leão” para que os jogadores entrassem em campo. A partir daí, passou a ser conhecido ao longo dos anos como “O Leão da Mantiqueira”.

Praça de Esportes inaugurado em 1933

Foi inaugurando, no domingo, do dia 04 de junho de 1933, a esplendida Praça de Esportes Villense, realizou-se, em Barbacena, uma interessante festa esportiva, cujo programa agradou, em cheio, à assistência que se fez presente.

Ne jogo principal, Tupynambá, bicampeão de Juiz de Fora, enfrentou o forte conjunto do Villa do Carmo S. C. O cliché que estampamos é dos dois times que se defrontaram e de parte da assistência que aplaudiu os feitos do clube de suas simpatias.

Villa jogou no Rio de Janeiro em 1938

O Villa do Carmo viajou até o Rio de Janeiro, para realizar um amistoso diante do Modesto Football Club, do bairro de Quintino Bocaiuva, na Zona Norte do Rio.

A diretoria dos Leões de Quintino desembolsou 5:000$000 (cinco contos de réis), equivalente aos dias de hoje cerca de 50 mil reais; para organizar esse jogo, entre o “bichodos jogadores, passagens e hospedagem.

O Villa do Carmo trazia um cartaz que impunha respeito. Ostentava um “recorde de vitorias”. Seus craques eram quase todos profissionais. Seus triunfos foram todos obtidos sobre adversários dificílimos.

Abaixo, as 24 partidas e o mesmo número de vitórias, com 99 gols marcados, 19 tentos sofridos e um saldo pomposo de 80 gols:

America (4 x 2 e 3 x 1); Olympia (3 x 1 e 2 x 0); Botafogo (2 x 1 e 2 x 1); S. C. Lavras (8 x 0 e 6 x 1); Imperial (2 x 1, 3 x 0 e 6 x 0); Athletico (8 x 1 e 6 x 1); Campistas (3 x 0 e 6 x 0); Sigma (4 x 1, 7 x 1 e 5 x 2); Mineiro (3 x 0, em Santos Dumont); Guarany (5 x 1, em Lafayette); Tupynambás (4 x 3, em Juiz de Fora); Athletic (3 x 0, em São João Del Rey); Seleção de Barbacena (3 x 1); Minas F.C. (1 x 0, em S. João Del Rey).

Villa foi derrotado pelo Modesto

Na tarde de domingo, às 16h20min., do dia 08 de maio de 1938, as duas equipes se enfrentaram na Praça de Esportes do River Football Club, na Rua João Pinheiro, no bairro da Piedade. No final, o Villa do Carmo fez um bom jogo, mas acabou derrotado pelo placar de 2 a 0.

Estiveram presentes figuras conhecidas do sport carioca, como José Bastos Padilha (foi um dos maiores presidentes da história do C.R. Flamengo), e recebeu significativa manifesto dos suburbanos; Pedro Novaes (então presidente do Vasco da Gama), Cherubim Silva (ex-presidente da Federação Metropolitana de Desportos e vice presente, na época, do Vasco da Gama), Mario Rodrigues Filho (diretor do Jornal dos Sports), Mario Calderaro e João Machado (diretores da Federação Athletica Suburbana), Osorio, Manoel Silva e tantos outros.

O jogo foi movimentado e disputado, merecendo fortes aplausos da torcida presente. O Modesto Football Club venceu por 2 a 0, entretanto Villa do Carmo não foi presa fácil, e fez forte reação no segundo tempo, obrigando os modestinos a trabalhar de forma estafante para evitar o empate.

Aos 21 minutos do primeiro tempo, Ayres, de pênalti, abriu o placar para o Modesto. Na etapa final, Mangueirinha invadiu a área e tocou para Ayres, mostrou oportunismo, marcando seu segundo gol, aos 26 minutos, dando números finais a peleja.

O árbitro da peleja foi o argentino Sr. Virgílio Fredrighi, que teve excelente atuação, reinando sempre com cordialidade e disciplina entre players (jogadores) e assistentes (torcida). Na preliminar, na categoria juvenil, o Independentes bateu o Silva Teles por 3 a 1. Na preliminar, o Nacional venceu o Engenho de Dentro por 2 a 0.

MODESTO: Onça; Ludovico e Waldemar; Alberto, Carlos e Vavá; Nico, Antônio (Mosqueira), Ayres, Cicero e Mangueirinha.

VILLA DO CARMO: João Alberto; Waldyr e Arlindo Sabonete; Massudo, Anthero e Waldemar; Mistrica, Tizinho, Daniel, Ataliba e Mazzoni.

Vila do Carmo S. C.
Na foto acima os quadros de titulares e aspirantes logo após a conquista jamais igualada por outro qualquer clube desta cidade.
Titulares, tricampeões, 51, 52 e 53.
Aspirantes: tetracampeões: 50, 51, 52 e 53.
EM PÉ (esquerda para à direita): Simão S. Fortes (diretor), José T. Brandão (presidente), Zé Pequeno, Abalem, Magela, Olinto, Valter, Borracha, Morais, Calisto Campos (diretor), Angelo Morais (presidente). João Raimundo, 19, Zé Lima, Rael, Hilário, Cordeiro, Fernando, Benito. Bombeiro, Adriano Oliveira (presidente).
AGACHADOS (esquerda para à direita): Sabara (massagista), Irani, Duban, Branco, Levi, Morais, Nenem, Coquinho, Cicero (mascote), Carlinho Oliveira (técnico), Zuconi, Mazoni, Zozó, Plinio. Moisés e Sabará.

Tricampeão Citadino nos anos 50

Na quinta-feira, do dia 04 de maio de 1939, foi fundada a Liga de Sports Barbacenense (LSB), pelos clubes da cidade: Olympic Club, Villa do Carmo, Batalhão, América Futebol Clube, Central, Atlético Clube Barbacenense, Estudantes, Campista e Montanhês

Sob a presidência do Dr. Brasil Araujo, o Villa do Carmo se sagrou campeão do 1º Campeonato Citadino de Barbacena de 1939. No ano seguinte (1940), faturou o Bicampeonato Citadino. Em março de 1941, um dos destaques da equipe, o goleiro João Alberto foi contratado pelo Clube de Regatas Flamengo.

Em 1941, quem estava gerindo o futebol no município era a Liga Amadorista de Esportes Barbacenense (LAEB), situado na Praça dos Andradas, s/n, no Centro da cidade, e sob a presidência do Dr. Rubens Santos de Oliveira.

Destaque para o trio: Arlindo “Sabonete”, Waldyr e o goleiro João Alberto. Na década de 50, faturou o Tricampeonato Municipal (1951, 1952 e 1953)

Posteriormente disputou algumas edições do Campeonato Citadino de Juiz de Fora: 1958, 1959, 1960, 1961, 1964 e 1965.

America/RJ goleou o Villa

Um amistoso nacional, aconteceu na quarta-feira, do dia 1º de maio de 1957. O Villa do Carmo foi goleado pelo America FC por 6 a 3, em Barbacena/MG. O primeiro tempo, terminou com cinco a zero para o Mecão. Os gols foram marcados por Genuíno, quatro vezes; Romeiro e Ferreira para o America; enquanto Mauro, Irany e Lindolfo fizeram para o Villa.

Villa do Carmo: Campeão; Zé Antônio e Pavão; Cinquenta, Xeréu e Ibrahim; Lindolfo, Mauro, Silvinho, Irany e Coquinho.

America/RJ: Pompeia (Walter); Lucio e Edson; Rubens, Pacheco e Maneco; Canário (Ramos), Romeiro (Washington), Genuíno, Alarcon (Alvinho) e Ferreira. Técnico: Carlos Volante.

Na foto (acima) aparecem o trio final do Villa do Carmo S. C., campeão de 1939 da cidade de Barbacena. São eles: Arlindo (Sabonete), Waldyr e o guardião João Alberto, elemento muito futuroso e considerado o melhor das redondezas.

Villa foi derrotado pelo Madureira/RJ

No domingo, do dia 07 de julho de 1957, o Villa do Carmo perdeu para o Madureira por 3 a 2. Os gols foram assinalados por Nelsinho, Wellis e Nilo para o Tricolor Suburbano, enquanto Silvinho e Mauro, de pênalti, fizeram para o Villa. O árbitro foi Ângelo Ruas, com boa atuação.

Tudo igual entre Villa e Olaria/RJ

No domingo, do dia 06 de janeiro de 1958, Villa do Carmo e Olaria empataram em 1 a 1. No primeiro tempo, aos 6 minutos, Mauro abriu o placar para os donos da casa. O empate da equipe carioca só saiu aos 40 minutos da etapa final, por intermédio de Luís.  O árbitro foi o Sr. Aristocílio Rocha.

Villa do Carmo: Manuel; Pavão e Ibrahim; Zé Antônio, Carioca e Cinquenta; Lindolfo, Ceci, Silvinho, Mauro e Irany.

Olaria: Valter; Joel e Renato; Rico, Olavio e Dodô; César, Silvio, Bera (Luís), Valdir e Mário.

Villa debutou na Segundona Mineira

O Villa do Carmo debutou no Campeonato Mineiro da 2ª Divisão de 1967. A equipe ficou na Sub Zona, que contava com nove equipes. A campanha foi boa, terminando na 2ª posição. No entanto, apenas o campeão avançava para a fase final.

Campeão Mineiro da Segunda Divisão de 1968

O Campeonato Mineiro da 2ª Divisão de 1968, organizado pela FMF (Federação Mineira de Futebol), contou com impressionantes 51 clubes participantes.

Na primeira fase, o Villa do Carmo ficou na Zona Vertentes-Metalúrgica, da Sub Zona, com nove equipes. No final, o Villa terminou na 2ª posição com 23 pontos em 16 jogos (10 vitórias, três empates e três derrotas; 34 gols a favor, 16 tentos contra e um saldo de 18).  

Na segunda fase, ficou na chave com quatro equipes:  Villa do Carmo, Olympic Club (Barbacena), Democrata (Governador Valadares) e Athletic Club (São João del Rei). A equipe terminou na 1ª colocação com nove pontos em seis jogos (quatro vitórias, um empate e uma derrota; 13 gols a favor, cinco tentos contra e um saldo de oito).

Com isso, o Villa do Carmo Esporte Clube avançou para o Quadrangular Final, juntamente com Trespontano Atlético Clube (Três Pontas), Patrocinio Esporte Clube (Patrocinio) e Associação Atlética Cassimiro de Abreu (Montes Claros).

1ª Rodada (5ª-feira – 14 de novembro)

AA Cassimiro de Abreu 0X0Trespontano AC
Villa do Carmo EC     2X0Patrocínio EC

2ª Rodada (Domingo – 17 de novembro)

Patrocínio EC2X1AA Cassimiro de Abreu 
Trespontano AC2X1Villa do Carmo EC     

3ª Rodada (4ª-feira – 20 de novembro)

Patrocínio EC2X0Trespontano AC
Villa do Carmo EC     6X0AA Cassimiro de Abreu 

4ª Rodada (Domingo – 24 de novembro)

Patrocínio EC1X1Villa do Carmo EC     
Trespontano AC2X0AA Cassimiro de Abreu 

5ª Rodada (4ª-feira – 27 de novembro)

AA Cassimiro de Abreu 2X3Patrocínio EC
Villa do Carmo EC     1X0Trespontano AC

6ª Rodada (Domingo – 1º de dezembro)

AA Cassimiro de Abreu 0X0Villa do Carmo EC     
Trespontano AC5X2Patrocínio EC

Classificação do Quadrangular Final

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Villa do Carmo EC     863211138
Trespontano AC76312963
Patrocínio EC763121011-1
AA Cassimiro de Abreu 2624313-10

O Villa do Carmo conquistou o inédito título do Campeonato Mineiro da 2ª Divisão de 1968. A campanha no geral foram 40 pontos em 28 jogos (17 vitórias, seis empates e cinco derrotas; 58 gols a favor, 24 tentos contra e um saldo de 34)

Apesar do título, o Villa precisou enfrentar o Independente Atlético Clube (Uberaba), último colocado da Primeira Divisão do Mineiro de 1968.

No 1º encontro, no domingo do dia 8 de dezembro, Villa e Independente empataram em 0 a 0. A 2ª partida, na quinta-feira do dia 12 de dezembro, novo empate sem gols.

O 3º e último jogo, na quarta-feira do dia 18 de dezembro, o Independente venceu por 3 a 1. Todos os três jogos foram no Estádio Independência (propriedade do Sete de Setembro F.C.), em Belo Horizonte/MG.

A vaga ficou com o Independente, porém o Villa do Carmo em seguida recorreu à Justiça Desportiva solicitando os pontos, alegando que o Independente teria utilizado um jogador, que assinou contrato fora do tempo legal.

A Justiça Desportiva (TJD-MG) anulou a partida, mas, paralelamente, a Divisão. O Conselho da Divisão Extra incluiu o Villa do Carmo no campeonato, juntamente com outras três equipes convidadas: Democrata-GV, Tupi e Sete de Setembro.

Duas edições no Mineiro da Primeira Divisão

Após idas e vindas, o Villa do Carmo conquistou o direito de disputar o Campeonato Mineiro da 1º Divisão de 1969. O Estadual contou com a presença de 16 equipes. A estreia aconteceu no domingo, do dia 26 de janeiro de 1969, com derrota para o Tupi por 2 a 0, em Juiz de Fora.  

A primeira vitória, mas aconteceu no domingo, do dia 16 de março de 1969, sobre o Democrata por 1 a 0 (gol de Milton), em Governador Valadares. Os resultados mais valiosos, aconteceu na quarta-feira, do dia 21 de março de 1969, quando arrancou um empate em 2 a 2, fora de casa, diante do América Mineiro. E depois, em casa, na quarta-feira, do dia 28 de março de 1969, ficou no empate em 1 a 1 com o poderoso Cruzeiro.

Na classificação final, o Villa do Carmo terminou na 13ª colocação com 22 pontos em 30 jogos (oito vitórias, oito empates e 14 derrotas; 24 gols a favor, 45 tentos contra e um saldo negativo de 21)

O Campeonato Mineiro da 1º Divisão de 1970, contou com a participação de 28 equipes. A campanha foi modesta, terminando na 17ª colocação com 15 pontos em 14 jogos (cinco vitórias, cinco empates e quatro derrotas; 17 gols a favor, 18 tentos contra e um saldo de menos um).

Algumas Formações:

Time base de 1938: João Alberto; Waldyr e Arlindo Sabonete; Massudo, Anthero e Waldemar; Mistrica, Tizinho, Daniel, Ataliba e Mazzoni.

Time base de 1942: Atos; Daniel e Arlindo Sabonete; Lima (Neto), Jorge e Jaguaré; Tatu, Tininho, Elias, Levi e Mazzoni.

Time base de 1948: João Alberto; Waldyr e Arlindo Sabonete; Massudo, Anthero e Waldemar; Mistrica, Tininho, Daniel, Ataliba e Mazzoni.

Time base de 1951: Danton (Pigmeu); Cinquenta (Coquinho) e Geraldinho (Mistrica); Dario (Bombeiro), Oitenta (Carmo) e Amaury (Zé Pequeno); Lindolfo, Levy (Morais), Mauro, Flavio (Pastos) e Plínio (Coquinho).

Time base de 1952: Danton; Borracha (Olinto) e Cinquenta; Geraldino (Morais), Carmo (Léo) e Oitenta; Coquinho (Cosme), Levy (Maurilio), Márcio, Mauro e Lindolfo (Coró).

Time base de 1955: Delvaux; Ibrahim e Duelo; Faquir (Olinto), Cinquenta e Carmo; Luizinho (Tupã), Levy, Nenê, Mauro e Coquinho.

Time base de 1957: Wilson (Delvaux ou Dalton); Zé do Hélio (Pavão) e Ibrahim (Zé Antônio); Cinquenta (Olinto), Xexéo e Carioquinha; Lindolfo, Levy, Silvinho (Ranulfo), Mauro (Iraci) e Irany (Coquinho). Técnico: Carlinhos Buchene.

Time base de 1958: Manuel; Pavão e Ibrahim; Zé Antônio, Carioca e Cinquenta; Lindolfo, Ceci, Silvinho, Mauro e Irany.

Papel Timbrado: Acervo de Fabiano Rosa Campos

PESQUISA:Sérgio Mello

ARTE: desenho do escudo e uniformes – Sérgio Mello

 FONTES: A Luta Democrática (RJ) – A Manhã (RJ) – A Noite (RJ) – A Tribuna (SP) – Diário da Noite (RJ) – Diário da Tarde (PR) – Diário do Paraná (PR) – Folha Mineira (MG) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Imparcial (RJ) – O Jornal (RJ) – O Radical (RJ) – O Sol (MG) – Rsssf Brasil – Sport Ilustrado (RJ)

Inédito!! Sport Club Calafate – Belo Horizonte (MG): Oito participações na Elite do Futebol Mineiro, entre as décadas de 20 e 30.

Por Sérgio Mello

O Sport Club Calafate foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). O “Rubro-negro do Prado” foi Fundado na quarta-feira, do dia 22 de fevereiro de 1922, por três desportistas: João Viola, Antônio Estrella e Eliezer Araújo Xavier. O 1º Presidente foi o Sr. Gentil Romanelli.

A sua Sede no anexo da residência de Antônio Araújo Lopes e no Palacete da Rua Platina, nº 648 (depois 640), no bairro Calafate (atual Prado), em Belo Horizonte/MG. Já a sua Praça de Esportes ficava na Rua Bela Vista, no final da rua Platina, próximo ao Ribeirão Arrudas.

Além do futebol, S.C. Calafate também contava com equipes de Ping Pong (atual: tênis de mesa) e de basquete. Aliás, a agremiação foi uma das fundadoras da Federação Mineira de Basquete (FMB), em 1931.

Vice-campeão Mineiro de 1925

O clube ingressou na Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT), onde disputou o Campeonato de Belo Horizonte (posteriormente foi reconhecido como o Campeonato Mineiro da 1ª Divisão), em oito oportunidades: 1925 (2º lugar); 1926 (4ª posição); 1927 (4º lugar); 1928 (6ª colocação); 1929 (8º lugar); 1930 (5ª posição); 1931 (5º lugar) e 1932 (8ª colocação). Também disputou o Campeonato Mineiro da 2ª Divisão em 1923.

Ao longo desse trajeto, o título mais expressivo foi o Campeonato de Belo Horizonte de 1926, na categoria de Aspirantes.

técnico do Sport Club Calafate, sr. Alcides da Silva Machado

Técnico do S.C. Calafate revelou que jogador foi agredido pelo árbitro e Liga optou em banir o jogador

Na tarde da sexta-feira, do dia 11 de setembro de 1941, o técnico do Sport Club Calafate, sr. Alcides da Silva Machado visitou o jornal A Batalha, onde concedeu uma entrevista. Abaixo a entrevista na integra:

O distincto sportman declarou-nos que os sports em Minas estão em grande desenvolvimento e que o mais forte quadro de Bello Horizonte é o do Athletico Mineiro que vem levando a todos de vencida. Sobre o Campeonato Mineiro o sr. Alcides nos disse:

Vem como leader na tabella o America F. Club, mas o Athletico não terá difficuldades em alcança-lo passando-lhe a frente.

Sobre a Liga Mineira de Desportos Terrestre (Sediada na Av. Affonso Penna, nº 759, no Centro de Belo Horizonte) assim se expressou o nosso visitante:

A Liga é bem orientada em certos pontos, mas falha em outros. Os clubs pequenos, por exemplo, mesmo pertencentes á Primeira Divisão, não merecem os cuidados dos dirigentes da entidade mineira e dahi haver uns tantos desgostos entre estes.

Para os pequenos não existe o menor estimulo e a prova disto temos com as perseguições que se verificam a cada passo. Um acto de grandiosa injustiça praticou a Liga com o half direito do meu club Geraldo Pantuzzo, que além de ter sido aggredido pelo juiz Alcides Meira soffreu, ainda a pena de eliminação do seio daquella entidade.

O rapaz foi aggredido, não tinha uma só falta em sua carreira de sportman e mesmo assim foi para a “cerca”.

A Liga Mineira não permite substituições de jogadores, e esta só é registrada no goal. quando o keeper fica contundido. Afóra isso podem ficar até mortos os demais jogadores que não serão permittidas as suas substituições.

Sobre os juízes e representantes da entidade mineira assim se manifestou o sr. Alcides:

Os maiores males do football mineiro são os árbitros e os representantes da dirigente local que raras vezes sabem se desincumbir das suas missões. Os representantes chegavam ao cumulo de não comparecer aos jogos de campeonato, talvez, por preguiça.

O presidente do meu club, dr. Waldemiro Machado, muito tem trabalhado pela solução da questão dos juízes, mas estes são duros de… Compreender as regras”.

Foto posada do Sport Club Calafate de 1928

Fusão decretou o fim da linha

Em fevereiro de 1933, devido ao surgimento do profissionalismo, uniu-se ao Grêmio Ludopédio Calafate, também do Prado, e passou a se chamar União Athletica Calafate. O uniforme passou a ser alvinegro. O presidente escolhido foi Waldomiro Machado. No entanto, o clube não chegou a realizar nenhuma partida e foi extinto.

ARTE: escudo e uniforme – Sérgio Mello

Documento timbrado: Acervo de Fabiano Rosa Campos

FOTOS: A Batalha (RJ) – Semana Llustrada (MG)

FONTES: Almanak Laemmert: Administrativo, Mercantil e Industrial (RJ) – Henrique Ribeiro – A Batalha (MG) – Diário da Noite (RJ)

Foto Rara: Cruzeiro Esporte Clube campeão Mineiro de 1959!

Eis o grande campeão de 1959, Cruzeiro Esporte Clube – com seus heróis: Genivaldo, Massinha e Procópio; Nilsinho, Amauri e Clever; Emerson, Abelardo, Dirceu, Nelsinho e Raimundinho.

Cruzeiro campeão de 1959

A vitória do Cruzeiro Esporte Clube, no Campeonato Mineiro de 1959, que fez vibrar intensamente a alma cruzeirense da cidade, foi, sem dúvida, o resultado do harmonioso trabalho de uma equipe de homens devotados à gloriosa agremiação esportiva do Barro Preto.

Porque na verdade, não basta, no futebol, o entrosamento da equipe integrada pelos jogadores que se desdobram, em campo, para vencer o adversário, mas é necessária também a coesão da grande equipe representada por todos quantos, nos setores administrativos, técnicos e esportivos, contribuem com sincero esforço através de entusiástico espirito de luta para a grandeza do clube.

A grande vitória cruzeirense de 1959 resultou dessa harmonia total, constituindo-se num feito tão expressivo que, numa reportagem ligeira, como homenagem ao campeão do ano, não poderíamos deixar de evocar a gloriosa história desse grêmio cujas atuações vêm empolgando, desde o longínquo 1921, os aficionados do futebol em Minas.

O Cruzeiro Esporte Clube é a esplêndida continuação da Societá Sportiva Palestra Itália que, sob o patrocínio da colônia italiana de Belo Horizonte, surgiu em janeiro de 1921, para honra e glória dos esportes nacionais. Teve, depois, o clube recém-fundado, outras denominações: Sociedade Esportiva Palestra Itália, Sociedade Esportiva Palestra Mineiro e, por fim, Ipiranga.

Foi por ocasião da grande guerra mundial em 1941, que surgiu a substituição da palavra Itália por Mineiro, modificada, novamente, no ano seguinte, por força de decreto-lei para Ipiranga, nome que não resistiu uma semana, vindo a ser substituído pelo belo nome que hoje tem.

Durante os 39 anos de sua existência, marcada por várias vitórias inesquecíveis, que ficaram memoráveis na crónica futebolística de Minas Gerais, a raposa do Barro Preto conseguiu, com a camisa palestrina, o tricampeonato (28-29-30) o campeonato de 40 e, já no regime do profissionalismo, ostentando a camisa cruzeirense, alcançou novo tricampeonato (43-44-45) que consolidou o prestigio da querida agremiação.

Aurélio Noce – Fundador do Cruzeiro Esporte Clube (S.S. Palestra Itália) e seu 1º Presidente.

Todos os presidentes entre 1921 a 1960

Na sua existência, teve o clube do Barro Preto 22 presidentes, que foram os seguintes: Aurélio Noce, Alberto Noce, Braz Pellegrini, Antônio Falci, Américo Gasparini, Lidio Lunardi, José Viana de Sousa, Miguel Perrella, Romeu De Paoli, Osvaldo Pinto Coelho, Enes Ciro Poni, Mário Grosso, Antônio da Cunha Lobo, Divino Ramos, Manuel França Campos, Fernando Tamietti, Antônio Alves Limões, José Greco, Wellington Armanelli, Eduardo Bambirra, Manuel Carvalho e Antônio Braz Lopes Pontes.

Destaques na diretoria do clube em 1959

Na memorável campanha de 1959, três nomes se destacam, sem dúvida, dentro do grande e louvável esforço da totalidade dos cruzeirenses: Antonino Pontes, o presidente; Carmine Furletti, vice-presidente dos assuntos profissionais, e Felício Brandi, diretor de futebol. E, pode-se afirmar, os esforços desses três elementos, que a imprensa já cognominou de Três Mosqueteiros, obtiveram, no setor esportivo, absoluta ressonância em Leonisio Fantoni, o popular Niginho, que conduziu o team à vitória.

Outros desportistas merecem, também, citação, pela dedicação com que agiram sempre: Hélio Volpini, Joaquim Gramiscelli, Fábio Miranda, Celso Lovalho, Geraldo Faria e tantos outros cuja enumeração seria longa. Na administração do clube, devem ser citados os desportistas José Francisco Lemos Filho, Eduardo Bambirra, Nicola Costa, Harry Leite, Isac Federman, Miguel Morici, Geraldo Heleno, Adil de Oliveira, Américo Búfalo, José Azevedo e muitos outros que, por dedicação ao clube das cinco estrelas, fizeram da sede do Barro Prêto, um segundo lar.

Torcedor doa um terreno de 4 mil metros quadrados ao clube

O magnifico projeto do arquiteto Vicente Bufalo para a Sede Campestre do Cruzeiro, na Pampulha, considerado, no gênero, joia da arquitetura moderna. Salões de jogos, danças, leitura, quadras, piscinas e campo de futebol constituirão o grande empreendimento que está empolgando os cruzeirenses. O novo estádio terá capacidade para 20 mil expectadores.

A vitória que atualmente os cruzeirenses festejam, propiciou, neste início de ano, excelente clima para o prosseguimento da grande realização do Cruzeiro Esporte Clube: a Sede Campestre. Por desejo do saudoso homem público, René Giannetti, sua família doou ao Cruzeiro Esporte Clube uma área de 4 mil metros quadrados, no Jardim Santa Branca, na Pampulha.

Nicola Costa, expressivo nome cruzeirense, idealizou o plano e as obras já estão em pleno funcionamento, sob sua direção, sendo seus colaboradores vários paredros que constituem a diretoria da Sede Campestre: Nicola Costa, presidente; Adil Expedito de Oliveira, vice; Sebastião Morégula Campos, diretor de publicidade; Nicola Galicchio e Geraldo Moreira dos Santos, tesoureiros; e César Lovalho, secretário.

Projeto para construção da Sede e Estádio

Teremos, portanto, muito breve, na Pampulha, magnifico estádio de futebol, piscina olímpica, piscina para crianças, quadras de basquete, vôlei e tênis. Essa realização será o grande campeonato que o glorioso Cruzeiro Esporte Clube vencerá muito em breve.

Diretoria campeã do Cruzeiro em 1959

Presidente – Antonino Braz Lopes Pontes;

Vice-Presidente – José Francisco Lemos Filho;

Vice-Presidente de Futebol – Carmine Furletti;

Vice-Presidente Social – Antônio Harry Leite;

Vice-Presidente dos Especializados – Italo Becatini;

Diretor de Futebol Profissional – Felicio Brandi;

Diretor do Dep. Futebol Amador – Edson Crepaldi;

Diretor do Dep. de Finanças – Claro Flores Pinto;

Diretor de Patrimônio – Nicola Costa;

Diretor do Dep. Médico – Dr. José Greco;

Diretor do Dep. Jurídico – Luiz Carlos Rodrigues;

Diretor do Dep. Administrativo – Natalino Trigineli;

Diretores de Natação – Wellington Armaneli e Miguel Lovalho;

Tesoureiro – Américo Búfalo;

Secretário – Caetano de Oliveira Piló;

Diretores da sede social: Durval Serafim, Isac Federman, Rui Grossi, Gelson Aureliano Netgker, Sebastião Tostes e Nicola Galicchio (tesoureiro).

FONTE E FOTOS: Revista Alterosa (reportagem de maio de 1960)

Esporte Clube Santa Cruz, de Guaianases – São Paulo (SP)

OS MATHEUS – O IMPÉRIO DAS PEDRAS

No início do século 20, uma família de imigrantes europeus, natural de Toro, província próxima a Samora, na Espanha, chegou ao Brasil, trazendo consigo um grande conhecimento na extração de pedras.

O chefe da família, Luís Matheus, viera para o Brasil para trabalhar na construção da Catedral da Sé, em São Paulo.

Na época, o pedregulho de rio era usado na construção civil e as sobras ou lascas eram consideradas refugos, sem valor comercial. Com auxílio dos húngaros, que durante a noite quebravam as sobras de pedras, a Pedreira Irmãos Matheus tornou-se a pioneira na britagem de pedras.

Concluído seu trabalho, já tendo se apegado às terras brasileiras, os Matheus arrendaram uma mina de pedra na região de Ribeirão Pires, montando seu primeiro negócio: uma fábrica de guias e paralelepípedos, que eram usados na pavimentação de São Paulo. Algum tempo depois, adquiriram uma pedreira em no bairro de Guaianases.

No final dos anos quarenta, quando se iniciou a grande expansão da cidade de São Paulo, com o crescimento acelerado da indústria, o pedregulho de rio não era mais suficiente para suprir a demanda do mercado. Isso deu início ao uso de brita na fabricação do concreto.

A partir daí, Izidoro Matheus teve participação decisiva nos negócios.

A produção de brita em larga escala veio com a construção de um ramal da linha da estrada de ferro Central do Brasil, até dentro das pedreiras em Guaianases, devido ao grande consumo do material para a manutenção das suas linhas.

Os irmãos Vicente Matheus e Izidoro Matheus tinham paixão pelo futebol.

ESPORTE CLUBE SANTA CRUZ DE GUAIANASES

Na quinta-feira, do dia 7 de setembro de 1950, Izidoro Matheus fundou o Esporte Clube Santa Cruz. Dessa forma, homenageava também a padroeira Santa Cruz, cuja igreja se situa no centro do bairro.

Time de várzea mais popular da cidade de São Paulo e com maior torcida e poder econômico da época, o time contou com muitos jogadores que jogavam em times profissionais.

Uma formação nos 60

Ficou conhecido como o Galo da Central, por causa da estrada de ferro Central do Brasil, na época um dos principais meios de transporte que servia o bairro.

Nos jogos do time, mais de trinta caminhões da pedreira eram disponibilizados para levar a torcida. Todos saiam lotados do bairro de Guaianases.

A Pedreira Irmãos Matheus teve a sua frente Luiz Matheus, Antonio Matheus, Ademir Matheus, Vicente Matheus (ex-presidente do SC Corinthians Paulista) e Izidoro Matheus (fundador do EC Santa Cruz de Guaianases.

O Esporte Clube Santa Cruz foi o maior clube de Guaianases e não era só futebol. Festas, formaturas e os bailes de carnaval eram memoráveis. Nos anos 70, o espaço do clube passou ser usado como pelo “Cine Tupy”.

Nos no início dos anos 80, interrompeu definitivamente suas funções devido desapropriação do prédio que foi demolido para construção do viaduto de Guaianases. Nessa época, o Esporte Clube Santa Cruz também encerrou suas atividades. 

Isidoro Matheus

Isidoro Matheus faleceu em São Paulo, na sexta-feira, do dia 30 de setembro de 1994, aos 77 anos de idade.

Filho de Luiz Matheus e Mangloria Valle Matheus, ambos imigrantes espanhóis, Isidoro, assim como seu irmão, atuou no setor de mineração, pavimentação e construção civil a partir da década de 40, tendo trabalhado em diversas empresas, entre elas a Pedreira São Matheus e Lageado S/A, Empresa Britadora Santa Isabel, Termaco Terraplenagem e Pavimentação S/A e Pavimentadora e Construtora São Luiz S/A, entre outras.

Em 2008, por iniciativa do vereador Gilson Barreto, do PSDB, uma rua foi batizada com o nome de Isidoro Matheus, na Vila Maria, zona norte de São Paulo.

FONTES: Meu acervo – Revista Guaianases City – As pedreiras de Guaianases

Torneio Início Paraense de 1917: Paysandu Sport Club é o grande campeão!

Na temporada seguinte, aconteceu o Torneio Initium de 1917, organizado pela Liga Paraense de Sports Terrestres (LPST), no domingo, às 15 horas e 18 minutos, do dia 06 de maio de 1917, no Estádio da Curuzu (propriedade do Paysandu Sport Club), em Belém.

O torneio contou com a participação de sete clubes, todos situados na cidade de Belém (PA):

Brasil Sport Club;

Clube do Remo;

Guarany Football Club;

Panther Football Club;

Paysandu Sport Club;

Fênix Sport Club (o alviverde também chamado de Phenix Sport Club);

União Sportiva.

Regulamento

Os jogos terão a duração de 20 minutos (10 minutos cada tempo, sem descanso. Os times apenas trocarão de lado). Entre o fim de um jogo para o começo do seguinte, apenas um intervalo de 5 minutos. A exceção será a grande final, cujo intervalo será de 15 minutos.

Se a partida terminar empatada, o critério de desempate será o maior número de escanteios. Se o empate persistir, terá prorrogação de forma indeterminada de 10 em 10 minutos até que aconteça um gol ou um escanteio que determine o vencedor. Nenhum team poderá substituir um ou mais jogadores durante toda a disputa do Torneio.

JOGOSRESULTADOS ESCANTEIOSARBITROSAUXILIARES
Remo1X1Paysandu0 x 1Carlos BerneaudLuiz Soares e Arlindo Oliveira
Brasil4X0Fênix1 x 0Galdino AraújoDulcídio Barata e Armando Bemfica
Panther0X1União0 x 0Abel de BarrosRaymundo Barreiros e Carlos Ferreira Lopes
Guarany1X3Paysandu0 x 6Carlos BerneaudLuiz Soares e Arlindo Oliveira
Brasil1X0União0 x 0Abel de BarrosDulcídio Barata e Armando Bemfica
Paysandu1X0Brasil2 x 2Galdino AraújoRaymundo Barreiros e Carlos Ferreira Lopes

Na estreia, Paysandu bate o Remo

No jogo de abertura, às 15h18min., o Paysandu eliminou o Clube do Remo. Após empate em 1 a 1, o Papão Bicolor venceu por 1 escanteio a 0. Logo aos três minutos, após passe de Astrogildo, Aguiar chutou cruzado para abrir o placar para o Paysandu. Aos 11 minutos, Americo centrou na área para Ludgards que acertou um belo chute para deixar tudo igual.

Na etapa final, Aurélio investe absolutamente sobre Armindo que prepara para devolver a bola. Na eminencia de perder a jogada, o zagueiro remista acaba jogando a bola para escanteio, que acabou dando a vitória ao Paysandu.   

Clube do Remo: Archimedes; Armindo e Lulu; Coronel, Tobias e Carlito; Ludgards, Djalma, Cicero, Balcia e Americo.

Paysandu: João; Genaro e Corrêa; Guimarães, Suisso e Joaquim; Astrogildo, Aurélio, Aguiar, Dorinho e Arthur.

Brasil goleia Fênix

No segundo jogo, às 15h46min., o Brasil começou com o pé direito, ao golear o Fênix pelo placar de 4 a 0. Os gols foram de Xeréo aos 5 minutos, Froylan aos 9 minutos. Na etapa final, João aos 14 minutos. Um minuto depois o Brasil obteve um escanteio aumentando a vantagem. Aos 20minutos, novamente João fez o quarto e último gol do Brasil.

Brasil: Cícero Câmara; Mamede e Cazuza; Serrão, Flávio e Pellado; Bernardino Braga, Aranha, Xaréo, João e Froylan Barata.

Fênix: Floriano; Coelho e Gomes; Casimiro, Furtado e Raymundo; Martiniano, Ondiva, Dedé (Cap.), Amorim e Euclydes. Reservas: Gregório, Bahia e Henrique.

União vence Panther

No terceiro jogo, às 16h12min., o União Sportiva bateu o Panther Club, pelo marcador de 1 a 0. Numa partida equilibrada do início ao fim, as defesas levaram a melhor sobre os atacantes. O único gol, saiu na segunda etapa, aos 5 minutos.

Panther Club: A. Santos; Crispim e Wandick; Onias, Xavier e Tiburcio; Cassiano, Pau, Armando, Enéas e Rocha.

União Sportiva: Roberto; Três e Euzébio; Clodoaldo, Pedro e Lamparina; Parimé, Alfredo, Joia, Ninito e Coelho. Reservas: Elderico Andrade, Henrique, Anisio, Antônio e Jacques.

Paysandu vence de virada e avança

A definição do último semifinalista, às 16h39min., o Paysandu levou a melhor sobre o Guarany, vencendo pelo placar de 3 a 1. Logo no começo, o Guarany abriu o placar, após o zagueiro Suisso cometer um pênalti. Brito bateu e fez!

Após cobrança de escanteio, Dorinho testou para deixar tudo igual. Aos seis minutos, Astrogildo fez o tento da virada do Paysandu. Na etapa final, aos seis minutos, Arthur assinalou o terceiro gol. 

Guarany: Julio; Thompson e Careca; Eugenio, Manoel e Arthur; Brito, Joaquim, Guarany, Nelson e Ladeira.

Paysandu: João; Genaro e Corrêa; Guimarães, Suisso e Joaquim; Astrogildo, Aurélio, Aguiar, Dorinho e Arthur.

Brasil vence está na final

No 1º jogo da Semifinal, às 17h05min., O Brasil Sport derrotou o União Sportiva pelo placar mínimo (1 a 0), e avançou para a grande final. O único gol saiu ainda na etapa inicial, aos 10 minutos por intermédio de Aranha. Na segunda etapa, nada aconteceu que modificasse o placar.

Brasil: Cícero Câmara; Mamede e Cazuza; Serrão, Flávio e Pellado; Bernardino Braga, Aranha, Xaréo, João e Froylan Barata.

União Sportiva: Roberto; Três e Euzébio; Clodoaldo, Pedro e Lamparina; Parimé, Alfredo, Joia, Ninito e Coelho. Reservas: Elderico Andrade, Henrique, Anisio, Antônio e Jacques.

Paysandu derrota o Brasil e fica com o título do 1º Torneio Initium

Na decisão, que começou às 17h36min., o Paysandu suou, mas bateu o Brasil Sport pelo placar de 1 a 0, conquistando o título do Torneio Initium da LPST de 1917.

Aos 2 minutos da etapa inicial, Suisso intercepta a bola lança para Astrogildo que centrou na área. O zagueiro Mamede na tentativa de cortar a jogada acaba cometendo pênalti. Arthur cobrou firme para abrir o placar para o Papão Bicolor.

Apesar de ter criado boas chances de empatar, a pontaria deu a desejar para a equipe aurinegra.  No segundo tempo, Arthur chegou a marcar o gol, mas a arbitragem marcou impedimento de Astrogildo, que participara da jogada.

Paysandu: João; Genaro e Corrêa; Guimarães, Suisso e Joaquim; Astrogildo, Aurélio, Aguiar, Dorinho e Arthur.

Brasil: Cícero Câmara; Mamede e Cazuza; Serrão, Flávio e Pellado; Bernardino Braga, Aranha, Xaréo, João e Froylan Barata.

FONTES: Jornais paraenses

Campeonato Paraense da 1ª Divisão de 1916: Classificação, que definiu o Clube do Remo como o campeão, nos Primeiros e Segundos Teams!

No Campeonato Paraense de 1916, o Brasil fez uma bela campanha, com vitórias marcantes, como diante do Guarany pelo placar de 5 a 2, no domingo, do dia 14 de maio de 1916.

Chegou no último jogo, com a “faca e o queijo na mão” para ficar com o título, no domingo, do dia 26 de novembro de 1916, quando enfrentou o Panther-Club, precisando de um simples empate para se sagrar campeão.

A tabela de classificação mostrava que o Brasil e o Remo dividiam a liderança com 12 pontos, porém o clube remista já tinha feito a sua partida final, enquanto o Brasil teria mais uma partida e com um mero empate ficaria com o título.    

Infelizmente, não encontrei o resultado desse jogo entre o Brasil e o Panther-Club. O que sabemos é que o título de 1916 consta com o Clube do Remo. Como teve o desfecho essa competição, segue um mistério. Nos Segundos Quadros, o Clube do Remo (15 pontos) também ficou com o título, enquanto Panther-Club e Brasil dividiram a 2ª colocação com oito pontos.

CLASSIFICAÇÃO FINAL (Primeiros Teams)

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Clube do Remo12862240420
Brasil12761261214
Panther-Club06734190910
União Sportiva068351531-16
Guarany028171139-28

CLASSIFICAÇÃO FINAL (Segundos Teams)

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Clube do Remo15871420933
Panther-Club0883231113-2
 Brasil0883231420-6
Guarany0782331518-3
União Sportiva028170527-22

FONTES: Jornais paraenses

São Cristóvão Futebol e Regatas, após 86 anos é declarado Bicampeão Carioca!!

Gazeta de Notícias, 13.06.1937, p. 15
  • Por: Laércio Becker, de Curitiba-PR

Há 86 anos, o São Cristóvão Futebol e Regatas lutava para corrigir uma injustiça, que deixava uma lacuna importante na sua história. Em 1937, o São Cristóvão conquistou, pela segunda vez em sua história, o título de Campeão Carioca de Futebol, pela Federação Metropolitana de Desportos (FMD).

Após faturar o seu 1º título Estadual em 1926, a equipe Cadete possuía um time forte e competitivo, tendo como destaques os craques Walter (goleiro), Afonsinho (meia) e Roberto (atacante), todos a Seleção Brasileira.

O time base de 1937 do São Cristóvão: Walter (Magdalena); Hernandez (Marcondes) e Osvaldo (Mario); Picabéa (Salvador), Dodô (Pechim) e Afonsinho (Archimedes); Roberto (Vicente), Villegas, Nelson (Caxambu), Quintanilha (Nena) e Carneiro. Técnico: Ademar Pimenta.

Batido o martelo! São Cri-Cri é Bicampeão!!

Na tarde da quinta-feira, do dia 21 de dezembro de 2023, a Assembleia Geral da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), por unanimidade, reconheceu o título do São Cristóvão de 1937, pela Federação Metropolitana de Desportos (FMD).

História do título

É que, naquele distante ano, ocorreu a reconciliação dos clubes – selada pelo Clássico da Paz (Vasco 3×2 America, em 31 de julho de 1937) –, que deu origem à Liga de Futebol do Rio de Janeiro (LFRJ), fruto da fusão da FMD com a Liga Carioca de Futebol (LCF).

Com isso, as competições em andamento de ambas as entidades foram interrompidas para início do campeonato da LFRJ. Quanto à LCF, seu campeonato estadual de 1937 ainda não tinha começado, pois seria disputado no 2º semestre. A competição da LCF que foi interrompida em 1937 foi o Torneio Aberto, que reunia times profissionais com amadores e, portanto, não valia o título estadual.

O problema é que, na FMD, estava em andamento seu campeonato estadual. Havia terminado o 1º turno e o São Cristóvão liderava com 7 vitórias em 7 jogos, seguido pelo Madureira, com 5 vitórias, 1 empate e 1 derrota. Na realidade, ainda faltavam dois jogos do Vasco, contra Olaria e Botafogo, mas nem um desses três times tinha condição matemática de alcançar o líder isolado. Apesar de os jogos e o campeonato não terem sido anulados, a FERJ demorou a reconhecer o título do São Cristóvão.

CLASSIFICAÇÃO FINAL DE 1937

CLUBESPGJVEDGPGCSG
São Cristóvão1477281018
Madureira117511210714
Vasco da Gama075311070502
Bangu067341115-4
Olaria0562131415-1
Botafogo0562130709-2
Carioca0371150718-11
Andarahy017160521-16

Antes tarde do que nunca. E a história do futebol brasileiro teve precedentes. Por exemplo, a edição de 1966 do Torneio Rio–São Paulo. Naquela oportunidade, os quatro clubes com melhor colocação não disputaram o quadrangular final.

Resultado: apesar de o torneio não chegado ao fim, eles foram oficialmente declarados vencedores: Botafogo, Santos, Vasco e Corinthians – aqui, na ordem decrescente de saldo de gols. (Aliás, ainda falta oficializar o título de Flamengo e Fluminense no Rio – São Paulo de 1940, por motivo semelhante.)

Um caso um pouco diferente foi o Campeonato Gaúcho de 1918, que seria disputado entre os três campeões regionais mas foi cancelado devido ao surto de gripe espanhola. A diferença é que a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) atribuiu a Esporte Clube Cruzeiro, Esporte Clube 14 de Julho e Grêmio Esportivo Brasil o que chamou de “título honorífico”, para não se confundir com os demais títulos de campeões estaduais – o que pouco importou para as três torcidas, que comemoraram do mesmo jeito.

Só que a própria FERJ tem um precedente. Trata-se do campeonato de 1907, que não se concluiu e, em 1996, a FERJ proclamou Fluminense Football Club e Botafogo campeões.

Veículos destacam o título do São Cristóvão

Nesse sentido, foi justo homologar o título do São Cristóvão de 1937 pela FMD, que a imprensa já estampava na época. Inicialmente, como campeão do 1º turno, às vezes chamado de 1º torneio – pois a final do campeonato seria disputada entre os campeões do 1º e do 2º turno/torneio. É o que se vê no Jornal dos Sports:

“Com o feito sobre o Madureira, os alvos conservam o título de invictos e, ainda mais: mantiveram a ‘leaderança’ da tabela, agora absolutos e a dois passos da conquista do título do primeiro torneio” (14.06.1937, p. 1, sobre a vitória de 2×1, no dia anterior).

“O onze da camisa alva já pode se considerar campeão do turno” (26.06.1937, p. 4).

“Os alvos, porém, não querem perder a oportunidade de conseguir o honroso título de campeão mantendo também o título de invicto que alcançaram após derrotar todos os seus anteriores antagonistas” (30.06.1937, p. 1).

“O S. Christovão campeão invicto do 1º Torneio” (01.07.1937, p. 4).

“O S. Christovão já conquistou brilhantemente o título de campeão do primeiro turno da Federação Metropolitana” (06.07.1937, p. 2).

“O resultado desse prélio nada influirá quanto ao primeiro posto, isto porque o São Christovão já se sagrou campeão do primeiro turno, aliás brilhantemente invicto” (11.07.1937, p. 3, sobre a partida Carioca EC 0x3 Botafogo, nessa data).

“O club de Figueira de Mello, depois de levantar o título de campeão do turno do campeonato da FMD, seguiu para o Peru e outros países andinos, voltando recentemente” (03.10.1937, p. 6).

“A queda do campeão invicto, na extinta Metropolitana, surpreendeu de início” (13.10.1937, p. 1, sobre a derrota de 2×0 para o Bonsucesso, no dia anterior).

Mas o fato é que a própria FMD, em seus últimos atos, já o tinha oficialmente reconhecido como campeão de 1937, como se vê no Jornal dos Sports de 04.09.1937, p. 6:

A Revista do Esporte nº 297, de 14.11.1964, também atribuiu esse título ao São Cristóvão, embora com um erro tipográfico – “1936” em vez de 1937.

E Carlos Molinari, pesquisador do Bangu, comentou em seu livro Nós é que somos banguenses: “Brigas antecederam a disputa do Campeonato Carioca de 1937. Na verdade, dois campeonatos foram realizados. O primeiro, promovido pela Federação Metropolitana de Desportos, disputado nos meses de maio e junho, em turno único entre os oito filiados. (…) O campeão deste certame foi o São Cristóvão, que com isso conquistava o seu segundo título carioca da história.”

Para mais detalhes sobre a campanha do campeão, ver o livro O campeão esquecido, de Auriel de Almeida e do saudoso Raymundo Quadros, que era são-cristovense roxo!

A propósito, há outros títulos pendentes de reconhecimento pela FERJ, como os do: Bangu (de 1907, pela Taça João Ferrer), Bonsucesso (de 1919, pela Liga Suburbana de Football) e Engenho de Dentro (de 1925, pela Liga Metropolitana de Desportos Terrestres). Contem com minha torcida!

Enquanto a FERJ não decide, temos muito a comemorar o ano de 2023, em que nosso clube voltou a jogar no solo sagrado de Figueira de Mello, conquistou a Taça Waldir Amaral da Série C profissional, o título da Série C sub-17, o da Série B2 profissional e ainda teve homologado seu título de 1937. Isso é só o começo, o Manchester City que se cuide! Avante, São Cristóvão!

Abaixo todos os campeões do Campeonato Carioca atualizado

ClubeTítulosVicesTerceiro lugarQuarto lugarG4
Flamengo37 (1914, 1915, 1920, 1921, 1925, 1927, 1939, 1942, 1943, 1944, 1953, 1954, 1955, 1963, 1965, 1972, 1974, 1978, 1979-I, 1979-II, 1981, 1986, 1991, 1996, 1999, 2000, 2001, 2004, 2007, 2008, 2009, 2011, 2014, 2017, 2019, 2020 e 2021)35 (1912, 1913, 1919, 1922, 1923, 1924, 1932, 1936, 1937, 1938, 1940, 1941, 1952, 1958, 1961, 1962, 1966, 1968, 1969, 1973, 1977, 1982, 1983, 1984, 1987, 1988, 1989, 1992, 1994, 1995, 1998, 2010, 2013, 2022 e 2023)17 (1917, 1935, 1946, 1947, 1948, 1949, 1956, 1957, 1964, 1980, 1985, 1993, 1997, 2003, 2012, 2015 e 2018)9 (1916, 1918, 1928, 1951, 1960, 1971, 1975, 1990 e 2016)98
Fluminense33 (1906, 1907, 1908, 1909, 1911, 1917, 1918, 1919, 1924, 1936, 1937, 1938, 1940, 1941, 1946, 1951, 1959, 1964, 1969, 1971, 1973, 1975, 1976, 1980, 1983, 1984, 1985, 1995, 2002, 2005, 2012, 2022 e 2023)25 (1910, 1915, 1920, 1925, 1927, 1933, 1935, 1943, 1949, 1952, 1953, 1956, 1957, 1960, 1963, 1970, 1972, 1979-II, 1991, 1993, 2003, 2011, 2017, 2020 e 2021)22 (1922, 1926, 1942, 1948, 1962, 1965, 1966, 1967, 1977, 1978, 1986, 1990, 1992, 1994, 1998, 1999, 2004, 2008, 2010, 2013, 2014 e 2016)21 (1914, 1923, 1929, 1939, 1944, 1947, 1958, 1961, 1968, 1979-I, 1987, 1988, 1989, 1996, 1997, 2000, 2001, 2009, 2015, 2018 e 2019)101
Vasco da Gama24 (1923, 1924, 1929, 1934, 1936, 1945, 1947, 1949, 1950, 1952, 1956, 1958, 1970, 1977, 1982, 1987, 1988, 1992, 1993, 1994, 1998, 2003, 2015 e 2016)26 (1926, 1928, 1930, 1931, 1935, 1944, 1948, 1961, 1968, 1974, 1976, 1978, 1979-I, 1980, 1981, 1986, 1990, 1996, 1997, 1999, 2000, 2001, 2004, 2014, 2018 e 2019)16 (1925, 1933, 1937, 1937-FMD, 1938, 1940, 1972, 1973, 1975, 1979-II, 1984, 1989, 2009, 2017, 2022 e 2023)18 (1927, 1941, 1943, 1953, 1954, 1955, 1957, 1959, 1962, 1969, 1985, 1991, 1995, 2007, 2008, 2010, 2012 e 2013)83
Botafogo21 (1907, 1910, 1912, 1930, 1932, 1933, 1934, 1935, 1948, 1957, 1961, 1962, 1967, 1968, 1989, 1990, 1997, 2006, 2010, 2013 e 2018)21 (1908, 1909, 1913, 1914, 1916, 1918, 1939, 1942, 1944, 1945, 1946, 1947, 1959, 1971, 1975, 2007, 2008, 2009, 2012, 2015 e 2016)21 (1919, 1928, 1938, 1941, 1951, 1953, 1956, 1958, 1960, 1965, 1966, 1969, 1970, 1979-I, 1981, 1991, 1995, 1996, 2000, 2005 e 2011)26 (1906, 1915, 1920, 1922, 1924, 1925, 1931, 1936, 1937, 1940, 1949, 1950, 1963, 1964, 1972, 1973, 1974, 1976, 1977, 1978, 1979-II, 1982, 1986, 1994, 2017 e 2022)89
America7 (1913, 1916, 1922, 1928, 1931, 1935 e 1960)8 (1911, 1914, 1917, 1921, 1929, 1950, 1954 e 1955)16 (1908, 1909, 1910, 1912, 1915, 1920, 1927, 1930, 1934, 1936, 1945, 1947, 1974, 1976, 1982 e 2006)5 (1946, 1967, 1968, 1970 e 1983)36
Bangu2 (1933 e 1966)6 (1951, 1959, 1964, 1965, 1967 e 1985)12 (1916, 1921, 1931, 1934, 1950, 1954, 1955, 1963, 1983, 1987, 2002 e 2019)12 (1926, 1930, 1932, 1937, 1952, 1961, 1968, 1980, 1981, 1984, 1993 e 1998)32
São Cristóvão2 (1926 e 1937)1 (1934)8 (1918, 1923, 1924, 1929, 1935, 1936, 1939 e 1943)4 (1917, 1919, 1932 e 1942)15
Paissandu1 (1912)1 (1906)1 (1907)2 (1911 e 1913)5

FONTES: Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) – Jornal dos Sports – Gazeta de Notícias (RJ) – O Radical (RJ) – Revista do Esporte (RJ)

Excursão de 1966: C.F. Os Belenenses, de Lisboa (Portugal), onde disputou o Torneio Quadrangular de Belo Horizonte (MG)

O Clube de Futebol Os Belenenses, de Lisboa (Portugal), Fundado no dia 23 de setembro de 1919, comandado pelo técnico brasileiro Jorge Vieira veio para uma série de sete jogos, no Brasil, sem três jogadores convocados para disputar a Copa do Mundo na Inglaterra, em 1966: o goleiro José Pereira, o lateral direito Rodrigues e o zagueiro Vicente.

No Campeonato Português de 1965/66, o Belenenses terminou na 7ª colocação ao lado do Varzim, ambos com 25 pontos. O campeão foi o Sporting Lisboa, com 42 pontos, enquanto o Benfica ficou com o vice, com 41.

O clube luso embarcou rumo ao Brasil para um total de sete jogos, passando por seis estados (Nordeste, Sudeste e Sul): pelo Recife/PE, São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Porto Alegre/RS e Brasília/DF.  

Técnico Jorge Vieira

Clube português comandado por brasileiro desembarcou no Recife/PE  

A Delegação do Belenenses, desembargou no Aeroporto dos Guararapes, no Recife, na manhã da quinta-feira, o dia 12 de maio de 1966, chefiada pelo dirigente Manuel Trindade; os dirigentes Fernando Cordeiro e Ernani Pinheiro; o treinador brasileiro Jorge Vieira; o massagista, João Silva; e mais 19 jogadores:

Gomes e Serrano (goleiros), Sá Pinto, Alberto Luís (ex-Portuguesa de Desportos/SP), Quaresma e Caneira (zagueiros); Carlos Pedro (ex-defensor do America/RJ), Santana, Cardoso (médios); Adelino, Pedras, Valdir (ex-Vitória/BA e Fluminense), Estêves, Ramos, Alfredo, Pedroso, Simão (natural de Moçambique), Teodoro e Pereira (atacantes). O Benfica cedeu para essa excursão dois atletas: Santana, 30 anos, e Pedras, enquanto o Porto emprestou Valdir.

A delegação ficou hospedada no Hotel São Domingos, na Praça Maciel Pinheiro, no bairro de Boa Vista, no Recife/PE.

Uma curiosidade foi o ex-defensor do America do Rio, Carlos Pedro serviu de guia e ajudou os companheiros lusos a trocar de Escudos (moeda da época de Portugal) por Cruzeiros (moeda da época do Brasil), além de matar a saudade de nove meses do Guaraná e do cafezinho brasileiro.

Antes de desembarcar em Belo Horizonte/MG, o Belenenses realizou dois jogos em território brasileiro: no , derrota para o Santa Cruz, no Recife/PE (domingo, às 16 horas, do dia 15 de maio de 1966), por 2 a 1, no estádio José do Rêgo Maciel, o Arruda, no Recife/PE. Pelo jogo, o clube luso recebeu, livre de impostos, a cota de US$ 7 mil dólares (cerca de 15 mil cruzeiros).

EM PÉ (esquerda para a direita): Reginaldo, Nilton, Agra, Carlos, Norberto e Valter Serafim;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Josenildo, Terto, Manuel, Erandir e Fernando José.

SANTA CRUZ F.C. (PE)   2        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio José do Rêgo Maciel, o Arruda, no Recife/PE
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, dia 15 de maio de 1966
HORÁRIO16 horas
RENDACr$ 8.496.000,00
PÚBLICO2.832 pagantes
ÁRBITROErilson Gouveia (FPF)
AUXILIARESAlécio Siqueira (FPF) e Louralber Monteiro (FPF)
SANTA CRUZVálter; Reginaldo, Nilton, Carlos e Norberto; e Agra e Terto; Uriel, Manuel, Erandir e Fernando José. Técnico: Alexandre Borges
BELENENSESGomes; Sá Pinto, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Adelino (Estêves) e Santana; Valdir, Carlos Pedro, Pedras e Ramos. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSErandir (Santa Cruz) aos 15 minutos; Pedras (Belenenses) aos 35 minutos do 1º Tempo. Erandir (Santa Cruz) aos 12 minutos no 2º Tempo.

Uma semana depois, com uma temperatura mais amena, de aproximadamente 13º graus césios, o Belenenses voltou a campo. Dessa vez o adversário foi a Seleção Paulista (devido diversos jogadores estarem servindo a Seleção Brasileira, visando a Copa do Mundo de 1966, o selecionado paulista foi formado por reservas), em São Paulo/SP, no domingo, às 16 horas, do dia 22 de maio de 1966. No final, os paulistas venceram pelo placar de 3 a 1, no Estádio do Pacaembu.  Os preços dos ingressos: Cr$ 2 mil as gerais e Cr$ 3 mil as arquibancadas.

SELEÇÃO PAULISTA (BRA)     3        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, em São Paulo/SP
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, dia 22 de maio de 1966
HORÁRIO16 horas
RENDACr$ 22.242.000,00
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROArmando Marques (o trio teve uma boa atuação)
AUXILIARESGerminal Alba e Wilson Antônio Medeiros
EXPULSÃORenato (Paulista) aos 27 minutos do 2º tempo, por um pontapé sem bola em Alberto Luiz (Belenenses)
SEL. PAULISTAFélix; Osvaldo Cunha (Renato), Mauro, Jurandir e Edilson; Swing e Ademir da Guia (Benê); Almir, Babá, Coutinho (Ivair) e Tupãzinho. Técnico: Aimoré Moreira.
BELENENSESGomes; Sá Pinto, Quaresma, Caneiras e Alberto Luiz; Cardoso e Santana; Adelino (Alfredo), Carlos Pedro, Pedras, Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSTupãzinho (Paulistas), aos 16 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), aos 45 minutos do 1º Tempo. Tupãzinho (Paulistas), de pênalti, aos 17 minutos; Renato (Paulistas), aos 25 minutos do 2º Tempo.

Balanço da primeira semana no Brasil

Após os dois jogos, o treinador brasileiro afirmou que a equipe portuguesa sentiu muito a diferença de clima (no Recife um clima quente e em São Paulo uma temperatura melhor), mas prometeu que o time iria melhorar para os próximos jogos. A delegação do Belenenses teve problemas para sair de São Paulo em direção a capital mineira, onde ficou hospedado no Brasil Palace Hotel.

O motivo foi a falta de aviões da capital paulista para Belo Horizonte. Por isso, a delegação precisou se deslocar para o Rio de Janeiro e depois seguir em direção a capital de Minas Gerais.

Torneio Quadrangular de BH de 1966   

O Torneio Quadrangular Internacional de BH, em 1966, reuniu o América Mineiro, Atlético Mineiro, Cruzeiro e o Belenenses de Portugal. Na realidade, a competição seria “Torneio Pentagonal”, pois os organizadores contavam com a presença dos clubes acima e mais do West Bromwich Albion Football Club, mas o time inglês acabou desistindo dias antes.

A razão pelo qual torneio não teve as três, mas sim duas rodadas, não foi explicado pelos organizadores. O que foi apurado, nos jornais da época foi que na segunda rodada, os organizadores calcularam um prejuízo de cerca de Cr$ 6 milhões, o que talvez tenha feito com que a competição fosse abreviada. 

Com isso, a rodada inaugural programada para começar na quarta-feira, acabou sendo transferida para o dia seguinte: quinta-feira, do dia 26 de maio de 1966.

Pela 1ª rodada, com arbitragem de Juan de La Pasión Artês, 35 anos (Federação Mineira de Futebol), às 19h30min., o Cruzeiro bateu o América pelo placar de 2 a 1.

Cruzeiro Esporte Clube
EM PÉ (esquerda para a direita): Pedro Paulo, Neco, Wilson Piazza, William, Procópio e Raul;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Natal, Tostão, Davi, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira.

CRUZEIRO E.C. (MG)      2        X        1        AMÉRICA F.C. (MG)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 26 de maio de 1966
HORÁRIO19 hora e 30 minutos
RENDACr$ 15.988.000,00
PÚBLICO8.610 pagantes
ÁRBITROJuan de La Pasión Artês (FMF)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Wilson Piazza (Zé Carlos) e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Celton), Evaldo, Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
AMÉRICA-MGZé Ernesto; Luisinho (Hamilton), Haroldo (Zé Horta), Zé Luís e Murilo; Edson e Ney (Eduardo); Ernani, Samuel, Araken e Nilo. Técnico: Dorival Knipel, ‘Yustrich’.
GOLSMarco Antônio (Cruzeiro), aos 25 minutos, no 1º Tempo. Samuel (América Mineiro), aos 15 minutos; Marco Antônio (Cruzeiro), aos 37 minutos; no 2º Tempo.  

Na sequência, com arbitragem de Silvio Gonçalves David (Federação Mineira de Futebol), às 21h15min., o Atlético Mineiro venceu o Belenenses por 3 a 1, no Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG.

Atlético Mineiro
EM PÉ (esquerda para a direita): Canindé, Hélio, Grapete, Vander, Vanderlei e Warley Ornelas;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Buião, Lacy, Paulo Santana, Edgard Maia e Tião.

ATLÉTICO MINEIRO (MG)         3        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 26 de maio de 1966
HORÁRIO21 hora e 30 minutos
RENDACr$ 15.988.000,00
PÚBLICO8.610 pagantes
ÁRBITROSilvio Gonçalves David (FMF)
EXPULSÕESTião (Atlético); Alberto Luiz e Alfredo (Belenenses)
ATLÉTICO-MGHélio (Luizinho); Canindé (Dawson), Vânder e Décio Teixeira; Ayrton e Bouglê (Paulista); Ronaldo, Santana, Roberto Mauro e Tião. Técnico: Gradim.
BELENENSESGomes; Sá Pinto (Estêves), Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Caneira (Ramos) e Santana; Adelino (Alfredo), Carlos Pedro, Pedras e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSSantana (Atlético) aos 5 e 12 minutos; Tião (Atlético) aos 17 minutos; Adelino (Belenenses) aos 43 minutos do 1º Tempo.

Na 2ª rodada, no domingo, do dia 29 de maio de 1966, começou com a preliminar. Nele, o Atlético Mineiro não teve dificuldades para vencer o América Mineiro por 3 a 0, no Mineirão. Destaque para o atacante Roberto Mauro, autor de dois gols, e Ronaldo marcou o outro tento para o Galo.

ATLÉTICO MINEIRO (MG)         3        X        0        AMÉRICA F.C. (MG)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATADomingo, do dia 29 de maio de 1966
RENDACr$ 20.801.000,00
PÚBLICO11.579 pagantes
ÁRBITROHamlet Pernisa (FMF)
ATLÉTICO-MGLuizinho; Warlei, Dari, Vânder (Grapete) e Décio Teixeira; Ayrton e Bouglê; Ronaldo (Viladoniga), Santana, Roberto Mauro e Tião. Técnico: Gradim.
AMÉRICA-MGMussula; Hamilton (Luisinho), Haroldo (Zé Horta), Zé Luís e Murilo; Edson e Ney (Eduardo); Ernani, Samuel, Araken (Mosquito) e Nilo. Técnico: Dorival Knipel, ‘Yustrich’.
GOLSRonaldo (Atlético), aos 44 minutos, no 1º Tempo. Roberto Mauro (Atlético), aos 26 e 33 minutos, no 2º Tempo.  

Na partida de fundo, o Cruzeiro goleou o Belenenses por 5 a 2 (na etapa inicial a Raposa venceu por 3 a 1. Logo aos 11 minutos Marco Antônio abriu o placar para a Raposa. Aos 35 minutos, Pedras arriscou um chute de fora da área. A bola bateu na trave, e, no rebote, o brasileiro Valdir deixou tudo igual para os portugueses.

Porém, aos 40 minutos, Evaldo recolocou o Cruzeiro em vantagem. Cinco minutos depois, após um cruzamento de Hilton Oliveira, Marco Antônio ampliou para a Raposa o placar na primeira etapa.

No segundo tempo, logo aos 9 minutos, Marco Antônio marcou o quarto gol cruzeirense. Aos 28 minutos, o brasileiro Carlos Pedro cobrou falta de fora da área, acertando um belo chute, diminuindo a desvantagem.  Mas, aos 41 minutos, Dirceu Lopes deu belo passe para Marco Antônio, que marcou o seu quarto gol, tocando para o fundo das redes, dando números finais a peleja.

CRUZEIRO E.C. (MG)      5        X        2        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATADomingo, do dia 29 de maio de 1966
RENDACr$ 20.801.000,00
PÚBLICO11.579 pagantes
ÁRBITROJosé Alberto Teixeira (FMF)
AUXILIARESDoraci Jerônimo (FMF) e Jarbas de Castro (FMF)
CRUZEIROTonho (Raul); Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Zé Carlos e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (João José), Evaldo (Batista), Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
BELENENSESGomes (Serrano); Estêves, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Adelino (Côrrea); Teodoro, Pedras, Santana e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSMarco Antônio (Cruzeiro), aos 11 e 45 minutos; Valdir (Belenenses), aos 35 minutos; Evaldo (Cruzeiro), aos 40 minutos, no 1º Tempo. Marco Antônio (Cruzeiro), aos 9 e 41 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), aos 28 minutos, no 2º Tempo.  

Cruzeiro foi o campeão do Torneio Quadrangular de BH 1966

Após duas rodadas, o Cruzeiro Esporte Clube se sagrou campeão do torneio. A questão que não ficou claro foi qual critério definiu o título para a Raposa. Afinal, Atlético Mineiro e Cruzeiro venceram seus dois jogos, somando quatro pontos, sendo que o Galo marcou seis gols, sofrendo um e um saldo de cinco; enquanto a Raposa marcou sete tentos, sofrendo três e um saldo de quatro.

Nos 14 periódicos pesquisados, nenhum mencionou a razão do Cruzeiro ter ficado com o título. Caso alguém possua a informação (sem achismo, por favor!), peço que nos informem!

Marco Antônio o goleador máximo do Torneio

O artilheiro do Torneio Quadrangular Internacional de BH, em 1966, foi o atacante Marco Antônio, do Cruzeiro, com incríveis seis gols em dois jogos, uma média exata de três tentos por partida. Abaixo os goleadores do torneio.  

6 gols – Marco Antônio (Cruzeiro);

2 gols – Santana e Roberto Mauro (Atlético)

1 gol – Samuel (América Mineiro); Tião e Ronaldo (Atlético); Adelino, Valdir e Carlos Pedro (Belenenses); Evaldo (Cruzeiro).

Em amistoso, Flamengo goleia o Belenenses

Depois enfrentou o Flamengo, às 21h30min., na quinta-feira, do dia 02 de junho. Acabou goleado pelo rubro-negro por 4 a 1, no Estádio Mario Filho, Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro/RJ.

Os gols foram assinalados por Fio Maravilha (Flamengo), aos 27 minutos do primeiro tempo. Juarez aos 4 minutos e César Lemos aos 11 e 17 minutos, para o rubro-negro; enquanto o brasileiro Carlos Pedro, de pênalti, aos 40 minutos, fez o tento de honra do time luso, na etapa final.

C.R. Flamengo
EM PÉ (esquerda para a direita): Murilo, Itamar, Jayme Valente, Valdomiro, Carlinhos Violino e Paulo Henrique;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Luiz Luz (massagista), Carlos Alberto, Nelsinho Rosa, Almir Pernambuquinho, Silva Batuta e Osvaldo ‘Ponte Aérea’.

C.R. FLAMENGO (RJ)     4        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Mário Filho, o Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro/RJ
CARÁTERAmistoso Internacional
DATAQuinta-feira, do dia 02 de junho de 1966
HORÁRIO21 hora e 30 minutos
RENDACr$ 6.900.560,00
PÚBLICO7.600 pagantes
ÁRBITROGualter Portela Filho
AUXILIARESNivaldo Santos e Arnaldo César Coelho
EXPULSÃORenato (Paulista) aos 27 minutos do 2º tempo, por um pontapé sem bola em Alberto Luiz (Belenenses)
FLAMENGOFranz; Nelsinho (Mário Braga), Luís Carlos, Jayme Valente e Leon; Carlinhos Violino (Derci) e Juarez; Carlos Alberto, Fio Maravilha (Paulo Alves), César Lemos (Almir Pernambuquinho) e Osvaldo II. Técnico: Aimoré Moreira.
BELENENSESSerrano; Estêves (Carneiras), Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Teodoro (Alfredo), Pedras, Adelino e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSFio Maravilha (Flamengo), aos 27 minutos do 1º Tempo; Juarez (Flamengo), aos 4 minutos; César Lemos (Flamengo), aos 11 e 17 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), de pênalti, aos 40 minutos do 2º Tempo.
Grêmio F.B.P.A.
EM PÉ (esquerda para a direita): Arlindo, Cléo, Ortunho, Altemir, Airton e Áureo;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Vieira, Joãozinho, Alcindo, Sérgio Lopes e Volmir.

Sexto jogo e nova derrota: Grêmio 3 a 0, no Olímpico

O Belenenses voltou a campo para enfrentar o Grêmio, no domingo, do dia 5 de junho, às 16 horas, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre/RS. O Tricolor Gaúcho bateu o clube luso pelo placar de 3 a 0. Gols foram marcados por Joãozinho, Paraguaio e Volmir.

GRÊMIO F.B.P.A. (RS)    3        X        0        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Olímpico, em Porto Alegre/RS
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, dia 05 de junho de 1966
HORÁRIO16 horas
RENDANão divulgado
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROAlberto Silva (boa atuação)
GRÊMIOArlindo; Altemir, Airton, Áureo (Paulo Sousa) e Ortunho; Cléo (Paíca) e Sérgio Lopes; Jorginho, Adão (Joãozinho e depois Paraguaio), Volmir e Vieira. Técnico: Luís Engelke.
BELENENSESSerrano; Quaresma, Caneiras, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Teodoro, Adelino (Alfredo), Pedras, Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSJoãozinho (Grêmio), aos 24 minutos do 1º Tempo. Paraguaio (Grêmio) aos 37 minutos; Volmir (Grêmio) aos 39 minutos do 2º Tempo.

Enfim, a primeira vitória: 2 a 1, no Cruzeiro

No seu último jogo em território brasileiro, enfim, a primeira e única vitória. Na quarta-feira, do dia 08 de junho, às 19 horas, voltou a enfrentar o Cruzeiro/MG, no Estádio Nacional, em Brasília/DF.

O Belenenses venceu a Raposa pelo placar de 2 a 1. Os gols foram assinalados por Pedras e Valdir para os portugueses, enquanto Zé Carlos fez o tento de honra dos mineiros.

CRUZEIRO E.C. (MG)      1        X        2        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Nacional, o Pelezão, em Brasília/DF
CARÁTERAmistoso Internacional
DATAQuarta-feira, do dia 08 de junho de 1966
HORÁRIO19 horas
RENDANão divulgado
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROArnaldo César Coelho
AUXILIARESIdélcio Gomes de Almeida (FDB) e Rubens Pacheco (FDB – Federação Desportiva de Brasília)
EXPULSÃOAlberto Luiz (Belenenses)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Zé Carlos (Wilson Piazza) e Wilson Almeida (Natal); Marco Antônio, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
BELENENSESGomes (Serrano); Sá Pinto, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Adelino (Alfredo), Pedras, Valdir e Côrrea. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSZé Carlos (Cruzeiro), aos 19 minutos; Pedras (Belenenses), aos 36 minutos, no 1º Tempo. Valdir (Belenenses), 15 minutos, no 2º Tempo. 

Balanço de excursão do clube português

No final, a passagem do Clube de Futebol Os Belenenses, de Lisboa (POR) foi decepcionante. Foram sete jogos, com uma vitória e seis derrotas; oito gols pró, 21 tentos contra e um saldo negativo de 13.

O artilheiro do Clube de Futebol Os Belenenses, nos sete jogos, em território brasileiro foi o carioca Carlos Pedro (ex-America do Rio) com três gols. Depois outro brasileiro, Valdir (ex-Vitória/BA e Fluminense) e o português Pedras, com dois tentos. Por fim, Adelino com gol marcado.

Na manhã da quarta-feira, no dia 14 de junho de 1966, a Delegação do Belenenses retornou para Portugal. À uma hora da madrugada, pela Varig com escala em Caracas (Venezuela) e de lá até Lisboa pela KLM, chegando na capital portuguesa às 21 horas da quarta-feira, hora local.

Colaboraram: Carlos Eduardo Magalhães, Arthur Mendes e Rodrigo S. Oliveira

FOTOS: Revista do Esporte (RJ) – Arquivo Cobra Coral

FONTES: Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube 1919-2013, de Henrique Ribeiro – A Tribuna (SP) – Correio da Manhã (RJ) – Correio Brasiliense (DF) – Cruzeiropedia.org – Diário da Manhã (PE) – Diário de Notícias (RJ) – Diário de Pernambuco (PE) – Diário da Tarde (PR) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Jornal (RJ) – Tribuna da Imprensa (RJ)