Arquivo da categoria: Clubes de Futebol

Dourados Futebol Clube – Dourados (MS): Disputou três edições da 1ª Divisão do Estadual

O Dourados Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Dourados (MS). A sua Sede ficava situada na Av. Marcelino Pires, nº 5.326, no Bairro Cabeceira Alegre, em Dourados.

Em Março de 1991, após a fusão entre o Ubiratan Esporte Clube e o Clube Atlético Douradense nascia o Dourados Futebol Clube. Após se filiar a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), a equipe esteve presente em três edições do Campeonato Sul-Mato-Grossense da 1ª Divisão: 1991, 1992 e 1994. Após a última participação no Estadual, a fusão foi desfeita e o Dourados virou história.

FONTES: site FutebolMS – Mercado Livre – Cássio Siqueira

Clubes do Paraná – Esporte Clube Fortaleza (Curitiba – PR)

Nome: Esporte Clube Fortaleza
Fundação: 02 de abril de 1983
Endereço: Rua Adari Fernando Visinoni, 362 – Cidade Industrial – Curitiba – PR
Estádio: Estádio Antonio Monteiro Sobrinho
Cores: azul – preto / branco

Apesar de ter sido fundado em 1983, sómente em 1995 a equipe começou a disputar a
Divisão Suburbana na 2ª Divisão e não fez feio, conseguindo o tricampeonato (95/96/97).
Apesar de ter direito ao acesso, seus dirigentes não aceitaram a promoção para a divisão principal do futebol suburbano, por causa do aumento dos custos com a manutenção dos atletas.
Em 2003, atravessando uma crise financeira a equipe se licenciou das disputas oficiais
retornando sómente em 2015. Atualmente disputa a Série B (2ª Divisão) da competição.

Fonte: Arquivos de Levi Mulford Chrestenzen / Google Maps

Fachada da Sede / Estádio

Clube Esportivo Operário Várzea-grandense – 70 anos de história

Tudo começou com um grupo de jovens de Várzea Grande, liderados por Rubens dos Santos, com apoio do Bispo Dom Antônio Campello de Aragão, no dia 1º de maio de 1949, fundava o Clube Esportivo Operário Várzea-grandense.
Quanto ao nome, por ser a data em que se comemorava o Dia do Trabalhador, Rubens dos Santos achou por bem homenagear a classe, motivo do nome Operário.
O Bispo Dom Campello doou as primeiras camisas, e por ser torcedor do Fluminense do Rio Janeiro, as cores foram idênticas às do clube carioca, permanecendo até hoje.

 

O primeiro jogo

 

A primeira partida aconteceu na do dia 1º de maio à tarde no Círculo Operário, na Rua Independência, centro de Várzea Grande, e Boava fez o primeiro gol da história do clube na vitória de 1 a 0, diante do Palmeiras do Porto.
 
Da esq. p/ a dir.: Zé Simeão, Ciro, Lindolfo, Boava, Benedito Sapateiro, Assis, Nonô Sapateiro, Caetano, Gonçalo Gongon, Alito e Jorge Mussa.
A primeira diretoria

 

O time dava o pontapé inicial em campo, e Rubens dos Santos convocava torcedores e simpatizantes do clube para a formação da 1ª diretoria. A reunião aconteceu no dia 15 de maio na casa de Joaquim Santana Rodrigues, com Luiz Vitor da Silva sendo escolhido como 1º presidente na história do Operário Várzea-grandense. A diretoria era composta ainda por Lamartine Pompeu de Campos, Joaquim Santana Rodrigues, Oldemar Pereira, Mestre Dario, Manoel Mendes de Oliveira, e Manoel Santana.

 

                                   Da esq. p/ a dir.: Joaquim Santana, Rubens dos Santos, Luís Vitor da Silva, Oldemar Pereira, Mestre Dário e Manoel Santana.

Filiou-se na FMD

 

O Campeonato Amador Várzea-grandense ficava pequeno pela grandeza do futebol que o Operário apresentava e o presidente Rubens dos Santos atravessou a ponte, filiando o clube em 1958 na Federação Mato-grossense de Desportos.
Nesta época o tricolor contava com grandes jogadores, a saber: Nassarden, Beraldo Correa, Iunes Huntar, Ali Huntar, Jafa Huntar, Mussa, Mauro, Tião Macalé, Caboclo, Botelho, João Garrucha, Acimar, Berlindes Pacu e outros. Em 1961, Rubens dos Santos deixou a presidência do clube, assumindo Ari Leite de Campos.
No ano de 1963, Rubens dos Santos é eleito novamente presidente, renovando por completo o plantel, senão vejamos: Saldanha (Palmeiras), Poxoréo (Mixto), Lício Amorim e Vital (Atlético), Ide “Nhara” e Bem, (XV de Novembro). O time titular era formado por Saldanha, Vital, Martinho, Formiga e Maneco; Poxoréo, Aélio e Tatu; Ide “Nhara”, Gildo (Bem) e Lício Amorim (Didi).
Com Rubens dos Santos como treinador surgia o “Rolo Compressor”, ganhando todos os títulos disputados naquele ano de 1964.

 

O Rolo Compressor
 
Em 1964, com Atair Monteiro, como presidente, e Rubens dos Santos na direção técnica, o Operário foi campeão Cuiabano pela primeira vez, com uma campanha, onde em 12 jogos venceu 9, não tomando conhecimento de seus adversários, com goleadas de 9 x 2 e 8 x 2 sobre o XV de Novembro; 6 x 0 sobre o Dom Bosco; 5 x 1 sobre o Palmeiras e 5 x 0 sobre o Riachuelo. Damasceno foi o artilheiro com 24 gols.
O poeta Silva Freire criou o slogan “A Alma Alegre do Povo” após a conquista.
Conquistou também o Torneio dos Campeões, competição disputada pelos campeões das Ligas de Campo Grande, Corumbá e outras, e a decisão aconteceu entre Operário e Ubiratan de Dourados, com o Estádio Presidente Dutra lotado, após um empate em 0 x 0 no tempo normal, o tricolor venceu na prorrogação, com um gol de Ide “Nhara” aos 13 minutos do segundo tempo.

 

 

Em pé da esq. p/ a dir.: JK, Musse, Martinho, Formiga, Maneco, Ciro, Pádua, Saldanha e Vital; Agachados da esq. p/ a dir.: Souza, Ide, Damasceno, Fião, Franklin e Lício Amorim.
Primeiro Campeão Profissional

 

Em 1967, Rubens dos Santos, ao lado de dirigentes como Ranulfo Paes de Barros, Joaquim de Assis, Macário Zanagape e Agripino Bonilha, implantavam o futebol profissional em Mato Grosso.
E coube ao Operário vencer o primeiro campeonato de profissionais em Mato Grosso.
A decisão do campeonato, aconteceu diante do Mixto, seu maior rival, com duas vitórias, 1 x 0 e 3 x 1 respectivamente.
Em 1968 o time conquistaria o bicampeonato, novamente diante do Mixto.

 

Em 1969, apesar dos esforços do presidente Ditinho de Zaine, foi decepcionante a campanha tricolor, inclusive, com o clube pela 1ª vez na história, solicitando licença na FMD, ficando fora do campeonato de 1970.
Em 1971 Rubens dos Santos retorna ao clube, trazendo com ele um jovem radialista, Roberto França que assumia como treinador. Várias contratações foram feitas no futebol carioca e mineiro, quando chegaram Gaguinho (Botafogo), Jorge Cruz (Bonsucesso), Veludo (Madureira), Fagundes (Araxá e Araguari), e a maior de todas, o artilheiro Bife, contratado junto ao LS de Campo Grande, a pedido de Roberto França, que deixou o cargo no final do primeiro turno, assumindo João Batista Jaudy. O Operário foi vice-campeão, perdendo o título para o Dom Bosco em uma final emocionante, pelo placar de 3 x 1.
 
Primeiro Representante de Mato Grosso em uma Competição Nacional
 
O Operário foi o primeiro clube de Mato Grosso a participar de uma competição a nível nacional.
Em 1968 o chicote da fronteira disputou a Taça Brasil, direito adquirido por ser o campeão Cuiabano de 1967.
A estreia foi contra o Atlético Goianiense, no dia 04 de agosto, no Estádio Presidente Dutra e vitória de 2 a 0 com gols de Odenir e Jaburu.

 

Em pé da esq. p/ a dir.: Darcy Avelino, JK, Gonçalo, Walter, Boquinha e Glauco. Agachados da esq. p/ a dir.: Ide, Jaburu, Gebara, Beto e Odenir.
 
Primeiro Campeão Estadual de Profissionais
Era do Operário as façanhas nas conquistas do título de Campeão dos Campeões em 1964, implantação do futebol profissional em 1967, onde foi campeão, e no ano de 1973, conquistou o título de 1º Campeão Estadual de Futebol Profissional (Mato Grosso ainda não tinha sido dividido). O time foi reforçado com as contratações de Paulinho, Zé Pulula, Arlindo, Ruiter, Márcio, Dirceu Batista (Cruzeiro), Jeferson Lira, Gilson Lira e o treinador Totinha Gomes.
Neste ano o campeonato passou a contar com participantes de todo estado: Operário, Dom Bosco, Palmeiras, Mixto, Comercial (Campo Grande), Operário (Campo Grande) e União (Rondonópolis). A competição foi disputada em três turnos, com o Operário ganhando dois, e assim foi para a decisão, diante do Dom Bosco, em uma melhor de quatro pontos com a vantagem de 1 ponto. Após empatar a primeira partida em 0 x 0, o Operário goleou o azulão na segunda partida, por 4 x 0, com gols de Bife (2), Ruiter e César. Na terceira e última da decisão empatou em 0 x 0, assegurando a histórica conquista.

Em pé da esq. p/ a dir.: Jeferson Lira, Carlos Pedras, Nelson Paô, Joel Diamantino, Paulo Fernandes e Gaguinho. Agachados da esq. p/ a dir.: Zé Pulula, Gilson Lira, Bife, Bife e Odenir.

 

O Operário viria conquistar o Campeonato Mato-grossense 10 anos depois, em 1983, jogando a final contra seu velho rival, o Mixto e vencendo por 1 x 0, gol de falta de Panzariello.

 

Em pé da esq. p/ a dir.: Caruzo, Mão de Onça, Laércio, Juarez e Panzariello; Agachados da esq. p/ a dir.: Manfrini, Adalberto, Bife, Udelson, Mosca e Ivanildo.

 

Tricampeonato 1985/86/87

 

Começava o ano de 1985, e o Operário tinha como presidente Edvaldo Ribeiro. Com ele ideias novas, contratações de peso, e a formação de um super time. Na decisão diante do Mixto, uma goleada por 5 x 0, com dois gols de Dito Siqueira, Vanderlei, Alencar e Lúcio Bala.
No ano seguinte, Edvaldo Ribeiro reformulou o elenco, conquistando o bicampeonato após uma eletrizante final com o Mixto.
Em 1987, o inédito tricampeonato aconteceu com Osmar Rodovalho, na direção técnica, com José Roberto Pará como supervisor.

 

Em pé da esq. p/ a dir.: Marião, Alencar, Vandeir, Gilvã, Laércio, Nei Dias e Careca (massagista); Agachados da esq. p/ a dir.: Sérgio Luís, Dito Siqueira, Vanderlei, Vander e Ivanildo.

Em pé da esq. p/ a dir.: Nei Dias, Panzariello, Genilson, Alencar, Ailton Lima, Vandeir e Laércio; Agachados da esq. p/ a dir.: Guerreiro, Jota Maria, Calango e Ivanildo.

 

 Em pé da esq. p/ a dir.: Cabral (massagista), Caruzo, Júlio César, Jorginho, Vagner, Panzariello e Oséias; Agachados da esq. p/ a dir.: Nasser, Edmilson, Pelego, Esquerdinha e Ivanildo.

 

Apesar de passar por mãos de pessoas inteligentes e capacitadas na administração, após a conquista do tri, o Operário só foi conquistar novamente o campeonato em 1994, quando venceu o Dom Bosco, na final, por 3 a 2. O detalhe deste jogo é que o jovem Wender marcou os três gols do chicote e se tornou o único jogador na história do futebol mato-grossense a marcar três vezes em uma única final de campeonato e se tornou também o artilheiro com 17 gols.

Em pé da esq. p/ a dir.: Adrisson, Jailson, Edson Luiz, Ado, Ernandes, Aguinaldo, Ricardo Arandu e Vitor; Agachados da esq. p/ a dir.: Josenilson, Andrade, Didi, Iuca, Rogério Uberaba, Marcelo Papagaio, Renatinho e Wender.

 

Em 1995 veio o bicampeonato conquistado diante do time do União de Rondonópolis. O plantel era formado por Ernandes, Aguinaldo, Sálvio, Marquinhos, Iuca, Zé Valdo, Bujica, Adrisson, Ferreirinha, Márcio, Jailson, Ado, Edson Luiz, Gersinho, Victor, Índio, Josenilson, Jonas, Wender e Abílio. Bujica foi artilheiro da competição 23 gols.

 

Voltou a repetir o feito em 2002, após passar sete anos de jejum.

Após alguns anos afastado, o Operário está voltando aos poucos e este ano conquistou o vice campeonato Mato-grossense e garantiu vagas na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro da Série D em 2020.
Aos poucos o Clube Esportivo Operário Várzea-grandense vai reescrevendo a sua história nas páginas do futebol de Mato Grosso. História que hoje completa 70 anos, escrita com letras maiúsculas.
 
Os Campeões
 
1964 – Saldanha, JK (Vital), Martinho, Formiga, Maneco, Franklin, Damasceno, Poxoréo, Ide, Fião e Lício Amorim.
1967 – Saldanha, JK, Gonçalo, Glauco, Darcy Avelino, Carlinhos, Beto, Ide, Fião, Gebara e Odenir.
1968 – Walter, JK, Gonçalo, Glauco, Darcy Avelino, Adalberto, Poxoréo, Gebara, Ide, Fião e Jaburu.
1972 – Carlos Pedras, JK, Malaquias, Gaguinho, Darcy Avelino, Joel Diamantino, Joel Silva, César, Cecílio, Bife e Odenir. Técnico: Totinha
1973 – Carlos Pedras, Paulinho, Malaquias, Jéferson Lira, Joel Diamantino, Gaguinho, Dirceu Batista, Ruiter, Gilson Lira (Zé Pulula), Bife e Odenir.
1983 – Mão de Onça, Caruzo, Laércio, Panzariello, Juarez, Udelson, Adalberto, Mosca, Manfrini, Bife e Ivanildo.
1985 – Vandeir, Nei Dias, Marião, Gilvan, Laércio, Alencar, Dito Siqueira (Sérgio Luiz), Vander, Lúcio Bala (Nasser), Vanderlei e Ivanildo.
1986 – Vandeir, Genilson, Ailton Lima, Panzariello, Laércio, Sérgio Luiz, Ailton Calango, Mosca, Jota Maria, Luizinho e Ivanildo.
1987 – Júlio César, Caruzo, Laércio, Panzariello, Oseias, Edmilson, Ailton Calango, Esquerdinha, Nasser, Jorginho e Ivanildo.
1994 – Aguinaldo, Josenilson, Edson Luís, Jailson, Ricardo Arandú, Ado, Andrade, Iuca, Renatinho, Vitor e Wender.
1995 – Aguinaldo, Josenilson, Edson Luís, Índio, Zé Valdo, Ado, Vitor, Gersinho, Iuca, Bujica e Wender.
2002 – Alexandre Junior, Odair, Índio, Gonçalves, Marcelo, Renatinho, Elias, Jonas, Toni, Ronaldo e Bibiu.

 

 
 
Fonte: Acervo Pulula da Silva/Jornal O Estado de Mato Grosso/Diário de Cuiabá

Inédito!! Sport Club Húngaro Paulistano – São Paulo (SP): Existiu entre 1919 a 1940

O Sport Club Húngaro Paulistano (São Pauloi Magyad) foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado por húngaros desportistas da escol. na quinta-feira, do dia 20 de Fevereiro de 1919. O futebol era o carro-chefe, mas também participavam de outras modalidades como o Ping-Pong (Tênis de Mesa), Xadrez, entre outros.

Em relação a Sede, o clube passou por vários endereços. Citando alguns:  Rua da Mooca, nº 381, no Bairro da Mooca (1930); Ladeira Santa Ephigenia, nº 19 / sobrado (1931); Rua (atual Avenida) Carlos Campos, s/n, no Bairro Pari (1937); Rua Brigadeiro Tobias, nº 509, Centro, São Paulo (SP). Número do Telefone: 4-6304 (até 1940).

A Praça de Esportes ficava na Rua Brigadeiro Tobias, nº 55-A, Centro de São Paulo. Além do nome, para não deixar dúvidas, o escudo foi inspirado no distintivo da Seleção Húngara de futebol, assim como o uniforme também seguia a mesma linha utilizando as cores da Hungria (grená, branco e verde).

Competições

Em março de 1927, ingressou na LAF (Liga de Amadores de Futebol), onde disputou no mesmo ano a Segunda Divisão, da Série Principal (equivalente a Terceira Divisão Paulista), que em termos de importância só ficava atrás da Série Intermediária (Segunda Divisão) e da Primeira Divisão da Série Principal (Elite Paulista).

Em 1929, o Húngaro Paulistano participou da Divisão Municipal, pela LAF. Uma Quarta Divisão Paulista.

Disputou o Torneio Eliminatório entre as equipes da Divisão Municipal, para preencher as duas vagas para o Campeonato Paulista da Segunda Divisão da APSA de 1930. Porém, acabou caindo na 1ª fase, no domingo, do dia 20 de Abril de 1930, ao ser derrotado pelo Húngaro Ypiranga por 2 a 0.

Esteve presente no Campeonato Municipal da APEA (Associação Paulista de Esportes Athleticos) de 1931 e 1932. Um fato curioso, aconteceu na segunda-feira, do dia 06 de Julho de 1931.

 

Escudo retirado da Revista Híradó - Informativo da Associação Húngara - Brazíliai Magyar Segélyegyle

Preliminar do amistoso internacional

O Húngaro Paulistano fez a preliminar do amistoso internacional, entre o Palestra Itália (atual Palmeiras) versus o campeão húngaro: Ferencvárosi Torna Club, às 21h40, que terminou com a goleada dos brasileiros por 5 a 2.

Na preliminar o Húngaro Paulistano foi derrotado por 4 a 2, pelo Club Athletico Brasil. Porém, a felicidade em estar no mesmo palco que o clube húngaro superou a derrota.

 

Clube é desclassificado e recebe multa pesada

No Campeonato Paulista da Segunda Divisão da APEA de 1933, o Húngaro Paulistano acabou passando por uma situação desagradável. Após não ter comparecido em dois jogos, o clube sofreu dura punição.

De acordo com a letra “G” do Artigo 27 do código de penalidades, por não ter comparecido no domingo, dia 23 de julho de 1933, para enfrentar o Esporte Clube Ypiranga, a APEA desclassificou o Húngaro Paulistano, além de ter recebido uma multa de 200$000 (duzentos mil réis).

 

Clube é obrigado a mudar o nome  

No início de fevereiro de 1940, o Sport Club Húngaro Paulistano solicitou autorização para funcionar como sociedade brasileira. No entanto, o então Ministro da Justiça, o mineiro Francisco Campos, de 49 anos, afirmou que só iria autorizar se caso a agremiação modificasse o nome, de acordo com a lei em vigor na época.

Diante das poucas opções, o Sport Club Húngaro Paulistano acabou acatando a “recomendação” e decidiu alterar o nome para: Clube Cultural Paulistano. A mudança acarretou com o afastamento do futebol.

Na década de 40, mudou de Sede duas vezes: Rua Sousa, nº 193; e na Rua Aurora, nº 408. Na década de 50, se transferiu para a Rua Conselheiro Nébias, 815, no Bairro dos Campos Elísios.

Durante esse período o clube apareceu diversas vezes no noticiário esportivo no Ping-Pong (Tênis de Mesa) e Xadrez. As últimas linhas sobre a existência do Clube Cultural Paulistano se esvaíram em meados da década de 70.

Time-base de 1927: Isazy; Matis e Hachmant; Miklos, Alcides e Boskovitz; Strauss II, Timon, Fillip, Varga e Strauss I.

Time-base de 1929: Raez (Varga); Horvath I e Bugyi (Horvath II); Nebel, Boskovitz e Stanicz; Marosan, Tomon (Stnutz), Kaplar (Varga), Struc (Tonem), Piller (Beltz).

Time-base de 1931: Casanady (Huber); Emílio e Idylio; Enke (Coke), Paschoal (Luiz) e Jacob (Manoel); Mathias (Augusto), José, Francisco, Ernesto (Varga) e Struc.

Time-base de 1932: Malck; Norvath e Bettoni; Kebel, Paschoal e Franckfurter; Barno, Costa, Roggerio, Hausner e Crocci.

 

FONTES: Correio Paulistano – Almanak Laemmert : Administrativo, Mercantil e Industrial (RJ) – Jornal dos Sports – Correio de São Paulo – Correio Paulistano – Diario Nacional : A Democracia em Marcha (SP) – A Gazeta (SP) – A Rua : Semanario Illustrado (RJ) – Revista Híradó (Informativo da Associação Húngara – Brazíliai Magyar Segélyegylet ) – Associação Húngara – Sociedade Brasileira de Socorro do Brasil (http://www.ahungara.org.br/) – Tribuna da Imprensa (RJ) – O Estado de Florianópolis (SC)

Inédito!!! Caramuru F.C. – Castro/PR – Uma Participação na Elite Paranaense

O Caramuru Futebol Clube foi uma agremiação esportiva da cidade de Castro, estado do Paraná. Tinha sua sede na Rua Coronel Jorge Marcondes, nº 455 – Vila Rio Branco. Mandava seus jogos no Estádio Municipal Lulo Nunes (Estádio Centenário).

O Caramuru F.C. foi uma tentativa de reviver os momentos de glória do antigo Caramuru E.C.. Participou da 2ª divisão Paranaense de 1989 à 1992. Em 1993 fez sua estréia na 1ª divisão e por pouco a a equipe não fica entre os 8 classificados à 2ª fase, terminando em 9º lugar.

Campanha na 1ª divisão:

31/01 – GOIOERÊ 2-1 CARAMURU
06/02 – CARAMURU 1-1 IGUAÇU
14/02 – PARANAVAÍ 2-0 CARAMURU
28/02 – CARAMURU 2-2 OPERÁRIO
07/03- PLATINENSE 2-1 CARAMURU
10/03 – CARAMURU 0-0 CORITIBA
14/03 – UNIÃO BANDEIRANTE 3-2 CARAMURU
21/03 – CARAMURU 1-0 LONDRINA
27/03 – CASCAVEL 2-0 CARAMURU
04/04 – CARAMURU 3-1 UMUARAMA
18/04 – MARINGÁ 2-3 CARAMURU
25/04 – BATEL 1-2 CARAMURU
09/05 – CARAMURU 1-0 APUCARANA
15/05 – CARAMURU 1-1 FRANCISCO BELTRÃO
23/05 – TOLEDO 1-1 CARAMURU
30/05 – CARAMURU 1-0 FOZ DO IGUAÇU
06/06 – CARAMURU 2-1 MATSUBARA
13/06 – ATLÉTICO 3-0 CARAMURU
20/06 – PARANÁ 2-0 CARAMURU

Conforme previa o regulamento, as equipes que não obtivessem classificação para a 2ª fase iriam jogar um Torneio Extra (Torneio da Morte). Este torneio iria determinar duas equipes para forma o Grupo A de 1994 (“dos times grandes”); os dois últimos seriam rebaixados para a 2ª divisão de 1994. Os 8 restantes, juntamente com o campeão e vice da 2ª divisão de 1993 formariam o Grupo B de 1994 (times pequenos).

Campanha Torneio Extra (Torneio da Morte)

27/06 – Caramuru 0 x 0 Goioerê
04/07 – Platinense 3 x 0 Caramuru
11/07 – Caramuru 0 x 1 Grêmio Maringá
14/07 – Foz 2 x 1 Caramuru
18/07 – Caramuru 0 x 0 Apucarana
01/08 – Caramuru 0 x 0 Paranavaí
08/08 – Batel 1 x 1 Caramuru
15/08 – Caramuru 0 x 1 Operário
21/08 – Caramuru 1 x 0 Iguaçu
29/08 – Francisco Beltrão 2 x 0 Caramuru

Com esta campanha a equipe não conseguiu vaga no grupo principal de 1994, porém evitou o rebaixamento à 2ª divisão. Porém a equipe desistiria do campeonato de 1994, decretando seu fim.

Fontes:

– Livro Futebol do Paraná – 100 anos de História – Levi Mulford Chrestenzen e Heriberto Ivan Machado.

– Folha de Londrina

– Mercado Livre

– Redesenho do escudo e uniforme Sergio Mello.

Brasil Sport Club – Manaus (AM): Duas edições no Estadual de 1921 e 1922!

O Brasil Sport Club foi uma agremiação da cidade de Manaus (AM). Fundado em 1919, com o nome de Botafogo Football Club. Inicialmente sua Sede social ficava localizada na Rua Municipal, nº 141, no centro de Manaus.

Em Janeiro de 1920, o clube manauara alterou a sua nomenclatura, passando a se chamar Brasil Sport Club e adotando as cores em verde e amarelo em seu uniforme.

O Brasil S.C. participou de apenas duas edições do Campeonato Amazonense da Primeira Divisão, em 1921 e 1922. Ficou conhecido devido à goleada histórica que sofreu no campeonato de 1922, quando perdeu de 24 a 0 do Nacional.

É considerada a maior goleada da história do futebol brasileiro, juntamente com a partida entre Botafogo Football Club x Sport Club Mangueira, que teve o mesmo placar em 1909.

O Brasil era um time modesto e a diretoria do clube costumava realizar várias festas em sua sede social como torneios de futebol festivos no estádio Parque Amazonense. Já em 1924 as notícias sobre o clube desaparecem.

PS: Não se sabe suas cores quando foi fundado como Botafogo, assim como não sabe-se os seus escudos. Já em relação aos uniformes postados, são meramente ilustrativas.

FONTE: Gaspar Vieira Neto – Historiador/Pesquisador do futebol amazonense.