Arquivo da categoria: Clubes de Futebol

Nôvo México Futebol Clube – Rio de Janeiro (RJ): Três participações no Departamento Autônomo

Por Sérgio Mello

O Nôvo México Futebol Clube foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no domingo, do dia 1º de Maio de 1955, tinha a sua Sede social localizado na Rua Alfazema, lote 17 – bairro de Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio/RJ.

As suas cores era o azul e amarelo. O clube, que possuía a categoria de Aspirantes e Amadores, não contava com campo próprio, mandava os seus jogos em campo alugado do Cruzeiro

A primeira diretoria foi constituída pelos seguintes membros:

Presidente – Wilson Olegário;

Secretário – Erci Carvalho;

Tesoureiro – Clélio Mendonça.

Em 1967, o clube contava com o número de associados de 300 e mais 100 sócios proprietários. O nome do 1º sócio: Wilson Olegário. Foi vice-campeão do Torneio Início do DA de 1967.

Dos jogadores revelados, dois se tornaram profissional: Vermelho e Rubinho. Além do futebol, o Nôvo México também oferecia ao associado: Futebol de salão, baile e tênis de mesa.

Ainda em 1967, o clube contava com 30 jogadores federados: Jorge, Anão, Vandiniro, Jorge Canhoto, Visguinho, Coelho, Rubinho, Gegê, Serjão, Carlos, Jorginho e Babá, ao Bangú e Élson ao Ubá de Minas Gerais.

Time base de 1967: Jorge II (Djalma); Pequedê (Adão), Frajola (Valtinho), José Almir (Marcos) e Francisco (Carlinhos); Ademar (Sérgio) e Alberto (Babá); Ismael (Rubinho), Zezinho (Coelhinho), Deni (Gegé) e Tim (Jorge). Técnico: Carlos Alberto.

Disputou três edições do Departamento Autônomo

Em 1963 e 1964, disputou as duas primeiras edições do Campeonato de Futebol Amador do Estado da Guanabara. Em 1965, o clube ingressou no Departamento Autônomo, da Federação Carioca de Futebol (FCF), onde disputou em 1965, 1966 (Série Valfredo Lopes)e 1967 (Série Pedro Machado da Silva).

A Série Valfredo Lopes do DA, em 1966, o Nôvo México terminou na 3ª colocação, com nove pontos perdidos. O Time base de 1966: Jorge (Zezinho ou Jaci); Adão (Jair), Damião, Vandinho (Antônio) e Wilson; Sérgio (Vander), Coelho (Luís) e Maurício (Gerson); Gegê (Moreira), Jurandir e Canhoto (Rodrigues). Técnico: Carlos Alberto depois Antônio Carlos.

Vice-campeão do Torneio Início do DA de 1967

Pelas semifinais do Torneio Início do DA, no domingo, às 15 horas, do dia 09 de abril de 1967, o Nôvo México bateu o Manufatura, no campo do Pavunense, na Pavuna. Na grande final, acabou sendo derrotado pelo Senhor dos Passos pelo placar de 2 a 1, ficando em 2º lugar.

Após uma série de indisciplinas, no dia 26 de setembro de 1967, a diretoria solicitou o afastamento à Direção-Geral do DA, por dois anos. Após esse período, o clube não retornou e desapareceu sem deixar vestígios.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: Tribuna da Imprensa (RJ) – O Globo Sportivo (RJ)

FONTES: A Luta Democrática (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Globo Sportivo (RJ)

1º Escudo: ICASA Sport Clube – Juazeiro do Norte (CE)

Por Sérgio Mello

O ICASA Sport Clube (Atual: Associação Desportiva Recreativa Cultural Icasa) é uma agremiação do município de Juazeiro do Norte, situado na Região Metropolitana do Cariri, que fica a 491 km da capital (Fortaleza) do estado do Ceará. A localidade conta com uma população de 286.120 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.   

História

Em 1947, foi criada a Indústria e Comércio de Algodão SA – ICASA. Algum tempo depois, a direção da firma fez um campo de futebol, para que os operários pudessem jogar aos domingos, como uma forma de lazer e integração.  

A partir daí nasceram dois times: Algodão (da fábrica de algodão) e o Óleo (fábrica do óleo). A implementação foi um sucesso instantâneo. Os jogos eram disputados e o assunto durante a semana era sobre o futebol entre as duas equipes.

A continuidade das partidas de futebol entre as equipes do Óleo e a do Algodão levou a direção da indústria ao sonho de criar um time forte, que a representasse na disputa do Campeonato Municipal, promovido anualmente no campo da Liga de Desporto Juazeirense (LDJ).

Quanto à determinação dos entusiastas… Não bastava só participar, se a equipe tivesse que entrar no campeonato, seria pra ser vencedora, afinal era a reputação da indústria que estava em jogo!

Nessa época, o time dos motoristas de praça (taxistas) de Juazeiro, estava desfazendo sua agremiação (Volante Atlético Clube) e, sabendo da intenção da direção da indústria em formar um time para disputar o campeonato municipal, fundiu-se ao quadro de funcionários da indústria.

Nasce o ICASA Sport Clube

Assim, às 9 horas da manhã, da quarta-feira, do dia 1º de Maio de 1963, ‘Dia Internacional do Trabalhador’, foi Fundado o ICASA Sport Clube, numa solenidade festiva nas dependências da Indústria e Comércio de Algodão Sociedade Anônima (ICASA), sob inflamado discurso e com uma forma de divulgar o nome da indústria. O industrial Teodoro de Jesus Germano, o ‘Doro Germano’ foi o 1º Presidente.

A origem das cores e distintivo

As cores escolhidas do escudo e do uniforme: O verde representando a folha do algodão e, o branco, a pluma. O pintor da indústria foi chamado para desenhar o emblema da camisa, representando a engrenagem de uma máquina de beneficiamento de algodão, contendo, em seu interior, o nome da indústria ICASA, sendo que a letra “I” seria desenhada na forma de uma chaminé.

ICASA Campeão juazeirense de 1969.
EM PÉ (esquerda para direita): Azul, Zé do Carmo, Ramos, Zé Cicero, Nena, Pirajá e Isaias (massagista); AGACHADOS (esquerda para direita): Raimundo Pio, Dote, Caçote, Joãozinho, Geraldino e Gilson.

Nove títulos Juazeirense em uma década

Logo no 1º ano, o Icasa Sport Clube surpreendeu a todos, desbancando os favoritos e se consagrando campeão juazeirense de 1963 e vice-campeão no ano seguinte. Daí pra frente, nos anos de 1965, 1966, 1967, 1968 e 1969 só deu Icasa se sagrando pentacampeão Citadino.

O futebol bonito do Icasa encantava a todos. A cada jogo, aumentava o número de pessoas vindas até das cidades circunvizinhas, que queriam ver a equipe habilidosa do Icasa em campo.

Assim o escrete da vitória foi cativando torcedores por toda região do Cariri, dando início à “era de ouro do futebol juazeirense”.

Antigo Estádio Romeirão - Capacidade para 10 mil pessoas

Estádio Romeirão e a Sede Social

Na sexta-feira, do dia 1º de Maio de 1970, dia do 7º aniversário do Icasa, a capital da fé amanheceu mais uma vez em festa, desta vez, o município inaugurava o seu estádio de futebol, carinhosamente denominado:

Estádio Romeirão, em homenagem aos fiéis romeiros do Padre Cícero. Afinal, a cidade já tinha uma grande equipe de futebol, com uma legião de torcedores a altura que justificasse tal empreendimento.

O jogo inaugural contou com a vitória do Cruzeiro (MG) sobre o Fortaleza (CE), pelo placar de 3 a 0. O 1º gol foi assinalado por Evaldo. Mais de 20 mil pagantes compareceram para prestigiar o jogo inaugural.

A sua Sede fica localizado na Rua Frei Damião, nº 1.720ª, no Bairro Lagoa Seca, em Juazeiro do Norte/CE. Já a Arena Romeirão fica localizado na Avenida Presidente Castelo Branco, nº 4.464, no bairro Pirajá, em Juazeiro do Norte/CE.

Sede social do ICASA

O porquê das estrelas no escudo

No Romeirão, o Icasa consagrou sua hegemonia, dando continuidade a uma sequência de conquistas, ganhando os títulos nos anos de: 1970, 1971 e 1972. Bordando em seu emblema oito estrelas, que representam os oito títulos seguidos, octacampeão do campeonato da Liga de Desporto Juazeirense (LDJ).

Ingressou no profissionalismo

A nova Arena Romeirão – Capacidade atual para 17.230 pessoas

Diante do grande sucesso, o ICASA resolveu alçar voos maiores e, em 1973, se profissionalizou e se filiou a Federação Cearense de Futebol (FCF). De lá pra cá foram 15 participações no Campeonato Cearense da 1ª Divisão, onde alcançou os seus melhores resultados em 2005, 2007 e 2008, quando terminou com o vice-campeonato.

Títulos e participações em âmbito nacional

Faturou três títulos do Campeonato Cearense da 2ª Divisão, em 2003, 2010 e 2020. Na esfera nacional, o ICASA debutou no Campeonato Brasileiro da Série C, de 1995. Ao todo, foram sete edições da Série C, obtendo o seu melhor resultado o vice de 2012.

No Campeonato Brasileiro da Série D, foram duas participações: 2016 e 2022, sem destaque. No Campeonato Brasileiro da Série B, foram quatro edições: 2010, 2011, 2013 e 2014. Melhor campanha foi 5º lugar, em 2013. Já na Copa do Brasil foram cinco participações, obtendo o melhor desempenho em 2009, quando avançou até as Oitavas de final.

HINO (Letra e Música: Luiz Fidélis)

O verde vale do Cariri

É a bandeira do nosso esquadrão

Desfraldada sobre a maior torcida

Numa só corrente, de mão em mão

Meu padim nos gramados do céu

É mais um craque a orar meu Verdão

A fé nos conduz à vitória

Icasa eterno campeão

Icasa

Temos forças pra lutar, Uh! Tererê!

Icasa estamos do teu lado, Uh! Tererê!

Não importa o resultado, Uh! Tererê!

O que importa é te amar

Vamos jogar para vencer, Uh! Tererê!

Não temos nada a temer, Uh! Tererê!

Icasa estamos aí És a paixão do meu Cariri.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Batista

FOTOS: Blog do Kempes – Google Maps – Acervo de Alemberg Quindins

FONTES: Livro “ICASA do Meu Coração”, de Alemberg Quindins – Feeração Cearense de Futebol (FCF)

Escudo raro de 1948: Esporte Clube Limoeiro – Limoeiro do Norte (CE)

Por Sérgio Mello

O Esporte Clube Limoeiro é uma agremiação do município de Limoeiro do Norte, localizado no Vale do Jaguaribe, no estado do Ceará. Com uma população de 59.515 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010.

Nasce o expoente do futebol limoeirense

O “Cavalo de Aço do Vale” foi Fundado no domingo, do dia 1º de novembro de 1942, por um grupo de desportistas na antiga Rua Nova (atual: Rua Cônego Climério Chaves), s/n, no Centro da cidade.

A sua Sede social e o Estádio José de Oliveira Bandeira, o “Bandeirão”, com capacidade para 5 mil pessoas, ficam localizados na Rua Coronel Alexandrino, nº 2.395, no bairro Popular, em Limoeiro do Norte/CE.

A 1ª reunião se realizou por volta das 14 horas, e sua 1ª Diretoria, após vários contatos reservados na praça capitão João Enes ao lado do obelisco comemorativo a fundação da então Vila de Limoeiro foi eleita por unanimidade ficando assim constituída: 

Presidente – Edilberto Chagas e Silva;

Vice-presidente – José Marcelino de Almeida;

1º Secretario – Meton Maia e Silva;

2º Secretario – Joaquim Rodrigues Loureiro;

1º Tesoureiro – Aniceto Carneiro;

Diretor de Esportes – Antônio Lage Maia;

Orador oficial – Rufino Maia e Silva. 

Na reunião estiveram presentes presidentes de clubes locais e grande número de desportistas que participaram das assinaturas da primeira ata, tendo como ambiente, gentilmente cedido, a sala principal da residência do Sr. Alexandre Carneiro.

Primeiro jogo

Na tarde de sábado, do dia 28 de novembro de 1942, aconteceu a primeira partida, na Praça de Esportes, do Tabajara Sport Club (imóvel de propriedade do Cel. José Jerônimo de Oliveira, que cedeu gentilmente).

O adversário foi o conjunto suburbano do Palestra Football Club de Arraial, e o jogo terminou empatado em dois golsEsporte Clube Limoeiro, que estreou envergando camisas brancas e faixa azul horizontal, além de possuir belíssima bandeira foi à seguinte: Gerardo Passarinho; Chico Tomaz e Soares; Estevam Alves, Lirio Remigio e Rufino; Raimundo Tomaz, Horácio, Farjado, Djalma Osterne e Cidinho.

No ano seguinte o clube é reorganizado

No domingo, do dia 3 de outubro de 1943, no paço municipal a Rua Cel. Malveira, no Centro, realizou-se uma reunião preparatória para reorganização da agremiação sócio esportiva, biênio 1943/44 sendo constituído após parecer do dinâmico e grande desportista Mario Braga Brasil especialmente convidado e alto funcionário do IAPC cidadão de solida formação moral e esportiva e de profundos conhecimentos, um conselho executivo o qual unanimemente aprovado, ficou com a seguinte constituição: 

Presidente – Dr. Manuel Castro Filho;

Secretario – Mario Braga Brasil;

Tesoureiro – José Rodrigues Loureiro Chaves;

Diretor de Esportes – Meton maia e Silva;

Orador oficial – José Osterne Junior

Em virtude de inúmeros afazeres, o desportista José Rodrigues Loureiro no início de 1944 deixa a tesouraria por meio de uma solicitação oficial sendo substituído pelo Sr. Raimundo Fidelis Maia que teve como adjunto o jovem estudante José Cupertino de Freitas. Como cronometrista foi convidado o Sr. Raimundo Maia de Freitas.

Clube ajuda a fundar a Liga de Limoeiro

Durante este período a diretoria do esporte promoveu interessantes jogos amistosos inclusive com clubes de municípios vizinhos como Morada Nova, oportunidade em que houve estreita cordialidade esportiva entre as duas cidades jaguaribanas, valendo ressaltar por outro lado os eventos sociais e os primeiros contatos para juntamente com outros clubes locais tratar-se da fundação na quarta-feira, do dia 02 de julho de 1947, a Liga Desportiva de Limoeiro do Norte (LDLN), que como 1º Presidente o médico Dr. Francisco de Andrade Carneiro.

Limoeiro vence o Ceará, em Fortaleza

(esquerda para a direita) Rufino e Lírio, notáveis jogadores de futebol do Esporte Clube Limoeiro e da Seleção Limoeirense. Lírio, fez o gol mais bonito da história do Esporte Clube Limoeiro, dentro do Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, na vitória sobre o Ceará, em 1948.

No domingo, a tarde, do dia 18 de abril de 1948, em pleno estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, em amistoso, o Esporte Clube Limoeiro, venceu, de virada, o poderoso Ceará Sporting Club pelo placar de 3 a 2. Os gols foram de Alfredinho, duas vezes, e Lírio Remígio, de cabeça para o Limoeiro; enquanto Mitotonio e Jurandir descontaram para o alvinegro. Alfredinho que na década de 50 jogou no Santos ao lado de Pelé.

Os primeiros títulos, entre 1944 a 1956

O Esporte Clube Limoeiro se sagrou Campeão do Campeonato Limoeirense de Futebol de 1956, ao derrotar o Paissandu. Com o arrombamento do Açude Orós ocorreu uma cheia no Vale do Jaguaribe e o clube parou as atividades.

Nesse primeiro momento o Esporte Clube Limoeiro conquistou os seguintes títulos:

Campeão do Torneio São Silvestre (realizado no Parque Duque de Caxias, no domingo, do dia 31 de dezembro de 1944);

Campeão do Torneio Relâmpago (promovido pela LDLN em 1948);

Vice-campeão limoeirense de futebol, em 1947 e 1948;

Campeão da Copa Jaguaribana de 1952;

Campeão do Torneio Quadrangular de 1956 (conquistando a Taça “Walter Sátiro” Ex-Maguari E.C de Fortaleza, representado pelo desportista Luiz Pitombeira).

Após se licenciar forçosamente, Limoeirense volta à ativa

Foram quase três décadas inativo. Na quinta-feira, do dia 1º de novembro de 1984, aconteceu a primeira reunião para retornar o Esporte Clube Limoeiro ao futebol limoeirense estiveram presentes os desportistas:

De Assis Gurgel, Rubio Vieira, Antônio Lourenço, Mazé Faheina, Wilson Ricardo, Denizar Freitas, Sargento Silva Filho, Ricardo Rodrigues, João Eudes Saraiva, Ricardo Antônio, Nilvaldo Saraiva e Dr. Tarcisio.

A primeira partida, após voltar às atividades, aconteceu na terça-feira, do dia 7 de Maio de 1985, quando o Esporte Clube Limoeiro venceu o Calouros do Ar pelo placar de 1 a 0.

Tricampeão Citadino

O “Cavalo de Aço do Vale” se sagrou Tricampeão do Campeonato Citadino de Limoeiro do Norte: 1987, 1988 e 1989. Nas 3 conquistas derrotou o Fluminense do Sítio Socorro. Voltou a ser campeão nos anos 1992 e 1994 derrotando Palmeiras do Arraial.

Limoeiro debuta na esfera profissional

Em 1994, sob a presidência de João Gadelha do Reis o Esporte Clube Limoeiro se filiou na Federação Cearense de Futebol (FCF), e ingressou no futebol profissional. Logo de cara, foi campeão do Torneio Seletivo (Equivalente ao Campeonato Cearense da 2ª Divisão). A competição contou com a participação de oito equipes:

Associação Atlética Novo Palmeiras (Pacajus);

Associação Esportiva Cearazinho (Paracuru);

Centro Esportivo Ubajarense (Ubajara);

Esporte Clube Limoeiro (Limoeiro do Norte);

Esporte Clube Vasco da Gama (Iguatu);

Maguari Esporte Clube (Capistrano);

Sociedade Esportiva União (Russas);

Uruburetama Futebol Clube (Uruburetama).

Na grande final, Esporte Clube Limoeiro e Uruburetama Futebol Clube decidiram em dois jogos (ida e volta) o título. Nos seus domínios, no sábado, do dia 24 de setembro de 1994, o Limoeiro não saiu de um empate sem gols.

Na partida de volta, no sábado, do dia 1º de outubro de 1994, novo empate, dessa vez em 1 a 1.  Com isso, o campeão foi definido na disputa de penalidades. E o Limoeiro levou a melhor, vencendo por 5 a 4, se sagrando Campeão da Segundona, e assegurando o seu lugar na 1ª Divisão Cearense.

Limoeiro jogou na Elite do Futebol Cearense por cinco temporadas

A estreia aconteceu no dia 28 de maio de 1995, vencendo o Quixadá por 3 a 0, no Estádio Bandeirão, em Limoeiro. No final, o clube terminou o Campeonato Cearense da 1º Divisão, em 8º lugar.

Em 1996, o Esporte Clube Limoeiro voltou a fazer um Estadual regular e repetiu a colocação anterior: 8ª posição. Em 1997, o “Cavalo de Aço do Vale” não repetiu as campanhas anteriores terminado na 12º colocação no Estadual.

Em 1998, o Limoeiro fez excelente campanha no Estadual, terminando em 5º lugar, e, conquistando o direito de um voo maior: disputar uma competição nacional.

Na estreia do Brasileiro da Série C, Limoeiro ficou em 7º lugar

Dessa forma, o Limoeiro estreou no Campeonato Brasileiro da Série C de 1998, chancelado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Na primeira fase o Limoeiro ficou em 1º lugar do Grupo 03 (juntamente com Icasa-CE, Potiguar de Mossoró-RN, Baraúnas-RN, Campinense-PB e Juazeiro-BA) com 16 pontos conquistados.

Vale salientar que o Cavalo de Aço foi o único cearense a passar da fase inicial da competição (Icasa foi eliminado no mesmo grupo do Esporte, enquanto Fortaleza e Ferroviário foram eliminados no grupo 02), tornando-se o time cearense de melhor campanha daquele campeonato.

Nas fases seguintes o Limoeiro eliminou o Picos (PI), com vitórias nas duas partidas do mata a mata, e o Confiança (SE), eliminando um dos maiores times do futebol sergipano em pleno estádio Batistão em Aracaju.

No primeiro jogo da 4ª fase, marcado por uma intensa chuva no local da partida, contra o Anapolina de Goiás, no estádio Jonas Duarte na cidade de Anápolis, o Limoeiro sofreu um revés de 5 a 0. No jogo de volta no Bandeirão o Limoeiro não conseguiu reverter a vantagem goiana e empatou em 1 a 1, sendo eliminado da competição nacional.

Num total de 66 clubes participantes, o Esporte Clube Limoeiro terminou na 7ª colocação no geral: foram 16 jogos com 26 pontos; foram oito vitórias, dois empates e seis derrotas; marcando 27 gols, sofrendo 29 e um saldo de menos dois.

Estadual de 1999, time acaba rebaixado

Após uma sequência de belas campanhas, o Esporte Clube Limoeiro acabou amargando um senhor revés. No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1999, terminou em 9º lugar e foi rebaixado para 2º Divisão. Em 2000, na Segundona Cearense, o “Cavalo de Aço do Vale” ficou em 9º lugar e por falta de apoio encerrou suas atividades profissionais.

Limoeiro revelou grandes craques

Durante as cinco temporadas (1995 a 99), o Esporte Clube Limoeiro revelou vários jogadores: Dude (8x Campeão Cearense pelo Fortaleza), Chiquinho (Campeão Cearense pelo Fortaleza e chegou a jogar no Vasco da Gama), Mazinho Lima (Passagens por Fortaleza, Ceará, Avaí e outros), Fabricio Ceará (Chegou a jogar em Portugal).

De volta as origens

Entre os anos de 2001 e 2012 o Limoeiro disputou o Campeonato Citadino de Limoeiro do Norte e outras competições amadoras. Em 2012, encerrou suas atividades amadoras.

Limoeiro volta a esfera profissional

Após quatro anos inativo, o Esporte Clube Limoeiro retornou a esfera profissional. Em 2016, o clube com muita dificuldade, pagou 70 mil reais a FCF. Dessa forma, retornou ao futebol profissional e foi vice-campeão cearense da 3º Divisão do Campeonato Cearense. Neste mesmo disputou a Copa Fares Lopes.

Já em 2017, o Limoeiro voltou disputar o Campeonato Cearense da 2º Divisão, onde terminou como 6º colocado. Em 2018, acabou na modesta 8ª posição.  Em 2019, o time fez uma campanha sofrível, terminado na última colocação com apenas três pontos (três empates).

Após um ano sabático, o Limoeiro retornou ao Estadual da 3ª Divisão de 2021. No entanto, a campanha foi péssima: quatro jogos e quatro derrotas. Em 2022, nova campanha pífia, ficando na lanterna no geral.

Em 2023, a história se repetiu e o Esporte Clube Limoeiro terminou na última colocação. Nesse ano (2024), enfim, “Cavalo de Aço do Vale” está galopando como um cavalo de “pura raça” e não mais como um “pangaré”. O Limoeiro realizou três jogos e conquistou o mesmo número de vitórias: 1 a 0, no Tianguá (em casa); 2 a 1, no Terra e Mar (fora); 2 a 0, no Itarema (em casa).

ARTES: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Batista

FOTO: Página do Instagram – NE Camisas

FONTES: Rsssf Brasil – Futebol Cearense – Globo Esporte – Federação Cearense de Futebo

Volante Atlético Clube – Fortaleza (CE): Uma participação na 1ª Divisão Cearense de 1950

Por Sérgio Mello

O Volante Atlético Clube foi uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). Fundado em Dezembro de 1930, por motoristas da Praça da cidadeAssociação dos Chanffeurs do Ceará“. A sua Sede na Rua Marechal Deodoro, s/n, no bairro Benfica, em Fortaleza/CE.

Disputou o Campeonato Cearense da Segunda Divisão em 1940 e 1941. Nesse período, o Volante teve algum sucesso na divisão de acesso, sendo considerado um dos conjuntos mais fortes.

A sua primeira e única participação na Elite do Futebol Cearense aconteceu em 1950, quando o Volante terminou na 8ª colocação. Nessa competição o clube já estava atuando nas cores em preto e branco.

Após realizarem sete jogos (nenhuma vitória, um empate e seis derrotas; sete gols pró, 20 gols contra e um saldo negativo de 13), Porangaba e Volante foram eliminados por falta de pagamento à federação e suas partidas foram anuladas.

A foto acima remete a partida, do dia 10/09/1950, na goleada sofrida para o Ceará pelo placar de 7 a 2.

Abaixo, as partidas realizadas pelo time dos motoristas:

3ª-feira – 15 de agostoGentilândia2X2Volante
6ª-feira – 15 de agostoFortaleza2X0Volante
Domingo – 10 de setembroCeará7X2Volante
Sábado – 23 de setembroNacional1X0Volante
Domingo – 08 de outubroAmérica3X2Volante
Sábado – 21 de outubroPorangaba3X1Volante
Sábado – 05 de novembroFerroviário2X0Volante
7 jogos e um ponto – nenhuma vitória, um empate e seis derrotas; sete gols pró, 20 gols contra e um saldo negativo de 13
Outro modelo do escudo da década de 40

FOTOS: Jornal Unitário – Acervo de Yan de Abreu

Colaborou: Yan de Abreu e Roberto Feitosa

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FONTES: Rsssf Brasil – diversos jornais cariocas e cearenses  

Escudo de 1932: Caxias Futebol Clube – Joinville (SC)

Por Sérgio Mello

O Caxias Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Joinville (SC). A Sede e o Estádio Ernesto Schlemm Sobrinho, o “Ernestão” (capacidade para 5 mil pessoas) estão localizados na Rua Coronel Francisco Gomes, nº 1.000, no Bairro Bucarein, em Joinville (SC). A sua mascote é o Pingüim.

O “Gualicho Alvinegro” foi Fundado na terça-feira, do dia 12 de Outubro de 1920, por vários simpatizantes de um esporte que então ainda dava seus primeiros passos na Manchester Catarinense. Vários clubes se iniciavam na nova arte, sendo o mais proeminente o América Futebol Clube, fundado seis anos antes.

Entre os pequenos de então se encontravam o Vampiro e o Teutônia. Seus adeptos resolveram juntar forças para fundar uma agremiação maior. Reunidos na propriedade dos Marquardt, na esquina das ruas São Pedro (atual Ministro Calógeras) e São Paulo, Antônio Vian, Armandos Paul, Edgar Schneider, Felipe Zattar, Genoviano Rodrigues, Jaser Vieira, Joaquim das Neves, João Lorenzi, Osvaldo Marquardt, Paulo Kock e Rigoletto Conti fizeram surgir o Caxias Futebol Clube, nome dado em homenagem ao Duque de Caxias, Patrono do Exército Brasileiro.

As cores escolhidas foram o branco do Teutônia e o preto do Vampiro. Surgia assim um adversário à altura do alvirrubro. Seu 1º presidente foi Osvaldo Marquardt. O primeiro prélio registrado entre aqueles que se tornariam os maiores rivais do futebol joinvilense se deu no campo do América, então situado na Rua do Mercado (atual Av. Procópio Gomes), esquina com a atual Rua Padre Kolb, onde hoje está o SENAI.

Foi disputado no domingo, do dia 6 de março de 1921, como parte das festas pelo 70º aniversário da cidade. E o alvinegro ganhou por 2 a 1. Marcaram Afonso Kruger e Waldemar Moreira para o Caxias, descontando Alfredinho Zattar para o América. O time do primeiro clássico foi: Paschoa, Camarão, Braga, Mané Gaspar, Paulo Koch, Joaquim da Neves, Carlos Butschardt, Afonso Kruger, Carlos Lopes, Candinho e Waldemar Moreira.

Abaixo um breve resumo da história do clube entre as década de 30 a 50:

No domingo, do dia 16 de Abril de 1933, o Caxias inaugurava seu Estádio. Depois de ocupar o antigo campo do Vampiro (que ficava na atual Rua Orestes Guimarães, onde hoje se encontra a Fiação Joinvilense) e um terreno emprestado, na Rua Imaruhy (atual Henrique Meyer, onde hoje está o Hotel Tannenhoff), o Caxias resolveu investir na aquisição de uma área própria.

O local escolhido foi o terreno onde até hoje está o seu estádio, na Rua Coronel Francisco Gomes. Pertencia a Ernesto Schlemm Sobrinho, que o vendeu em condições extremamente favoráveis. O pagamento foi concluído somente em 1947.

A partida inaugural, foi contra o Coritiba (clube que aniversaria no mesmo dia do Caxias), com vitória alvinegra por 3 a 1. O 1º gol dessa peleja foi assinalada pelo atacante caxiense, Bananeiro.

ANOS 30

A década de 30 foi uma época conturbada para o futebol catarinense. A Federação Catarinense de Desportos (FCD – nome da LSCDT a partir de 1927) sofria forte oposição por não estar conseguindo organizar as competições no estado. Em várias edições do torneio estadual não houve participação de equipes do interior e em outras ocorreram muitos protestos por favorecimento aos times de Florianópolis.

Assim outras associações de clubes foram formadas no Estado. A ACD, Associação Catarinense de Desportos, reunia os clubes do norte do Estado. Filiou-se à CBD (Confederação Brasileira de Desportos), credenciando-se a ser o representante catarinense no futebol brasileiro. O mesmo não ocorria com a FCD, que então não estava filiada à CBD. Comprovando a tese da representatividade da ACD, no Campeonato Brasileiro de Seleções o Estado de Santa Catarina foi representado por uma seleção formada apenas por jogadores de clubes filiados a essa Associação.

No Campeonato promovido pela ACD o Caxias foi o campeão, ficando o América com o segundo posto. A formação do alvinegro Campeão Estadual de 1935 era a seguinte: Otávio, Lauro, Reco, Onça, Emílio, Boca, Meyer, Marinheiro, Raul Schmidlin, Ata e Parucker.

Na década de 30 o Caxias dominou amplamente a cena no futebol de Joinville, conquistando todos os títulos da cidade de 1935 a 1939. No Estadual, foi Vice-campeão em 1937 (perdeu a final para o Figueirense por 2 a 1) e terceiro colocado em 1938 e 1939.

Foi marcada para o Caxias pelos Vice-campeonatos. Em 1941 perdeu a final para o Figueirense por 3 a 0. Em 1945 venceu o Avaí por 2 a 0 em Joinville. No jogo de volta a equipe azurra da capital venceu por 7 a 2 no tempo normal e por 2 a 0 na prorrogação.

Caxias Futebol Clube campeão Estadual de 1929

ANOS 40 & 50

No campeonato citadino, levantou os títulos de 1940, 1941, 1944,1945 e 1946. Além de não ganhar o campeonato da cidade desde 1946, o Caxias assistiu o arqui-rival ganhar dois títulos estaduais na década anterior. Os anos 50 começaram mantendo o que se desenhara em 1947 e 1948: o América foi o Campeão Estadual de 1951 e 1952, depois de ter ganhado os títulos citadinos.

Era preciso fazer alguma coisa. E a diretoria do Alvinegro montou um time invejável para o campeonato de 1953. Trouxe, entre outros, o consagrado Teixeirinha. Considerado o melhor jogador catarinense da época, Nildo Teixeira de Melo, o Teixeirinha, havia jogado em grandes clubes do futebol brasileiro, onde consolidou sua fama de grande craque barriga-verde.

Vice-campeão estadual de 1952 no Carlos Renaux de Brusque, chegou ao Caxias como a grande esperança de quebrar a hegemonia do América. E não decepcionou, sendo o grande nome do Caxias na temporada. Porém no último jogo do campeonato da cidade o Caxias precisava ganhar do América para levantar o título.

Quase conseguiu. Com um gol de Renê em completo impedimento, validado pelo árbitro Arthur Lange, ex-jogador do Caxias, o América chegou ao tri-campeonato. O estadual foi ganho pelo Carlos Renaux, com o rubro de Joinville ficando em segundo.

Para 1954 o Caxias juntou um elenco que acabou se transformando naquele que muitos consideram o melhor time do futebol catarinense de todos os tempos. Foi campeão invicto da cidade, com uma campanha incrível: 13 jogos (12 vitórias e 1 empate), marcando 39 gols e sofrendo apenas 8.

Vencida a competição doméstica, era preciso encarar o desafio de ganhar o Estadual, depois de quase 20 anos. A campanha foi igualmente impressionante:

Quartas de finais

Baependy 2 x 4 Caxias

Caxias 10 x 0 Baependy 

Semifinais

Caxias 2 x 1 Carlos Renaux

Carlos Renaux 1 x 2 Caxias 

Finais

Caxias 6 x 3 Ferroviário

Ferroviário 2 x 2 Caxias

Caxias 7 x 0 Ferroviário 

O time base tinha: Puccini; Hélio e Ivo Meyer; Joel, Gungadin e Arno Hoppe; Euzébio, Didi, Juarez, Periquito e Vi.

O atacante Juarez foi o artilheiro do certame, com uma marca estupenda: 18 gols em 7 jogos. Juntamente com Vi (Leôncio Vieira, filho do legendário Cilo, campeão estadual em 1929) saiu do Caxias para jogar por muitos anos no Grêmio de Foolball Portoalegrense.

Ambos vestiram a camisa da Seleção Brasileira em torneios sul-americanos. Foram escolhidos pela torcida gremista para a o “Grêmio de todos os tempos”. Uma curiosidade: o Grêmio os queria imediatamente após o término do campeonato catarinense.

Estavam com as passagens marcadas para ir diretamente de Florianópolis para a capital gaúcha. Depois da goleada no jogo final, a torcida exigiu sua presença para a comemoração do título e ambos vieram a Joinville antes de embarcar para terras gaúchas.

ARTE: desenhos do escudo, uniforme e mascote – Sérgio Mello

FOTO:Acervo de Adalberto Klüser (papel timbrado)

FONTES: Site do clube- Blog Caxienses Fanáticos – Página do clube no Facebook

Torneio Início da Liga Avareense de Futebol de 1958 – Avaré (SP)

Associação Atlética Avareense (Campeã)

Dando abertura ao Campeonato Amador de 1958, a Liga Avareense de Futebol (LAF) organizou um Torneio Início, no domingo, do dia 30 de março de 1958, no Estádio da Associação Atlética Avareense, com a presença de todos os filiados. Apesar do tempo ameaçador, grande foi o número de pessoas que correram àquele estádio.

São Paulo Futebol Clube (Vice-campeão)

Os jogos transcorreram num ambiente de disciplina, graças a boa organização do Departamento de Árbitros, sr. Elias de Almeida Ward e técnico sr. Seme Jubran, que tudo fizeram para o brilhantismo da festa.

Guarani Futebol Clube (Terceiro lugar)

Na hora aprazada se achavam a postos todos os mentores da Liga, bem como os membros diretores dos clubes participantes. Coube ao sr. Clovis Gonçalves Guerra, presidente da Liga Avareense de Futebol (LAF), a tarefa de supervisionar todos os serviços, o que foi feito com êxito pleno.

Juventus Futebol Clube (Terceiro lugar)

O Torneio Início, contou com a participação de oito clubes:

Associação Atlética Avareense;

Associação Ferroviária Avareense;

Círculo Operário Futebol Clube;

Fluminense Futebol Clube;

Guarani Futebol Clube;

Juventus Futebol Clube;

Nacional Atlético Clube;

São Paulo Futebol Clube.

Círculo Operário Futebol Clube

Primeira Fase

RESULTADOSÁRBITROSGOLS
São Paulo1X0Círculo OperárioUlysses BertolaciniZezinho (5 minutos do 1º tempo).
Juventus1X0NacionalOrestes FagnanPeixe (10 minutos do 1º tempo).
Avareense0X0FluminenseLúcio Aureliano de Lima2 a 1, em escanteios para o Avareense.
Guarani0X0FerroviáriaNão informadoNos pênaltis, o Guarani venceu por 1 a 0 (gol de Miro). Napolitano defendeu a penalidade de Zico, da Ferroviária.
Nacional Atlético Clube

Semifinais

RESULTADOSÁRBITROSGOLS
São Paulo2X0JuventusJuvenal AreaMachado e Zé da Lina (no 2º tempo).
Avareense1X0GuaraniPedro GuazzelliFlávio (5 minutos do 1º tempo)
Associação Ferroviária Avareense

Final

RESULTADOSÁRBITROSGOLS
Avareense2X0São PauloOrestes FagnanArmando (aos 2 e aos 13 minutos do 1º tempo).

Com os resultados, a Associação Atlética Avareense foi a grande campeã. O São Paulo Futebol Clube ficou com o vice. O Guarani Futebol Clube e o Juventus Futebol Clube ficaram na terceira colocação.

Fluminense Futebol Clube

QUADROS ATUARAM ASSIM:

A. A. AVAREENSE (Campeã):  Angélico; Chico Preto e Zé Luiz (Chuca I); Chuquinha, Vingança (Cidinho) e Carcereiro; Nivaldo, Armando, Beto (Ximbica), Flavio e Xerém.

SÃO PAULO F. C. (vice): José Henrique; Chaim e Adelino; Zé da Lina, Wilson e Zé Carlos; Pepe (Vitinho), Zezinho, Machado, Valdemar e Reinaldo.

CIRCULO OPERARIO: Grandão; Luiz e Bento; Avaré, Castilho e Miguel; Airton, Tico, Lopes, Canhão e Castro.

NACIONAL A. C.: Sonera; Benini e Biriba; Rizo, Djalma e Eduardo; Panchione, Belacosa, Borracha, Ponce e Cerqueira.

JUVENTUS F. C.: Cipó; Jorge e Sorocaba; Zezão, Barreira e Nogueira; Didi, Hélio Faria, Osmil, Henrique e Geraldo.

FERROVIARIA: Carlos Alberto; Zico e Teco; Martins, Brandão e Vênus; Eduardo, Isaias, Padre, Luiz e Adão.

GUARANI F. C.: Napolitano; Guilherme e Calado; Zé Antônio, Vicentini e Margoso; Fiico, Carlinhos, Pedrinho, Teles e Miro.

FONTE E FOTOS: A Gazeta Esportiva (SP)

Escudos raros de 1932 e 1962: Fluminense Futebol Clube – Belo Horizonte (MG)

Escudo de 1932

Por Sérgio Mello

Fluminense Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). O Tricolor de Lagoinha foi Fundado na segunda-feira, do dia 06 de Novembro de 1922. A sua Sede ficava localizada na Rua Itapecerica, nº 469, no Bairro de Lagoinha, na região noroeste de Belo Horizonte/MG. No Estatuto do Fluzão constavam algumas curiosidades como as opções para quem desejasse se tornar sócio.

A pessoa deveria, no mínimo 14 anos, e a ‘joia’ (entrada) de Cr$ 30,00 (trinta cruzeiros) e a mensalidade de Cr$ 10,00 (dez cruzeiros) ou optar em ser um ‘Sócio Remido’. Para isso deveria desembolsar a bagatela de Cr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros). Na elite do futebol Mineiro, o Fluminense participou de três edições: 19261931 e 1932.

Em agosto de 1926, o Palestra se desligou da Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT) e formou, com outros clubes suspensos, a Associação Mineira de Esportes Terrestres (AMET). No mesmo ano foi realizado o campeonato, com oito clubes, entre eles o Fluminense FC, foi organizado a partir de setembro. A escassez de jornais do período tornou praticamente impossível o levantamento de resultados.

Papel timbrado de 22 de janeiro de 1932

BICAMPEÃO DA SEGUNDONA

Em 1927, com a pacificação, o Tricolor de Lagoinha retornou à LMDT e disputou o Campeonato Mineiro da 2ª Divisão, terminando na 5ª colocação. No ano seguinte (1928), o Fluzão teve uma campanha melhor e terminou em 3º lugar.

Enfim, em 1929, o Fluminense alcançou o ápice, conquistando o seu primeiro título: campeão do Campeonato Mineiro da 2ª Divisão. No entanto, o que restou foi só a taça, uma vez que a conquista não rendeu o acesso para a elite mineira.

Em 1930, o Tricolor de Lagoinha mostrou que o título não foi um mero acaso, conquistando o Bicampeonato.  Mas para subir ainda precisa disputar um playoff, melhor de três, com o Palmeiras, lanterna da série A.

No primeiro jogo, no dia 07 de dezembro de 1930, o Fluminense goleou o Palmeiras por 6 a 1, gols de VaváCuriol (quatro vezes) e Zezé; com Saul marcando o de honra para a equipe palmeirense.

Na segunda partida, no dia 14 de dezembro, num jogão de oito gols, Palmeiras e Fluminense empataram em 4 a 4. Gols de Alcides (dois), Liberato e Lucrécio para o time palmeirense; enquanto Curiol e Vavá marcaram duas vezes cada um para o Fluzão.

No terceiro e último jogo, no dia 21 de dezembro, o Fluminense vencia o Palmeiras por 1 a 0, até os 30 minutos da etapa final, quando o árbitro marcou um pênalti a favor do Tricolor de Lagoinha. Inconformados, os palmeirenses abandonaram o campo e o Flu foi confirmado o vencedor, garantindo o acesso para a elite mineira.

Escudo de 1962

TERCEIRO LUGAR NA PRIMEIRONA

Em 1931, com as desistências de AméricaVilla Nova e Sete de Setembro, o Fluminense mostrou bom futebol, e terminou na 3ª colocação, atrás somente de Atlético e do campeão Palestra. Em 1932, esteve entre os clubes fiéis à mentora original e jogou o campeonato da LMDT, ficando em 6º lugar com 13 pontos, em oito jogos (quatro vitórias, cinco empates e cinco derrotas; marcando 34 gols, sofrendo 30 e um saldo de quatro).

Depois dessas duas temporadas na 1ª Divisão Mineira, o Fluminense optou em retornar ao amadorismo. Coincidência ou não, em 1933, foi implantado o futebol profissional e muitos clubes na época eram resistentes a esse modelo.

Possivelmente foi o caso do Tricolor de Lagoinha. O clube existiu durante um tempo até paralisar suas atividades. Acabou retornando em 1948, mas sem nenhum destaque desapareceu em definitivo sem deixar rastro.

ARTE: Desenho dos escudos e uniformed – Sérgio Mello

FOTOS: Acervo de Fabiano Rosa Campos

FONTES: Rsssf Brasil – pesquisador e historiador, Vitor Dias – Estatuto do Clube – Folha Esportiva

Inédito! Pedro Leopoldo Atlético Clube – Pedro Leopoldo (MG): Fundado na década de 20!

Por Sérgio Mello

Pedro Leopoldo Atlético Clube (PLAC) foi uma agremiação do Município Pedro Leopoldo, que fica a 46 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais. A localidade conta com uma população de 62.580 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.

Fundado na década de 20, o PLAC teve uma vida efêmera. Foi realizado uma assembleia na cidade que objetivava a criação de um clube sem fins lucrativos, que destinaria um espaço esportivo para a população.

Assim Pedro Leopoldo Atlético Clube acabou sendo incorporado pelo Sport Club Pedro Leopoldo dando origem a fundação do Pedro Leopoldo Futebol Clube, no sábado, do dia 23 de setembro de 1933.

ARTE: escudo e uniformes – Sérgio Mello

FONTES e FOTO: Prefeitura de Pedro Leopoldo – Site Futebol de Pedro Leopoldo