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Sociedade Esportiva Ourofinense – Ouro Fino (MG): enfrentou o Corinthians e a Ponte Preta, na década de 50.

Por Sérgio Mello

A Sociedade Esportiva Ourofinense, ou simplesmente Esportiva, foi uma agremiação da cidade de Ouro Fino, que fica na região montanhosa, sendo cortada por vales – com altitudes variando entre 997 e 1.591 metros – do estado de Minas Gerais. A localidade, que fica a 459 km de distância da capital mineira (Belo Horizonte), conta com uma população de 33.639 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2019.

Foi Fundada na terça-feira, do dia 15 de Abril de 1952. A sua Sede Social ficava na Rua Marginal da Ferrovia, nº 163, no Centro de Ouro Fino/MG.

Em 1956, já filiada à Federação Mineira de Futebol (FMF), era conhecida todo o Sul de Minas quanto no futebol paulista, pois realizavam diversos amistosos contra fortes equipes de São Paulo. A diretoria era constituída naquele ano com os seguintes membros:

Presidente de honra: Dr. Krizanto Muniz;

Presidente: Liduardo José de Mello;

1º Vice-Presidente: Ramez Kahabaz;

2º Vice-Presidente: Amauri Almeida;

Secretário Geral: Olympio de Mattos;

Diretor Esportivo: José Vicentini;

Diretor Social: Acacio Paulini.

O Elenco da Esportiva de 1956:

Goleiros – Dino, Mauro e Veludinho;

Zagueiros – Hamilton, Venancio, Jurandir, Maximino e Zé Olynto;

Médios – Amauri, Ico, Natana, Chico, Zaga, Tody, Chiquinho e Waltinho;

Atacantes – Nelsinho, Bonini, Clayton, Itiberê, Robertinho, Mauricio, Zé Carlos, Claudino, Telé, Aurelio, Capitão e Burza.

Alguns jogos realizados em 1956

No domingo, do dia 07 de Outubro de 1956, a ‘Esportiva’ goleou o Vasco de Itajubá, por 5 a 1, no Estádio Municipal Capitão Armando, em Ouro Fino. Os gols foram assinalados por Clayton, duas vezes, e Robertinho, com três tentos; enquanto Ginha fez o de honra do Vasco.

O árbitro foi sr. Roberto Barros, que teve uma atuação de regular para fraco. A ‘Esportiva’ jogou assim: Mauro; Ico e Venancio; Amauri, Tody e Natana; Nelsinho, Bonini, Clayton, Robertinho e Itiberê.

Na sexta-feira, do dia 07 de Setembro de 1956, aproveitando o feriado (Dia da Independência do Brasil), a Esportiva enfrentou a Associação Atlética Ponte Preta, de Campinas, no Estádio Municipal Capitão Armando, em Ouro Fino. No final, a Macaca venceu pelo placar de 4 a 2.

Outros jogos

    RESULTADOSLOCAL
S.E. Ourofinense2X1E.C. São Bernardo do Campo (SP)Poços de Caldas/MG
S.E. Ourofinense2X1A.A. Caldense (MG)Ouro Fino/MG
S.E. Ourofinense3X2A.A. Caldense (MG)Ouro Fino/MG
S.E. Ourofinense2X1Seleção Pinhalense *Ouro Fino/MG
Rio Branco de Andradas (MG)1X1S.E. OurofinenseAndradas/MG
S.E. Ourofinense2X4A.A. Ponte Preta (SP)Ouro Fino/MG
Veteranos Paulistas2X2S.E. OurofinenseSão Paulo/SP
S.E. Ourofinense8X2Seleção Pouso-alegrenseOuro Fino/MG
Seleção de Limeira1X1S.E. OurofinenseLimeira/SP
S.E. Itapirense (SP)1X3S.E. OurofinenseItapira/SP
S.E. Ourofinense8X2Smart F.C. de Itajubá (MG)Ouro Fino/MG
S.E. Ourofinense3X2Uracan F.C.Ouro Fino/MG
* Referente a cidade de Espirito Santo do Pinhal (SP)

Clube revelou grandes craques

Em 1957, vários jogadores que se destacaram se transferiram para grandes clubes como foi o caso de Jurandir que foi para a Portuguesa de Desportos (SP); Itiberê, Dino, Natanael e Nelsinho que foram para o Atlético Mineiro.

Esportiva enfrentou o Tupy de Juiz de Fora

Dentre os jogos disputados em 1957, pela Esportiva, a partida diante do Tupy de Juiz de Fora (MG), no mês de julho, que jogou pela 1ª no Sul de Minas. A peleja terminou com a vitória do Tupy pelo placar de 2 a 1. Os gols de Ipojucan e Celso para o Tupy.

O resultado não espelhou na realidade, pois a Esportiva merecia pelo menos um empate, já que conseguiu em grande parte da peleja dominar seu adversário, só não conseguindo um triunfo por absoluta falta de sorte, o que não faltou ao Tupy, que no “apagar das luzes” do segundo tempo, conseguiu o gol da vitória.

Ourofinense goleou o Juventus da Mooca

Porém, o resultado não chegou a abalar o prestigio da Esportiva, que seguiu treinando para enfrentar o Clube Atlético Juventus (SP). O “Moleque Travesso“, que jogaria pela primeira vez em Ouro Fino, possuíam grandes jogadores como: Cavani, Mendonça, Osvaldinho, Bonfiglio, Manduco e o popular ponta-esquerda da seleção brasileira, Rodrigues.

No domingo, do dia 25 de agosto de 1957, a Sociedade Esportiva Ourofinense goleou o Juventus da Mooca pelo placar de 4 a 1, no Estádio Municipal Capitão Armando, em Ouro Fino.

Os gols foram consignados por Robertinho, duas vezes; Itiberê e Benedito para a Esportiva; enquanto Osvaldinho marcou o único gol dos paulistas. O Juventus não apresentou sua força máxima, ou seja, o “onze” que derrotou o Palmeiras, mas ainda assim colocou em campo profissionais de reconhecida capacidade.

O árbitro foi Geraldo Pinto Ribeiro. A Renda somou Cr$ 40.000,00.  

S.E. OUROFINENSE: Dilo; Amilton e Jurandir; Amauri, José Americo e Laercio; Aroldinho (Cladon), Itiberê. Robertinho, Dales e Benedito.

C.A. JUVENTUS: Claudiney; Pando (Cabral) e Sinval; Messias, Моreto e Nilo; Aroldo (Antoninho), Aureo, Osvaldinho, Zeolinha (Manduco) e Girio.

Esportiva foi goleado pelo Corinthians

No sábado, às 15h30min., do dia 07 de Setembro de 1957, a Sociedade Esportiva Ourofinense encarou o poderoso Sport Club Corinthians Paulista, no Estádio Municipal Capitão Armando, em Ouro Fino.

Apesar de jogar com uma equipe mista, o Timão goleou a Esportiva por 5 a 2 (2 x 0, no 1º tempo), diante de um grande público, que resultou numa Renda de 60 mil cruzeiros. O árbitro foi o Sr. Francisco Moreno.  

No primeiro tempo, o Corinthians abriu o escore por intermédio de Zague aos 8 minutos, aumentando Fernandes aos 16 minutos. Na etapa final, Joãozinho aumentou aos 5 minutos. A Esportiva diminuiu com Osvaldo, aos 25 minutos.

No entanto, Fernandes fez o quarto gol aos 30 minutos. Um minuto depois, Rubens fez o segundo gol para Esportiva. Porém, aos 35 minutos, Zague deu números finais a peleja.

CORINTHIANS: Jura (Milesi); Cássio e Eni; Ede, Sérgio e Benedito (Décio); Miranda (Boavista), Joãozinho (Marini), Zague, Fernandes e Benny.

S.E. OUROFINENSE: Mingo (Paulo); Pepino e Jacó; Toddy, Gaspar e Rafa (Zizito); Nelson, Cristo, Rubens, Osvaldo e Julieto.

Ourofinense venceu a Ponte Preta de Campinas

Na década de 60, a Sociedade Esportiva Ourofinense, se filiou a Liga Esportiva Ourofinense (LEO), onde conquistou o título do Super Campeã de 1961. Os amistosos também continuaram, como em 1960, a grande vitória em cima da Associação Atlética Ponte Preta, de Campinas, pelo placar de 5 a 4, no Estádio Municipal Capitão Armando, em Ouro Fino. Os gols foram de Zé Marcos, três vezes, e Tite, dois tentos.

Na década de 70, seguiu disputando as competições organizadas pela Liga Esportiva Ourofinense (LEO). Na década de 80, a Esportiva disputou o Campeonato das Estancias de 1982, sem destaque.

ARTE: escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTOS: Acervo fotográfico de Nilzio Eneido Rasteli, Tite e Nilton Rasteli.

FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – O Correio de Itajubá (MG) – Folha Mineira (MG) – A Notícia (MG) – A Notícia de Ouro Fino (MG)

Foto rara de 1956: ASAS Esporte Clube – Campo Grande (MS)

Por Sérgio Mello

O ASAS Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Campo Grande (MS). Fundado em 1955, a sua Sede ficava na Avenida Duque de Caxias, nº 2.905, no Bairro de Amambaí, em Campo Grande. A 1ª Diretoria foi composta da seguinte maneira:

Presidente de Honra – Cel. Ari Saião Caldeira;

Presidente – Luiz Gonzaga Del Nero;

Vice-presidente – João Batista de Campos;

Tesoureiro – Alan Chaves Rachel;

Secretário – Mair Vieira;

Técnico – Maurício Peludo.

HISTÓRIA

Na década de 40 as unidades militares implantadas no sul de Mato Grosso, em diversas cidades, disputam entre si, torneios alusivos as datas cívicas e comemorativas da pátria. Essas festas esportivas (em várias modalidades) representam um verdadeiro congraçamento das instituições militares da região, especialmente da cidade de Campo Grande/MS.

No início da década de 50 as disputas militares nas unidades cresceram  e numa viagem da equipe da Base Aérea de Campo Grande, para mais uma jornada esportiva, na cidade de Jardim, aflorou no meio da rapaziada que compunha a equipe,  a feliz teria um quadro para representá-lo nos campeonatos de futebol da cidade.

Decorria o ano de 1955, quando o comandante da Base Aérea de Campo Grande, Coronel Ari Saião Caldeira recebeu em seu gabinete uma comissão composta dos atletas da instituição:

cabo Alan Chaves Rachel, tenente Luiz Gonzaga Del Nero, sargento Elizeu Ferreira Anunciação, sargento José de Castro Barros, sargento Mair Vieira Almeida, sargento Maurício Peludo e o civil Nilton Castro que, não somente apoiou a luminosa ideia, como determinou providências para a formação do quadro de futebol.

Assim surgiu o ASAS Esporte Clube, nome que homenageia o símbolo maior da Aeronáutica brasileira, o avião.

Campeão Invicto do Campeonato Varzeano de 1956

O ASAS Esporte Clube, formado pelos militares do Destacamento da Base Área de Campo Grande, sagrou-se campeão invicto de 1956 do certame varzeano daquela cidade de Mato Grosso.

Na foto (acima), times dos Primeiros e Segundos Quadros do ASAS e mais os dirigentes que vemos juntamente com as suas vitoriosas equipes: o tenente Del Nero, presidente; sargento Bizzi, diretor técnico; sargento Bulhões; diretor social e sargento Mauricio Peludo, treinador.

O quadro principal do ASAS totalizou 32 vitorias e três empates e o secundário somou 33 vitorias e dois empates, realizando, portanto, excepcional campanha no ano que findou.

ASAS Esporte Clube – Campeão Invicto de 1963
EM PÉ (esquerda para a direita): Galvão, Miralha, Pedro César, Atanásio, Tachinha e Jacaré;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Alan, Pafúncio, Miguel, Cuiabano e Décio.

Campeão Citadino de 1963

O ASAS Esporte Clube foi dono de campanhas memoráveis, todavia, nenhuma foi comparada a de 1963 quando levantou o título de campeão do Campeonato Citadino de Campo Grande/MS, organizado pela LEMC (Liga Esportiva Municipal Campo-grandense), invicto, transformando-se num time imbatível naqueles idos.

Outros títulos vieram somente com a chegada do profissionalismo no Estado, em 1972. O ASAS Esporte clube deixou de existir, porém enquanto durou, honrou de sobremaneira, o símbolo, os emblemas e as cores da Base Aérea de Campo Grande.

 

Foto do ASAS Esporte Clube do ano de 1959 (Abaixo os nomes): 
EM PÉ (esquerda para a direita): Caldeiras, Dequinha, Espíndola, Alan, Galvão, Vicente, Genilton, Pintinha e Edisel;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Castro (técnico), Arantes, Gabriel, Moura, Cucharinha e Jacaré.
 

As Cores do escudo e Uniformes

As cores do ASAS Esporte Clube eram camiseta laranjada, golas brancas, calções brancos e meias brancas até 1958, porém com a mudança das cores da aeronáutica brasileira, o quadro da Base Aérea ganhou uma padronagem azul na jaqueta, escudo branco no formato de duas asas, calções brancos e meias brancas.

O ASAS sempre vencendo, ganhou fama e logo foi convidado para ingressar no bloco de elite dos clubes de futebol da cidade, isto é, disputar o famoso campeonato da LEMC (Liga Esportiva Municipal Campo-grandense).

 FONTES E FOTOS: Livro ‘A História do Futebol Campo-grandense’, de autoria Reinaldo Alves de Araújo – A Gazeta Esportiva (SP)

Foto rara de 1964: Associação Desportiva Jacutinguense – Jacutinga (MG)

Na quarta-feira, do dia 16 de setembro de 1964, o município de Jacutinga (MG) comemorava o aniversário de 63 anos de emancipação. Nessa data, a modesta Associação Desportiva Jacutinguense enfrentou e derrotou o time misto da Sociedade Esportiva Palmeiras (SP).

EM PÉ (esquerda para a direita): Dauro (técnico), Armando (massagista), Ulisses, Tiãozinho, Tatau, Vilela, Donato, Lucatelli e Fausto (auxiliar técnico);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Maurilio, Aleluia, Nio, Helinho e Ronaldo.

ARTE: Desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

 Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTO: Acervo de Claudio Aldecir Oliveira

FONTES: jornais paulistas

Torneio Intermunicipal Cidade de Pouso Alegre, em 1963: Rodoviário foi o Campeão!

Grêmio Campeão do Primeiro Turno

Por Sérgio Mello

PRIMEIRO TURNO

Encerrou-se no domingo, do dia 15 de setembro de 1963, o 1º turno do Torneio Intermunicipal Cidade de Pouso Alegre, e o Grêmio Jacutinga se sagrou campeão. A competição contou com oito equipes:

Grêmio Jacutinga (Jacutinga);

Rodoviário (Pouso Alegre);

ADJ – Associação Desportiva Jacutinguense (Jacutinga);

Sete de Setembro Esporte Clube (Ouro Fino);

Facit Futebol Clube (Rua Herculano Cobra, nº 164, em Pouso Alegre);

Clube Atlético Flamengo (Pouso Alegre);

Fluminense (Ouro Fino);

Independente (Pouso Alegre);

7ª Rodada

RESULTADOSGOLSÁRBITRORENDA
Rodoviário 3 x 1 Flamengo  Edmundo (2) e Tista (Rodoviário); Francisco (Flamengo).Geraldo GuedesCr$ 27.450,00
Grêmio 3 x 2 FacitAleluia, Joaquinzinho e Chuveiro, contra (Grêmio); Fernando e Masseli (Facit).Valentim PereiraCr$ 41.500,00
Sete de Setembro 12 x 1 IndependenteAyrton (5) Layrton (2), Bira, Otávio, Jurandir, Vitor e Bolinha (Sete); Dote (Independente)Herminio GerbiottCr$ 19.555,00

Classificação do 1º Turno

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Grêmio Jacutinga11751123149
AD Jacutinguense10752251015
Rodoviário97412211110
Flamengo87430915-6
FACIT FC7731308080
Sete de Setembro6722320128
Fluminense47250816-8
Independente17160735-28
Sete de Setembro ficou na 4ª colocação no geral

Estatística do Primeiro Turno

TOTAL DE JOGOS:28
TOTAL DE GOLS:121
MAIOR RENDA:Rodoviário x Sete de Setembro (4 de agosto) – CR$ 90.750,00.
MENOR RENDA:Flamengo x independente (8 de setembro) – CR$ 7.250,00.
TOTAL DE RENDA:CR$ 1.074.385,00.
MELHORES ATAQUES:ADJ 25, Grêmio 23 e Rodoviário 21
PIORES ATAQUES:Independente 7, Facit 8 e Flamengo 9.
DEFESA MENOS VAZADAS:Facit 8, Rodoviário 11 e Sete de Setembro 12.
DEFESAS MAIS VAZADAS:Independente 35, Fluminense 16 e Flamengo 15.
GOLEIROS MENOS VAZADOS:Ferreira do Facit (4 jogos) 4 gols e Chuveiro Facit (3 jogos) 4 gols.
GOLEIROS MAIS VAZADOS:Helinho (Fluminense) 16 e Quadrado (Grêmio) 14.
PÊNALTES MARCADOS:11 (Oito convertidos e três desperdiçados).
EXPULSÕES:Três jogadores: Paturi Conrado e Ulacha (Independente) e Geraldo (Facit).
GOLS CONTRA:Sete vezes: Américo (2) e Emidio (Grêmio); Roberto (Flamengo); Nelsinho (Fluminense); Március (Rodoviário); Chuveiro (Facit).

ARTILHARIA

12 gols – Santana (ADJ);

11 gols – Aleluia (Grêmio);

7 gols – Edmundo (Rodoviário) e Ayrton (Sete de Setembro);

6 gols – Tista (Rodoviário); Masséli (Facit) e Kleber (Flamengo);

4 gols – Airton (Rodoviário); Joaquinzinho, Julião e Xepa (Grêmio);

3 gols – Pádua (ADJ) e Layrton (Sete de Setembro);

2 gols – Adilson (Rodoviário); Canhotinho (Facit); Régis (ADJ); Tista e Tite (Fluminense); Wilsinho, Escurinho e Bolinha (Sete de Setembro) e Gentil (Independente);

1 gol – Dentinho, Carlos Honório, Courinho e Dote (Independente); Antoninho, Lambari, Helinho e Tatáo (ADJ); Ronaldo e Neto (Grêmio); Batata, Custódio e Francisco (Flamengo); Siécola e Deise (Rodoviário); Belini, Maciel, Paraguassú Wilson (Fluminense); Bira, Otávio, Jurandir e Vitor (Sete de Setembro) e Fernando (Facit).

ÁRBITROS QUE MAIS ATUARAM

5 Vezes – Nivaldo de Barros e Geraldo Guedes;

4 Vezes – Valentim Pereira;

3 Vezes – Carlos Roberto Rodrigues Viotti;

2 Vezes – Raimundo Alves da Silva e Hermínio Gerbiott;

1 Vez – Caetano Charlante, Dante Charlante, Alexandre Crocetti, José Fausto Ricêto, Alcides José Peroni, Benedito Gerbiott e Clemente Scodeler.

Observações: Fluminense e Independente, respectivamente, 7º e 8º colocados, não disputaram o returno, uma vez que de acordo com o regulamento do Torneio intermunicipal Cidade de Pouso Alegre o penúltimo e último colocados seriam eliminados da sequência do certame.

SEGUNDO TURNO

O returno do Torneio intermunicipal Cidade de Pouso Alegre, foi realizado no domingo, do dia 6 de outubro de 1963. O Clube Atlético Flamengo acabou derrotado pela Associação Desportiva Jacutinguense (Jacutinga), pelo placar de 2 a 1, no Estádio Municipal da LEMA (Liga Esportiva Municipal de Amadores), em Pouso Alegre/MG.

Estatística do Torneio intermunicipal Cidade de Pouso Alegre

TOTAL DE JOGOS:42 (Jogados 40 e não realizados dois).
TOTAL DE GOLS:161.
MAIOR RENDA:Sete de Setembro x Rodoviário (4 de agosto) – Cr$ 97.750,00.
MENOR RENDA:Flamengo X Independente (8 de setembro) – Cr$ 7.260,00.
TOTAL DE RENDA:Cr$ 1.584.990,00.  
MELHORES ATAQUES:AD Jacutinguense, 35; Rodoviária, 34; Grêmio Jacutinga, 29; Sete de Setembro, 28.
PIORES ATAQUES:Fluminense, 08 e independente, 07.
DEFESA MENOS VAZADAS:AD Jacutinguense e Sete de Setembro, ambos com 7 gols sofridos.
DEFESAS MAIS VAZADAS:Independente com 35 gols sofridos.
GOLEIROS VAZADOS:Rubão 8 e Sidney 3 vezes (ADJ); Paulo Afonso 13 vezes e Tite uma vez (Sete de Setembro); Helindo 16 vezes (Fluminense); Quadrado 19 Vezes (Grêmio); Zé Lucio 12, Morais 6 e Clóvis 3 vezes (Rodoviário); Ferreira 19 e Chuveiro 4 vezes (Facit); Roberto 25 e Boschinho 6 vezes (Flamengo); Bertelli 23 vezes, Mário Ito e Bulacha 6 vezes cada (Independente).
PÊNALTES MARCADOS:16. Cobrados 15 e um não cobrado (Convertidos nove e desperdiçados seis).  
EXPULSÕES:Geraldo (Facit), duas vezes, contra o Independente (6 de agosto) e diante do Grêmio (20 de outubro); Paturi e Conrado (Independente) no jogo contra o Grêmio (30 de junho); Bulacha (Independente) diante do Facit (6 de agosto); Batata (Flamengo) diante da ADJ (6 de outubro de 1963).
GOLS CONTRA:Nove – Emídio do Grêmio para o Flamengo (4 de agosto); Roberto do Flamengo para o ADJ (11 de agosto); Nelsinho do Fluminense para o Independente (25 de agosto); Américo do Grêmio, 2 tentos contra o ADJ (25 de agosto); Március do Rodoviário para o ADJ (8 de setembro); Chuveiro do Facit para o Grêmio (15 de setembro); Zezão do Facit a favor do Rodoviário (10 de novembro); Grapette do Rodoviário para o Grêmio (17 de novembro).

ARTILHARIA

18 gols – Santana (ADJ);

14 gols – Aleluia (Grêmio);

12 gols – Edmundo (Rodoviário); Airton (Sete de Setembro);

9 gols – Tista (Rodoviário);

5 gols – Airton I (Rodoviário); Joaquinzinho (Grêmio); Saméia (Facit); Kleber (Flamengo);

4 gols – Pádua (ADJ); Lairton (Sete de Setembro); Vasco (Facit);

3 gols – Julião e Xêpa (Grêmio); Vilsinho (Sete de Setembro); Batata (Flamengo);

2 gols – Régis, Adíber e Helinho (ADJ); Adilson e Airton II (Rodoviário); Escurinho, Bolinha e Otávio (Sete de Setembro); Canhotinho e Fernando (Facit); Duarte (Flamengo); Tista e Tite (Fluminense); Gentil (Independente);

1 gol – Tatáo, Antoninho e Lambari (ADJ); Siécula, Dayse e Marcinho (Rodoviário); Ronaldo e Neto (Grêmio); Vitor, Jurandir e Bira (Sete de Setembro); Zé Maria e Juvenal (Facit); Luiz Carlos, Julinho, Chichico e Custódio (Flamengo); Beline, Wilson, Paraguaçú e Maciel (Fluminense); Dentinho, Carlos Honório, Courinho e Dote (Independente);

 ÁRBITROS QUE MAIS ATUARAM (40 jogos)

6 Vezes – Nivaldo de Barros e Valentim Pereira;

5 Vezes – Geraldo Guedes;

4 Vezes – Carlos Roberto Rodrigues Viotti;

3 Vezes – Hermínio Gerbiet;

2 Vezes – Raimundo Alves da Silva José Fausto Ricêto e Virgílio Izsac Facury;

1 Vez – Caetano Charlante, Dante Charlante, Alexandre Grocetti, Alcides José Peroni, Benedito Gerbiot, Clemente Scodeler, Hilson Gonçalves, Lucrécio Gonçalves, Ivan Barroso e José Tudisca.

Os Jogos do Segundo Turno

Domingo: 06 de outubroFlamengo1X2Jacutinguense
Domingo: 06 de outubroSete de Setembro1X0Facit FC
Domingo: 13 de outubroRodoviário2X1Sete de Setembro
Domingo: 20 de outubroGrêmio Jacutinga1X0Facit FC
Domingo: 20 de outubroSete de Setembro5X0Flamengo
Domingo: 27 de outubroRodoviário4X2Flamengo
Domingo: 27 de outubroJacutinguense8X1Facit FC
Domingo: 03 de novembroGrêmio Jacutinga2X1Flamengo
Domingo: 03 de novembroSete de Setembro *1X0Jacutinguense
Domingo: 17 de novembroGrêmio Jacutinga3X4Rodoviário
Domingo: 17 de novembroFacit FC3X2Flamengo
Domingo: 17 de novembroRodoviário**WOXJacutinguense
Domingo: 24 de novembroFacit FC3X3Rodoviário
Domingo: 24 de novembroGrêmio Jacutinga ***XSete de Setembro
Domingo: 1º de dezembroJacutinguense***XGrêmio Jacutinga
* Aos 13 minutos do 2º tempo, o árbitro José Tudisco paralisou a partida, alegando falta de segurança. A LEMA (Liga Esportiva Municipal de Amadores), marcou para o domingo, do dia 24 de novembro de 1963, que os 32 minutos que faltavam fosse realizado. No entanto, Associação Desportiva Jacutinguense (Jacutinga) não compareceu. Com isso a LEMA deu os pontos para o Sete de Setembro. ** Com o não comparecimento do Jacutinguense para a partida, o Rodoviário venceu por W.O. *** As partidas foram canceladas, pelo desinteresse das equipes.

Classificação do 2º Turno

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Rodoviário1812822342014
Grêmio Jacutinga1510712291910
AD Jacutinguense141174351421
Sete de Setembro1211524281414
Facit FC10124261523-8
Flamengo812481531-16
Fluminense47250816-8
Independente17160735-28
Rodoviário é o Campeão do Torneio Intermunicipal Cidade de Pouso Alegre de 1963

Algumas formações:

Rodoviário: Zé Lúcio (Clóvis); Alemão (Edemir), Pedrinho e Március (Régis); Grapete e Benedito; Adilson, Bonga (Marcinho), Tista (Vitor), Edmundo e Darcy (Airton).

Sete de Setembro: Paulo Afonso (Tite ou Rastele); Zé Acácio (Toninho), Jura (Nelsinho) e Hugo (Herculano ou Nuno); Vitor (Lobo) e Bolinha (Saquete); Lairton (Vantania), Airton (Luizinha), Vilsinho (Tista), Anardino (Bira) e Escurinho (Otávio).

Grêmio Jacutinga: Quadrado; Sapucaí, Américo e Etualpes; Guaraná e Darci (Joaquim); Julião, Xepa, Aleluia, Lambreta e Ronaldo.

FACIT: Ferreira; Roberto (Zezão), Geraldo e Marcos (Baiano); Paulinho (Cláudio Claret) e Roberto II (Juvenal ou Batata); Deley (Zé Maria), Tião (Vasco), Fernando (Chiquito ou Reginho), Canhotinho (Dauro ou Fernando II) e Evandro (Joviano).

FONTES: Minhas anotações – Jornal Semana Religiosa, de Pouso Alegre (MG)

Foto Rara de 1930: Clube Atlético Mineiro – Belo Horizonte (MG)

Foto de 1930, do Clube Atlético Mineiro, Campeão dos Campeões, quando bateu espetacularmente o Bangu. O famoso esquadrão composto de:

Veado, Humberto, Orlando, Didico, Jací, Milito, Jairo, Naná, Dario, Geraldino, Mauro, Mario Gomes, Jaime, Murilo, Mauricio e Armando, além do diretor esportivo Ivo Melo e do técnico, presentemente estão todos ou quase todos formados por escolas superiores.

Em 1930, o Atlético Mineiro estreou na temporada, na terça-feira, do dia 07 de janeiro, derrotando o combinado carioca por 3 a 2. No domingo, do dia 18 de maio, venceu a equipe carioca do Sport Club Вrаsil, por 5 a 1.

No domingo, do dia 22 de junho, empatou com o Clube de Regatas Flamengo, também do Rio, por 2 a 2. No sábado, do dia 30 de agosto, na cancha da Barroca, derrotou o Botafogo/RJ, por 3 a 2. Os três gols dos mineiros foram assinalados por Mário de Castro.

No sábado, do dia 06 de setembro, goleou o Bangu por 7 a 2. No sábado, do dia 20 de setembro, venceu o São Christóvão carioca por 3 a 1.

Por fim, na revanche, na sexta-feira, do dia 24 de outubro, o Botafogo/RJ venceu por 6 a 3, no Estádio de General Severiano, no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.

FONTES E FOTO: Revista Alterosa (MG)

Foto Rara: Cruzeiro Esporte Clube campeão Mineiro de 1959!

Eis o grande campeão de 1959, Cruzeiro Esporte Clube – com seus heróis: Genivaldo, Massinha e Procópio; Nilsinho, Amauri e Clever; Emerson, Abelardo, Dirceu, Nelsinho e Raimundinho.

Cruzeiro campeão de 1959

A vitória do Cruzeiro Esporte Clube, no Campeonato Mineiro de 1959, que fez vibrar intensamente a alma cruzeirense da cidade, foi, sem dúvida, o resultado do harmonioso trabalho de uma equipe de homens devotados à gloriosa agremiação esportiva do Barro Preto.

Porque na verdade, não basta, no futebol, o entrosamento da equipe integrada pelos jogadores que se desdobram, em campo, para vencer o adversário, mas é necessária também a coesão da grande equipe representada por todos quantos, nos setores administrativos, técnicos e esportivos, contribuem com sincero esforço através de entusiástico espirito de luta para a grandeza do clube.

A grande vitória cruzeirense de 1959 resultou dessa harmonia total, constituindo-se num feito tão expressivo que, numa reportagem ligeira, como homenagem ao campeão do ano, não poderíamos deixar de evocar a gloriosa história desse grêmio cujas atuações vêm empolgando, desde o longínquo 1921, os aficionados do futebol em Minas.

O Cruzeiro Esporte Clube é a esplêndida continuação da Societá Sportiva Palestra Itália que, sob o patrocínio da colônia italiana de Belo Horizonte, surgiu em janeiro de 1921, para honra e glória dos esportes nacionais. Teve, depois, o clube recém-fundado, outras denominações: Sociedade Esportiva Palestra Itália, Sociedade Esportiva Palestra Mineiro e, por fim, Ipiranga.

Foi por ocasião da grande guerra mundial em 1941, que surgiu a substituição da palavra Itália por Mineiro, modificada, novamente, no ano seguinte, por força de decreto-lei para Ipiranga, nome que não resistiu uma semana, vindo a ser substituído pelo belo nome que hoje tem.

Durante os 39 anos de sua existência, marcada por várias vitórias inesquecíveis, que ficaram memoráveis na crónica futebolística de Minas Gerais, a raposa do Barro Preto conseguiu, com a camisa palestrina, o tricampeonato (28-29-30) o campeonato de 40 e, já no regime do profissionalismo, ostentando a camisa cruzeirense, alcançou novo tricampeonato (43-44-45) que consolidou o prestigio da querida agremiação.

Aurélio Noce – Fundador do Cruzeiro Esporte Clube (S.S. Palestra Itália) e seu 1º Presidente.

Todos os presidentes entre 1921 a 1960

Na sua existência, teve o clube do Barro Preto 22 presidentes, que foram os seguintes: Aurélio Noce, Alberto Noce, Braz Pellegrini, Antônio Falci, Américo Gasparini, Lidio Lunardi, José Viana de Sousa, Miguel Perrella, Romeu De Paoli, Osvaldo Pinto Coelho, Enes Ciro Poni, Mário Grosso, Antônio da Cunha Lobo, Divino Ramos, Manuel França Campos, Fernando Tamietti, Antônio Alves Limões, José Greco, Wellington Armanelli, Eduardo Bambirra, Manuel Carvalho e Antônio Braz Lopes Pontes.

Destaques na diretoria do clube em 1959

Na memorável campanha de 1959, três nomes se destacam, sem dúvida, dentro do grande e louvável esforço da totalidade dos cruzeirenses: Antonino Pontes, o presidente; Carmine Furletti, vice-presidente dos assuntos profissionais, e Felício Brandi, diretor de futebol. E, pode-se afirmar, os esforços desses três elementos, que a imprensa já cognominou de Três Mosqueteiros, obtiveram, no setor esportivo, absoluta ressonância em Leonisio Fantoni, o popular Niginho, que conduziu o team à vitória.

Outros desportistas merecem, também, citação, pela dedicação com que agiram sempre: Hélio Volpini, Joaquim Gramiscelli, Fábio Miranda, Celso Lovalho, Geraldo Faria e tantos outros cuja enumeração seria longa. Na administração do clube, devem ser citados os desportistas José Francisco Lemos Filho, Eduardo Bambirra, Nicola Costa, Harry Leite, Isac Federman, Miguel Morici, Geraldo Heleno, Adil de Oliveira, Américo Búfalo, José Azevedo e muitos outros que, por dedicação ao clube das cinco estrelas, fizeram da sede do Barro Prêto, um segundo lar.

Torcedor doa um terreno de 4 mil metros quadrados ao clube

O magnifico projeto do arquiteto Vicente Bufalo para a Sede Campestre do Cruzeiro, na Pampulha, considerado, no gênero, joia da arquitetura moderna. Salões de jogos, danças, leitura, quadras, piscinas e campo de futebol constituirão o grande empreendimento que está empolgando os cruzeirenses. O novo estádio terá capacidade para 20 mil expectadores.

A vitória que atualmente os cruzeirenses festejam, propiciou, neste início de ano, excelente clima para o prosseguimento da grande realização do Cruzeiro Esporte Clube: a Sede Campestre. Por desejo do saudoso homem público, René Giannetti, sua família doou ao Cruzeiro Esporte Clube uma área de 4 mil metros quadrados, no Jardim Santa Branca, na Pampulha.

Nicola Costa, expressivo nome cruzeirense, idealizou o plano e as obras já estão em pleno funcionamento, sob sua direção, sendo seus colaboradores vários paredros que constituem a diretoria da Sede Campestre: Nicola Costa, presidente; Adil Expedito de Oliveira, vice; Sebastião Morégula Campos, diretor de publicidade; Nicola Galicchio e Geraldo Moreira dos Santos, tesoureiros; e César Lovalho, secretário.

Projeto para construção da Sede e Estádio

Teremos, portanto, muito breve, na Pampulha, magnifico estádio de futebol, piscina olímpica, piscina para crianças, quadras de basquete, vôlei e tênis. Essa realização será o grande campeonato que o glorioso Cruzeiro Esporte Clube vencerá muito em breve.

Diretoria campeã do Cruzeiro em 1959

Presidente – Antonino Braz Lopes Pontes;

Vice-Presidente – José Francisco Lemos Filho;

Vice-Presidente de Futebol – Carmine Furletti;

Vice-Presidente Social – Antônio Harry Leite;

Vice-Presidente dos Especializados – Italo Becatini;

Diretor de Futebol Profissional – Felicio Brandi;

Diretor do Dep. Futebol Amador – Edson Crepaldi;

Diretor do Dep. de Finanças – Claro Flores Pinto;

Diretor de Patrimônio – Nicola Costa;

Diretor do Dep. Médico – Dr. José Greco;

Diretor do Dep. Jurídico – Luiz Carlos Rodrigues;

Diretor do Dep. Administrativo – Natalino Trigineli;

Diretores de Natação – Wellington Armaneli e Miguel Lovalho;

Tesoureiro – Américo Búfalo;

Secretário – Caetano de Oliveira Piló;

Diretores da sede social: Durval Serafim, Isac Federman, Rui Grossi, Gelson Aureliano Netgker, Sebastião Tostes e Nicola Galicchio (tesoureiro).

FONTE E FOTOS: Revista Alterosa (reportagem de maio de 1960)

Inédito!! Esporte Clube Londrina: 1º time de futebol da cidade de Londrina (PR), em 1934

Por Sérgio Mello

O Esporte Clube Londrina foi a 1ª agremiação de futebol que existiu na cidade de Londrina (PR). O “Alvinegro Londrinense” foi Fundado em 1934, por pioneiros da Companhia de Terras do Norte do Paraná (CTNP) com o nome de Sport Club Londrina.

A sua Praça de Esportes ficava localizado na Avenida Paraná (atual: Avenida Celso Garcia Cid), na Vila Siam, em Londrina. Foi o 1º campo de futebol na cidade. Na década de 50, o campo de futebol deu lugar à antiga Cooperativa Cotia.

O 1º time do Esporte Clube Londrina tinha a seguinte escalação: Jacó Minatti (goleiro); Nicodemo, Leonino e Galvino (Beques); Mário, Américo, Fascio e Cézar Traballi; Celso Garcia Cid e Rafael Ferrari (Alfos); Aurélio Paglia (Center Alfo). Técnico: Alfredo Batini.

Na formação inicial dos núcleos urbanos planejados pela CTNP, havia o interesse dos colonizadores apresentarem um ideal de urbanidade ligado à vida esportiva. Isto talvez pelo fato de que para os próprios funcionários da CTNP fosse interessante manter atividades que preservassem a cultura nativa dos seus poucos funcionários ou ainda para auxiliar no empreendimento atraindo futuros compradores por meio da imagem de uma cidade planejada e próspera não apenas economicamente, mas também sociocultural do ponto de vista da sua organização e distribuição espacial de práticas de passatempo e esportivas. E dessa forma, destacamos o sentido atribuído ao campo de Football por parte dos colonizadores e do poder público local.

Foto posada no domingo, do dia 20 de janeiro de 1935

Mesmo relegado às determinadas áreas marginais, o futebol se desenvolveu de uma maneira que a interação social entre grupos com diferentes parcelas de poder denunciasse a questão de distinção social expressa pela distribuição e organização espacial do centro urbano.

Assim, a introdução do campo de Football na planejada cidade de Londrina é marcada por um discurso que condicionou e encarregou a área destinada a tal prática esportiva e de passatempo nos anos 1930.

Houve discurso higienista corroborando com os interesses da CTNP e dos representantes do poder público por meio da racionalização dos espaços, isto desde a sua concepção de núcleo urbano até a execução do projeto de cidade.

Foto posada no domingo, do dia 08 de agosto de 1937

Embora a cidade de Londrina em sua fase inicial apresentasse uma paisagem rural, não podemos deixar de frisar que o empreendimento inglês era um projeto moderno de exploração de terras e consequentemente de modelos de núcleo urbano planejado, sendo o campo de Football um elemento constitutivo da vida sociocultural.

Por fim, a representação do futebol dentro do projeto de núcleo urbano da CTNP, indica, por um lado, abertura a um possível lugar onde as diferenças deveriam conviver; por outro lado, a quadra de tênis indica o lugar de convívio daqueles que se julgavam pertencentes de uma elite social e condutora da cidade planejada e em urbanização.

ARTE: desenho dos escudos e uniformes: Sérgio Mello

FOTOS: Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss – Acervo Nair Paglia Piantini – Londrina Foto Memória

FONTES: Paraná Norte (PR) – “O Enquadramento do Football na Cidade Planejada – Londrina dos anos 30”, de autoria de André Xavier da Silva e Tony Honorato – Aurélio Paglia

1º Escudo!! Operário Futebol Clube – Campo Grande (MS)

Escudo e uniforme de 1938

Por Sérgio Mello

O Operário Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Campo Grande (MS). A sua Sede social fica localizado na Rua Dr. Eduardo Olímpio Machado, nº 300, no bairro de Monte Castelo, em Campo Grande (MS).

O “Galo” foi Fundado no domingo, do dia 21 de agosto de 1938, por representantes da construção civil liderados pelo pintor Plínio Bittencourt. O time foi criado por cidadãos comuns que buscavam espaço na sociedade brasileira regida pelo Estado Novo.

Preto no Branco: Vasco da Gama e Operário quebraram barreiras políticas e sociais para revolucionar o futebol

Operário do Povo

Operários criavam um clube de origem popular, combatendo o preconceito para disseminar o esporte bretão que na época era praticado apenas pela elite. A instituição do povo, mostraria o seu valor durante o período do futebol amador da cidade com as conquistas da Liga Campo-Grandense em 1942 e 1945 e mais tarde, dando fim ao enorme jejum de 21 anos, levantando a taça de 1966 a última da era amadora.

Uma “seca” de títulos, que o Operário voltaria a enfrentar mais de 30 anos depois desse feito. Após o Bicampeonato Sul-Mato-Grossense (em 1996 e 1997) o Operário ficou 21 anos sem levantar o título do campeonato estadual e só voltou a soltar o grito de campão “entalado na garganta” em 2018, justamente no ano das comemorações dos 80 anos de existência do clube.

O atual Presidente do Conselho Deliberativo do Operário, Estevão Petrallas se lembra de uma história envolvendo a torcedora símbolo do Operário que esteve presente durante todo esse jejum.

Eu me lembro do último episódio na cidade de Rio Brilhante, quando nós recebemos o Operário com uma dívida de 12 mil reais perante a justiça desportiva e a perda de mando de seis jogos. Estávamos jogando a Série B e eu assisti ao jogo, atrás do gol juntamente com Dona Maria Preta. E ela dizia, ‘seu Petrallas, eu vou morrer e não vou ver esse operário campeão’ e eu disse, Dona Maria não morre não, que nós vamos ser campeão”, se lembra Estevão.

A comemoração realizada no Rádio Clube Cidade, foi um verdadeiro marco para o Operário Futebol Clube, que enfim, pode reescrever a sua própria história apagando as injustiças cometidas com aqueles operários da construção civil que fundaram o clube e que foram impedidos de jogar futebol naquele mesmo lugar ainda no período do amadorismo.

Foto posada de 1938

O Operário nasceu de um clube social chamado Clube dos 30, que era visto como o clube para o povão bailar. Já que o Rádio Clube pertencente a elite, acabou sendo fechado por perseguição política e por conta disso, muitos dos seus integrantes, mais tarde, ajudariam a fundar o Operário Futebol Clube. Estevão se recordou desse fato inusitado durante a comemoração dos 80 anos do Galo.

O clube surgiu na Mato Grosso onde hoje é o Sinduscon, Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e a festa foi no Rádio Clube porque era onde os operarianos não tinham espaço para que pudesse adentrar, porque era o clube da elite e o Operário era o clube do povão, então não tinha como ter acesso. E lembramos desse fato rapidamente durante a comemoração, claro sem causar nenhum constrangimento, porque não era o foco”, lembra Estevão.

Seu eterno rival, o Esporte Clube Comercial foi fundado por comerciantes e estudantes do Colégio Dom Bosco juntamente com o esportista Etheócles Ferreira tempos depois, em 15 de março de 1943.

Operário Campeão da Liga Municipal de Campo Grande de 1942

O escritor Reginaldo Alves Araújo que escreveu o livro: Futebol Uma Fantástica Paixão, a história do futebol campo-grandense tomo 1, cita a definição da Liga Municipal de Campo Grande de 1951.

Na ocasião, o Operário perdeu o título para o Comercial e a torcida operariana atribuiu a derrota, as cores do uniforme que foram modificadas pelo então Presidente do Operário, Silvio Andrade, justamente no embate decisivo. Após o apito final, o lado “preto e branco” das arquibancadas ficou tão irritado que arrancou o conjunto vestido pelos jogadores para atear fogo, numa demonstração de enorme insatisfação com o resultado, o que de modo geral, mostra um pouco do tamanho da dimensão da rivalidade que envolve o clássico Comerário.

Na década de 70, o Colorado se profissionalizou para a disputa da Seletiva para o Campeonato Brasileiro, se tornando o primeiro clube do estado do Mato Grosso a disputar a elite do futebol brasileiro em 1973. No mesmo ano em que seu arquirrival disputou a primeira divisão do nacional, o Galo da Bandeirantes conquistou o seu primeiro torneio internacional. Operário campeão da Taça Seleção União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Foi nessa época que o Operário uniu forças para poder competir no ano seguinte.

O clube de trabalhadores que talvez não tivesse condições nem de fazer o seu documento. E a gente tem histórias de um diretor da época em que sua mulher estava gravida, e ele aguardando o nascimento do filho, ele investiu todo esse dinheiro na Federação Mato-Grossense de Futebol”, relembra Estevão.

Escudo atual

Em 2023 o clássico Comerário completou 50 anos de rivalidade profissional. Foi no dia 20 de janeiro de 1973 pela tradicional Taça Campo Grande, que o estádio Morenão foi palco da partida histórica entre o Operário Futebol Clube e Esporte Clube Comercial, segundo registros do jornalista Marcelo Nunes.

Esse jogo foi num sábado à noite, começou às 21h30 e teve 6 mil e 71 pagantes para uma renda de 51 mil e 35 cruzeiros. Esse jogo foi 1 a 0 para o Operário e gol foi marcado pelo Pinho, aos 30 minutos do segundo tempo em um chute de fora da área. O árbitro foi o Mário Vinhas e os assistentes foram o Ladislau de Oliveira e Agnaldo de Barros, o trio do Rio de Janeiro”, relata Marcelo.

Marcelo Nunes é jornalista e tem mãos o maior acervo de registros da história do clássico Comerário com mais de 20 anos de pesquisa intensas computados, incluindo os jogos da era do amadorismo e partidas amistosas entre os dois clubes. Pesquisa que segundo ele próprio teve o apoio dos companheiros, Ricardo Paredes, Edna de Souza, Artur Mário, Elson Pinheiro e Marquinhos. Marcelo ainda tem o desejo de publicar o livro: “História dos Comerários”, obra na qual começou a escrever, mas que ainda não foi finalizada.

Torcida Esquadrão celebra os 83 anos do Operário

Ao todo o Operário conta com 10 participações na 1ª Divisão nacional, tendo como marcante a campanha de 1977, quando o Galo derrubou gigantes dos gramados e terminou com um honroso e inesquecível 3 º lugar.

Criação de Mato Grosso do Sul

A Lei Complementar 31, que previa a divisão do estado do Mato Grosso foi oficializada em 11 de outubro de 1977. Porém, a lei sancionada pelo então Presidente da República Ernesto Geisel, só entraria em vigor em 1979. Com isso, o Operário foi impedido de ser hexacampeão estadual, justamente por conta da criação do estado de Mato Grosso do Sul. O Operário conquistou 6 títulos consecutivos em 76,77,78 (Mato-grossense) e 79,80,81 (Sul-mato-grossense).

Há exatos 34 anos, o Operário vencia o Campeonato Brasileiro
Operário Campeão Módulo Branco do Brasileiro de 1987

No polêmico ano de 1987, o Alvinegro fez história e se tornou o primeiro time do MS a vencer uma competição nacional. O Módulo Branco do Brasileiro daquele ano, ainda não é reconhecido pela CBF, mas, segue sendo motivo de orgulho para os operarianos. Até hoje, o Operário Futebol Clube é o maior do estado de Mato Grosso do Sul com 12 títulos estaduais.

FONTE E FOTOS: site de clubeSem Retranca