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Associação Atlética Mocoembu – Dois Córregos (SP): Campeão Paulista Amador de 1995!

A Associação Atlética Mocoembu é uma agremiação do município de Dois Córregos, que fica no Interior do estado de São Paulo, localizado a 265 km da capital. A sua população é 27.704 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2021.  

Brasão de Dois Córregos

Seu nome de origem Tupi – Guarani, se encontra no Hino Oficial da Cidade de Dois Córregos:

A caminho d’oeste a bandeira

Brava gente das Minas Gerais

De São Paulo a pousada tropeira

Mocoembu num instante se faz


Do tupi a primeira morada

Entre rios do planalto a capela

Mira e Lopes em guapa jornada

Mocoembu eis o nome da terra


Dois Córregos, amado torrão

Teu passado o amor construiu

De São Paulo um pedaço de chão

Espelhando este imenso Brasil.


Sob a luz do divino a pousada

De Dois Córregos fez-se a cidade

O botão da roseira plantada

Em escolas e indústrias se abre


Nesse vale do fundo e lajeado

Tanta gente acolheu extremosa

Filhos teus de tão rico legado

Nos deixou esta terra gloriosa


Dois Córregos, amado torrão

Teu passado o amor construiu

de São Paulo um pedaço de chão

Espelhando este imenso Brasil.

Breve história da A.A. Mocoembu

A “Veterana” foi fundada no domingo, do dia 19 de dezembro de 1920. Cinco anos depois, o Mocoembu foi reorganizado, mas a data de fundação não foi alterada.

A sua Sede fica na Avenida Dom Pedro I, nº 382, no Centro de Dois Córregos (SP). O nome do seu Estádio Custódio Caldeira, homenageia o desportista que possuía a hipoteca do campo e que numa demonstração de verdadeiro desportista, cedeu o citado penhor à A.A. Mocoembu.

Foto da década de 50

Campeonato Paulista do Interior

A partir daí, por duas décadas (1925-45), o clube realizou amistosos e partidas patrocinadas pela extinta ACEA de Jaú.

Em 1947, disputou o Campeonato Paulista do Interior (Amador), organizado pela FPF (Federação Paulista de Futebol), de forma ineterupta até 1974.

Já disputando o Campeonato Paulista do Interior, em 1949, o Mocoembu ficou com o Vice-campeonato da Zona, perdendo para o Bocaína Futebol Clube, no Estádio Arthur Simões, na cidade de Jaú.

Vice-campeão estadual do Interior de 1952

No Campeonato Paulista do Interior de 1951, ficou com título da Zona 5. Seguindo na mesma competição, em 1952, se sagrou bicampeão da Zona, Campeão do grupo 2 e Vice-Campeão Amador do Estado, perdendo o título para o Amparo Atlético Clube por 3 a 1, no Estádio da Rua Javari, na capital de São Paulo. No Campeonato Paulista do Interior de 1953, a Associação Atlética Mocoembu foi outra vez vice-campeão da Zona.

Campeão Paulista Amadora de 1995

Outras conquistas, com o título do Campeonato Amador de 1988, e um dos mais relevantes, o título de Campeão Estadual Amadora de 1995, promovido pela Federação Paulista de Futebol.

Sob o comando de Milton Depícoli, na primeira fase, disputada com campeões da região de Bauru, entre eles o fortíssimo Esporte Clube Leônico, Campeão Amador de Bauru, saiu-se vencedora a “Veterana” de Custódio Caldeira, em Dois Córregos, qualificando-se para a próxima etapa.

Nas Oitavas de final, já eliminatória, no 1º compromisso jogou com equipe da cidade de Vera Cruz, da região de Marília, empatando sem abertura de contagem no jogo de ida e vencendo por 5 a 1 em Dois Córregos.

Estádio Custódio Caldeira, em Dois Córregos

Nas Quartas de final, o adversário foi uma excelente equipe da cidade de Tarumã, da região de Assis, quase divisa com o Paraná, em que o Mocoembu também empatou o jogo de ida sem abertura de contagem e venceu o jogo de volta, em casa, pelo placar mínimo.

Pelas Semifinais, foi contra equipe da cidade de São Vicente, do litoral paulista, agora com inversão de mando, porque o primeiro jogo foi realizado em Dois Córregos.

O compromisso em casa o Mocoembu venceu por 3 a 1, porém perdeu o segundo, em São Vicente, pelo placar mínimo, classificando-se para a final no saldo de gols das duas partidas.

No 1º jogo, no domingo, do dia 26 de novembro de 1995, a A.A. Mocoembu empatou sem gols com o Estrela do Mar/Savema, no Estádio Martins Pereira em São José dos Campos.

No jogo de volta, no domingo, do dia 03 de dezembro de 1995, a A.A. Mocoembu bateu o Estrela do Mar/Savema, pelo placar de 2 a 0, no Estádio Custódio Caldeira, em Dois Córregos, conquistando o título!

A Associação Atlética Mocoembu formou assim: Fedato; Brela, Evaristo, Marcão, e Maia; Moino (Val depois Marquinho Caniato), Rê e David; Zão, Lao (Claudinho) e Cobrinha. Técnico: Milton Depícoli.

Nessa partida um desfalque: o médio-volante titular, Arnaldo Zangaletti, que estava suspenso com o terceiro cartão amarelo recebido no primeiro compromisso da final.

FOTOS: Página do clube no Facebook – Acervo Mauro Valdo e Foto de Romelio Ninno Jr. “Bomba”

FONTES: Blogspot Pequenos Gigantes do Futebol – Jornal Independente Online – Página do clube no Facebook

Flamengo Universitário – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1929!

O Flamengo Universitário (FU) foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede social ficava na Rua São José, nº 39, no bairro do Centro da cidade do Rio. Fundado no sábado, do dia 14 de Setembro de 1929, por um grupo de desportistas e sócios do Clube de Regatas Flamengo. Um fato curioso é que a escolha das cores do clube foram o amarelo, azul e preto.

Abaixo a reportagem do jornal Diário de Notícias que contou um pouco sobre a história do Flamengo Universitário:

Flamengo Universitário! Estes nomes são um brado de guerra no seio do amadorismo puro.

Fundado a 14 de setembro de 1929, data do aniversário do dedicado rubro-negro Flavio Costa (Costinha), ο Flamengo Universitário tem sabido viver uma vida să e útil aos sports citadinos, pelo alevantado exemplo de sportividade baseado no mais rigoroso amadorismo, que os seus componentes têm dado aos sportmen cariocas.

O Flamengo Universitário é composto exclusivamente de associados do Club de Regatas do Flamengo, do qual ele é uma como que legitima projeção.

ONDE SE “BATE O 31” COM INSISTENCIA…

O número de seus associados é limitado a 31. Quem não andar depressa tem que ficar á espera de vaga… Lá é assim.

ARREDEM, PROFISSIONAES!

Nascido no seio de agremiação de verdadeiros amadores o C. R. Flamengo – o Flamengo Universitário tem absoluta aversão pelo profissionalismo. Todos os sócios pagam uma mensalidade de 3$000, da qual não escapam nem os próprios jogadores. Camisas, calções, meias, shooteiras, tudo, enfim, corre por conta de cada player.

Além disso, não há verba para taxis… Isto quer dizer que esse vitorioso e original club tem como princípio fundamental de sua existência o amadorismo. Volta, assim, aos tempos áureos do football carioca, quando cada jogador pagava, modestamente, o seu Nickel ao o condutor de bonde, se não queria ir a pé, sem esperar pela “benevolência” de seus clubes…

VÁRIOS SÓCIOS “IMPORTANTES” ELIMINADOS

O lema do Flamengo Universitário é este: “dura lex, sed lex“. Quem não pagar a mensalidade – zaz! olho da rua, eliminado por falta de pagamento. Existem, presentemente, cinco vagas, abertas com a eliminação, por aquelle motivo, dos “importantes” sócios: Fernandinho, Eloy, Roberto Sampaio, Saes e Newton, que não quiseram “entrar com os caraminguás“.

Diz o Augusto Gonçalves, o distinto sportman que pontifica no seio desse grêmio suigeneris, que não se pode “filar” um cigarro sequer. Quem cometer esse “crime” ė apontado logo como um provável profissional… Não existem, também, ali, os clássicos “mordedores“, que, para “agredirem” os bolsos dos conhecidos, simulam, quotidianamente, ter “esquecido” a carteira em casa…

OS “AZES” DO FLAMENGO UNIVERSITARIO

Four” de azes!… Aquele reduto de sinceros amadores tem também os seus “azes”. O “az de copas” é o João de Deus Candiota, presidente do club: o “az de ouros” o Raphael Candiota, thesoureiro; o “az de espadas” o director de sports, Alfredo Mazzeu, e o “az de paus“, Fernando Pinheiro, secretario.

Entretanto, o Augusto Gonçalves é uma das figuras mais destacadas da confraria, não só pela sua operosidade e inteligência, como pelo seu arraigado amor ao club. Chega-se a dizer até que o Augusto é uma espécie de “mamãe” do Flamengo Universitário… Honra seja feita a esse sportsman: ele merece esse “titulo” pelo carinho que dispensa ao seu grêmio.

OS ACTUAES SOCIOS QUITES

O Augusto Gonçalves é o número 1 e os associados que se lhe sucedem são os seguintes, nesta ordem:

João de Deus Candiota (2), Raphael Candiota (3), Francisco Bath (4), Nilo Arcos (5), Flavio Costa (6), Ayres Vieira (7), Moderato II (8), Lino Martinez (9), Alfredo Mazzeu (10), Alcides Horta (11), Jorge Torres (12), Ernani Van Erven (13), Conrado Van Erven (14), Carlos Douro (15), Angenor (16), Darcy (17), Pedro Fortes (18), Helcio Paiva (19), Pinheiro Machado (20), Ruy Machado (21), Fernando Pinheiro (22), Roberto Ferreira (23), Affonso Segreto (24), Amado Benigno (25), Leoxegildo Amaral (26).

Existem cinco logares vagos. Quem quiser ser sócio precisa ser associado do C. R. Flamengo e estar quite. Estas são as condições “sine qua non“…

OS NOVOS DIRIGENTES DO F. U.

Serão empossados hoje os novos dirigentes do valoroso club, que são os seguintes:

DIRECTORIA – Presidente, João de Deus Candiota; secretario, Fernando Pinheiro; thesoureiro, Raphael Candiota, e sports, Alfredo Макzeu.

CONSELHO DELIBERATIVO Augusto Gonçalves, Flavio Costa, Nilo Arcos, Francisco Bath e Ayres Vieiγα.

COMO SE ACEITA UM SÓCIO NOVO

Assistimos, ontem, a aceitação de Cassilandro para sócio do F. U. O Augusto Gonçalves estava em companhia de mais dois rubros-negros. Como Cassilandro demonstrasse desejos de entrar para ο F. U., ο Augusto indagou:

– Fulano, você aprova a entrada do Cassilandro?

– Sim foi a resposta.

– E você, Sicrano, acha que Cassilandro deverá entrar?

– Νᾶο.

– Pois bem, concluiu o Augusto, eu voto a favor.

E o Cassilandro foi admitido como sócio por quatro votos contra dois!…

O Flamengo Universitário não gasta dinheiro com propostas e em sua secretaria não ha o regimen da papelada…

O GRANDE BANQUETE DE 40 TALHERES NA “LA TOSCANA”

Será realizado, hoje, à noite, no restaurante “La Toscana”, o banquete comemorativo do segundo aniversário da fundação do clube. Estão todos “promptos”.. para as “comidas”… Apesar disso vae haver “champagne”, vinho branco de Angra dos Reis e “tutti quanti” seja necessário para consolar o estomago.

Durante as “comidas” será empossada a nova diretoria, que como sempre – vae prometer o início de uma nova fase de fecunda atividade…

A “GAIOLA DOURADA”…

O Flamengo Universitário tem sua sede á rua São José n. 39 (loja), onde está estabelecido o leiloeiro Candiota. Isto mostra que os dirigentes do F. U. têm um espirito pro- a fundamente prático. Se amanhã ou depois o F.U. estiver em aperturas, vai tudo ao correr do Marcello…

AS CORES DO FLAMENGO UNIVERSITÁRIO

As cores do F.U. são estas: camisa amarello, calção azul Marinho e o escudo amarelo com as iniciais FU em preto.

FONTE: Diário de Notícias (RJ)

União Jabaquara Futebol Clube – São Caetano do Sul (SP): Fundado em 1944

O União Jabaquara Futebol Clube é uma agremiação do município de São Caetano do Sul, que fica na Zona Sudeste da Grande São Paulo. Com uma população de 161.127 habitantes (segundo o Censo do IBGE/2019), fica a 13 km da capital paulista.

O “Jabuca” e/ou “O Leão da Vila” foi Fundado na quinta-feira, dia 20 de Julho de 1944. As suas cores vermelho, amarelo e azul é uma homenagem a bandeira de São Caetano do Sul.

A sua Sede e a Praça de Esportes ficam na Rua Hélio Benedete (antiga Avenida Prosperidade), nº 800, no bairro Vila Prosperidade, em São Caetano do Sul.

Dois anos após sua fundação, o Jabaquara iniciava sua trajetória vitoriosa (1946)

Nasce o União Jabaquara

Sua criação foi resultado do desentendimento ocorrido entre alguns associados da SBER Vila Prosperidade, em reunião na sede do clube. Na época, o presidente Cláudio Alcon, enfatizou: “A partir da meia-noite de hoje o Vila Prosperidade não tem mais nenhum sócio”.

Foi a gota d’água que muitos esperavam e não demorou para marcarem uma reunião de emergência no Bar dos Pereiras. Compareceram esportistas do bairro: Guilherme Maiotto, o Gambinha, Ellio Benedetti, Mário Rodrigues, Pedro Izquierdo Vadillo, conhecido como Perico, Zé Pirulão, Pedro Loureiro, Daniel Loureiro, Eduardo Loureiro, Braguinha, Zé Fofo, Elísio Arnesi, Nenê Arnesi, Hermelindo Beraldo, Francisco Testa, Eduardo Amaral, Luis Mori, Mário Mori, Aldo Mori, Isaac, Oswaldo Polastre, José de Carvalho, Garrincha, Tarcísio, Cupim Segato, Álvaro (cunhado do Cupim), José Marchiori, Octávio Marchiori, José Bernardi, Genarino Aguzzi e muitos outros.

Devido a cisão com o Vila Prosperidade ficou decidida a formação de outro clube, cujo nome deveria ser de um time dos chamados pequenos e que tivesse como mérito principal o fato de ter vencido um dos chamados grandes do Campeonato Paulista de Profissionais, como o Corinthians, Palmeiras e São Paulo, o chamado Trio de Ferro do futebol profissional do Estado.

Coincidência ou não a proeza aconteceu com uma goleada histórica do Jabaquara Atlético Clube (ex-Hespanha), sobre o São Paulo FC, pela contagem de 4 a 1, concretizando assim no dia 20 de julho de 1944, o nascimento do União Jabaquara Futebol Clube, que viria posteriormente cumprir uma trajetória de conquistas no futebol amador da cidade de Santo André.

Dinho (em pé), Daniel e Pedro, todos da família Loureiro, em 1948

Famoso apresentado de tevê ajudou na construção da sede

Como o Jabaquara que não tinha local para suas reuniões, foi graças ao arrojo e desprendimento daqueles que o fundaram, que com a cara e coragem, começaram a construção da tão sonhada sede social, quando aconteceu um fato interessante e inédito.

O saudoso animador e apresentador de televisão, Manoel de Nóbrega, participou de uma reunião, em 1945, realizada em cima de caibros e montes de entulho, quando o mesmo solicitou apoio a um candidato ao Senado Federal e doou Cr$.20.000,00 (vinte mil cruzeiros), importância destinada ao pagamento do telhado da sede.

Isso para sorte e alívio de Pedro Izquierdo Vadillo, o Perico, que havia emprestado sua indenização recebida da Usina São José, e já não tinha esperanças de reaver aquela importância.

Assim, em muito pouco tempo, o Jabaquara tornou-se um dos clubes de maior número de torcedores em toda região do ABC, com uma trajetória marcada por grandes realizações e conquistas, culminando com a obtenção de vários títulos de campeão amador de Santo André, nas diversas categorias, desde mirim até o adulto.

Equipe principal do Jabaquara, em 1948

Plebiscito faz clube mudar para São Caetano do Sul

Em 1966, o União Jabaquara passou a disputar os campeonatos promovidos pela Liga Sancaetanense de Futebol (LSF), ex-Liga de Esportes de São Caetano do Sul (Lescs), pois, com o plebiscito de 1963, o Bairro Prosperidade passou a pertencer à cidade de São Caetano do Sul, onde continuou sua marcha vitoriosa de conquistas inesquecíveis, firmando-se, seguramente, como o clube de uma das maiores torcida da cidade, fato que se perpetua até hoje.

Títulos conquistados

O Jabaquara conquistou no período em que disputou torneios e campeonatos em Santo André, vários títulos importantes e, após 1966. O Jabaquara deu início à marcha vitoriosa em São Caetano do Sul, sendo Supercampeão da Divisão Especial em 1971; Campeão Municipal Amador em 1979, 1985, 1989 e 1990.

Vice-Campeão em 1986, 1995 e 1996; 3º lugar em 1992, 1993 e 1994; 4º lugar em 1988; 5º lugar em 1991 e 11º lugar em 1997. Na categoria Juniores, após 1977 o Jabaquara foi campeão em 1984, 1986 e 1997. Nos Veteranos foi campeão em 1984, 1989, 1992 e 1996.

E temos vários títulos de quando éramos filiados a Liga de Santo André. Só que eles inexplicavelmente não registraram nada“, protestou o presidente do clube, Francisco Nieto, que foi jogador do clube de 1963 até 1984, e depois assumiu como técnico, cargo que ocupou por 17 anos antes de assumir a presidência.

Em 1951, o Jabaquara sagrou-se campeão em Santo André, onde disputou o campeonato amador da categoria principal

União Jabaquara muda de nome

Na quarta-feira, do dia 20 de dezembro de 1972 o clube teve sua denominação mudada para Centro Recreativo e Esportivo União dos Amigos (CREUA), do Bairro Prosperidade, fruto das fusões determinadas pelas autoridades municipais da época.

Com isso o União Jabaquara foi extinto na fusão com a SERB Vila Prosperidade e com a Sociedades Amigos de Bairro, fato veementemente contestado pelos antigos jabaquarenses, inconformados com a extinção do nome de três agremiações, todas com raízes no cenário esportivo e político da região do ABC.

Ficou determinado pelos poderes constituídos que os clubes que não tivessem aderido às fusões, estavam impossibilitados de disputar campeonatos ou torneios oficiais promovidos pela Liga Sancaetanense de Futebol.

Nove anos depois clube volta a usar o nome de fundação

Em junho de 1981, os verdadeiros jabaquarenses resolveram fundar novamente o União Jabaquara Futebol Clube. Mal orientados, foram informados da impossibilidade do clube ter o mesmo nome, em virtude de sua extinção, quando da fusão ocorrida em 1972, quando na verdade apenas a data de fundação não poderia ser repetida, mas o nome não existia mais e, portanto, estava liberado.

Assim, na sexta-feira, do dia 5 de junho de 1981, a Sociedade Esportiva Recreativa União Jabaquara (SERU), foi fundada, nome que não agradava aos torcedores, mas, pelo menos, seria o nome Jabaquara que estaria disputando pelo Bairro Prosperidade.

Esta entidade, também teve expressiva campanha de conquistas de títulos, contando com a mesma animada e às vezes, fanática torcida, que permanece até hoje levando alegria aos estádios onde a equipe se apresenta.

Nesta reunião, o Jabaquara através de fusão, fez surgir no futebol profissional a AD São Caetano

Assim surgiu a Associação Desportiva São Caetano

Na segunda-feira, do dia 4 de dezembro de 1989, ano em que a SERU Jabaquara se sagrou campeã nas categorias Principal, Veteranos e Juniores. Na oportunidade comentava-se sobres a possibilidade da fundação de uma equipe profissional na cidade e, numa iniciativa do prefeito Luiz Olinto Tortorello, com o apoio de centenas de esportistas e de toda comunidade, o Jabaquara, através da sua diretoria comandada pelo saudoso Roberto Righeto, o Turú, concordou e mudou sua denominação para Associação Desportiva São Caetano, entidade que até hoje representa o Município no cenário esportivo profissional do Estado de São Paulo.

Tal acontecimento se deu por causa de exigência estatutária imposta pela Federação Paulista de Futebol (FPF), para a disputa da 3ª Divisão de Profissionais, já que para filiar-se, a entidade deveria ter disputado os três últimos campeonatos amadores da sua cidade e estar filiado à Liga Sancaetanense de Futebol (LSF).

Quando foi dado o parecer do presidente do Conselho Deliberativo da entidade, Carlos Roberto de Jesús Polastro, o Carlão, a data que se mantém viva é 20 de julho de 1944! Assim, já que não é possível recuperá-la legalmente, tanto faz a de 5 de junho de 1981, como qualquer outra data, até a de 29 de dezembro de 1989.

Assim, o Conselho Deliberativo, por unanimidade dos seus membros, aprovou o nascimento da Associação Desportiva São Caetano. Mas o nome Jabaquara continuou e continua vivo na memória de todos.

Aliás, Carlos Roberto Polastro, compôs o hino que ficou conhecido no país inteiro quando o São Caetano foi um dos protagonistas do futebol nacional no início dos anos 2000.

Fui vice-presidente do São Caetano quando o time foi fundado. Até assumiu a presidência por seis meses. Quando fomos campeões da terceira divisão em 1990, percebi que não tínhamos um hino. Daí comecei a compor“, recordou Polastro. Segundo o aposentado, o hino do Azulão ficou pronto em maio de 1991.

O prefeito Luiz Olinto Tortorello ladeado por João Tessarini, o saudoso Turú e o atual presidente Bernardino

Renascimento da SERU Jabaquara

A determinação de uma plêiade de esportistas e o grande amor que sempre dedicaram ao Leão da Vila Prosperidade, como é carinhosamente conhecido por causa da garra e espírito de luta dos seus torcedores, fez renascer o clube querido.

Assim é que, na sexta-feira, do dia 29 de dezembro de 1989, foi fundada a Sociedade Esportiva Recreativa União Jabaquara, retornando com força total ao cenário esportivo regional, que hoje, depois de muitas lutas e tentativas junto ao poder público municipal, finalmente recebeu das mãos do prefeito Luiz Tortorello o tão sonhado estádio distrital, dotado de arquibancadas, amplos vestiários, cantina, sala para guarda de material, etc.

Centro Esportivo Recreativo Roberto Righeto

Nome do estádio

Numa justa homenagem a um dos seus mais ilustres colaboradores, o local recebeu o nome de Centro Esportivo Recreativo Roberto Righeto, conhecido como Turú.

Mas algo estava faltando para completar a alegria desses abnegados, o retorno do antigo e tradicional nome que foi homologado pela Liga Sancaetanense de Futebol (LSF) e Federação Paulista de Futebol (FPF): União Jabaquara Futebol Clube, grandeza e orgulho do futebol amador de São Caetano do Sul.

O presidente do Leão da Vila disse que a equipe tem a maior torcida da cidade. “Agora diminuiu um pouco. Porém, nas finais dos torneios, levamos 1.500 pessoas para o campo“, afirmou Nieto. O dirigente declarou que no começo da década de 1990, cerca de 8 mil pessoas compareciam aos jogos do time.

Último título de campeão da categoria principal conquistado pelo União Jabaquara, em 1990

Presidentes

Desde a fundação até hoje, dezenas de nomes ilustres e abnegados passaram pela presidência do hoje União Jabaquara FC (alguns dos quais sem registro). Foram destacados alguns nomes até 1972, data em que foram realizadas as fusões em São Caetano do Sul:

Guilherme Maiotto, o Gambinha, Luis Mori, Mário Rodrigues, Ellio Benedetti, Eduardo Amaral, Aparecido Cabral, Milton e Benedito Polastro. Depois vieram: Manoel Maximiano David (77/78), Irineu Bernardo Serafim (79/80), Silvio Fernandes (81/82), Abraão de Souza Mello (83/84), Edmilson Zambone (84/85), Carlos Roberto de Jesús Polastro (86/87), Roberto Righetto (88/89), Roberto Righetto e Bernardino José dos Santos (90/9l), Bernardino José dos Santos (92/93), Bernardino José dos Santos (94/95), cujo mandato foi prorrogado até 1996 e ainda cumprindo mandato no período (97/98).

FOTOS: Acervos de Pedro Loureiro e Gilson S.SantosMeu acervo

FONTES: Álbum na época pertencia – Diário do Grande ABC – Revista Raízes

Escudo inédito de 1920: Sete de Setembro Futebol Clube – Belo Horizonte (MG)

O Sete de Setembro Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). O Tigre da Floresta foi fundado no domingo, do dia 07 de Setembro de 1913, com o nome de Sete de Setembro Foot-Ball Club.

Sua primeira diretoria ficou assim constituída:

Presidente honorário – Manoel Caillaut;

Vice-Presidente – capitão João Castro;

1º secretario – João Gonçalves;

2º secretario – Guiné Ribeiro.

Sete: a quarta força de Belo Horizonte

Em “Futebol no Embalo da Nostalgia”, o jornalista esportivo mineiro Plinio Barreto conta momentos históricos do futebol das Alterosas, e menciona a relação do Sete com o bairro:

Houve época em que o Sete tinha uma torcida que se rivalizava com as de Atlético, Palestra e América. A Floresta em peso se deslocava para ver o Sete onde o Sete estivesse. Seu corpo social era numeroso, com uma atividade constante, reunindo setembrinos em saraus dançantes. Os bares florestinos que se prezassem tinham sempre uma fotografia do time pregada nas paredes”, disse Barreto.

Foto do Sete de Setembro de 1920

Vice-campeão Mineiro em 1919 e 1920

O seu primeiro grande feito do Sete de Setembro aconteceu no Campeonato Mineiro da 1ª Divisão em 1919, quando se sagrou vice-campeão vencendo o Yale por 2 a 1 em uma decisão da Taça de Bronze. No ano seguinte, novamente “bateu na trave”, terminando em segundo lugar em 1920.

Título inédito do Torneio Início de 1922

O Sete foi campeão do Torneio Início do Campeonato Mineiro em 1922. No domingo, do dia 2 de abril de 1922, ainda no antigo campo do Prado Mineiro, após vencer o Palestra Itália (atual Cruzeiro), e o América nas fases eliminatórias, confrontou na final do Torneio Initium o Atlético, vencendo-o por número de escanteios e conquistando o seu primeiro título oficial com a seguinte escalação: Veiga; Pé de Ferro, Américo; Sant’Anna, Paulo, Guilherme; Nino, Novato, Romano, Totó, Oscarlino.

Campeão da Taça Coronel Oscar Paschoal de 1956

Já com a nova casa voltou a erguer um troféu em 1956, a Taça Coronel Oscar Paschoal. A FMF (Federação Mineira de Futebol), a organizou o Torneio Coronel Oscar Paschoal entre os quatro clubes eliminados do terceiro turno do Campeonato Mineiro de 1955.

O Sete, mesmo perdendo para o Cruzeiro, ficou com os pontos por irregularidades do adversário, depois venceu o Metalusina de Barão de Cocais e, após um empate sem gols, no Estádio Independência com portões abertos, contra o Asas de Lagoa Santa, conquistou o título do torneio com a seguinte escalação; Mão de Onça; Valter II e Ranieri; Alaor, Amauri e Mundico; Edinho, Wander, Valter I, Márcio e Vicentino. Técnico: Paulo Benigno.

Sua última conquista foi em 1997

Somente em 1997, o Tigre da Floresta voltaria a conquistar um título oficial, o Campeonato Mineiro de Futebol da Segunda Divisão, vencendo o Fabril de Lavras, no Independência, com um gol de pênalti aos 50 minutos do segundo tempo marcado por Fábio Menezes, irmão de Ramon Menezes, que atuou por Cruzeiro e Atlético-MG.

A escalação do time campeão era: Laércio; Chris (Telão), Roberto, Ralf, Carlão; Willian, Lói (Léo Salazar), Clemilson, Wellington (Paulinho); Fábio Menezes, Jorge. Técnico: Jurandir Gamma Filho.

Foto do Sete de Setembro de 1928

Você sabia?

Um detalhe curioso é que, na década de 40 (a partir de 1944), o clube temporariamente se chamou Sete de Setembro de Futebol e Regatas, quando foi criada a Federação Mineira de Remo. Em setembro de 1948, voltou a atender por Sete de Setembro Futebol Clube.

Praça de Esportes

O seu magnifico campo de “football” cedido pela Prefeitura, está situado em terrenos do Parque Municipal (concorrendo a construção por conta da sociedade), na Zona Leste de Belo Horizonte, mais especificamente ao bairro da Floresta, daí a sua alcunha, o Tigre da Floresta,

A equipe alvirrubra mandava suas partidas na Chácara Negrão, atual Praça Otacílio Negrão de Lima, no bairro da Floresta. Posteriormente, jogou no 5º Batalhão de Policia Militar do Santa Teresa (atual Colégio Tiradentes no Bairro Santa Tereza), bairro este limítrofe ao bairro da Floresta.

No final dos anos 40, América, Atlético e Cruzeiro tinham cada um o seu próprio estádio. Vale destacar que os três estavam “dentro” da Avenida do Contorno, estando o Sete do outro lado do Rio Arrudas. No plano original da cidade, Belo Horizonte seria apenas o que estivesse dentro da Avenida do Contorno, estando o Sete na periferia da capital mineira. 

Faltava ao Sete de Setembro a sua própria casa, já que este jogava no campo dos outros clubes da capital, ou no campo do V Batalhão acima mencionado. Faltava! Em 1948, em um terreno entre as ruas Ismênia e Pitangui, no bairro do Horto (bairro vizinho de Santa Teresa e Floresta) se inicia a construção do estádio Raimundo Sampaio, o popular Independência.

As obras foram capitaneadas pela prefeitura de Belo Horizonte, na gestão de Otacílio Negrão de Lima, juntamente com o então presidente do Tigre, o então vereador Antônio Lunardi.

O dirigente uniu o útil ao agradável: o Sete precisava de um estádio, e, em poucos anos o Brasil sediaria a Copa do Mundo e BH precisava de um monumento à altura do evento.

Imagem aérea do estádio em construção, em 1949.
Arquivo Estado de Minas

O projeto original era um pouco diferente do que a versão construída. A proximidade da Copa do Mundo fez com que a arquibancada localizada atrás de um dos gols não fosse concluída, levando ao formato de ferradura.  Uma das marcas do Independência até os dias de hoje.

O estádio despontou como o maior dentre os estádios da cidade e um dos maiores do país, apto a receber o Mundial de 1950. E é justamente a história do estádio um dos fatores que fez o Sete não ser esquecido na memória dos belo-horizontinos. Os mais antigos ainda o chamam de “campo do Sete”.  

A ideia vigente na época era a de que um clube não se desenvolveria se não tivesse um estádio próprio, então a construção do Gigante do Horto era vista com ótimos olhos.

As suas participações no Campeonato Mineiro, eram medianas e ruins, onde viu no Independência, o Atlético em 1950, o Villa Nova em 1951, o América em 1957 e o Cruzeiro em 1959, serem campeões.

A cancha setembrina só perdeu o posto de maior estádio da cidade, em 1965, quando foi inaugurado o Mineirão. Com isso, o gigante do Horto cairia em período de ostracismo revezando algumas partidas do próprio Sete, ficando às minguas na maioria do tempo.

Declínio na década de 60

Na década de 60 o Sete entrou definitivamente em decadência, pois sobrevivia até então, dos aluguéis pagos por seus rivais para uso do seu estádio. Participou de algumas edições do Campeonato Mineiro, Torneios Incentivos e da Taça Minas Gerais até 1976. A partir daí participou de forma intermitente as divisões de acesso do futebol do estado.

Nos anos 80, o estádio Raimundo Sampaio voltaria a ganhar protagonismo na cena do futebol de Belo Horizonte, após ganhar uma reforma promovida pelo Governo do Estado de Minas Gerais.

Um velho rival do Tigre, o Coelho, que desde que vendeu o estádio da Alameda peregrinava entra o Vale Verde, em Contagem, e o Mineirão, viu no Independência a oportunidade de estar mais próximo de seus torcedores, saudosos do campo americano no bairro do Santa Efigênia, também vizinho do Horto.

Sete e América firmaram um contrato de cooperação que permitia ao Coelho mandar ali os seus jogos, tendo também que assumir a responsabilidade pela manutenção do estádio.

Foi no Independência que o América viveu a sua maior gloria: em 1997, quando faturou a série B do Campeonato Brasileiro. Esse foi também o último ano que o Tigre da Floresta disputou (e venceu) um torneio oficial.

Com uma equipe formada em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais, conquistou o Campeonato Mineiro da 2ª Divisão (equivalente a Terceirona). O certame teve também as participações do tradicional Siderúrgica, do Fabril de Lavras, do Esportivo de Passos de Minas e do Aciaria de Ipatinga. O Tigre passou bem pela primeira fase, e no quadrangular final, garantiu o título na última rodada ao superar o Fabril, no Independência.

O título lhe rendeu a classificação para o degrau seguinte, o Módulo 2 em 1998. Mas o projeto não foi para frente e o Sete não usufruiu da vaga conquistada. E deste então não voltou a atuar em competições profissionais. Por algum tempo ainda figurou em competições de base, até desaparecer por completo do cenário do futebol mineiro em 1998.

Posteriormente, o Independência seria incorporado ao patrimônio do América, e o Sete de Setembro deixaria de existir, deixando um vazio no futebol de Belo Horizonte, que ficou desfalcado de um dos mais tradicionais times dos primórdios do Campeonato Mineiro.

Uniforme de 1997

Breve histórico no Estadual

Nos registros da Federação Mineira de Futebol, o Sete participou 17 vezes do Campeonato Mineiro de 1916 a 1932, quando o futebol era amador e 30 vezes da era profissional, em 1934, de 1938 a 1961, de 1969 a 1971 e de 1974 a 1976, ano que encerrou suas atividades na 1ª Divisão do Futebol Mineiro.

As últimas participações do Sete de Setembro em torneios oficiais foram na Terceira Divisão de 1997 e no Módulo II de 1998 com um convênio com a UFMG, treinado pelo Prof. Jurandir Gama Filho.

O renascimento do “Tigre da Floresta

O Sete se afastou dos gramados por um tempo, mas não morreria nunca o sonho de ser grande, e de fazer frente aos demais times da capital. O Sete de Setembro é um patrimônio da cidade, é parte da história da Zona Lesta de Belo Horizonte, é uma história que merece ser preservada e resgatada. Por tudo que representa o seu passado e pelo pioneirismo no futebol mineiro, o Tigre merece um lugar ao sol.

Atualmente, graças ao trabalho incansável do seu presidente, Fabiano Rosa Campos, o Sete de Setembro participa de competições amadoras de Belo Horizonte com equipes de juniores, juvenis, e também time de futebol feminino, sonhando em voltar aos embates com América, Atlético e Cruzeiro.

Sete trabalha para retornar a esfera profissional

Enquanto não volta a jogar no Independência ou no Mineirão, é nos campos de várzea que o Tigre da Floresta vem renascendo na esperança de em breve estar novamente filiado a Federação Mineira de Futebol, já que aos poucos vem reativando suas categorias de base e equipe de futebol feminino.

Este resgate histórico ressalta a importância do clube rubro no cenário esportivo belo-horizontino, esperamos que este seja o princípio de um processo que resulte na volta do Sete de Setembro ao campeonato mineiro.

O antigo dono do estádio Independência, o Sete de Setembro Futebol Clube está com as atividades profissionais interrompidas desde 1997, quando fundiu seu conselho deliberativo ao do América Mineiro.

Em 2020, o Tigre da Floresta passou a disputar competições amadoras e, no momento, segue com o processo para retomar a licença profissional e voltar aos gramados.

O Sete de Setembro volta às atividades de base com um forte lado social, utilizando no uniforme temas como a diversidade e consciência negra – neste caso, uma homenagem a Taian, jogador setembrino assassinado na década de 1940, na comemoração de um jogo.

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTOS: Estado de Minas (MG)

FONTES: O Paiz (RJ) – O Tempo (MG) – livro “Futebol no Embalo da Nostalgia”, de Plinio Barreto – Wikipédia – “O Futebol na Cidade de Belo Horizonte: amadorismo e profissionalismo nas décadas de 1930 e 1940, de Sarah Teixeira Soutto Mayor Curso de Educação Física, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2017.

Inédito! Club Athletico Praiano – Rio de Janeiro (RJ): Fundado nos anos 30!

O Club Athletico Praiano foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O Grêmio da faixa azul” foi Fundado no início da década de 30. A sua Sede ficava localizado no bairro de Ipanema, na Zona Sul do Rio.

Alguns presidentes: Sr. Ubiratan Napoleão (1933), Jorge Dias Vaz (1937). Além do futebol, o clube também possuía uma equipe de ciclismo, natação e atletismo.

O seu grande rival era o Oceano Football Club. Quando se enfrentavam os jornais destacavam o clássico como “O Fla-Flu de Ipanema”.

Em 1935 e 1936, disputou o Campeonato Carioca do Sport Menor (Campeonato Inter-Clubs), pela chave Zona Zona Sul, patrocinado pelo Gazeta de Notícias.

Uma das últimas notícias sobre o Club Athletico Praiano aconteceu no domingo, do dia 22 de maio de 1938, enfrentou o Ceres Futebol Clube, no bairro de Bangu, na Zona Rural (atual Zona Oeste).

Algumas Formações

Time de 1936: Geraldo; Marques e João; Severiano, Thomé e Elpídio; Odilon, Antônio, Cardeal, Soares e Sylvo.

Time de 1937 (Primeiros Quadros): Benedicto; Nacional e Nariz; Rapha (Mosquete), Thomé e Sylvio; Bahiano, Antonico, Dorico (Aurelio), Cardeal e Paulista.

Time de 1937 (Segundos Quadros): Geraldo; Torgado (Donô) e China (Mô); Jorge, Henrique e Cabral; Odilon (Albino), Artelino (Toni), Tião, Olegário (Mario) e Vivi.

 FOTOS: Álbum Bala Favorita de 1935 – Time posado (Gazeta de Notícias)

 FONTES: A Noite (RJ) – Beira-Mar: Copacabana, Ipanema e Leme (RJ) – Diário da Noite (RJ) – Gazeta de Notícias (RJ) – Jornal dos Sports (RJ)

Foto rara de 1978: No dia que o Leite Glória derrotou o poderoso America Football Club, do Rio (RJ)

Após o encerramento do Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1978, os clubes cariocas, como de costume naquela época, realizavam uma série de amistosos a fim de arrecadar dinheiro para manter e poder pagar o seu elenco. E, nesses jogos eram comuns os grandes clubes enfrentarem equipes menores no interior do Rio e, até equipes amadoras.    

E, no America Football Club – então treinando no Estádio Volnei Brauney, no bairro do Andaraí – confirmou uma série de amistosos, dentre eles, contra o Grêmio Recreativo Esportivo Glória.  

E quem era o GRE Glória ou Leite Glória? Foi uma agremiação Fundada em 1971, por funcionários da fábrica Leite em Pó Glória. A sua Sede e o campo ficavam localizados dentro da empresa, na Avenida Presidente Dutra, nº 733, na Cidade Nova, em Itaperuna, no Noroeste Fluminense do estado do Rio de Janeiro.  

O elenco do Leite Glória, todos trabalhavam na empresa, onde disputavam o Campeonato Citadino de Itaperuna, no qual lideravam o certame. E, convidaram o poderoso America do Rio para um amistoso.

A diretoria do Mecão acertou quatro amistosos: 7 de dezembro diante do Leite Glória, em Itaperuna; 10 de dezembro diante do Serrano, em Petrópolis; 14 de dezembro diante do Seleção de Três Rios, em Três Rios; 17 de dezembro diante do Volta Redonda, na cidade do Aço. O America recebeu Cr$ 120 mil por apresentação.

Clube da Campos Sales seguiu para O Noroeste do estado

A delegação americana seguiu num ônibus especial, às 8 horas da manhã da quarta-feira, do dia 06 de dezembro de 1978, onde ficou hospedado no Hotel Raposo, localizado a 20 km de Itaperuna. Hoje, com as estradas numa condição melhor, essa mesma viagem demora mais ou menos em 5 horas e 18 minutos, aproximadamente 318,2 km (via BR-116 e BR-393).

Para essa partida, o técnico Jaime Valente aproveitou para levar alguns jogadores juvenis: os zagueiros Zé Paulo, Lauro e Jorge Lima; o apoiador Duarte e o goleiro Jurandir. Completando os reservas: Álvaro, Peixoto e Silvinho, por terem nascido na cidade e o zagueiro Alex, foram homenageados pela Prefeitura de Itaperuna.

Deu Leite Glória na cabeça!

 
EM PÉ (esquerda para a direita): Zé Luiz, Expedito, Célio, Mário Venâncio, Adênis e Capucha.
AGACHADOS (esquerda para a direita): Daniel, Pacote, Alcebíades, Fofinho e Adãozinho.

A partida foi realizada naquela noite (06/12/1978), às 21 horas, no Estádio Jair Bittencourt, no Centro de Itaperuna. E, para a surpresa de muitos, o time valente e aguerrido do Leite Glória acabou derrotando o America do Rio pelo placar de 2 a 1, levando o bom público presente ao delírio!

O America começou melhor e abriu o marcador aos 23 minutos, por intermédio de Léo Oliveira. A alegria só durou por nove minutos, quando o ponta direita Daniel deixou tudo igual aos 32 minutos. Sete minutos depois, pênalti a favor do Leite Glória! Fofinho, cobrou com categoria, estabelecendo a virada. Na etapa final, o America até tentou, mas esbarrou no bom sistema defensivo do GRE Glória.

Fim de jogo, e, certamente, o Grêmio Recreativo Esportivo Glória festejou a maior vitória da sua história. Após a partida, os donos da casa receberam o  Troféu Prefeito Orlando Tavares (então prefeito da cidade de Itaperuna, entre 1977 a 1983. Essa era a terceira vez que Orlando Tavares tinha sido prefeito da cidade. Antes foi prefeito em 1962 e 1967 a 1971).

O America, que recebeu a cota de Cr$ 60 mil (sessenta mil cruzeiros) pela partida, retornou ao Rio, na manhã da quinta-feira, dia 07 de dezembro de 1978. Para o Mecão apenas mais um amistoso, mas para os jogadores do Leite Glória uma eterna e linda lembrança!

America: Carlos Afonso; Zé Paulo (Alex), Heraldo, Jorge Lima e Jorge Valença; Wilson, Léo Oliveira e Silvinho; Hugo, Paulo César e Renato. Técnico: Jaime Valente.

GRE Glória: Adênis; Mário Venâncio, Expedito, Zé Luís e Capucha; Célio, Pacote e Alcebíades; Daniel, Fofinho e Adãozinho. Técnico: Ayres Lopes.

Colaborou: Orlindo Farias, de “Retratos do Futebol Fluminense”

FOTO: Acervo de Aryllion Magalhães Queres

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – O Fluminense (RJ) – Tribuna da Imprensa (RJ)

Inédito!! Penha Circular Football Club – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1929

O Penha Circular Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado na quarta-feira, do dia 1º de Maio de 1929, com o nome de  Sport Club Penha Circular.

A sua Sede ficava localizada na Travessa Melchiades, nº 18, na Penha Circular, na Zona Norte do Rio, inaugurada na noite de sábado, do dia 29 de outubro de 1932. Posteriormente, se mudou para a Rua Francisco Ennes, nº 133, na Penha Circular, na Zona Norte do Rio.

Além do futebol, o Penha Circular ainda disputava as competições no Ping-Pong (Tênis de Mesa). Na terça-feira, do dia 13 de Julho de 1932, foi instalado uma Junta Governativa para dirigir durante algum tempos destinos do clube.

Presidente – Eleuterio Cavalcanti;

Thesoureiro – Alfredo Santa’Anna;

Secretario – Rubens Mendonça;

Procurador – Mario Seccarelli;

Diretor Sportivo – Humberto Magalhães.

Em agosto de 1933, estava participando das competições organizadas pela Liga Sportiva Athletica Leopoldinense (LSAL), com outras sete equipes: Athletico Club Cordovil, Rio de Janeiro Football Club, Magé Football Club (sede na Rua Magé, nº 8, na Penha), Alliados da Penha Football Club, Alliados do Ideal Football Club, Belisario Penna Football Club, Cortume Carioca Football Club (Penha).

No final, Magé ficou com o título, enquanto o Alliados do Ideal ficou com o vice. Nos Segundos Quadros, o campeão foi o Cordovil, enquanto o Magé terminou em segundo lugar. No Torneio Início da LSAL, Alliados do Ideal levantou a taça, quando bateu na final o Cordovil.

Já em 1934, o Magé Football Club ficou o título, com o Athletico Club Cordovil terminou com o vice. Nos Segundos Quadros as posições se inverteram: o Athletico Club Cordovil foi o campeão, enquanto o Magé Football Club ficou em segundo lugar.

Classificação Final (Primeiros Quadros)

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Magé F.C.21121011   
Rio de Janeiro1212525   
Cordovil1012345   
Alliados do Ideal912336   
Penha Circular81248   
Belisario Penna512219   

Classificação Final (Segundos Quadros)

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Cordovil2312111   
Magé F.C.1912912   
Alliados do Ideal1812741   
Rio de Janeiro1012426   
Penha Circular812246   
Belisario Penna612228   

Em 1935, disputou o Campeonato Carioca do Sport Menor, pela chave Zona da Leopoldina.

Em 1938, “Sport Club Penha Circular” era filiado a Liga de Sports da Penha, subordinado a Federação Athletica Suburbana (FAS). Participaram sete clubes: Maravilha Football Club (Penha), Associação Sportiva Penha, União da Penha Football Club, Em Cima da Hora Football Club, Fortaleza Football Club (Penha) e Sport Club Independente.

Algumas formações

Time base de 1930: Bahiano; Pedro e Ernani; Mario, Targino e Bacurau; Negrito, Humberto, Casanova, Oliveira e Gallo.

Time base de 1932 (Primeiros Quadros): Ramos (Waldemiro); Enéas (Antônio) e Broquella (Chatô ou Light); Armando (Mario), Neves (Odilon) e Corrô (Bacurau ou Bidiu); Helio (Bolão), Octacilio (Oswaldo), Jayme (Domingos), Tito (Barata ou Russo) e Gilberto (Caio).

Time base de 1932 (Segundos Quadros): Marcos (Propheta ou Maroca); Juca e Gaúcho (João II); Arthur II (Barcellar), Humberto (Mario) e Bahia (Bacellar); Negrito (Lecarelli), Mendes (Arthur I), Mendonça, João II (Cotocô) e Benjamin (Furquilha).

Time base de 1933 (Primeiros Quadros): Ramos (Cap. Ou Aymoré); Eduardo (Carola) e Chatô (Ismael); Mario, Odilon (Andrade) e Gallo; Armando (Bombeiro), Oswaldo (Humberto), Targino (Aguiar), Dominguinhos (Sabino) e Alfredo (Caio).

Time base de 1933 (Segundos Quadros): Vicente; Juca e Viz; Arthur, Nunes (Baptista) e Armando; Arlindo, Alcino, Delphim, Jayme e Geraldo.

Time base de 1934 (Primeiros Quadros): Waldemar; Caio e Andrade; Theophilo, Angelo e Walfrido; Bolão, Oswaldo, Alvarenga, Sabino, Gallo, Alcino e Mario I.

Time base de 1934 (Segundos Quadros): Arthur II; Antonio e Coelho; Carlos, Manoel e Nunes; Mario, Gilberto, João, Geraldo e Arthur I.

Time base de 1935: Moraes (Quincas); Bolinha e Eduardo (Arnaldo); Mario (Cap.), Humberto (Viz) e Walfrido; Bolão, Jayme, Ângelo, João e Gallo (Sabino).

Time base de 1936: Moraes (Joaquim); Bangu (Batico) e Walfrido; Estrella (Edwiges), Humberto (Mosquito ou Aloysio) e Mario II (Viz); Bolão (Barata), Mario I (Waldimiro), Jayme, João e Nilo (Netto).

Time base de 1937: Tinoco; Vadinho e Mineiro; Humberto, Cadinho e Barata; Bolão, Sabino, Jayme, João e Esquerdinha.

Time base de 1938: Moraes; Alfredo (Bebê) e Tamarino; Targino (Fernando), Joaquim e Ruy (Barata); Bolão, Cláudio, Jayme, Sabino (Russo) e Esquerdinha.

IMAGEM: Álbum Bala Favorita de 1935

FONTES: A Manhã (RJ) – Diário Carioca (RJ) – Diário da Noite (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Jornal (RJ) – O Radical (RJ)

Amistoso Nacional de 1948: Sete de Setembro (MG) venceu o C.A. Ypiranga (SP), na capital mineira!

O Sete de Setembro de Futebol e Regatas comemorando seu 35º aniversário da sua gloriosa existência, fez realizar, na tarde de terça-feira, do dia 7 de Setembro de 1948 (data esta que também é comemorado o Dia da Independência do Brasil), um jogo de futebol entre seu esquadrão principal e o Clube Atlético Ypiranga, de São Paulo, quadro que desfruta de invejável cartaz na Paulicéia, dada a campanha regularíssima que vem cumprindo no certame bandeirante.

O inglês Mr. Dewine foi árbitro da partida

Além do encontro interestadual, o público teve outro atrativo: o árbitro deste embate será internacional, pois vem de ser escolhido Mr. Dewine para se exibir em Belo Horizonte/MG.

O representante da Federação Mineira obteve permissão do Colégio de Árbitros para a ida de um juiz britânico, tendo os três ingleses feito um sorteio entre si pera indicar – quem apitaria em Belo Horizonte. O indicado foi Mr. Dewine, que teve excelente atuação, segundo os jornais cariocas, enquanto os jornais paulistas classificaram como péssima.

Foto colorizada
Após a partida, os jogadores dos dois clubes, segurando a bandeira do Brasil, foram saudar os torcedores presentes no Estádio Alameda, em Belo Horizonte/MG

Sete venceu o Ypiranga

O Sete de Setembro marcouseu aniversário com brilhante e expressiva vitória sobre o Ypiranga, de São Paulo. O score de 3 a 1 diz bem do merecimento do triunfo do modesto, mas brioso conjunto mineiro que, agindo com  extraordinário entusiasmo logrou abater seu valoroso adversário, que vinha de invicta temporada na Bahia (3 a 1, no Vitória; 7 a 3, no Esporte Clube Ypiranga e 5 a 0, no Esporte Clube Bahia, campeão dos campeões do Nordeste) e ocupa o segundo posto do campeonato paulista.

O jogo, que leve por palco o Estádio da Alameda, em Belo Horizonte/MG, apresentou duas fases distintas. Uma, o primeiro tempo, falho e descolorido; outra, a fase complementar, com um Sete voluntarioso e cheio de fibra, suprindo com o “coração” algumas falhas técnicas de sua equipe.

Os “setembrinos“, contrariando todas as previsões, depois de um primeiro tempo igual, em que ambos os contendores se esforçaram sem êxito por abrir a contagem, assumiram, no período final, inteiro controle das ações e chegou a marcar dois a zero, dando mesmo a impressão de que marcaria ampla contagem.

O Ipiranga, entretanto, ante a ameaça de uma derrota desmoralizante, se lançou todo inteiro ao ataque, tanto que seu tento de honra foi logrado pelo zagueiro Alberto, por ocasião de um escanteio. O Sete de Setembro, no entretanto, voltou à carga e veio a obter mais um gol, com que se encerrou o marcador.

Mazinho e Pradinho, da linha média do Sete

Os gols da partida

O 1º gol somente veio a se registar aos 14 minutos do segundo tempo, por intermédio de Rui. Aos 20 minutos, Esmerindo aumenta a contagem e aos 26 minutos, Alberto, na cobrança de um escanteio. obtém o único tento do Ipiranga. Aos 39 minutos, novamente Esmerindo vence Rafael, que substituíra Osvaldo, dando números finais a peleja.

Foi esta sem dúvida, o melhor presente que poderiam oferecer os atletas setembrinos à sua operosa diretoria, capitaneada pelo vereador-presidente Antônio Lunardi, esportista que vem proporcionando ao clube da Floresta dias de gala e magnificas realizações.

A atuação do Sete de Setembro, um espetáculo à parte na magnifica tarde esportiva, foi perfeita, marcando com precisão e segurança. Pelo jogo, o Clube Atlético Ypiranga recebeu a cota de 30 mil cruzeiros livres de hospedagem e transporte.   

Sete de Setembro F.R. (MG)     3        X        1        C.A. Ypiranga (SP)

LOCALEstádio Otacílio Negrão de Lima, “Alameda” (antigo campo do América MG), em Belo Horizonte/MG
CARÁTERTaça Sete de Setembro
DATATerça-feira, do dia 7 de setembro de 1948
HORÁRIO15 horas (de Brasília)
RENDACr$ 36.000,00 (trinta e seis mil cruzeiros)
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROO inglês, Mr. Dewine
AUXILIARESGeraldo Fernandes (FMF) e Graça Filho (FMF)
SETE DE SETEMBRORandolfo; Corsino e Oldack; Pradinho, Tim e Mazinho; Esmerindo, Ferreira, Rui, Nelsinho e Caldeirão. Técnico: Americo Tunes.
YPIRANGAOsvaldo (Rafael); Alberto e Giancoli; Reinaldo, Renato (Celso) e Belmiro; Liminha, Rubens, Silas, Bibe (Castro) e Valter. Técnico: Otavio Modolin.
GOLSRui aos 14 minutoa (Sete); Esmerindo aos 20 e 39 minutos (Sete); Alberto aos 26 minutos (Ypiranga), no 2º Tempo.

FOTOS: Acervo de Fabiano Rosa Campos, presidente do Sete de Setembro F.C.

FONTES: Sport Illustrado (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – Jornal de Notícias (SP)