Arquivo da categoria: História dos Clubes Nacionais

CLUBES DE MINAS GERAIS – SOCIEDADE ESPORTIVA PATROCINENSE LTDA.

NOME: SOCIEDADE ESPORTIVA PATROCINENSE LTDA.

CIDADE: Patrocínio / MG

FUNDAÇÃO: 27 de maio de 2010

CORES OFICIAIS: verde / amarelo / azul / vermelho

HISTÓRICO: Clube empresa irá disputar a 2ª divisão mineira em parceria com o E.C. Santo André que irá disponibilizar jogadores e comissão técnica. Seu escudo é o brasão da cidade.

Brasao_patrocinio

Novo escudo do CA Joseense!

No último sábado estive presente no jogo União Suzano 1-2 Joseense, e vi que o time de São José dos Campos está utilizando um novo escudo na camisa:

USAC1-2Jos_EscJ

Perguntei para o pessoal da comissão técnica e eles confirmaram que estão utilizando desde o começo da Segundona esse novo escudo. Eu achei o mais legal do time até hoje…

Foto: Fernando Martinez/Jogos Perdidos (www.jogosperdidos.zip.net)

CEILÂNDIA CAMPEÃO DO DF PELA PRIMEIRA VEZ

O inédito campeão de futebol do Distrito Federal, o Ceilândia Esporte Clube surgiu a partir do Dom Bosco Esporte Clube. O Dom Bosco Esporte Clube foi fundado em 27 de março de 1978, com sede na cidade-satélite da Ceilândia, e teve como primeiro Presidente Waldir Papa da Fonseca.

Aos 25 dias do mês de agosto de 1979 realizou-se a assembléia extraordinária da diretoria do Dom Bosco, quando foi discutida e aprovada a mudança do nome do clube para CEILÂNDIA ESPORTE CLUBE. As cores do uniforme não foram alteradas, permanecendo a preta e a branca.

E, de onde surgiu o nome Ceilândia?

Em 1971, o governador do Distrito Federal, Hélio Prates da Silveira, criou a Companhia de Erradicação de Invasões – CEI, com o propósito de retirar os invasores da região nobre de Brasília. Dizem que o governador sentia-se deprimido ao ver aquelas favelas tão próximas do círculo do poder. Como o novo povoado foi organizado pela CEI (Companhia de Erradicação de Invasões), estava criada a CEI-lândia.

O Dom Bosco rapidamente firmou-se como um dos maiores times amadores da Ceilândia, disputando a hegemonia com Juventude, Grêmio, Brasília e Juventus.

O futebol do Distrito Federal começou a se profissionalizar. O Campineira foi a base do Sobradinho, o Pioneira deu origem ao Taguatinga, mas Ceilândia continuava sem um clube na Primeira Divisão Profissional do Distrito Federal.

Ainda em 1978 surgiram as primeiras tentativas no sentido de profissionalizar o Dom Bosco.

Por sugestão da Deputada Maria de Lourdes Abadia, o nome do time mudou, guardando as cores preto e branco do Dom Bosco, mas trocando o escudo por uma imagem estilizada da caixa d’água da cidade.

Em 2 de outubro de 1979, a Federação Brasiliense de Futebol aceitou a filiação do Ceilândia Esporte Clube na categoria profissional.

O primeiro jogo oficial do Ceilândia foi um amistoso disputado contra o Brasília, no Serejão, no dia 18 de novembro de 1979. O Ceilândia perdeu por 2 x 1. Vilmar e Luizinho marcaram para o Brasília, enquanto Francisco Alves dos Santos (Risadinha), nº 9, marcou o gol histórico do Ceilândia.

Sua primeira participação no campeonato de futebol do Distrito Federal se deu em 18 de maio de 1980. No Serejão, perdeu para o Taguatinga por 3 x 0.

Por coincidência, o primeiro gol oficial do Ceilândia também foi marcado por Risadinha. Isso aconteceu no dia 25 de maio de 1980, no empate de 1 x 1 com o Guará, no Estádio do CAVE.

No final dessa competição, entre nove clubes participantes, o Ceilândia ficou com a sétima colocação, somando 16 pontos nos 24 jogos que disputou. Foram cinco vitórias, seis empates e treze derrotas. Marcou 14 gols e sofreu 40.

Antes do título conquistado neste ano, a melhor colocação do Ceilândia havia sido um vice-campeonato em 2005.

A EXCURSÃO DO BOTAFOGO AO RIO GRANDE DO SUL EM 1931

O Botafogo aproveitou a suspensão do campeonato carioca de 1931 para realizar, pela primeira vez, uma excursão do Rio Grande do Sul, para onde embarcou no vapor “Araçatuba”, a 16 de junho.

O clube carioca viajou desfalcado de três dos seus principais jogadores, todos eles emprestados ao Vasco da Gama para uma excursão a Europa: Nilo, Carvalho Leite e Benedito.

A delegação foi chefiada por Alarico Maciel, seguindo como técnico o húngaro Nicolas N. Ladanyi e levando três jogadores de outros clubes cariocas: o goleiro Sylvio e o atacante Carola, do América, e o meia Nena, do Serrano, de Petrópolis, gentilmente emprestados por seus clubes.

Apesar de ter chegado muito cedo, dirigentes dos clubes Internacional e Grêmio, promotores da excursão, foram ao cais receber a delegação carioca, que se hospedou no Hotel Americano.

No mesmo dia da chegada a Porto Alegre, 21 de junho, perante grande assistência calculada em 20 mil pessoas, o Botafogo estreou no Estádio dos Eucaliptos, contra o Internacional, empatando em 1 x 1. Cobrando pênalti cometido em Javel, o Internacional marcou primeiro, ainda na primeira etapa do jogo. Álvaro empatou no segundo tempo. O Botafogo formou com Sylvio, Póvoa e Rodrigues; Afonso, Martim e Benevenuto; Álvaro, Juca (Otacílio), Carola, Nena (Rogério) e Celso. Defenderam o Internacional Penha, Miro e Risada; Ribeiro, Magno e Moreno; Nenê, Javel, Alfredo, Honório e Rotfuchs.

Três dias depois, 24 de junho, o Botafogo venceu o Grêmio por 2 x 1, no campo deste, na Baixada. Aos 12 minutos de jogo, Laci abriu o marcador para o tricolor gaúcho. A virada do Botafogo aconteceu no segundo tempo, com Álvaro, aos cinco minutos, e Otacílio, através de um gol irregular (ajeitou a bola com a mão).

O time do Botafogo foi quase o mesmo do primeiro jogo, entrando Canalli no lugar de Afonso, e Rogério substituindo Nena na meia-esquerda. O Grêmio jogou com Lara, Dario e Sardinha; Mabília, Poroto e Russo; Laci, Artigas, Luiz Carvalho, Foguinho e Nenê.

Em sua última partida em Porto Alegre, o Botafogo enfrentou, no dia 28 de junho, um combinado de jogadores do Grêmio e do Internacional. A mesma multidão que presenciou os jogos anteriores assistiu ao desenrolar dessa partida, que terminou com o placar de 4 x 1 favorável ao combinado gaúcho. O Botafogo formou com Sylvio, Póvoa (Hermínio) e Rodrigues; Canalli, Martim (Tupi) e Benevenuto; Álvaro, Paulinho, Carola, Nena (Otacílio) e Celso. O combinado gaúcho atuou com Penha (Internacional), Dario e Sardinha (ambos do Grêmio); Ribeiro (Internacional), Magno (Internacional) e Poroto (Grêmio); Nenê (Internacional), Foguinho (Grêmio), Luiz Carvalho (Grêmio), Honório (Internacional) e Nenê (Grêmio).

No primeiro tempo, Luiz Carvalho e Honório marcaram para o combinado. No segundo, Honório ampliou o placar para 3 x 0, Celso diminuiu e Foguinho definiu o placar de 4 x 1 a favor dos gaúchos. Dois foram os árbitros do jogo: Jean Ryll no primeiro tempo e João Pedro Rosário no segundo.

Depois desse jogo, seguiu o Botafogo para a cidade gaúcha de Pelotas, onde venceu, em 3 de julho, o C. A. Bancário, por 4 x 2, gols de Celso (2), Álvaro e Paulinho. O time botafoguense foi esse: Germano, Póvoa e Rodrigues; Afonso, Martim (Almo) e Canalli; Álvaro, Paulinho, Carola, Otacílio e Celso.

Rumou o Botafogo para a cidade de Rio Grande, onde enfrentou e venceu o S. C. Rio Grande, por 2 x 1, no dia 5 de julho, com dois gols de Celso. Formou o Botafogo com Germano, Póvoa e Rodrigues; Afonso, Martim (Almo) e Canalli; Álvaro, Paulinho, Carola, Otacílio e Celso. O Rio Grande jogou com Grandjean, Menestrino e Horácio; Quengão, Carruíra e Reprega; Donato, Sanga, Degani, Palhares e Tatu.

Segundo o livro S. C. Rio Grande Centenário do Futebol Brasileiro, de Miguel Glaser Ramos, houve empate em 2 x 2, com os gols do Rio Grande sendo marcados por Tatu e Sanga. Além disso, o setor defensivo do Botafogo teria sido o seguinte: Sylvio, Hermínio e Rodrigues; Benevenuto, Martim e Canalli. Qual o correto?

Retornou a Pelotas e enfrentou o S. C. Pelotas no dia 8 de julho, vencendo-o por 3 x 2, gols de Celso (2) e Juca, com essa equipe: Sylvio, Otacílio e Rodrigues; Afonso, Benevenuto e Canalli (Rogério); Álvaro (Nena), Martim, Carola, Juca e Celso.

A delegação botafoguense regressou ao Rio de Janeiro a 13 de julho.

 

Fontes:

O Futebol no Botafogo (1904-1950), de Alceu Mendes de Oliveira Castro

Jornal do Brasil

S. C. Rio Grande Centenário do Futebol Brasileiro, de Miguel Glaser Ramos.